She escrita por Mavelle


Capítulo 8
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

BOM DIAAAA
Eu sou uma pessoa altamente vespertina, mas hoje tô animada porque esse capítulo meio que pavimenta o caminho pro capítulo de sábado, e o capítulo de sábado é um que vem sendo bastante pedido desde a minha outra fic, então eu tô bem ansiosa pra saber o que vocês vão achar. Acho que já deixei vocês mais ansioses para sábado do que pra ler esse capítulo de agora, mas enfimmmmmmm, espero que gostem

Beijos
Mavelle



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/800262/chapter/8

Quando Andrea lhe disse que podia começar naquele instante, Sophie não perdeu tempo. Sabia que sua melhor chance de conseguir um emprego era através de Posy, que trabalhava lá há anos e que estaria muito mais disposta a ajudá-la do que a mãe. Como se falavam pelo menos uma vez a cada duas semanas, mais ou menos, se sentia mais confortável de fazer isso. 

Então foi trocar mensagens com a irmã.

"Sophie: Poooooooosy"

Levou menos de um minuto para que a resposta viesse. 

"Posy: Ooooooooi

Sophie: Você contou a quantidade de Os e repetiu? 

Posy: Sim, mas não me orgulho disso 

Posy: Estou me distraindo enquanto não recebo umas notícias importantes aqui no trabalho

Sophie: Ah, você está no trabalho

Sophie: Desculpe

Posy: Tudo bem, não tem ninguém trabalhando ainda

Sophie: Então está podendo falar? 

Posy: Sim 

Posy: Aconteceu alguma coisa? 

Sophie: Nossa, tudo kk 

Sophie: Pra começar, eu tô desempregada tem um mês e sem conseguir arranjar um emprego

Posy: Caramba Sophieeeee

Posy: Por que não me disse?

Sophie: A última vez que eu falei com você foi no seu aniversário 

Sophie: Eu não ia estragar a data com uma notícia triste

Posy: Ai, mas devia ter me contado depois

Sophie: Eu sei, eu sei 

Sophie: Sou uma irmã relapsa, me perdoa

Sophie: Agora, além da falta de emprego, ainda tô pra ficar sem ter onde morar porque meu senhorio vai voltar pra cá no fim do mês e eu não tenho como alugar um lugar novo por causa da caução e tudo o mais 

Posy: Meu deussssss

Posy: Que situação péssima

Posy: O que você vai fazer? 

Sophie: Estava pensando em voltar para Londres

Posy: Venha

Posy: Pode ficar comigo o tempo que precisar

Sophie: Sério? 

Posy: Claro que sim 

Posy: Você é minha irmã e família se apoia quando tudo fica ruim

Sophie: Você é incrível! 

Sophie: Eu sei que não digo tanto, mas eu te amo de verdade (não só pelo oportunismo) 

Posy: Eu sei

Posy: Eu te amo também

Sophie: E não se preocupe que eu não vou ser um fardo pra você 

Sophie: Pretendo arranjar um trabalho o quanto antes

Posy: Você não seria um fardo

Sophie: Por uns dias, mas depois você ia querer me expulsar porque eu não teria dinheiro pra pagar uma conta de água

Posy: Bom…

Sophie: Nós duas sabemos que é verdade

Sophie: Inclusive, você saberia dizer se tem alguma vaga na Bridgerton? 

Sophie: Já que fica mais ou menos perto de onde você mora e tal 

Posy: Posso ver com a Kate

Sophie: Eu agradeço muito

Sophie: E pode ser QUALQUER vaga de verdade

Posy: Ok

Sophie: Eu nem sei como te agradecer 

Posy: Eu não já disse que isso é ser família? 

Sophie: Sim, mas, de qualquer forma, obrigada Posy

Sophie: Do fundo do meu coração

Posy: De nada

Posy: E eu sei que você faria o mesmo por mim se fosse preciso

Sophie: Sem nem piscar

Posy: Mas assim 

Posy: Se você REALMENTE quiser agradecer, é só fazer aquela sua torta de limão

Sophie: Nossa, simples assim o agradecimento? 

Posy: Ninguém faz uma torta como a sua

Sophie: KKKKKKKKKKKK ta bem, quando eu chegar aí eu faço 

Posy: E olha, ao menos a situação trouxe algo bom 

Sophie: Minha torta de limão? 

Posy: Sua torta de limão é muito boa, mas não é isso

Posy: Nós vamos morar juntas de novo! 

Sophie: MEU DEUS É VERDADEEEEE

Posy: Você era a única pessoa que fazia a convivência naquela casa suportável

Sophie: Digo o mesmo de você 

Sophie: Agradecia todos os dias por não terem me mandado pro colégio interno na França com a Rosamund, porque não sei como teria me virado sozinha com ela

Posy: OI? 

Posy: QUE COLÉGIO INTERNO?

Sophie: Eu nunca te falei disso? 

Posy: Não mesmo 

Posy: Eu lembraria se você tivesse dito que havia uma chance de eu ficar sozinha com minha mãe e Richard

Sophie: Eita, preciso contar quando chegar, então

Posy: Você está tentando matar a fofoqueira em mim de curiosidade? 

Sophie: HAHAHAHA não 

Sophie: Mas acho que você precisa ir

Sophie: Beijossss e um bom trabalho

Posy: Obrigada! Beijo"

Sophie bloqueou o telefone e Andrea olhou para ela com expectativa. Sophie não tinha dito uma palavra enquanto digitava, então não tinha ideia de como tinha ido.

— E então? - Andrea perguntou. 

Sophie simplesmente sorriu. 

— Que comecem os jogos. 

***

Algumas horas mais tarde, nesse mesmo dia, Benedict achava que estava à beira de um surto. Estava montando a lista de tudo que precisaria fazer antes da abertura de sua exposição na segunda-feira e não sabia se estava mais estressado com a quantidade de coisas para fazer ou por tentar fazer a lista, saber que tinha algo faltando, e não conseguir lembrar o que é. 

A Lady in Silver já era sua segunda exposição, mas era maior que a primeira e seria na galeria do Museu Nacional, que era um lugar infinitamente mais visível do que onde tinha feito a primeira. Além disso, acreditava que aqueles quadros estavam entre seus melhores trabalhos. Tivera de aprender a pintar em preto e branco para imprimir o conceito que queria e, apesar de tudo aquilo ter lhe dado muito trabalho, estava genuinamente orgulhoso do resultado final.

E realmente tinha sido muito trabalho. Tinha feito esboços no papel de como queria que cada tela ficasse usando carvão, mas nem sempre aquilo se traduzia tão facilmente com tinta. Para a sorte dele, aquilo só o motivava. Errar era parte do processo criativo e, quanto mais tentativas fizesse, mais coisas seriam aplicáveis nas outras telas aprenderia.

Achava que nunca tinha passado tanto tempo em um projeto só, mas também nunca estivera tão obstinado em fazer com que algo que estava criando desse certo. 

Obrigado, Prata, de onde quer que você tenha saído naquela noite, ele pensava, enquanto observava a última tela que tinha pintado, em que o homem da pintura deixava o bilhete num dos cantos e o passarinho prateado voava em outra direção. Tinha retratado Prata como um pássaro que se transformava em uma mulher e que voltava a essa forma com o fim da noite. Decidira retratá-la assim porque era assim que a via - livre como um pássaro, livre para ir e vir como bem quisesse. 

Inicialmente, a exposição terminaria com ela saindo do quarto e deixando o bilhete na cama, mas ele, Benedict, precisava de um fechamento, então fez com que o personagem procurasse por ela e acabasse abandonando o bilhete em um banco de parque, enquanto o passarinho voava para o outro lado. Ele era um sonhador, mas não era por isso que ficaria cultivando esperanças de reencontrá-la. Então agora imaginava que, se a reencontrasse algum dia, seria bom e talvez pudesse concretizar seus pensamentos mais bem escondidos e tê-la junto de si; se não, aquela noite teria servido seu propósito de inspirá-lo e deixá-lo enfeitiçado. E ele realmente tinha sido enfeitiçado, mas torcia que o efeito do feitiço sumisse quando a exposição finalmente estreasse e ele se permitisse parar de pensar nela o tempo todo. 

Talvez pudesse voltar a sentir algo beijando os lábios de outra pessoa.  

Nunca imaginou que isso aconteceria. Mesmo depois de terminar um relacionamento de anos com Henry, não estivera quebrado para outras pessoas. Não tinha sido assim quando terminou com Genevieve, uma garota que fazia faculdade com ele e com quem ele ficou por alguns meses, não tinha sido assim com ninguém. 

Até ela.

Até que a tivesse por uma noite e sua cabeça decidisse que ela era a única que ele queria. 

Finalmente lembrou do que estava faltando na sua lista de coisas a fazer: sua sobrinha estava indo ao seu ateliê uma vez por semana, no sábado, para que ele a ensinasse a pintar. Na maior parte do tempo, ela só fazia uma lambança na tela, mas ele adorava que ela fosse. A amava demais e, bem, não conseguia dizer não para aqueles grandes olhos pidões. Além disso, ver a expressão feliz no seu rostinho quando ele fazia um desenho que ela pedia ou quando ele elogiava o que ela tinha desenhado era bom demais. Ela tinha passado por muita coisa nesse ano, e, em alguns momentos, tinha sido difícil arrancar uma gargalhada dela, uma criança que antes sempre ria, então ele aproveitava qualquer chance de trazer um pouco de felicidade para ela. 

Agora, as coisas finalmente estavam melhores, e ela inclusive tinha sido liberada por sua médica naquele mesmo dia, mas, ainda assim, sabia do quanto ela gostava de ir lá e bagunçar suas tintas - quer dizer, pintar -, então, mesmo com o tempo apertado, tentaria vê-la. 

Também seria bom ver alguém que não perguntaria se ele estava nervoso sobre a abertura da exposição. 

Pegou o telefone para mandar uma mensagem para o irmão.  

“Benedict: Que horas você vem deixar a Lottie no sábado?

Anthony: Eu pensei que estava subentendido que esse sábado ela não iria

Benedict: E por que não? 

Anthony: Porque sua exposição abre segunda e você deve estar a um passo de um surto e muito compreensivelmente não quer sua sobrinha bagunçando seu ateliê ? 

Benedict: Pra falar a verdade, eu me obrigo a arrumar porque ela vem, então o caos é bem maior antes dela chegar do que quando ela sai

Benedict: E uma horinha não vai atrapalhar a arrumação da galeria, que só está marcada para a tarde

Benedict: E eu preciso da distração da única pessoa que não vai entender o quão pilhado eu estou de manhã, se não vou enlouquecer

Anthony: Ok, ok 

Anthony: Inclusive pode contar comigo de tarde pra levar as coisas de um canto pro outro, se quiser ajuda

Benedict: Obrigado, mas se mais alguém aparecer vai acabar ficando uma bagunça

Benedict: O Henry disse que ele e o Matthew vão para me ajudar com a arrumação

Anthony: Então seu ex vai com o namorado novo te ajudar a montar a exposição sobre sua paixão platônica 

Benedict: Sim :)

Anthony: Vocês são muito evoluídos, nunca que isso aconteceria comigo 

Anthony: Primeiro que eu não sou artista

Anthony: Segundo que por que eu chamaria ou porque eles se ofereceriam? 

Benedict: Terceiro que a Kate arrancava a cabeça da Siena na unha

Anthony: Sim

Anthony: Não ia querer a Kate presa, principalmente por causa de uma coisa dessas, então fica inviável

Benedict: Voltando ao ponto

Benedict: Que horas vocês vem deixar ela?

Anthony: Umas 9 horas, por aí

Anthony: E aí eu vou ser arrastado pro supermercado 

Anthony: Ele sempre me faz passar de ruim com mercado, meu deus -K 

Benedict: Eu sei, mas eu não acredito

Benedict: Ele acha que eu não sei que você chama, ele resmunga meio segundo e depois vai com um sorriso no rosto

Anthony: E eu realmente arrancava a cabeça dela na unha :) -K  

Anthony: Só não fiz isso porque é melhor seguir com a vida e esquecer essa palhaça -K 

Anthony: Ainda por cima, eu cheguei primeiro e tô aqui até hoje -K

Benedict: KKKKKKKKK

Benedict: Achava que só o Anthony tinha um lado ciumento

Anthony: Ela é quase pior que eu, mas só eu que levo a fama disso, é incrível

Anthony: E desculpe a intromissão na conversa de vocês, é que a gente saiu pra comemorar e ele tava com a cara enfiada no telefone, fiquei curiosa -K 

Benedict: Anthony, você sai pra almoçar com a Kate e fica conversando comigo? 

Benedict: Que mau gosto

Anthony: Obrigada pela parte que me toca -K 

Anthony: Mas você percebeu que tá fazendo a mesma coisa, né amor? 

Anthony: Sim, mas tava aqui só pra me defender e dar tchau pro Benny -K 

Benedict: Tchau

Benedict: Vão lá comemorar que hoje é o melhor que vocês fazem" 

Benedict bloqueou o telefone e suspirou, olhando para o caos ao seu redor e tentando lembrar onde tinha deixado seus óculos. 

Seria uma longa semana. 

*** 

Oito dias depois, na noite de quinta-feira, Sophie pegou um táxi no aeroporto de Londres com destino à casa de Posy, que não ficava tão distante dali. Tinha dito à ela que não precisava ir buscá-la tão tarde da noite e que bastava deixar a porta aberta ou esconder a chave em algum lugar, e, apesar de tê-la convencido da primeira parte, Posy desceu para ir ajudá-la a tirar as malas do carro. Não que tivesse muito: ela carregava apenas três malas, que continham roupas e produtos de higiene e o resto estava sendo enviado de trem. A justificativa é que o frete era mais barato, mas a verdade é que, no trem, não passavam as malas e caixas por raio-x, o que acontecia quando eram enviadas por avião. Sophie não achava que a deixariam embarcar seu pequeno arsenal num avião e não daria a ninguém a chance de achar que talvez não fosse a boa menina que parecia ser. 

— Meu Deus, eu ainda não acredito! - Posy disse, a abraçando forte quando terminaram de entrar em casa. - Vamos mesmo morar juntas de novo!

— Sim! - Sophie manteve o abraço apertado. - Eu estou feliz de estar aqui com você. 

E era verdade. Ela se sentia um pouco mal de estar basicamente usando Posy para ajudá-la a cumprir seus objetivos, mas realmente gostava da companhia e da amizade dela. E, pra melhorar a situação, ela tinha a boca aberta. Duvidava muito que ela soubesse de qualquer coisa sobre os planos da mãe e do cunhado, mas podia ser informada de alguma coisa, como se, por exemplo, a irmã e o cunhado do nada resolvessem se mudar para a Austrália. 

Sabia que a relação entre ela, a irmã e a mãe não era a melhor, mas podia receber informações mesmo assim.

Sophie se sentiu culpada por pensar nisso. A única razão pela qual Posy falava tanto é porque ela era inocente e, mais importante, confiava nas pessoas no geral e nela, mesmo que Sophie soubesse que ela não devia. Quer dizer, Posy podia confiar nela sim, mas, enquanto sua mãe estivesse ajudando a planejar um golpe contra a monarquia, talvez fosse melhor para a relação com a família se não confiasse. E, nesse momento, ela fez uma promessa para si mesma: não usaria o que quer que Posy lhe dissesse, só se realmente fosse vital para a operação. Não iria se aproveitar tanto assim da inocência dela. Além disso, se uma informação tão confidencial vazasse, poderiam logo associar a Posy e sua boca grande e quem morava com ela e que tinha aparecido de repente pouco antes de essas informações vazarem? 

Não, era melhor manter algumas coisas para si. 

— Quer comer alguma coisa? - Posy perguntou, indo para a cozinha depois de mostrar a Sophie o seu quarto, onde ela agora depositava suas malas. - Eu fiz chá porque você provavelmente está cansada, mas tem pizza que eu pedi mais cedo. 

— Só chá já está ótimo. - ela respondeu, indo para a cozinha também. - E, de novo, obrigada por me acolher. 

— Eu não já te disse para parar de agradecer por isso? 

— Sim, mas é impulsivo. - ela respondeu, sentando numa das cadeiras. - E eu vou pagar minha metade do aluguel e das contas assim que conseguir o emprego e receber meu salário.

— Tudo bem, sem pressa. - e era verdade. Vinha mantendo aquele apartamento sozinha pelos últimos 5 anos, então mais um mês não seria problema, mesmo com Sophie lá. 

— Obrigada. 

— Sophie! - Posy reclamou, já rindo. 

— Ai, que inferno. - Sophie reclamou, o que fez com que Posy risse ainda mais. - Desculpe, vou tentar parar. - ela disse, despejando o chá que estava na garrafa em uma xícara que tinha pego do armário da cozinha. 

— Ok. 

Por alguns momentos, as duas apenas conversaram e tomaram chá. E então Posy assumiu uma expressão um pouco séria. 

— Eu queria te pedir um favor. - ela disse. 

— Do que você precisa? - Sophie pensou. Quer que eu descubra alguma informação para você?, ela quase disse. Quer que eu bata em alguém? Essas são basicamente minhas duas habilidades. Posso usar as duas combinadas, se preferir

— Amanhã vai ter um jantar na casa da minha mãe e a Rosie disse que eu podia levar alguém para não me sentir tão deslocada. 

— Entendi. - Sophie engoliu em seco, apesar de saber que devia estar comemorando. Novamente, não achava que Posy soubesse de nada, mas elas podiam comentar alguma coisa. Ver Araminta e Rosamund era basicamente parte da sua ocupação agora, só não estava preparada para que isso acontecesse tão cedo. Ou que fosse convidada para jantar com elas. Ela respirou fundo. - Quer mesmo que eu vá? 

— Sim, por favor. - Posy pediu, quase que implorando. 

— Tudo bem.

— Eu sei que não é muito sua praia e que vocês nem se davam muito bem, mas quando eu falo que é um jantar, é mais como uma festinha. Vamos comemorar o noivado da Rosie. 

Sophie arquejou, fingindo que não sabia da informação há mais de uma semana. E, Deus do céu, estava mesmo recebendo a oportunidade de ir num jantar íntimo com as pessoas que precisava espionar? 

— Rosamund está noiva? 

— Sim! - Posy sorria, felicidade genuína pela irmã. - Ainda não tornaram público, mas eles vão dar um jantar amanhã para que as duas famílias possam se conhecer melhor e ela disse que eu podia levar alguém. 

— Mesmo que seja eu? - ela perguntou, receosa. - Não éramos o que se podia chamar de melhores amigas.

— Ela mudou bastante depois que começou a trabalhar com internet e ainda mais depois de James. Você vai adorar ele, tenho certeza. Ele é muito simpático e muito legal, de verdade, faz você sentir como se fosse a única pessoa que importa no mundo enquanto conversa. 

— Nossa. - Sophie falou, honestamente expressando a sua surpresa. Esperava que James fosse uma pessoa horrível, mesmo depois de ouvir tantas e tantas pessoas dizendo que ele era encantador. O fato de ele estar com Rosamund só aumentava aquele cenário na sua cabeça, mas, para Posy, ele parecia legal. Um lobo em pele de cordeiro, tenho certeza, ela pensava. Eu amo a Posy, mas não sei se ela seria capaz de ver uma ameaça em James nem se ele gritasse na sua cara que a estava ameaçando. - Sem ofensas, não parece o tipo de pessoa que eu imaginaria com a Rosamund. 

— Eu sei. - Posy disse. - A imagem que você tem da Rosie é a de uma menina de 15 anos, e essa é a mesma imagem que ela tem de você, mas as duas cresceram bastante nesse tempo, amadureceram bastante. Arrisco dizer que vocês se gostariam hoje em dia. - Sophie fez uma careta, desacreditando. - Ok, eu exagerei, mas vocês se aguentariam. 

— É, eu não posso julgar a mulher que ela se tornou baseada na menina que um dia foi. 

— Assim como ela não pode fazer o mesmo com você.

— Sim. - Sophie respirou fundo. - Eu vou com você. Nem que seja pra lhe levar um pouco de paz de espírito. 

— Obrigada. - Posy sorriu para ela. 

Sophie sorriu de volta. O dia seguinte seria bastante atarefado, entre ir na Bridgerton e fazer a entrevista de emprego e o jantar com Araminta, mas seus instintos lhe diziam que algo grande ia acontecer. 

Ela só não sabia o que. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "She" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.