Uma nova oportunidade escrita por Leehsserrano


Capítulo 19
Christmas season




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 O tempo estava passando depressa e agora faltavam duas semanas para o natal apenas.

 

 

 Natasha não era a maior fã do natal, para ela, o dia 25/12 era um dia como todos os outros, puramente comercial, mas ao contrário dela, Steve gostava da data e não a deixaria ficar em casa de pijamas porque segundo ele, aquele seria o primeiro natal que passariam juntos sendo oficialmente um casal e também porque esse era o primeiro natal desde o Blip e da volta de seus amigos vítimas do estalo de Thanos, o que tornava tudo mais especial.

 

 Steve e Natasha haviam combinado de saírem juntos naquele dia para comprarem os presentes dos amigos e também os que dariam um para o do outro, sem que o outro soubesse.

 

 

 

—Quando estiver pronta, eu estarei na sala te esperando. Está bem? - Steve fala assim que termina de colocar seu casaco espesso de inverno e fica pronto

 

—Ok, mas não vou demorar - Natasha responde e passa a gola da blusa de lã por seu pescoço em seguida

 

—Não se preocupa com isso,  eu vou te dar privacidade - Steve fala e beija a bochecha dela

 

—Pra quê privacidade se nós moramos juntos e vemos um ao outro pelado quase todos os dias? - Natasha pergunta num tom brincalhão e Steve fica mais vermelho que um tomate

 

—Palhaça - brinca e aperta de leve o nariz dela de leve, fazendo-a rir baixo

 

—Mas você me ama - Natasha fala toda convencida  

 

—Amo e muito - Steve fala colocando as mãos no rosto dela e deposita um selinho nos lábios dela - mais do que tudo - fala e dá outro selinho nela

 

—Também te amo... muito 

 

 

 

 Steve sorri e a beija.

 

 

 

—Antes que aconteça algo, termina de se arrumar que eu estarei na sala te esperando, ok? - ele pergunta assim que o beijo termina pela falta de ar e Natasha apenas assente em resposta

 

 

 

 

 Steve deposita um último selinho nos lábios de Natasha antes de deixar o quarto, deixando-a com um sorriso bobo no rosto.

 

 

 

 

 

 Sozinha no quarto, Natasha termina de se vestir e para finalizar coloca um cachecol cinza ao redor do pescoço e veste um casaco sobretudo preto. Em seguida ela sai do quarto.

 

 

 

 Ao chegar na sala, ela se depara com Steve sentado no sofá e assistindo TV.

 

 

 

—Estou pronta...

 

 

 

 Ao ouví-la, Steve desvia sua atenção da televisão para olhar para ela e sorri.

 

 

 

 

—Vem cá...  - a chama estendendo os braços em direção à ela

 

—Que foi? - Natasha questiona e se aproxima dele 

 

—Nada... você está muito linda, sabia? - Steve fala a puxando pela cintura para se sentar com ele

 

 

 

 

 Natasha ri baixo e se senta ao lado de Steve, que passa os braços ao redor da cintura dela.

 

 

 

—O que você tem hoje? - pergunta encostando a cabeça no peitoral dele

 

—Nada. Não posso elogiar a minha namorada? 

 

 

 

 

 Ao ouvir Steve pronúnciar a palavra "namorada", Natasha não se contém e sorri de orelha à orelha. Mesmo depois de cinco meses, para ela ainda era surreal imaginar que namorava Steve.

 

 

 

—Repete? - ela pede, levando a mão à boca de Steve, e passa a ponta do dedo indicador pelos lábios dele, que sorria

 

—O que? 

 

—O que você me chamou 

 

—Namorada? - Steve repete e ela sorri 

 

 

 

 Steve sorri de volta e a beija.

 

 

 

—Não vamos sair daqui se a gente não parar - Natasha fala ofegante assim que o beijo termina e tenta se levantar, mas Steve a segura firme

 

—Nossa, parece até que está fugindo de mim - Steve finge estar ofendido e ela ri 

 

—Não, nunca! Eu amo ficar com você! - Natasha fala colocando as mãos no rosto de Steve e deposita um selinho nos lábios dele - mas temos que sair e comprar os presentes do pessoal 

 

—É, eu sei... e o que você acha se comprássemos uma árvore de natal e a montássemos aqui na sala? 

 

—Eu nunca tive uma porque na Sala Vermelha não tinhámos essas datas comemorativas, só quando eu era bem pequena e vivia em Ohio com a minha "familia" - Natasha fala e faz aspas com as mãos ao pronúniciar a palavra FAMILIA

 

—Espera, você viveu em Ohio? E como assim família? Eu pensei que você não tinha ninguém, sem querer ofender

 

 

 

 Natasha suspira fundo e decide que aquele era o momento em que ela deveria contar toda a verdade sobre seu passado à Steve. Ele era seu namorado e melhor amigo e merecia saber.

 

 

 

—Não ofendeu, e você tem razão, eu não tenho família, pelo menos não uma biológica. Meu pai não me queria e assim que eu nasci, na primeira oportunidade que ele teve de se livrar de mim, me vendeu ao Dreykov sem que minha mãe sequer pudesse fazer algo para impedir. Eu tinha dois dias de nascida apenas quando fui levada para uma espécie de orfanato onde ficavam todas as meninas que não tinham a idade minima de de 10 anos para ingressar na Sala Vermelha. Quando eu tinha oito anos, eu e outra menina, na época com três anos, fomos para Ohio junto de um casal de espiões. Nos três anos que vivemos lá, nós agíamos como uma família de verdade para cobrir uma missão para roubar arquivos da SHIELD, que estava dominada pela HYDRA, como bem sabemos. Seus nomes são Melina Vostokoff e Alexei Shostakov. Ela é uma ex viúva negra, assim como eu, enquanto que ele é um super soldado como você, uma versão soviética do lendário capitão américa. Eles são bons e cuidaram de mim e da Yelena como se fossemos suas filhas de verdade. Com o passar dos anos fingindo serem um casal, eles se apaixonaram e tornaram um casal de verdade, igual aconteceu com nós dois - ela fala e Steve sorri ao lembrar de quando eles fingiram serem um casal à procura de destinos para lua de mel - Eu tinha 11 anos e a Yelena tinha 6 quando a missão acabou. Nós fomos levadas de volta para a Rússia e separadas uma da outra. Eu fui iniciada na Sala Vermelha e a Yelena foi para lá anos depois, quando completou 10 anos. O resto você já sabe...

 

—Nat... eu sinto muito... - isso foi tudo o que Steve conseguiu dizer. Para ele era muito dificil ouvir Natasha contar sobre o que ela havia sofrido

 

 

 

 

 Um sentimento de raiva se apondera dele. Natasha não merecia nada do que havia lhe acontecido, nem as outras meninas. Ele não conseguia entender como um "pai" pode ter rejeitado e vendido a própria filha? 

 

 Natasha era uma pessoa incrível e não merecia nada do que seu "pai", se é que esse homem pode ser chamado assim, e as pessoas envolvidas com a KGB haviam feito à ela. Nenhuma das meninas merecia, na verdade.

 

 

 

 

—Não sinta. Nada do que aconteceu é culpa sua. Lembra que eu te disse que estive na Rússia depois de me tornar fugitiva depois da briga no aeroporto? - Steve apenas assente, atento à tudo que ela lhe dizia - então, eu viajei até a Rússia e os reencontrei. Fiquei por lá por algum tempo antes de encontrar você na Dinamarca. Eu pesquisei sobre meus pais biológicos e descobri que a minha mãe foi morta à mando de Dreykov porque ela estava me procurando. Ela me queria com ela e me amava, mas aquele desgraçado do Dreikov a matou e a enterrou como indigente. Eu nem qual era seu nome porque minha certidão de nascimento foi destruída. Tudo o que eu sei é a minha data de nascimento e que Romanoff era o sobrenome da minha família biológica. E há alguns meses atrás eu descobri que o nome do meu pai era Ivan porque o Guardião da jóia da alma me disse em Vormir, pouco antes de eu pular o penhasco. Não tenho idéia se ele está vivo ou não, mas pouco me importa... não quero saber dele

 

—Esse homem... o Dreykov... ele nunca tentou fazer nada com você, né? - Steve fala pausadamente, com uma certa dificuldade em perguntar se ela por acaso havia sido aliciada, ou pior, estuprada...

 

—Não, ele nunca me estuprou, nem nunca tentou, graças a Deus, mas tenho ciência que houveram meninas que não tiveram a mesma sorte, infelizmente. Mas o bom é que ele não fará mais nenhum mal à ninguém porque está morto... nós destruímos a Sala Vermelha, matamos Dreykov e libertamos todas as viúvas que estavam sob controle mental dele... o pesadelo acabou, só nos resta viver 

 

 

 

 Steve assente e suspira aliviado por saber que nada de  mais grave havia acontecido à Natasha.

 

 

 

—E o onde sua familia está? Quando você... sabe, morreu... - Steve fala pausadamente, afinal era muito dificil para ele lembrar do sacrifício de Natasha por conta do sofrimento pelo qual ele passou ao perdê-la - achavámos que você não tinha ninguém. Se eu soubesse deles, teria contatado sua irmã e aviso ela sobre você...

 

—Tudo bem. Você não sabia de nada. Eles vivem em São Petesburgo, na Rússia. Eu converso com a Yelena sempre que podemos por mensagem, inclusive ela nem sabe que eu me sacrifiquei em Vormir e nem adianta saber porque eu estou aqui outra vez, não é mesmo?

 

—Ainda bem porque eu não sei o que faria sem você - Steve fala colocando as mãos no rosto de Natasha e acaricia as bochechas dela com os polegares

 

—Eu iria querer que você fosse feliz, que encontrasse alguém legal ou que voltasse para a Peggy... você merece ser feliz - Natasha fala colocando as mãos nos pulsos de Steve e acaricia as costas das mãos dele com seus polegares

 

—Eu jamais serei feliz sem você - Steve fala e deposita um selinho nos lábios dela - nunca se esqueça de que que você tem a mim e que te amo muito, mais do que tudo - Steve fala e ela assente - você também merece ser muito feliz, Nat, e vou me empenhar muito para ser o melhor namorado, e no futuro, quero ser o melhor marido para você

 

—Você já é o melhor namorado do mundo e eu também te amo muito  

 

—Muito muito? - Steve pergunta em um tom brincalhão e roça seu nariz com o nariz dela

 

—Te amo demais

 

 

 

 Steve sorri e a beija novamente.

 

 

 

 

 

—Mas agora voltando a falar sobre o natal, você acreditaria em mim se eu te dissesse que a última vez que comemorei o natal foi antes da morte da minha mãe em 1936? - Steve pergunta se afastando um pouco mas passa o braço ao redor dela

 

—Sério? - Natasha questiona surpresa e ergue a cabeça para olhar para Steve, que assente em confirmação

 

—Sério. Não comemoro o natal desde 1935 e estive pensando, se quiser, é claro, de compramos NOSSA primeira árvore e decorarmos a NOSSA sala? - Steve pergunta dando ênfase na palavra "nossa"

 

—Eu adoraria - Natasha responde com um sorriso enorme em seu rosto e com os olhos brilhando - poderíamos assar uns biscoitos também, que tal?

 

 

 

 

 Steve sorri ao notar a empolgação de Natasha e deposita um selinho nos lábios dela.

 

 

 

—Você quem manda - Steve brinca e aperta a ponta do nariz dela, que sorri, e solta em seguida

 

—Mas para isso eu preciso comprar os ingredientes para fazer os biscoitos

 

—A gente passa no mercado

 

 

 

 Natasha assente e Steve deposita um beijo na bochecha dela.

 

 

 

—Vamos indo?

 

—Vamos! 

 

 

 

 Steve desliga a TV e se levanta. Ele então coloca o controle remoto em cima da mesa de centro e anda até o balcão da cozinha e pega as chaves do carro.

 

 Enquanto isso, Natasha se levanta do sofá e fecha seu casaco. Em seguida ela anda até a porta, a abre e chama o elevador.

 

 

 

 Steve anda até a porta e a fecha à tempo em que o elevador chegava ao andar deles. 

 

 Assim que as portas do elevador se abrem, Steve coloca o braço para evitar que as mesmas se fechassem e dá passagem para Natasha. Ela entra primeiro e ele entra logo atrás dela e aperta o botão do térreo.

 

 

 

 

 Quando o elevador finalmente para no térreo e as portas se abrem, Steve e Natasha saem do equipamento e de mãos dadas seguem para a porta de entrada/saída.

 

 

 

—Onde você quer ir? - Steve pergunta assim que eles entram no carro, que estava estacionado em frente à entrada do edíficio residencial em que moravam

 

—Por mim tanto faz, se tiver algum canto em específico que você queira ir - ela responde enquanto afivelava seu cinto de segurança

 

—Tenho não, eu nem ligo para essas coisas - Steve responde e afivela seu cinto também - vamos no shopping que é mais perto daqui, então... tudo bem?

 

—Você quem manda, Rogers 

 

 

 

 

 Steve olha para Natasha e sorri. Ao sentir o olhar dele sobre ela, Natasha olha para ele e sorri de volta.

 

 

 

 Ele se inclina até Natasha e rouba um selinho dela, que sorri. Em seguida se ajeita novamente no banco do motorista e coloca a chave no contato e a gira para ligar o carro antes de dar partida.

 

 

 

*****

 

 

 Ao chegarem no shopping, Steve segue até o estacionamento e deixa o carro na primeira vaga que encontra, afinal pela data, o local estava lotado, de carros, provávelmente dos clientes do centro comercial em suas compras de natal, assim como eles.

 

 

 Ao desligar o carro, Steve desafivela seu cinto, assim como Natasha, e os dois saem ao mesmo tempo do veículo.

 

 

 Steve tranca o carro e o contorna para chegar até Natasha, que anda até ele, e pega na mão dela.

 

 

 

—Onde quer ir primeiro? - Steve questiona enquanto eles se andavam em direção à entrada do shopping e entrelaça seus dedos com os de Natasha

 

—Não sei. Eu acho que vou comprar brinquedos para o Nate, para a Lilá e paa o Cooper como sempre fazia, e também para a Morgan... eu falei com a Laura ontem e ela me disse o que o Nate e a Lilá pediram para o "papai noel" - Natasha fala fazendo aspas com outra mão ao pronúnciar o termo "PAPAI NOEL" - dá para crer que eles acreditam nisso?

 

—Eles são pequenos, amor. Deixa eles acreditarem em magia. A vida adulta é tão complicada...

 

—Eu não sou contra não, só acho um pouco perturbadora a idéia de que um senhor idoso, gordo entra pela lareira das casas e deixa presentes par as crianças

 

 

 

 Steve não se aguenta e começa a rir, fazendo com que Natasha também risse.

 

 

 

—O que eles querem de presente? 

 

—A Laura me falou que o Nate quer muito uma mini bateria, então me ofereci para dar à ele. O Cooper não quer mais brinquedos, então pensei em dar algum jogo que seja para qualquer idade. E a Lilá quer uma casa da barbie

 

—E o que daremos para a Morgan? 

 

—Não sei, o Tony era bilionário, a Morgan deve ter tudo do bom e do melhor então fica dificil dar algo que ela não tenha 

 

—Pelo que sei o Tony e a Pepper a não criaram com qualquer luxo, tanto que o próprio Tony me disse, ao devolver o  escudo, que a Morgan transformava tudo em brinquedo e que meu escudo viraria um escorregador qualquer dia - Steve fala e Natasha ri baixo - Por isso não acho que teremos problemas para encontrar algo que ela goste

 

 

 

 Natasha assente e eles adentram o shopping, que por sinal estava lotado.

 

 

 De mãos dadas, eles andam até uma loja de brinquedos, primeira parada das compras, e compram o que Nate e Lilá queriam e escolhem um jogo imobiliário de edição limitada para dar à Cooper e para darem à pequena Morgan eles escolhem uma cabana estilo tenda cor de rosa com luzes.

 

 

 

 Após pagarem pelos presentes das crianças, Natasha e Steve saem da loja de brinquedos carregando várias sacolas.

 

 

 

 –Você se importaria se eu fosse fazer algumas compras de coisas das quais estou precisando? - Ela questiona, tentando ser o mais convincente para que Steve não suspeitasse de nada sobre o fato de ela estar indo comprar o presente dele, mas desligado como ele era, sequer desconfiaria 

 

—Claro! Nem se preocupe. Eu também preciso comprar algumas coisas... - Steve fala um pouco nervoso, o que não passa desapercebido por ela, que fica intrigada do porquê ele estava nervoso, mas assente - quando terminar de fazer suas compras, me ligue e nos encontramos aqui, ok?

 

—Ok

 

—Se cuida e qualquer coisa me liga

 

—Steve, eu não sou mais uma criança pequena! Eu sei me cuidar, relaxa - Natasha protesta ao mesmo tempo que achava graça de como Steve estava a tratando. Ele era tão lindo! 

 

—Ok... te vejo daqui a pouco então

 

—Até 

 

—Te amo

 

—Também te amo

 

 

 

 Steve deposita um selinho nos lábios de Natasha e então cada um segue seu caminho em direções opostas um do outro.

 

 

 

 Natasha segue para uma perfumaria e escolhe um perfume do jeito que ela sabia que Steve gostava para dar de presente à ele. 

 

 Em seguida Natasha segue até uma loja de papelaria e compra um cartão, onde pretendia escrever algo, e um envelope.

 

 

 Ao sair da papelaria e afim de dar veracidade à sua "mentira", Natasha segue para uma loja de roupas que ela gostava muito e anda pela loja à procura de peças que eram de seu agrado à procura de algo para vestir na festa de natal dos Vingadores.

 

 Assim que termina de pegar as peças que mais gostou, Natasha anda até o provador e começa a experimentar as peças e separar o que ela levaria do que não.

 

 

 

 Enquanto isso, Steve estava em uma joalheria escolhendo algo para dar de presente para dar à Natasha. 

 

 Com a ajuda de uma funcionária da joalheria, Steve finalmente escolhe uma pulseira de ouro e esmeraldas que combinava com os olhos verdes dela.

 

 

 

 Ao sair da joalheria, Steve pega seu celular no bolso da calça e chega se Natasha havia ligado ou mandado alguma mensagem.

 

 

 Como não, Steve coloca seu celular de volta no bolso da calça e caminha por um dos corredores do shopping à procura de alguma loja que vendesse roupas masculinas pois realmente estava precisando comprar algumas coisas e por outro lado Natasha não desconfiaria de nada.

 

 

*****

 

 

 Assm que termina de pagar pelas roupas que havia comprado, Natasha pega seu celular no bolso do casaco e envia uma mensagem para Steve, avisando que ela havia terminado de fazer suas compras e que estava indo até o ponto de encontro combinado.

 

 Ao terminar de enviar a mensagem, Natasha volta a guardar seu celular, pega as sacolas e sai da loja. 

 

 

 

 

 À caminho do local onde encontraria com Steve, Natasha passa em frente à uma loja de roupas infantis. Ela para de frente para a vitrine, que expunha roupas para bebês, e fica olhando as peças enquanto sua mente vagava longe. 

 

 

 

 Natasha sempre gostou de crianças, mas a escolha de ser mãe ou não lhe foi arrancada durante a cerimônia de graduação da Sala Vermelha, quando ela foi submetida à uma esterilização involuntária.

 

 Sua mente então volta para o ano de 2016, quando em um bar, Yelena lhe questionou se ela gostaria de ter sido mãe e Natasha não soube responder.

 

 

 

 

 

 Nessa época, ela não pensava sobre o assunto, pois a ausência de possibilidade não lhe fazia tanta falta como fazia agora. 

 

 Desde que seu relacionamento com Steve havia deixado de ser casual e passou a ser oficial, essa questão de filhos havia voltado a rondá-la e um desejo de ser mãe, ainda mais de um filho de Steve, havia despertado.

 

 

 Quando deu conta, ela estava com os olhos marejados enquanto olhava para as roupinhas de bebê expostas na vitrine.

 

 

 

 

 Natasha então se recompõe e volta a andar até o local onde se encontraria com Steve.

 

 

 

 

 

 Enquanto isso, Steve estava no caixa, terminando de pagar pelas coisas que havia comprado para ele quando seu celular vibra dentro do bolso.

 

 Steve pega o aparelho e sorri ao ver a mensagem de Natasha.

 

 

 

"Já comprei tudo o que eu precisava e agora estou indo para o ponto de encontro, mas não precisa ter pressa, eu te espero. 

 

 

   Beijos, Nat❤️"

 

 

 

 

 Steve responde a mensagem e em seguida pega as sacolas e deixa a loja em que estava.

 

 

 

 

 Alguns minutos depois Steve chega ao ponto de encontro combinado e de longe avista a cabeleira ruiva, a qual ele tanto amava deslizar seus dedos pelos fios vermelhos e macios e enterrar seu rosto para sentir o aroma do shampoo que Natasha usava.

 

 

 Steve anda até a namorada, que estava de costas para a direção em que ele vinha, e ao se acercar, beija o topo da cabeça dela, fazendo com que a ruiva virasse depressa para ver quem era.

 

 

 

 

—Cheguei

 

—Oi - Natasha responde sorrindo 

 

 

 

 Steve sorri de volta e deposita um selinho nos lábios carnudos dela.

 

 

 

—Foram boas suas compras?

 

—Sim, eu comprei um vestido para usar na festa e mais algumas coisas que eu gostei e outras que precisava. E as suas foram boas? 

 

—Sim. Eu também comprei algumas coisas que precisava 

 

—Hm...

 

—Deixa que eu levo suas coisas para você - Steve se oferece para pegar as sacolas que Natasha segurava ao perceber que ela carregava inúmeras sacolas 

 

—Não precisa... as sacolas estão leves 

 

—Eu insisto! 

 

—Que namorado gentil e cavalheiro eu fui arrumar - Natasha brinca e Steve sorri enquanto pegava as sacolas das mãos dela

 

—Minha mãe me criou para ser o tipo de homem que respeita e cuida das mulheres

 

—Ela fez um bom trabalho porque você é o cara mais incrivel que já conheci - Natasha fala e Steve sorri 

 

—Ela ia gostar muito de você 

 

—E pelo que você conta sobre ela, sei que eu iria gostar dela também

 

 

 

 Steve sorri novamente e deposita um beijo na testa de Natasha, que sorri.

 

  

 

—Está com fome? Podemos almoçar aqui se quiser 

 

—Um pouco mas acho melhor irmos para casa, se não se importar. Olha a quantidade de sacolas que estamos carregando - Natasha fala olhando para as sacolas nas mãos dela e nas mãos dele

 

—É, tem razão. Ainda quer passar no mercado para comprar ingredientes para fazer os biscoitos?? 

 

—Ou eu vou depois... 

 

—Não vou deixar você dirigir nesse tempo. Lá fora está nevando, é muito perigoso, Nat

 

—Mas... - Natasha ia protestar mas é interrompida por Steve

 

—Eu sei o que você vai dizer. Eu sei que  você sempre se virou bem sozinha, mas o que custa deixar que alguém te cuide, que se importe com você e que se preocupe com sua segurança? 

 

 

 

 Natasha não consegue mais pensar em nada depois de ouvir as palavras de Steve. Tudo o que ela consegue fazer é sorrir.

 

 

 

 

 Ela poderia passar o resto da vida ouvindo Steve se preocupando com ela que jamais se cansaria. Era tão bom se sentir amada por alguém que se importasse com ela!

 

 

 

 

—Tá... - se dá por vencida

 

—Marrentinha - Steve brinca de rouba um selinho dela, que ri baixo - vamos indo? 

 

—Vamos 

 

 

 

 Eles então caminham até a saída do shopping e seguem para o andar do estacionamento onde haviam deixado o carro.

 

 Ao se aproximarem do veículo, Steve pega o controle e destrava as portas. Em seguida ele abre o porta-malas e coloca as sacolas que carregava dentro dele. 

 

 Natasha também coloca as sacolas que ela tinha nas mãos dentro do porta-malas e em seguida Steve o fecha e trava.

 

 

 

—Esquecemos uma coisa! - Steve fala assim que eles entram no carro

 

—O que foi?

 

—A árvore de natal... 

 

—Verdade, eu tinha me esquecido, mas nós podemos passar em alguma loja de departamento. Também temos que comprar as decorações porque não temos nada

 

—Depois vamos ao mercado e vamos para casa

 

—Ok

 

—Então vamos - Steve fala e afivela seu cinto

 

 

 

 

 Natasha também afivela o cinto dela e em seguida Steve liga o carro e dá partida.

 

 

 

 

 Assim que saem do shopping, Steve dirige até uma loja de departamento, onde ele e Natasha compram sua primeira árvore de natal e também os enfeites natalinos para decorá-la.

 

 Por último, eles passam no mercado e compram os ingredientes para fazer os tais biscoitos natalinos.

 

 

*****

 

 

—Finalmente em casa - Natasha fala assim que adentram o apartamento carregados de sacolas e coloca as sacolas do mercado em cima da mesa de jantar

 

—Preguiçosa - Steve brinca e ela ri 

 

—Olha a quantidade de sacolas! Eu cansei! - Natasha fala tentando se se defender e leva as sacolas que ela carregava para o quarto deles e as coloca em cima da cama de casal. 

 

 

 

 Aproveitando que Steve não estava, Natasha pega a sacola que continha o perfume que daria para ele e guarda em sua gaveta de lingeries, onde ele nunca mexia.

 

 

 

 Enquanto isso, Steve coloca a caixa da árvore de natal e as sacolas que continham os enfeites no canto da sala, ao lado da porta. Por último ele pega a caixa da pulseira que daria para Natasha e a esconde embaixo do sofá antes de ir para o quarto deles.

 

 

 

—Quer que eu finja que acredito? Ok, vou fingir - Steve brinca e coloca as sacolas em cima da cama também

 

—Para de pegar no meu pé! - Natasha protesta e tira o par de botas pretas que usava antes de jogá-las longe e deitar de barriga para cima na cama

 

—Não estou fazendo nada - Steve brinca e se debruça sobre Natasha, passando os braços ao redor da cintura dela, e distribui beijos no pescoço dela

 

—Steve, para de graça - Natasha fala em meio às risadas e coloca as mãos nos ombros de Steve para tentar afastá-lo, mas sem sucesso

 

 

 

 

 Steve finge não escutar e mordisca o pescoço dela, fazendo-a gemer baixo. Ele sorri e beija os lábios dela.

 

 Natasha sorri contra os lábios de Steve e passa os braços ao redor do pescoço dele. Ela ainda coloca uma mão na nuca dele e afunda seus dedos pelos cabelos loiros escuros dele.

 

 

 

—Eu - Steve fala e deposita um selinho rápido nos lábios dela - te - dá outro selinho - amo - dá outro 

 

—Também te amo e juro que passaria tranquilamente o resto do dia assim com você, te enchendo de beijos e até fazendo algumas coisas - Natasha fala com um tom de voz malicioso, fazendo Steve corar - mas eu estou com fome 

 

 

 

 Steve ri e deposita um selinho nos lábios dela e sai de cima dela e se senta na cama.

 

 

 

—Só porque você falou, eu lembrei que eu também estou 

 

 

 

 Natasha ri e se senta na cama. Steve ri também e se levanta.

 

 

 

—O que quer comer? - Steve pergunta e estende as duas mãos em direção à Natasha para ajudá-la a se levantar. Ela bate de leve nas mãos dele e as segura

 

—Não sei... tanto faz

 

—Tanto faz não é resposta - Steve brinca por já saber que Natasha se irritava quando ele falava isso. Dito e feito, ela revira os olhos, fazendo ele rir

 

—É sério, eu como qualquer coisa

 

—Vamos ver o que tem... 

 

 

 

Natasha assente e se levanta. Os dois deixam o quarto e vão para a cozinha.

 

 

 

*****

 

 

 

 Algumas horas mais tarde, a noite já havia caído quando as temperaturas em Nova Iorque caem drasticamente. 

 

 A neve agora caía incessávelmente do lado de fora, cobrindo as ruas da grande metrópole. Os termômetros marcavam 0ºC e todos os meios de comunicação estavam noticiando a chegada de uma nevasca que estava castigando o nordeste dos Estados Unidos, fazendo com que o governo determissem que apenas serviços essenciais estivessem disponíveis.

 

 

 

 

 Com sistema de calefação ligado e de pijamas, Natasha e Steve estavam deitados no sofá, com as luzes todas apagadas, e envoltos em um cobertor para criar um clima, eles assistiam um filme, ou melhor, pretendiam, porque sequer prestavam atenção, já que estavam mais concentrados um no outro.

 

 

 

 Steve estava deitado de barriga para cima, com a cabeça apoiada em uma almofada, e tinha Natasha, que tinha a cabeça encostada sob o peito dele, envolta em seus braços.

 

 

 

 

—Tempo bom para namorar - Natasha comenta em meio aos beijos 

 

 

 

 Steve sorri e a beija mais uma vez.

 

 

 

—Ter você nos meus braços enquanto a neve cai do lado de fora é uma das coisas que eu mais amo fazer - Steve confessa e Natasha olha para ele com o cenho franzido, em confusão

 

—Mas esse é o nosso primeiro inverno como um casal

 

—É, mas passamos mais de sete anos em um pinga não molha. Eu nunca te falei porque não sabia que você sentia o mesmo e não queria demonstrar que eu tinha sentimentos por você com medo de uma rejeição e que nossa amizade fosse destruída, mas eu amava quando a neve estava caíndo e você vinha com uma desculpa esfarrapada que estava com frio e que havia esquecido o caso para que eu te abraçasse 

 

 

 

 Natasha sorri ao lembrar de quando eles estavam em fuga e que ela dava desculpas para estar nos braços de Steve em dias de neve quando eles estavam em fuga.

 

 

 

—Você me pegou no pulo! Preciso te confessar que eu esquecia meu casaco de propósito só para ter uma desculpa pra que você me abraçasse - ela confessa enquanto desliza seus dedos pelo peitoral de Steve, que sorria 

 

—Eu sempre soube que isso era uma desculpa, só não sabia porque você fazia isso

 

—Eu fazia porque eu já te amava e queria ao menos aproveitar um pouco de tempo que eu tinha para ficar com você. Eu sempre achava que no dia seguinte você iria querer terminar com o que tinhámos. Ainda mais quando o Scott apareceu com o papo sobre a viagem no tempo. Eu pensava que quando a missão acabasse e todos retornassem, você iria voltar para os anos 40 e ficar com a Peggy, então eu aproveitava todos os minutos ao seu lado como se fossem os últimos. Por isso que na noite anterior à viagem quântica eu fui para o seu quarto com a desculpa que não conseguia dormir. Eu só queria passar uma última noite com você antes que você pudesse ir embora, mas quem acabou indo fui eu porque eu morri... 

 

—Você nem imagina o quanto desejei morrer junto só para ficar com você - Steve confessa e beija o topo da cabeça dela - eu achava que era você quem iria querer terminar com o que tinhámos. Por isso, eu ficava por horas te assistindo dormir em meus braços. Eu queria guardar na minha memória todos os seus traços - Steve confessa e acaricia seus fios ruivos

 

—O que? - Natasha questiona surpresa e ergue a cabeça e o tronco para olhar para Steve

 

—Parece coisa de psicopata, eu sei, mas eu amava velar seu sono, e ainda faço às vezes e amo fazer, mas hoje é diferente porque eu te tenho comigo e se depender de mim, será assim para sempre 

 

 

 

 Com os olhos marejados e emocionada pela confissão dele, Natasha sorri. 

 

 

 

—Eu não acho coisa de psicopata... eu acho fofo até

 

 

Steve sorri de volta e a beija. 

 

 

 

—Quer montar nossa árvore? - Steve propõe e Natasha assente animada 

 

—Vamos! 

 

 

 

 Eles tiram o cobertor de cima deles e se levantam do sofá. Steve anda até o interruptor e acende as luzes da sala e as luzes da cozinha. 

 

 

 Natasha anda até a cozinha e pega uma faca na gaveta de talheres para rasgar as fitas adesivas que lacravam a caixa que continha a árvore.

 

 

 Steve se aproxima e tira a faca da mão dela. Em seguida ele rasga a fita adesiva e abre a caixa. 

 

 Natasha se agaixa e começa a tirar as partes desmontadas da árvore.

 

 

 

 

 Cerca de 40 minutos depois, a árvore de natal estava totalmente montada e decorada, assim como a sala.

 

 

 

 

—Eu nunca havia montado uma árvore de natal, nem decorado a sala para o natal antes, mas foi divertido - Natasha comenta assim que eles terminam de decorar a sala

 

—Nem eu, mas cansa - Steve comenta ofegante

 

—Você tem mais de 100 anos, é normal - Natasha brinca e ele ri 

 

—Vou acendê-la - Steve fala andando o interruptor e apaga as luzes da sala e da cozinha e em seguida anda até a árvore e pega no interruptor do pisca-pisca - preparada para acender a nossa primeira árvore de natal, amor? 

 

—Preparada! 

 

—Cinco, quatro, três, dois, um... - Steve faz a contagem regressiva e acende a árvore, iluminando o ambiente

 

 

 

 

 

—Uau, ela é mais linda ainda quando está acesa - Natasha comenta encantada com a beleza das luzes e dos enfeites pendurados na árvore

 

—É linda sim, mas você é ainda mais - Steve fala se aproximando e pega Natasha nos braços. Ele a gira no ar, fazendo ela rir - eu te amo 

 

—Também te amo - Natasha fala e passa os braços ao redor do pescoço de Steve, que sorri e a beija


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