Miraculous: Secret Wars TERRA-65 escrita por ladyenoire


Capítulo 9
Insanity


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Gabriel chegou em casa e viu o bilhete de Adrien na porta da geladeira, avisando que sairia com uma amiga. Como ele não tinha mencionado Alya, provavelmente estava em um encontro com outra garota. O homem sorriu. Seu filho merecia se divertir.

Seu jantar foi rápido e silencioso. Vez ou outra ele olhava o celular imaginando que Nathalie poderia precisar dele há qualquer momento. Ele não a culpava pelas ligações e mensagens fora de hora, a sra. Sancoeur já tinha perdido tanto...

Gabriel encarou o quadro da sala que tinha a foto dele, de Adrien e de sua falecida esposa. Tudo o que ele queria é que seu filho tivesse uma vida melhor do que a sua. E ele já se perguntou várias vezes até onde auxiliar nos interesses de Nathalie, o ajudaria neste objetivo.

Talvez não estivesse percorrendo o melhor caminho, mas não podia decepcionar a sua chefe. Só esperava que no meio de tudo isso, não acabasse decepcionando seu filho também.

***

— Parece que a Rainha do Gelo voltou com tudo! – Lady Noire desviava dos blocos de gelo arremessados contra ela, alternando a corrida em duas pernas e em quatro "patas", o que era uma cena engraçada na visão de Adrien. Principalmente agora que ele sabia quem estava por trás da máscara.

Todavia, por mais cômica que fosse a situação, Climatika estava especialmente agressiva dessa vez. Não dando chance para os heróis conseguirem qualquer brecha para detê-la.

— Onde você acha que está o akuma, my lady? – Mister Bug gritou, escondido atrás de um carro capotado, olhando confuso para a chaleira vermelha com bolinhas pretas, o Talismã da vez.  

— Não faço ideia! – a heroína parou de correr e passou a girar o seu bastão, formando um escudo. – Mas eu agradeceria se você pensasse em um plano para nos tirar dessa.

Adrien sentia que surtaria há qualquer momento. Desde quando era tão difícil usar o Lucky Charm? Será que tinha a ver com a pressão de estar lutando ao lado da garota que amava? Ao mesmo tempo que queria impressiona-la, queria protege-la e isso fazia com que ele não conseguisse pensar direito.

Eles tinham treinado tanto ao longo de todo o tempo como heróis, deixar-se levar pela emoção era ridículo. Não queria recorrer a pedir a ajuda de Jade Turtle para uma coisa que era a sua obrigação, mas pelo visto teria que dar o braço a torcer pelo bem de Paris.

Um grito de frustração escapou dos lábios dele.

— Bugaboy, tá tudo bem? – Lady Noire se distraiu com o parceiro por tempo o suficiente para ser golpeada pela akumatizada, que riu após acertá-la.

— NÃO!

Marinette foi jogada longe e por pouco não se arrebentou contra um ônibus. Se não fosse por Adrien, que disparou como um foguete ao ver ela ser atingida e lançou seu ioiô para agarrar a parceira, o estrago seria maior.

— Você tá legal?

— Preparem-se para o se fim! – Climatika apontou a sombrinha na direção dos dois.

— Cataclysm! – Lady Noir acionou seu poder, tossindo em seguida. O impacto do arremesso, mesmo que parado pelo ioiô, tinha sido brusco demais e ela se sentia dolorida. – Se segura. – antes que outro bloco de gelo pudesse atingi-los, a heroína abraçou Mister Bug e usou seu poder no chão, fazendo com que os dois caíssem para a rede de esgotos de Paris.

Era outra queda dolorida para a conta de Marinette, mas pelo menos eles tinham ganhado algum tempo.

Os dois levantaram, sacudindo a poeira e quando Mister Bug fez menção de correr, sua parceira cambaleou, se escorando na parede.

— Vai, pode ir. Eu distraio ela.

— Nem pensar. – o loiro pegou Marinette nos braços, apesar dos protestos e correu o mais rápido que pode pelos túneis subterrâneos. – Estamos perdidos! Não sabemos onde está o akuma, você está machucada e ainda não tenho nem ideia do que fazer com essa chaleira.

— Não sei o que dizer sobre os dois primeiros problemas, mas sobre a chaleira, eu adoraria um chá agora. – ela tentou rir, mas acabou tossindo. E Adrien sentiu seu coração apertar, porque mesmo machucada, ela conseguia fazer piadas.

É, realmente, um chá cairia bem agora.

— Espera! – Mister Bug parou de repente – My lady, você é um gênio! Já sei o que fazer!

***

Gabriel acordou sentindo um frio fora do comum. Geralmente ele não precisava de mais de dois cobertores nessa época do ano, o que era estranho. Mesmo assim, resolveu ir pegar mais um e ver se Adrien também precisava. Tudo bem que o filho dormia como uma pedra, mas a última coisa que Gabriel queria, é que ele acordasse doente.

Quando passou pelo quarto do filho, notou a porta aberta e seus olhos foram direto para a cama. Estava vazia.

Gabriel olhou no relógio e viu que era uma hora da madrugada e, mesmo que estivesse em um encontro, Adrien não chegaria tarde.

Um mau pressentimento tomou conta de Gabriel, que pegou o celular na mesma hora para ligar para o filho e depois de quinze tentativas, por fim desistiu. Também tentou ligar para a polícia e para Nathalie, mas por alguma razão, parecia que não tinha sinal. Então, colocando um casaco de qualquer jeito, ele decidiu sair e ir até a delegacia de polícia correndo, pelo menos não era tão longe assim de sua casa.

Quando Gabriel abriu a porta de casa, percebeu o porquê de seu filho não ter chegado em casa e de ele não ter conseguido se comunicar com ninguém.

Havia uma tempestade, das bem ruins. Gelo estava começando a se formar na superfície das casas, a fiação dos postes voava em todas as direções com um vento arrasador e, no sentido do centro da cidade, um imenso vulcão apontava no horizonte.

Se Gabriel fosse um homem religioso, descreveria aquilo como o Inferno. Só que, mesmo que aquilo não fosse o Inferno, era, sem dúvida, obra de alguém maligno. Ou quase isso.

— Não... Nathalie...

Seu coração se dividiu em dois, ao correr na direção oposta da delegacia de polícia e na direção da casa de sua chefe. Ao menos, o quanto antes chegasse a Nathalie, mais cedo conseguiria – ou melhor, tentaria – fazer com que ela acabasse com essa loucura.

***

— Não sei é uma boa ideia. Nunca coloquei tantos Miraculous em circulação antes.

— Mestre, foi o Talismã que mostrou isso. E o senhor sabe que ele nunca erra. – Adrien apontou para a chaleira, enquanto Mestre Fu analisava a situação.

— O Bugaboy tem razão. – Marinette se remexeu, fazendo uma careta. O loiro sabia que ela estava tentando a todo custo disfarçar a dor que sentia e queria desesperadamente fazer alguma coisa por ela. Por isso, precisavam deter Moth o quanto antes. – Sabemos que é arriscado, só que tem algo diferente dessa vez. – ela apontou para janela, onde era possível ver o enorme vulcão no centro da cidade. – Isso não parece uma simples tentativa de roubar nossos Miraculous, parece a tentativa.

— Vocês têm razão. Algo... Parece diferente. – Fu foi até sua vitrola velha, apertou os botões e pegou a caixa de Miraculous que surgiu dali.

— Wow! – Marinette exclamou, ficando de pé para ver. Adrien a segurou, para que tivesse onde se escorar. – Obrigada.

— Mister Bug e Lady Noire, estou confiando a vocês o poder de ceder os Miraculous a pessoas de confiança, que os ajudarão nesta difícil batalha. Lembrem-se, após o trabalho terminar, vocês devem retornar as joias para seu lugar de pertencimento. – a dupla trocou um olhar admirado – Por favor, escolham com sabedoria.

***

Nathalie sentiu o ódio de Aurora se esvaindo. Aparentemente, a traição dolorosa sofrida pela akumatizada, estava deixando a fase da raiva e começando a entrar na fase da tristeza. No entanto, os heróis se acuaram com tamanha força do akuma que Moth foi capaz de criar e isso era fantástico. Lady Noire estava machucada, o que provavelmente deixaria Mister Bug transtornado. Era a oportunidade perfeita e ela não podia parar agora.

— Concentre-se na fúria que sente! Procure aquele garoto e o faça pagar por ter partido seu coração! – Aurora não respondeu, apenas ficou observando o caos que seus poderes tinham causado na cidade.

— E-Eu não...

— Você precisa fazer isso, Aurora! – Moth precisava desesperadamente dos Miraculous para consertar sua vida e não deixaria uma adolescente triste arruinar tudo. Então, ela sentiu uma onda de ira tomar conta do seu corpo e forçou a sua mente a transmitir aquele sentimento para Aurora. Era um truque perigoso do Miraculous da borboleta, mas se fosse necessário, ela usaria. – Concentre-se!

Aurora caiu no chão, com um grito estridente e as mãos na cabeça. Aquela onda de ódio tinha vindo de repente e a atingido em cheio.

O problema de transmitir suas emoções para o akumatizado, é que o portador do Miraculous da borboleta também estava exposto às emoções da pessoa. E isso acarretou em uma mágoa e tristeza que tomou conta do coração de Nathalie. Lágrimas saíam dos seus olhos, enquanto raiva, tristeza e medo ligavam a vilã e a vítima.

— Ele vai pagar! ELE VAI PAGAR POR TER FEITO ISSO COMIGO! – Aurora levantou, tremendo de raiva e com os olhos marejados.

— Sim, ele vai pagar. – disse Moth, agora mais calma, tentando controlar o furacão de emoções dentro de si – Mas antes, procure pelos Miraculous e os traga para mim. Aposto que nossos heróis não estão em seu melhor momento.

— Como quiser, Moth.


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Notas finais do capítulo

SIM, EU POSTEI (DEPOIS DE MUITO TEMPO, EU SEI)!

A boa notícia é que não vai demorar muito para sair o próximo, e último capítulo.

Obrigada por terem lido e espero que tenham gostado ♥



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