Blooming Flowers escrita por Onni


Capítulo 5
Petúnias e Íris Amarelas


Notas iniciais do capítulo

Hoje é quarta, amores, dia de atualizar essa belezinha aqui.

AVISO: TW - Bakugou tem pensamentos de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) neste capítulo, apesar de ser consolado pelos amigos o tempo todo. Caso você for sensível, peço para que pule.

Eu adoro drama e esse capítulo está recheado, mas garanto que terá um fluffy no meio (afinal, é o Bakusquad que aparece + Katsumi).



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Petúnias e Íris Amarelas

(Petúnias são cura de ressentimentos e Íris Amarelas simbolizam a amizade)

 

A porta se fechou deixando Bakugou sozinho para trás com seus pensamentos tão conflituosos e inquietos.

 

Claro que ele notou a estranheza em Deku tinha dias, e não era pelo fedor que ele deixou escorrer em decorrência aos acontecimentos mais recentes, mas seu comportamento estranho em tudo.

 

Tudo bem que um Deku normal já era estranho, mas um profundamente incomodado era mais.

 

Começou com aquela incomum e repentina necessidade do nerd tocá-lo sem motivo aparente, seu cheiro estava sempre nervoso apesar do sorriso típico tentar esconder suas reais intenções, e Bakugou sempre devolvia com um olhar duro e desconfiado que fazia o alfa recuar, porém os toques não cessaram e Bakugou não sabia como pará-los agora. Eram estranhos, novos, considerando a relação deles em tudo, era notório que Deku também estava meio receoso ao fazer isso também, contudo com o passar do tempo foi se tornando algo quase automático. Eles não se tocavam muito sem necessidade, toques amigáveis ou acidentais, não. Deku também nunca tentou esse contato com ele mesmo depois de se apresentarem, como algum tique alfa, no passado provavelmente Bakugou o afastaria e gritaria com o nerd.

 

Talvez fosse esse o motivo. Agora que sua relação era completamente outra, Deku se sentiu mais seguro em iniciar esse tipo de tato com ele, coisas amigáveis, confortável o suficiente para vir com seus tiques alfa – ainda mais reforçado com Bakugou morando debaixo do mesmo teto. Esse comportamento estranho começou logo após a visita de Kirishima.

 

Bakugou sinceramente não sabia o que havia dado em Deku para agir assim. Ele nunca soube de alguma briga ou intriga entre eles, mas visivelmente Deku ficou constipado e tímido depois de um tempo com Kirishima lá. Então ele iniciou esse tato para assegurá-lo ou avisá-lo?

 

Em primeiro lugar, Kirishima era tátil por natureza, e mesmo com a insistência de Bakugou em afastá-lo, os toques continuaram até seus protestos caírem. Era uma coisa que Bakugou nunca admitiria, mas essa intimidade com o amigo foi um grande marco para ele voltar a se aproximar de alfas ou evitar os reflexos de se encolher ou empurrar quando um o tocava ocasionalmente – e isso gerou vários episódios desagradáveis. Era mais algo como "Ei, você é meu amigo. Gosto de você e demonstro isso com tato", que ele passou a reconhecer.

 

Ele e Deku nunca tiveram tal contato por causa da relação deles não dar aberturas para fazer isso, então ele não entendia o porquê desse comportamento justo agora.

 

De tanto pensar, Bakugou não chegou a nenhuma conclusão a não ser que estava dando voltas no mesmo lugar.

 

Apesar da estranheza, não era totalmente mau. Se não houvesse isso, talvez fosse até relaxante, de certa forma. Bakugou estava acostumado a viver sozinho e sua família não era muito tátil, ainda mais depois de ter Katsumi, os toques ficaram desconfortáveis e intrusivos, então esse comportamento meio que o estressou no começo, porém ao longo se tornou algo reconfortante. Do tipo que fazia habitar outra presença ali além dele mesmo e Katsumi, algo que indicava segurança.

 

Depois de um tempo, não foi difícil descobrir a causa: Deku estava tentando marcá-lo. Por que raios, ele ainda não tinha certeza, mas tinha uma suspeita desde que Bakugou, praticamente um intruso em seu território, esteve por lá fazendo presença, usufruindo do espaço livremente sem o alfa de Deku ter dado a permissão. Deku estava tentando marcá-lo para mostrar domínio? Não. O filho da puta não arriscaria isso sabendo que pode sair com alguns ossos quebrados.

 

Então… algo clicou em sua mente. Deku estava reconhecendo-o, tornando-o parte do ambiente e não demonstrando domínio sobre o território. Talvez com a presença de outro alfa no território dele fez com que os instintos dele acordassem e o empurrassem, o atiçando a isso.

 

Malditos alfas com sua necessidade desnecessária em marcar tudo dentro de seus territórios.

 

Por isso Deku andava todo esquisito, olhando para Bakugou nervoso e crispando os lábios enquanto afundava em seus próprios pensamentos, o olhar queimava e mesmo não murmurando, Katsuki podia ouvir as engrenagens funcionando na cabeça dele. Ele não sabia como pedir, então simplesmente iniciou o contato, e quando finalmente Bakugou achou a resposta para o comportamento estranho, singelamente aceitou e empurrou de volta para não deixar Deku tão constipado dentro do próprio território.

 

Por isso também ele propôs a marcação de matilha, se Deku queria iniciar esse tato com ele, reconhecendo-o como amigo de fato e não ameaça, Bakugou se via em paz com isso. Uma marcação frequente deixaria Deku saciado, aí então ele não precisaria invadir o espaço pessoal de Katsuki querendo dar o tique alfa não tão discretamente. 

 

Esse era o problema deles. A falta de diálogo acompanhou os dois durante toda a vida e a única maneira de eles exporem os sentimentos era por meio da luta, essa era a única comunicação que eles conheciam e entendiam. Deku não queria falar, se fechou como um maldito tatu, lutar não era uma opção quando um deles estava correndo e o outro ainda estava se recuperando. Então a pergunta que permaneceu foi: quando eles resolveriam isso?

 

Ele não gostaria de ter esse sentimento incômodo na relação deles por mais tempo, a infância e a adolescência foram o suficiente para ele se recusar a eles terem um problema entre eles de novo.



Por um momento ele finalmente pôde respirar sossegado sem a fonte daquele cheiro ascoso de melancolia, tristeza e culpa que emanava de Deku como uma segunda presença. O apartamento ainda tinha o cheiro predominando, mas sem a fonte logo desvaneceria.

 

O clima tenso estava deixando Katsuki no limite. O tempo todo seu ômega estava incomodado e terrivelmente inquieto exigindo que ele fizesse alguma coisa sobre o cheiro de alfa depressivo ao redor, um alfa amigo e conhecido ainda, porém devido a toda aquela situação de alguns dias atrás, Katsuki se encontrava na retaguarda de se aproximar muito, quando seu ômega subiu à bordo causando todo aquele constrangimento entre os dois.

 

Raios. Katsuki se odiava por ter se deixado levar pelos instintos, e quando Deku tomou toda a culpa, ele simplesmente não conseguiu desmentir que havia sido culpa dele também por ter se deixado levar pela emoção resultando no clima estranho que pairava entre eles, agora abafado pelo resgate fracassado do alfa.

 

Katsuki simplesmente não soube o que aconteceu ali, de repente Deku cheirou sua glândula odorífera sem permissão e parecia tão em casa? Isso fez algo engraçado borbulhar no estômago, uma sensação familiar agradável, atiçando sua parte ômega e ele devolveu o ato esfregando a mão contra a bochecha dele. Não querendo admitir, Katsuki não sentiu vontade de lutar contra os instintos na hora. Parecia o certo a se fazer. Deku estava ali todo preocupado desnecessariamente emanando aquele aroma ruim de aflição, então parecia sensato tentar acalmá-lo. Quando ele percebeu, seu baixo-ventre apertou e queimou naquela sensação reconhecível e amedrontadora e ele não evitou em fugir.

 

Contudo, olhe no que isso resultou agora.

 

— Doddy?

 

Katsumi imediatamente arrancou ele dos pensamentos para notar que demorou seu olhar na porta, seu filho estava parado na entrada do corredor com uma expressão incerta olhando para os lados e farejando ao redor, ele segurava seu bichinho de pelúcia favorito: um dragão verde e amarelo quase do tamanho dele; e em seu rosto sustentava traços de sono.

 

— Bom dia, babe. Dormiu bem?

 

Em vez de responder, Katsumi veio acanhado com os braços abertos e sem demora Bakugou o pegou no colo esfregando a bochecha contra seu bebê e marcando seu aroma sobre o cheiro triste e confuso que emanava dele. Depois da rotineira marcação, Katsumi pareceu menos tenso e deitou a cabeça no ombro forte do pai abraçando mais sua pelúcia.

 

— Cheira mal aqui.

 

— Ei, nunca diga que um lugar ou alguém cheira mal, está bem? Isso soa desrespeitoso e as pessoas podem te olhar estranho.

 

— Perdão. Não quero que as pessoas me olhem estranho — pediu ele meio magoado, porém Bakugou não o culpava por falar na inocência. — O que aconteceu com o Deku? Por que ele está triste?

 

Era notável que Katsumi também estava aflito em resposta aos feromônios angustiados que o alfa liberou e que ainda rondavam o apartamento, crianças tendiam a ser bem mais sensíveis aos aromas ao redor e uma simples alteração podia estressá-las. Katsuki não teve oportunidade de explicar a ele em decorrência a tudo aquilo que se passava em sua cabeça com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

 

— Deku está triste porque não conseguiu salvar alguém direito — explicou de maneira que ele entendesse enquanto passava a mão por suas costas, sua aura tensa sendo substituída pelos instintos paternais tão rapidamente. — Então Toshinori veio para fazê-lo feliz de novo.

 

— Hmm — soou ele em entendimento. — Toshinori é o pai dele?

 

— Sim.

 

O homem tinha sido mais pai do que o próprio pai biológico de Deku, então era certo que o homem merecia esse posto.

 

— Deku vai demorar muito? 

 

— Sim, babe. Ele foi visitar a mãe dele.

 

— Podemos fazer alguma coisa para deixar ele feliz quando ele voltar? — perguntou Katsumi erguendo o rosto ficando animado para encarar o pai.

 

Katsuki bufou um riso. A inocência infantil era uma dádiva.

 

— Claro. O que você gostaria de fazer para deixar Deku feliz?

 

E também, Katsuki não sabia se aguentaria respirar aquele ar tão carregado e sombrio por mais tempo. Ele estava vendo Deku sofrendo, e o maldito nem lhe deu oportunidade para se aproximar ou tocar no assunto, fugindo como o diabo fugia da cruz, claro que Bakugou não viu outra alternativa a não ser convocar forças maiores: Toshinori; já que ele mesmo não conseguia resolver o problema com Deku.

 

As coisas nunca foram tão complicadas.

 

— Bolos me deixam feliz. E pitiga(¹)! Os abraços do papai também.

 

Quem era Bakugou para ir contra essa lógica?

 

— Tudo bem, vamos pegar bolos e pizza para o Deku ficar feliz — concordou ele com a sombra de um sorriso querendo escapar.

 

— E abraços! Gostei do abraço daquele dia, deixou Deku feliz.

 

— E os abraços, claro.

 

— Podemos chamar o Tio Eiji também?

 

— Você está pretendendo tornar isso uma festa ou o quê?

 

— Sim!

 

Bakugou bufou resignado se vendo sem caminho.





A campainha chegou a tocar algumas horas depois, Katsumi foi o primeiro a reagir pulando do colo do pai no sofá para ir atender, porém com o tamanho tão pequeno, ele não alcançou a maçaneta mesmo com pulinhos, o que restou a Katsuki chegar e abrir a porta finalmente revelando não somente Kirishima com os cabelos caídos sem o gel coçando a nuca meio envergonhado, mas como também outros quatro patetas com os rostos sorridentes.

 

— Isso é algum tipo de compre um e leve quatro? — argumentou ele sarcasticamente.

 

— Blasty! Estávamos com saudades suas também! — Mina foi a primeira a puxar o amigo para um abraço apertado e saudoso, deixando-o ser envolvido no aroma frutuoso de tutti-frutti, rosas vermelhas e morango característico da alfa. — Não brigue com Kiri. Estávamos todos preocupados, por isso viemos.

 

E ela desferiu um pequeno tapa na parte de trás de sua cabeça, a qual Bakugou grunhiu. A última vez que eles tinham se visto foi dias antes de seu acidente e o contato praticamente se perdeu desde então. Ele já podia imaginar porque Kirishima tinha trazido todos, ele provavelmente contou a situação toda desde a última vez que Kirishima esteve lá e todos quiseram saber seu estado.

 

— Trouxemos pizza para um camaradinha aqui! — exclamou Sero atrás levantando as caixas juntamente com Kaminari.

 

— Yay, pitiga! — exclamou Katsumi erguendo os braços feliz com um sorriso aberto.

 

— Você fala e a gente obedece, meu rei. — Kaminari piscou para o menino.

 

Houve um coro com Sero, Kaminari e Kirishima junto a Katsumi dizendo "Pi-ti-ga. Pi-ti-ga", como se celebrassem o momento.

 

Assim que Mina o soltou, ele deu espaço na porta para eles entrarem e tirarem os sapatos enquanto se acomodavam, invadindo o apartamento de Deku tão livremente como se estivessem em casa. Bom, não era a primeira vez que eles estavam lá, afinal a classe 1-A fazia encontros frequentes.

 

— Oi, pequenino! Como você está? — disse Jirou se abaixando na altura de Katsumi para cumprimentá-lo. A criança se enterrou nos braços da outra ômega num abraço quente, ela ainda assoprou as bochechas gordinhas fazendo Katsumi rir.

 

— Foi mal, Baku. Eu não pude impedi-los — pediu Kirishima apologético ainda com aquela pose envergonhada junto ao cheiro de cravo, açafrão e gengibre ficando em teor piedoso, afinal não sabia se Bakugou ficaria bravo pela invasão, com os cabelos para baixo assim ele parecia mais inofensivo ainda.

 

Bakugou apenas revirou os olhos e grunhiu, não era como se pudesse evitar de qualquer forma.

 

— Ué, onde está o Midoriya? — perguntou Sero olhando para os lados estranhando a falta do alfa. — Pensei que íamos comemorar todos juntos.

 

— Ele precisou sair — resmungou Katsuki apenas.

 

— Espero que ele não se importe de bagunçarmos a cozinha dele. — Sero dizia isso, mas sustentava uma faceta perversa. Bakugou devolveu que com olhar ameaçador "vou fazer você engolir toda a sujeira que fizer" como um aviso. O beta apenas soltou um risinho disfarçado.

 

— Eu estive com Midoriya naquele dia, ele parecia tão abalado. Espero que ele esteja bem — comentou Kyouka pegando Katsumi no colo fazendo uma expressão de receio.

 

— O que aconteceu com ele? — Kaminari questionou preocupado. 

 

— Ele não conseguiu salvar alguém direito — disse Katsumi antes mesmo de Jirou abrir a boca para responder.

 

— Oh, isso é duro — praguejou o beta loiro fazendo uma careta mordendo a língua. — A mídia deve estar querendo comer o talo dele agora, coitado.

 

De brinde, Bakugou desferiu um tapa na parte de trás da cabeça de Denki, a qual ele protestou. Antes que o assunto perdurasse e trouxesse de volta essa aura tão densa e desconfortável, Bakugou mudou o rumo da conversa perguntando a Katsumi:

 

— Está com fome?

 

— Sim! — O menino levantou os braços animado se chacoalhando no colo de Jirou.

 

— Que ótimo, porque os titios aqui trouxeram comida para um batalhão! — anunciou Kirishima abrindo os braços junto com Sero para mostrar todas as caixas de pizza sobre o balcão da cozinha. Era verdade que eles tinham um apetite um tanto quanto voraz.

 

— Incluindo doces — cochichou Mina entregando um pirulito de maneira quase discreta para a criança degustar. Katsumi arregalou os olhos cheios de brilho e abriu um sorriso sapeca.

 

Bigado, tia.

 

— Porra, não o mime! Os dentes dele acabaram de sair, se aparecer cáries, eu juro que…!

 

— Uma vez só não faz mal, Baku!

 

— Vocês vão estragá-lo, eu estou avisando…

 

— Vamos mesmo — concordou Jirou mostrando a língua para o outro ômega com uma expressão cínica sem um pingo de medo.

 

— Cruzes, que pai coruja. Venham comer! — anunciou Kaminari já abrindo as pizza e separando os pratos.

 

Dessa vez, só dessa vez, Bakugou deixaria passar.

 

— Aqui, trouxemos uma apimentada especialmente para você — mostrou Sero.

 

— Apimentada? — questionou Bakugou arqueando uma sobrancelha.

 

— De queimar o cérebro — anuiu Sero com um aceno.

 

— Às vezes eu fico acordado à noite pensando se você ainda tem paladar, cara. — Kirishima fez uma careta.



Era bom ter a matilha toda reunida, isso trazia um ar de conforto e segurança para o ambiente e seu ômega interior ficava quieto e saciado.

 

Ao contrário das refeições com Deku, que geralmente eram quietas e casuais com uma conversa aqui e ali, o ambiente estava cheio de vozes e comoção. Geralmente Bakugou odiava bagunça ou muita agitação – por isso ele preferia esse ambiente tranquilo com o Deku –, porém naquele dia ele se sentiu confortável em ter a presença de sua matilha tão perto para cobrir cada sentimento ruim que vinha lhe atormentar. Era evidente o esforço de todos para o confortar, trazendo pizza de sua preferência e sendo extremamente agitados mais que o normal. Era receptivo, de forma ou de outra. Talvez ele só estivesse cansado de passar o dia constantemente sozinho, apenas ele e Katsumi, sua mente não parava de pensar e aos poucos os sentimentos estavam o afogando, se sentindo tão culpado e inútil enquanto esperava sua recuperação atingir o auge.

 

Katsumi estava sem uma escola agora, por mais que estivesse minimamente feliz por ele estar seguro sem ter que sofrer a zombaria de outras crianças, ainda ele estava sem um ensino e isso seria prejudicial a ele. Bakugou tentava ensiná-lo em casa, mas não era a mesma coisa que ter um profissional especializado nisso. Pelo menos o menino parecia feliz em passar mais um tempo com o pai, ainda assim, Bakugou não deixava de se preocupar.

 

Talvez as escolas para filhos de heróis não parecessem tão ruins assim. Ele não queria que Katsumi crescesse com os privilégios sendo filho de um Pro-Herói e tudo mais, queria que ele aprendesse a simplicidade e a comunhão com as demais crianças que eram assim como ele, mas pelo visto até isso estava em decadência.

 

Por mais que ele tentasse contornar a opressão, ela ainda estava lá, sufocando-o. Ele gostaria de poder fazer mais pelo seu filho, ao mesmo tempo que sabia que não poderia colocá-lo numa redoma de vidro para livrá-lo de toda e qualquer maldade do mundo, seu coração de pai sofria ao ver o filho passar por isso.

 

— Como Midoriya está? — Foi a primeira coisa que Kyouka perguntou ao se sentar ao seu lado no sofá depois da refeição, seu cheiro reconfortante de vinho, amoras e flor de mirtilo rapidamente o envolveu com o reconhecimento de outra ômega por perto o fazendo bufar relaxando os ombros. Katsumi estava brincando com Kaminari e Mina com alguns brinquedos enquanto os outros arrumavam toda a bagunça do almoço, porque nem fodendo que Bakugou ia levantar um dedo para ajudar esses folgados. Eles sujaram, eles que limpem.

 

— Péssimo — proferiu sem tirar os olhos do seu filho rindo com os outros dois adultos. — Ele não contou nada, mas definitivamente foi alguma merda que aconteceu durante o resgate.

 

— Sim, a mídia também não entrou muito no assunto porque ninguém sabe o que houve.

 

— Você disse que estava com ele. — Bakugou estava olhando para ela agora.

 

Jirou balançou a cabeça com um semblante amuado.

 

— Ele também não me disse nada. Ele pareceu tão… desolado na agência. Eu só consegui confortá-lo.

 

No lugar de uma resposta, Bakugou soltou apenas um som compreensivo enquanto o silêncio cercava os dois.

 

— E você? Como você está?

 

— Bem.

 

Claramente Kyouka não comprou isso e bufou fazendo uma expressão cínica.

 

— Seu cheiro não está nada bem.

 

— Porra, eu não sou um ingrato. Sei o que Deku está fazendo, enxergo isso. É apenas… ele.

 

— O que te incomoda então?

 

— Ele esteve todos esses dias em cima de mim, se preocupando à toa e sendo irritante. Mas quando algo acontece com ele, ele se fecha como a porra de uma tartaruga. É um hipócrita do caralho.

 

Um pequeno riso abafado deixou a boca de Kyouka fazendo Bakugou olhar para ela duvidoso com uma sobrancelha arqueada.

 

— Então você se importa.

 

Bakugou não respondeu. Ele virou o rosto para o outro lado desinteressado.

 

— Blasty, não minta para mim. Suas bochechas estão rosa e seu cheiro agora está parecendo que têm pôneis saltitantes nele.

 

— Que cospem arco-íris também? — brincou sarcástico.

 

— Pra caralho. Mas não desvie do assunto.

 

As risadas de Katsumi o distraíram. Agora Mina e Kaminari faziam caretas para a criança rir.

 

— Como não me importar? — emitiu tão baixo e arrastado que se Kyouka não tivesse olhando para ele, perderia. De repente, Bakugou deixou toda a luta esvair do corpo para o cansaço tomar o lugar. — Ele é o principal que está sofrendo com isso.

 

Kyouka concordou com um aceno.

 

— Ainda mais ele que segue à risca os passos do All Might, de salvar a todos a todo custo. Um resgate mal sucedido deve estar acabando com ele.

 

Depois se um momento de silêncio, ele disse:

 

— A regra mais antiga, Fones.

 

— A regra mais antiga, Blasty.

 

Nem sempre se podia salvar a todos.

 

Katsuki não ousava nem imaginar como seria se ele tivesse perdido Katsumi no acidente. Seu coração sangrava só por passar essa visão em sua mente. Tão rápido quanto, ele expulsou a imagem da cabeça, graças a Deus ele foi o único a se machucar. Ele até entendia a mulher ter implicado com Deku, se fosse Katsumi que ficasse machucado no lugar dele, Katsuki ficaria extremamente irado e culpado consigo mesmo e descontaria em Deku. Mas pelo menos era melhor seu filho estar com uma perna e braço quebrado e bem do que qualquer outra coisa, só que novamente, pessoas desesperadas tendiam a ter reações ruins mesmo.

 

Uma mão se colocou contra seu ombro cortando-o dos pensamentos e ele imediatamente relaxou sendo confortado com o aroma da outra ômega em teor calmante e tranquilo, Kyouka esfregou a mão em seu ombro e a escorregou pelo braço num carinho acolhedor fazendo Bakugou bufar tirando a tensão. Deve ter vazado em seu cheiro seus pensamentos ruins e a outra ômega sentiu a necessidade de agir.

 

— Está bem mesmo? — perguntou ela baixo com uma expressão singela de preocupação.

 

Bakugou não sabia dizer. Ele vinha se sentido péssimo há dias. Quando estava prestes a cair no sono, seu corpo dava um solavanco com a mente em alerta de que a qualquer momento um prédio voltaria a cair em cima deles, e era extremamente difícil relaxar depois, o que gerava seus episódios de insônia. A esse ponto, ele estava parecendo o nerd do Deku, às vezes eles até se encontravam na calada da madrugada, mas não conversavam e nem diziam o que os fizeram perder o sono. Ele se sentia tão imponente, tão vulnerável, tão inválido. Quando Deku estava próximo, esses pensamentos sumiam porque o nerd não conseguia parar um minuto de falar cobrindo o silêncio não deixando Bakugou focar em outra coisa, era uma segurança ter Deku ali, no dia a dia ele se focava totalmente nas necessidades de Katsumi, mas na maior parte do tempo livre a mente o dominava. Que ele não era competente o suficiente. Que ele era um peso para Deku. Que ele era fraco demais ao ponto de precisar de ajuda com sua recuperação. Que belo Pro-Herói ele tinha se tornado.

 

Talvez ele estivesse se acostumado demais com a presença de Deku que não tê-lo ali era realmente uma falta. Ele não queria voltar para seu apartamento tão vazio. Ele ainda queria esse conforto de que não estava sozinho.

 

Ou talvez fosse porque ele assimilou a imagem de Deku com o do dia do resgate, uma imagem que trazia conforto e esperança livrando de todos seus anseios.

 

A mão de Kyouka subiu até segurar sua nuca com suavidade e o polegar esfregou sua garganta de maneira agradável, Bakugou começou a ronronar instintivamente se sentindo confortado.

 

Logo o lugar ao lado dele afundou, sendo Kirishima seguido de Kaminari ainda de pé, o alfa ruivo colocou um braço atrás da cabeça do ômega e o puxou até chocar a bochecha contra o cabelo dele, começando a esfregar e espalhar seu aroma de cravo, açafrão e gengibre sobre o cabelo loiro também. Kaminari sentou no vão das pernas de Bakugou no chão deitando a cabeça contra a coxa esquerda dele e começou a ronronar também.

 

— Foi um dia bom — disse o loiro beta se espreguiçando preguiçosamente com as vibrações da garganta retumbando na coxa do ômega.

 

— Estão aninhando e nem me chamaram? — protestou Mina vindo a se aproximar com Katsumi no colo que sem demora colocou-o contra o peitoral de Bakugou, que abraçou a criança esfregando o queixo sobre a cabeça dela se deixando ser administrado pelo carinho.

 

— Cabe mais um? — questionou Sero em algum lugar que Katsuki não conseguia ver com tantos corpos o cercando.

 

O sofá virou uma bola de corpos amontoados, Katsuki no meio, Kyouka e Kirishima ao lado apoiados nele, Sero apoiado no meio das costas de Kyouka, Mina entre suas pernas no chão com Kaminari ao lado dela. A auto-depreciação que emanou dele rapidamente foi engolida com todos os cheiros reconfortantes e acolhedores de sua matilha, se esfregando nele e misturando seus próprios aromas num carinho ameno. Foi útil para fazer Katsuki aliviar os músculos e afundar mole no sofá deixando ser administrado pelo carinho. Quando satisfeitos, Kyouka estava abraçando o lado dele com as mãos envolvendo sua cintura, Kirishima tinha a cabeça deitada no ombro dele com o braço cruzando suas costas e Mina apertava suas panturrilhas numa semi-massagem, o ronronar leve que se prosseguiu deles distraiu-o dos pensamentos.

 

Ele não evitou em exibir o pescoço continuando com o ronronar no fundo da garganta demonstrando sua satisfação, foi onde Katsumi enfiou o nariz na área livre e respirou seu cheiro suspirando feliz e se aconchegando debaixo de seu queixo.

 

O peso de todos os corpos e a combinação de aromas era tão deleitoso. O vinho, as amoras e a flor de mirtilo de Kyouka. O cravo, açafrão e gengibre de Kirishima. As laranjas cítricas, manteiga de amêndoas e maracujá de Kaminari. As rosas vermelhas, tutti-frutti e morango de Mina. E até as azeitonas, soja e grama estranhas de Sero. Tanto que um bocejo lhe escapou. Ele não conseguia dormir bem há tempos com a cabeça cheia de pensamentos ruins junto com as lembranças do acidente, sua mente muito inquieta para relaxar.

 

Ali, naquele momento, ele não conseguia pensar em nada. Isso era bom. Muito bom. Sua parte ômega ronronou feliz e contente pela singela atitude de sua matilha de tranquilizá-lo, ele sabia que era porque todos estavam preocupados com ele, foi esse o motivo de todos terem vindo em primeiro lugar.





O cochilo no entanto foi breve. As vozes não eram muito discretas e ele acordou com um: "Maratona de filmes?". A primeira coisa que ele notou, era que ele estava agradavelmente mais quente e zoneado, o que provava que ele estava totalmente relaxado com o carinho. Ele se remexeu sentindo ainda um peso apoiado nele, os braços de Kyouka o apertaram de leve no abraço que ela sustentava, em algum momento sua cabeça declinou até se encaixar no peito dela oferecendo um apoio. Quando notou ele acordado, Kyouka o liberou e ele se espreguiçou soltando um bocejo longo sentindo-se molenga.

 

Pelo jeito todos decidiram que ficariam até tarde da noite.

 

Olhando ao redor, notou que em algum momento o ninho de corpos foi desfeito e cada um estava em um canto agora, até Katsumi estava na cozinha tagarelando sem parar com os outros enquanto esperava a pipoca terminar de estourar – porque havia um "ploc" e "plocploc" para lá e para cá. Em parte era bom ele não se manter constantemente vigilante sobre seu filho, isso era um tanto desgastante, era bom os outros estarem ajudando-o com isso.

 

Uma mão rosa se colocou atrás de sua cabeça fazendo um carinho em círculos e Bakugou se inclinou para a ação, Mina soltou um risinho que Bakugou apenas devolveu com um grunhido. Ele tinha todo o direito de dar seus tiques ômegas, porra – ainda mais com eles agindo tão grudentos. As carícias só terminaram quando ele levantou a cabeça avistando Kaminari mexendo no celular ao lado de Mina com o cabelo loiro completamente trançado em tranças desorganizadas e com fios soltos. Na mesma hora ele se afastou da mão dela. Nem ferrando que ela iria fazer tranças nele.

 

Mina fez beicinho com seu aroma frutado adornando tons de chateação com seu plano sendo frustrado.

 

— Doddy, temos pipoca! — anunciou Katsumi trazendo um balde maior que ele de pipoca para a sala em passos cautelosos com Sero e Kirishima à espreita para garantir sua segurança e a segurança da pipoca.

 

— Traga aqui para comermos antes desses perdedores — falou sem mordida real ainda afetado pelos traços do sono e todo o aninhamento de mais cedo.

 

— Mas não vai mesmo! Dá aqui pra titia, dá. — Mina estendeu as mãos.

 

Katsumi olhou entre um e outro parando em seu caminho confuso antes de decidir ir até Mina, mas antes de ela alcançar o balde, Katsumi desviou dando para seu pai e sorrindo perverso.

 

— Baku! Você é uma má influência para seu próprio filho! — choramingou ela claramente magoada.

 

— Babe, tape os ouvidos — pediu Bakugou.

 

Katsumi imediatamente atendeu tapando os ouvidos com as mãos, ele sabia que o pai ia falar algo grosseiro(²).

 

— Isso… — Bakugou apontou para Katsumi — saiu disso. — E apontou para seu baixo-ventre. — Portanto vai ser igual a mim, sim — terminou apontando para si mesmo.

 

Mina fez uma careta horrenda enquanto Kaminari explodiu em gargalhadas altas e estridentes, então ela não tocou mais no assunto.

 

Não demorou muito para a bola de corpos voltar a se amontoar, dessa vez menos grudados, cada um em um canto do pequeno sofá de Deku. Katsumi preferiu o colo de Kyouka dessa vez estando ele com a pipoca, Sero e Mina estavam no chão com uma almofada servindo de assento enquanto Kyouka continuou ao seu lado junto de Kirishima, Denki ficou com graça querendo deitar entre todos, antes que Katsuki o expulsasse para o chão, ele conseguiu se apoiar em Kyouka tranquilamente e todos assistiram ao filme escolhido.

 

Seu ômega ronronou por dentro por estar satisfeito e seguro.

 

Mesmo que ninguém dissesse e nem precisava de palavras para tal, era visível que eles estavam se esforçando para vê-lo bem e recuperado.



Já era noite quando o filme terminou e eles resolveram fazer uma pausa antes de colocar outro.

 

— De quem foi a ideia de colocar um filme de romance logo no início? — praguejou Kaminari choroso, assim como quase todos, exceto Kyouka e Bakugou, mas isso era de praxe.

 

— Sua — rebateu Mina com o rosto emburrado apesar das lágrimas.

 

— Aquele homem… foi tão viril. — Kirishima segurava as lágrimas nos olhos marejados e fechou o punho. — Arriscou tudo por ela.

 

— É, mas para no final não terminarem juntos — reclamou Sero com aroma chateado.

 

— Foi por honra — comentou Mina com o punho fechado também e eles acenaram em concordância.

 

— Sim, triste e tudo mais. Querem suco? — Kyouka perguntou da cozinha.

 

— Eu quero! — disse Kirishima se levantando.

 

— Também quero, tia. — Katsumi caminhou atrás de Kirishima.

 

— Quer um lanchinho também, bem? — ofereceu a ômega.

 

— Sim, por favor.

 

— E eu? Não ganho lanchinho também? — protestou o alfa ruivo em brincadeira.

 

Kyouka deu apenas uma olhada cínica a ele.

 

— Você não é uma criança fofa.

 

Nocaute. Kyouka 1 X Kirishima 0. Choroso, o alfa reclamou entre falsos choramingos que deveria achar um dom que o fizesse retornar à fase infantil só para rebater a Kyouka.

 

— Qual o próximo filme, galera? — perguntou Sero erguendo os DVDs. — Temos Tubarões Assassinos, À Meia-noite, O Vale Encantado…

 

— O Vale Encantado!! — berraram Katsumi, Denki e Kirishima ao mesmo tempo. — De-se-nho! De-se-nho!

 

Era impossível saber quem era a criança ali quando o Bakusquad estava unido. A essa altura, Bakugou nem se importava mais. Nem era preciso dizer o porquê Katsumi gostar tanto de seus tios.

 

Enquanto ouvia as vozes zunir, a mente de Katsuki estava vagando. Ele olhou através da janela, a escuridão tomando cada vez mais a cidade. Já estava anoitecendo e ainda nenhum sinal de Deku.

 

Havia uma dúvida que persistia rondar sua cabeça.

 

Nesse meio tempo, Kirishima voltou para o sofá primeiro que os outros, era ele mesmo que Bakugou queria.

 

— Você acha que eu fiz o certo deixando o Deku me marcar?

 

Kirishima, que havia acabado de se estabelecer no sofá, voltou o que tinha tomado do suco no copo – nojento pra caralho. Desde que Katsumi nasceu, eles adotaram a política de não beber nada alcoólico mesmo sem ter Katsumi por perto, ser pai requeria alguns sacrifícios e a matilha seguiu sem problemas. Toda e qualquer bebida agora consistia em sucos naturais ou água.

 

— Pera um pouco aí, volta a fita. Você e Midoriya estão se perfumando? — Incredulidade e surpresa emitiram dele enquanto tentava limpar o queixo do pouco do líquido havia escorrido.

 

Por algum motivo, saindo assim da boca de alguém parecia ainda mais íntimo, Bakugou olhou ao redor esperando que todos estivessem ocupados demais para ouvir eles tendo uma conversa séria, então deu um curto aceno.

 

— Ele estava todo histérico, foi o único escape que eu achei.

 

— Então você propôs. — Não havia zombaria nem sarcasmo, apenas um rosto contemplativo.

 

Se sentindo inexplicavelmente desconfortável por admitir, Bakugou se remexeu não olhando para Kirishima.

 

— Oh, ele ficou feliz — adivinhou com um sorriso tubarônico brincalhão.

 

— Por que você está fazendo disso uma grande coisa? — rebateu um pouco mordaz.

 

— Baku, para nós alfas perfumar é uma grande coisa. Você fez o certo. Mas então, pelo jeito você pretende tornar isso uma rotina?

 

Novamente, Bakugou acenou.

 

— Bem, por quê?

 

Então os olhos vermelhos se voltaram para ele tão serenos e transparentes, feições relaxadas e sobrancelhas levemente erguidas como se expressasse o óbvio.

 

— Oh. Ooooh… saquei.

 

A partir daí, Kirishima pareceu desconcertado pela primeira vez durante a conversa, se remexeu no assento e pigarreou limpando a garganta minimamente surpreso pelo rumo que aquilo estava tomando.

 

— Isso me surpreende um pouco — proferiu ele com um pouco de riso surpreso.

 

— Se é uma coisa ruim, diga de uma vez.

 

— Não, Baku. Não é algo ruim. É só…

 

Eles viram Kyouka se aproximando.

 

— … Especial — terminou ele baixinho.

 

Aquilo fez Katsuki arregalar os olhos com claro espanto.

 

Kyouka, alheia à conversa particular, tomou seu assento e cruzou as pernas esperando pelos outros enquanto mexia no celular distraída.

 

— Você está se perfumando com alguém? — perguntou Bakugou desconfiado, afinal Kirishima parecia meio tímido com isso tudo e suas respostas eram de alguém claramente entendedor.

 

Como o esperado, ele riu sem graça coçando a nuca e desviando o olhar. Era praticamente impossível ele mentir para seu amigo ou esconder algo daqueles olhos carmim espertos.

 

— Estou vendo alguém aí.

 

Não era mentira, porque o aroma dele emanou ondas suaves e contentes com um pouco de doçura. Ficou meio difícil de saber se os outros sabiam também ou se Katsuki que tinha a notícia em primeira mão.

 

— Oh, tenho certeza que você conseguirá descobrir — proferiu Kyouka com um sorriso perverso.

 

— Kyouka! — repreendeu o alfa ruivo.

 

Isso era curioso, para dizer o mínimo, tanto que Katsuki arqueou uma sobrancelha interrogativa para ele, porém a conversa teria que ser deixada para mais tarde, quando eles estivessem a sós.


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Notas finais do capítulo

[(¹): "pitiga" é pizza, mas Katsumi ainda não consegue falar.]

[(²): Isso era uma coisa que minha mãe fazia. Quando ela ia falar algo grosseiro, ela pedia pra eu e meu irmão taparmos os ouvidos ou ela mesma fazia isso.]

Façam suas apostas, quem vcs acham que o Kirishima está tendo uns rolos?

Até alguma outra quarta.



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