— Muito bem, pessoal, o café está pronto! — Paul os chamou da cozinha.

— Caramba, isso que eu chamo de café da manhã! — Pedro falou ao ver a comida. Era um verdadeiro banquete que ocupava a mesa quase toda, frutas, pão, mortadela, queijo, dentre outros. Eles logos sentaram e começaram a comer, com exceção de Paul, que apenas observava.

— Como fizeram aquilo? — Perguntou, fazendo com que Pedro e Robson o fitassem.

— Aquilo... — Pedro perguntou fazendo um sinal de dúvida com as mãos.

— Como vocês dois sobreviveram, eu tenho certeza que os atingi com aquela rocha — Explicou enquanto Pedro mordia outro pedaço de abacaxi.

— Para ser sincero, foi tudo ideia de Pedro, ele descobriu tudo sabe-se lá como.

— Havia um pequeno túnel onde estávamos, lembra da nossa luta contra Zyron e Rayol? — Pedro perguntou, se referindo ao final onde eles foram arrastados e afundando no solo — Criamos um local para nos esconder, que passava de onde a rocha atingiu, até depois de onde vocês dois estavam, depois que o gongo tocou, foi só acabarmos com vocês — Explicou.

— Impressionante, saíram de nossa armadilha perdendo o torneio e ganharam a aposta, resultando no ganho da habilidade de fusão — Gustav comentou enquanto cortava um pão.

— Essa fusão precisa de uma dança? — Pedro perguntou depois de terminar de comer sua abacaxi completamente.

— Não, basta apenas um toque e a vontade de que isso aconteça.

— Vocês ensinam juntos por causa da fusão? — Robson perguntou e eles afirmaram acenando positivamente com a cabeça.

— Como chegaram aqui? — Paul perguntou.

— Eu estava em minha dimensão indo para uma praça com Robson, iriamos jogar pebolim, mas fomos “assaltados” e, devido provocarmos o bandido, paramos nessa dimensão, a arma que nos trouxe aqui veio junto e graças a ela, Hekapoo nos fez o desafio da Dama de Fogo, que é a razão de estarmos aqui agora — Pedro respondeu se levantando.

— Vai aonde?

— Preciso resolver umas coisas, vou sair, mais tarde eu volto — Explicou, eles afirmam com a cabeça — Posso pegar emprestado? — Pediu apontando para as luvas, Paul assente positivamente com a cabeça, ele as coloca e sai — Oi garoto, você ainda guardou aquelas folhas e as garrafas? — Perguntou ao ver Astral, ele movimenta a cabeça apontando para onde elas estavam, Pedro segue a direção e vê as poções atrás de uma moita — Bom garoto — Agradeceu, ele vai até onde elas estavam e pega um frasco e uma folha, ele se corta e derrama um pouco de sangue na folha, a enrola e coloca dentro do frasco. A folha pega fogo e começa a mudar de forma, até subir para a saída da garrafa e virar uma tampa que tinha o exato formato do rosto de Pedro, a lava muda de cor e fica azul — Ok, funcionou, minha cor favorita — Comentou colocando o frasco de volta no lugar e pegando outro, ele faz um movimento com as mão e uma espécie de cofre de Pedra surge escondendo as poções, então ele afunda na terra — Muito bem, está na hora de devolver um livro — Falou perto de Astral, ele montou e eles voaram, em direção a casa de Jake — Muito bem rapaz, descanse um pouco — Pediu depois de pousar na frente da casa de Jake, ele vai até a porta, mas a abriram antes dele bater nela e ele arregalou os olhos ao ver o pequeno pássaro com barba o encarando com os olhos arregalados e sorrindo.

— Sentiu minha falta? — Perguntou. Jake surgiu atrás e pulou por cima dele, acertando um chute no rosto de Pedro, dando um mortal para cair em pé e derrubando-o — Espero que não se importe, eu peguei seu amigo emprestado de novo — Falou mexendo na varinha que segurava — Vamos ver o quão forte você é sozinho, acabe com ele — Mandou apontando para ele com a varinha e Jake avançou contra Pedro e assim que o atingiu levantou uma grande poeira e pouco depois Jake saiu voando de lá até a porta onde Ludo estava.

— Eis a questão, eu não estou sozinho — Pedro falou ainda escondido na poeira e rajadas de fogo saíram de lá em direção a Ludo, que disparou raios verdes para impedir as bolas de fogo.

— Tenho que admitir, isso foi impressionante — Ludo falou ao vê-lo. Astral havia fundindo-se a Pedro, que estava mirando em Ludo com a mão de disparo.

— Ok, vamos acabar logo com isso — Falou, então movimentou o braço e fez a calda de Astral esticar em direção a Ludo, mas a calda parou antes de chegar nele.

— Esperto, porém eu acho que não — Falou esticando o braço com a varinha para ele — Vai lá, garota — A ponta da calda brilhou em verde, então foi para cima de Pedro — Porque está se batendo? — Perguntou rindo enquanto a calda de Astral fazia golpes sucessivos em Pedro. Ele se afastou rapidamente dela ficando a frente de Ludo, a calda foi a toda velocidade para cima de Pedro, que desviou fazendo com que o golpe atingisse Ludo.

— Nem eu conseguiria fazer um golpe tão forte assim — Afirmou, então o agarrou e o jogou longe e Astral desfunde-se dele — Guarde isso em algum lugar — Mandou fitando a varinha, Astral a pega e voa para longe — Agora vamos cuidar de você — Falou olhando para Jake.

— Aconteceu de novo não foi? — Jake falou depois de se levantar dando um soco em Pedro.

— Sim — Respondeu — Na próxima me lembra de não ficar perto depois de você acordar, ok?

— Não — Respondeu e eles deram uma risada — O que veio fazer aqui?

— Vim aqui para devolver algo que me emprestou — Falou olhando para a porta sorrindo, então desmanchou seu sorriso rapidamente — Que eu esqueci de pegar com Astral, opa — Lembrou passando a mão na nuca.

— Tudo bem, aproveitando que você está aqui, eu quero te dar uma coisa — Falou se levantando e entrando na casa, Pedro o seguiu.

— O que é que você quer entregar?

— O que eu já deveria ter entregue — Respondeu depois de entrar no quarto, onde havia apenas 2 pares de bainhas, que faiam dois X — 2 para você e 2 para Robson — Falou mostrando as espadas — avise para Paul e Gustav que elas servem, e, quando conhecerem, para Luka também.

— Como assim que elas server? — Perguntou e Jake riu.

— Você vai saber quando chegar a hora — Respondeu — Ah e quando ver aquela ave de novo, trate de não pegar leve — Terminou.

— Eu sempre pego leve — Pedro falou rindo, então ele saiu da casa e montou em Astral — Qual é sua cor favorita? — Perguntou pegando o livro.

— Azul, porque? — Respondeu recebendo seu livro de volta.

— A mesma que a minha — Mencionou, então alçou voo.

— Boa viajem — Falou e Pedro pousou perto dali.

— Bem, eu não pedi o sangue dele, mas eu já peguei — Mencionou fitando a poção que era de Jake. Ele se lembra do momento em que Jake atingiu seu rosto levantando a nuvem de fumaça devido à velocidade, Pedro se defendeu, impedindo a perca de dentes, mas ainda foi atingindo e seus dentes cortaram o dedo de Jake liberando um pouco de sangue em sua boca, que acabou de ser cuspido na folha e colocado no frasco, formando a tampa no formato do rosto de Jake e mudando a cor da lava para azul — Azul, deu certo — Comentou alçando voo, agora para a casa de Paul e Gustav.

— Chegou bem na hora — Hekapoo falou, animando Pedro.

— Hora de comer? — Perguntou, então recebeu um tapa dele caindo no chão.

— Você tem noção da preocupação que ficamos de você? — Ela perguntou.

— Eu não faço a mínima ideia.

— Eu tentei dizer para ela que estava tudo bem, mas.

— É, eu sei como ela é — Interrompeu — O que eu perdi, Robson.

— Bem, eu enfrentei Goul e alguns controlados.

— Controlados?

— Deixa eu explicar como foi.

***

— O que foi? — Robson perguntou ao ver Hekapoo encarando-o abraçando Sophie na cama.

— Nada não, eu só tenho um problema com Pedro — Ela comentou balançando a cabeça e cruzando os braços.

— Como assim?

— Quando acordei esses dias eu quase cai da cama devido estar muito perto dele, ele me segurou por pouco — Explicou.

— Ah, por isso ele riu quando me acordou ontem — Comentou — Mas então, onde ele está?

— Ele saiu, disse que ia devolver o livro de Jake — Respondeu, Robson arregala os olhos e pula da cama e corre para a cozinha.

— Acordou cedo, está tudo bem? — Gustav perguntou assim que o viu — Pedro já saiu a pouco tempo — Comentou, fazendo Robson suspirar.

— Está tudo ótimo — Respondeu — Quero treinar um pouco — Pediu, Gustav assente com a cabeça e ele se levanta.

— Calma, garoto, primeiro come, depois nós vamos.

— Certo — Respondeu se sentando novamente enquanto esticava o braço para pegar comida.

— Muito bem, vamos? — Gustav o chamou depois dele terminar de comer, ele responde apenas sinalizando positivamente com a cabeça. Eles saem da casa e andam um pouco, até chegar em um local onde havia apenas terra no chão.

— Que lugar é esse?

— É o local onde treinaremos — Comentou, ele movimentou as mãos e algumas pedras foram jogadas contra Robson, que desviou.

— Vamos lá, faz alguma coisa mais difícil.

— Muito bem, foi você quem pediu — Uma rocha enorme levantou do chão onde Robson estava, então outra foi jogada contra ele, que a socou e a quebrou em vários pedaços — Muito bem, você não tem para onde correr, então quebre-a — Os pedaços começaram a circular em volta dele, impedindo que ele enxergasse o lado de fora, então começaram a ataca-lo aos poucos, fazendo pequenos calos e cortes leves. Robson socava algumas, mas outras o acertavam.

— Se não pode contra elas, junte-se a elas — Lembrou olhando para o chão em que estava, ele socou a rocha partindo-a em duas, então as segurou com os braços esticados e girou rapidamente enquanto caia, fazendo com que as pequenas rochas fossem vaporizadas devido a que ele segurava ser mais resistente. Ele chega ao chão sem nenhuma rocha tentando acerta-lo, ele vê assombra de Gustav devido ele estar em frente do sol e joga uma das rochas que estava segurando nele, acertando e arrancando sua cabeça — Ah não, não não não! — Berrava enquanto corria para o corpo de Gustav que ainda estava de pé e assim que chegou do lado se surpreendeu — Isso vai doer — Comentou ao ver o corpo se movendo e fazer um gancho forte que o fez voar para longe — Corpo de pedra, sensacional! — Comentou se levantando.

— Vamos ver como você se sai contra um Controlado — Ele disse.

— Controlado?

— É como uma pessoa, ou seja, tem vida e consegue controlar os 4 elementos — Explicou fitando o Controlado que criou uma nova cabeça agora de fogo — Cuidado, esse é de ataque.

— Com assim?

— Dá para saber pela cabeça, se a cabeça for de pedra ele ainda precisa ser ativado e é ativado arrancando a cabeça, se for de fogo é de ataque, de água simboliza defesa — Explicou e Robson o fitou devido ele não falar o último elemento.

— E se for de ar? — Perguntou.

— Esse é uma boa pergunta — Retrucou, então o clone acertou um golpe em Robson que o fez se arrastado.

— Vamos no divertir, como diria um velho amigo meu — Falou ao terminar de ser arrastado, então avançou para cima do clone, mas não conseguiu se mexer, ele olhou seus pés e viu que eles estavam congelados — Ah não, virei Loki — Comentou antes de ser jogado de um lado para o outro atingindo o chão com força.

— Nada mal, garoto — Paul falou ao lado de Gustav — Pelo menos sabe ser saco de pancadas, é um bom começo — Comentou e deu uma risada. Robson soca o gelo em seus pés e o quebra, voando em direção ao clone, ele o soca mas o clone se defende com outro soco, Robson agarra seu braço e coloca seus pés no torso dele, o arrancando, o controlado tenta soca-lo com o outro braço, Robson desvia e agarra seu braço, depois o arranca e golpeia o controlado com os braços arrancados que são destruídos com o impacto e o controlado voa longe.

— Posso ter uma luta com Goul? — Pediu fitando os dois.

— Não acha melhor cuidar do seu atual oponente antes, amigo? — Gustav comentou fitando o controlado.

— Nossa — Robson falou ao vê-lo novamente. O controlado agora estava com a cabeça de fogo e os braços agora eram vários tentáculos de água, sua cabeça soltou pequenas faíscas, elas aumentaram seu tamanho e foram jogadas contra Robson que desviou por pouco — Essa passou perto.

— Melhor apagar o cabelo — Gustav falou rindo, Robson rapidamente bate no cabelo tentando apagar a chama nele — O seu não, o dele — Explicou.

— E como eu ia saber — Perguntou se distraindo, o controlado o golpeia com um poderoso chute em suas costas, então o agarra com seus braços e gira rapidamente, jogando-o longe ao solta-lo.

— Ele tem vida, mas é muito resistente, portanto, difícil de matar, mas é só eliminar as fontes de vida dele, um é na cabeça e... Você bem que podia me ouvir — Paul explicava, mas desistiu ao ver que Robson estava correndo para cima do controlado.

— Eu estou ouvindo, mas a melhor defesa é um ataque — Retrucou pulando para cima do controlado, que tentou agarra-lo mas seus braços foram atravessados, em uma última chance, ele tenta chuta-lo, mas acaba recebendo o poderoso golpe de Robson em suas pernas — Onde é que fica o outro? — Perguntou ficando de costas para  controlado para fita-los.

— Nas pernas — Gustav respondeu, então arregalou os olhos — Mas não nesse caso — Comentou, o controlado estava sem pernas e flutuando.

— Dominação de ar — Paul comentou assustado — Saia daí garoto.

— Não, esse é meu treinamento, não é só porque ele fez algo nunca visto eu vou desistir, vocês que fiquem aí — Robson falou se virando, então avançou para o controlado lentamente.

— Gustav, água é defesa, fogo ataque, terra neutro, portanto, o que o ar é? — Perguntou, então Gustav o fitou.

— É o temível, eu já li em alguns livros com vários comentários diferentes, mas uma coisa neles é comum, a extrema velocidade — Falou, então fitou Robson e logo Paul fez o mesmo.

— Vamos ver do que você é capaz — Robson falou e correu contra o controlado golpeando-o ao chegar perto, então ele foi arrastado para trás, como se tivesse sido golpeado.

— O que aconteceu? — Gustav perguntou.

— Ele o golpeou antes, foi tão rápido que nem vimos — Paul respondeu. Robson foi agarrado e jogado para cima e golpeado repetitivas vezes com o corpo do controlado, que voava o acompanhando e o acertava, fazendo-o ir mais alto e girar a cada golpe — O que é aquilo? — Paul falou, fitando o tapa-olho de Robson que estava no chão — Aquilo não é o....

— Ele está... sorrindo? — Gustav falou interrompendo-o, Robson soca o controlado fazendo com que sua mão ficasse dentro dele.

— Encontrei — Falou, então o controlado se transforma em cinzas e ele cai no chão levantando uma poeira e quando ela se dissipa, ele já estava com seu tapa-olho.

— Muito bem, isso foi impressionante — Paul falou.

— Obrigado, vamos, está na hora de comer — Chamou, então eles voltaram para casa.

***

— Impressionante, quem sabe eu enfrente um na próxima — Pedro comentou após ouvir o que Robson fez — E aqui estão as nossas armas — Disse mostrando as espadas que Jake lhe entregou — De acordo com Jake, elas suportam.

— Ótimo, então eu vou encanta-las — Paul falou pegando as espadas de Pedro.

— Enquanto isso, vocês podem ler esse livro de encantamentos, o saber é sempre a melhor arma — Gustav falou pegando dois livros iguais e entregando a eles.

— Certo — Pedro falou ao pegar os dois livros, então entregou um para Robson foi para o quarto e Robson o seguiu.

— Vocês vão descer, não é — Hekapoo perguntou fitando-os e eles responderam acenando positivamente com a cabeça, então puxaram um livro e a estante se moveu, revelando uma porta.

— Voltaremos em breve — Gustav falou, então ele passou pela porta, Paul o seguiu e a porta se fechou.

***

— Ok, vou fazer algo para comermos — Avisou, então foi para a cozinha e preparou sanduiches para todos — Não se preocupe, fiz para você também — Comentou se virando com um prato na mão.

— Obrigado — Disse pegando o prato, Pedro pegou dois pratos e subiu para o quarto, entregando um para Robson, mas tocam a campainha e ele foi atender, ao abrir a porta ele se depara com um homem de sua altura, cabelo espinhoso de cor preta, olhos pretos. Estava usando uma camisa que cobria metade de seus braços e usava um fone de ouvido que destacava devido a cor azul. Assim que abriu, ele soca Pedro na barriga, mas ele contra-ataca jogando para longe da porta — Pois é, isso não é bom — Comentou, ao ver quem mais estava ali — Robson, temos visitas! — Gritou, então saiu da porta lentamente e logo Robson apareceu`.

— Como estão, Vicky e Raya? — Robson falou acenando para as mesmas — E quem é esse cara? — Perguntou se referendo ao garoto de cabelo espetado.

— Eu vim me vingar, eu vou derrotar vocês com meus poderes — Liza berrou disparando esferas de energia para cima deles, que desviaram facilmente.

— Vingança de que mesmo? — Robson disse.

— Vim me vingar de minha derrota e agora eu posso matar aqueles que me humilharam.

— Ok e você vai vim ou vai mandar...— Pedro falou, então fitou o cara de cabelo espetado.

— Nilton — Respondeu se levantando.

— Ou mandar Nilton novamente? — Terminou e Liza serrou os dentes.

— Ataquem — Gritou apontando para os dois e Raya, Vicky e Nilton avançaram para cima deles.

— Robson, você já derrotou Liza, deixa ela comigo, você cuida do resto?

— Pediu.

— Beleza — Falou assentindo com a cabeça, Pedro assobiou e pulou alto Astral o atingiu e fundiu-se a ele rapidamente, partindo para cima de Liza.

— Sempre querendo enfrentar as mais fortes. Bom, não vou machuca-los, mas sugiro se defendam — Robson falou para os que estavam partindo para cima dele — Vicky joga umas poções no chão, fazendo a mesma cortina de fumaça rosa do torneio — Droga — falou ao ser atingido por um soco na barriga, Vicky tentou desferir um chute em seu rosto mas ele segura seu pé — Não — Falou, então a empurrou — Por que querem nos matar?

— Não queremos te matar — Ela falou avançando para cima dele — Mas temos que a obedecer, se não ela nos mata, não temos escolha — Explicou, então começou a ataca-lo sequencialmente, mas ele defendia cada golpe.

— Sempre há escolha — falou pouco antes de ser acertado por uma bola de energia azul, que ao atingi-lo explode e o arrasta um pouco, ele procura o lugar de onde elas vieram e enxerga uma luz se movimentando rapidamente, ele se movimenta e desvia de outra esfera de energia azul — Nilton, certo?

— Eu mesmo — Respondeu disparando mais esferas de energia contra Robson, que desviou, mas foi golpeado nas costas, ele tentou revidar, mas ela não estava mais lá.

— Sua velocidade te ajuda muito — Comentou desviando de outras esferas de energia.

— Verdade, sou uma vampira, mas também posso voar — Raya falou do alto, caindo em cima dele — Posso ser eficiente — ele se levanta e tenta desferir vários golpes nela, mas Vicky chegou e a ajudou e logo ele estava cercado pelos.

— Eu não sei fazer apenas uma poção — Ela falou, então jogou uma pequena poção que explodiu ao acertar na face dele, liberando uma pequena névoa branca que ele inspirou.

— Eu estou... — Não terminou a frase, caindo no chão dormindo.

— Ele é bem resistente, ainda falou antes de dormir, é uma pena que temos que mata-lo — Vicky falou.

— Só acaba logo com isso, se nós não fazermos o que ela manda ela mata a gente, não somos fortes o suficiente para enfrentar ela — Explicou.

— O beijo da morte — Raya falou, então beijou Robson e mordeu seus lábios, para injetar seu veneno, mas Robson a golpeia na cabeça, fazendo-a desmaiar.

— Raya! — Vicky disse e Robson a segura quando ela tentou ataca-lo.

— Eu também tenho meus truques — Falou retirando uma pequena poção do seu bolso, ele bebeu e passou a enxergar perfeitamente ali — Eu não a machuquei, mas ela vai ficar deitada por um tempo, assim como você — Falou, então bateu sua cabeça na dela fortemente e a colocou no chão — Duas já foram, agora só falta um — Falou, então correu para cima de Nilton e pulou em cima dele derrubando-o, depois o socou, nocauteando-o.

***

— Vocês dependem mesmo desses dragões, não é? — Liza perguntou depois de Pedro parar no ar em frente dela.

— Não, mas é muito divertido usá-los — Respondeu, então ela disparou esferas de energia contra ele, mas não chegou a atingi-lo devido as bolas de fogo que ele disparou, fazendo explosões quando colidiram — Esse dragão é meu, diferente de Robson... — Ele a puxou para si usando a calda de Astral —...eu seu manuseá-lo muito bem — Falou aproximando seu rosto, ela bate seu rosto no dele, fazendo com que ele se solte e com que quebre seus óculos, ela começa a voar para longe e ele a persegue, fazendo com que ela disparasse várias esferas de energia, mas ele se defende — Você vai se arrepender disso — Falou fazendo um movimento que fez com que a calda de Astral a segurasse, então girou jogando-a com força no chão, depois caiu em cima dela — Isso é por quebrar meus óculos — Falou se afastando dela, foi para o local da fumaça rosa e a dissipou batendo as asas — Se divertiu? — perguntou depois de ver o amigo.

— Mais ou menos, elas dizem que Liza vai fazer algo ruim a elas — Respondeu.

— Vamos ajuda-las, eu vou te dizer o que fazer.

***

— Você deveria acordar — Falaram, acordando Liza que estava atordoada no chão.

— Onde estou? — Perguntou depois de acordar — Me ajudem a levantar! — Mandou, logo Raya e Vicky a ajudaram a levantar, mas ela fez uma magia e eletrizou as duas, que caíram no chão totalmente queimadas — Inúteis — Falou se levantando e virando-se de costas para elas.

—  Você deveria acordar — Falaram novamente, Liza arregalou os olhos e virou-se novamente.

— Como? — Falou disparando uma esfera de energia nelas, transformando-as m pó.

— Você deveria acordar — Ela ouviu de novo atrás dela.

— O que está acontecendo — Falou coçando os olhos — Como isso é possível — Gritou atirando esferas de energia, mas era inútil, quanto mais atirava mais apareciam, logo ela estava rodeada por centenas delas, que avançaram para cima pulando, ela fez uma magia poderosa que as fez desaparecer.

— Você deveria ir embora — Falaram finalmente e Liza saiu voando.

— Não disse que iria funcionar? — Pedro falou quando ela desapareceu de vista.

— Usar o livro de clones para clona-las várias vezes? — Robson perguntou desativando as clones.

— Exatamente.

— Pois é, acho que devemos um favor para Matt.

— Pois é, vamos voltar e leva-los para casa, eles devem acordar em breve.

— Certo, vamos.

***

— E então, eles acordaram? — Pedro perguntou assim que os dois chegaram em casa.

— Eles estão bem, mas não acordaram ainda — Hekapoo respondeu.

— Eles estão acordando! — Sophie falou, chamando a atenção dos três que subiram para o quarto, Pedro e Hekapoo entram e Robson ficou escorado na porta.

— O que? — Raya falou, sendo a primeira a se levantar, ela os viu e olhou ao redor assustada.

— Não se preocupe, ela não vai mais incomodar nenhum de vocês — Pedro falou.

— Não, ela nunca desiste, ela sempre volta — Vicky falou se levantando.

— Dessa vez ela não vai voltar, não se preocupem — Robson falou.

— Mas e agora, o que faremos? — Nilton perguntou.

— O que quiserem, estão livres — Pedro falou, então os três se entreolharam — O que foi.

— Desde que chegamos aqui, nós nunca fomos livres.

— Do que estão falando? — Robson perguntou.

— Estávamos batalhando no nosso mundo, então paramos aqui... Nós? Já sei o que fazer, vamos encontrar os outros.

— Essa não é uma má ideia — Vicky falou e Nilton deu de ombros.

— Temos algo grande a fazer pela frente, então vamos logo — Nilton falou se levantando e saindo do quarto.

— Nos veremos de novo? — Elas falaram ao mesmo tempo.

— Certamente que sim e em breve — Pedro respondeu, então elas saíram do quarto e da casa.

— Conhecia elas?

— Não exatamente, eu li uma história em que elas são alguns personagens principais, se elas estão aqui, os outros também devem ser de lá. A pergunta é, o que eles estão fazendo aqui?

— Algo deve ter acontecido, você se lembra do nome da história?

— Doces X travessuras, acho que o criador foi Pequeno.

Eclipe — Falou e Robson o fitou com uma sobrancelha arqueada — Não sei o nome, esse é o nome do usuário dele no site onde eu lia aquelas fanfics, o estranho é que elas não parecem ter perdido a memória, mas não lembram seus nomes originais, estranho — Terminou colocando a mão no queixo.

— Está na hora de saber se vocês realmente leram o livro — Paul falou entrando no quarto — Sigam-me.

— Certo — Responderam e o seguiram até o local onde Robson enfrentou o Controlado.

— Finalmente chegaram — Paul falou fitando os dois, ele estava em cima de uma pedra grande — Está na hora de encantarem suas espadas... Onde está seu óculos rapaz? — Perguntou para Pedro.

— Quebrou.

— Certo, continuando... As espadas estão aqui, encante-as com o encantamento que quiserem — Falou.

— Certo.

— Vocês sabem o que fazer — Terminou jogando as espadas para os dois, que as pegaram quando caíram no chão, levantando apenas o punho delas, então andaram fazendo círculos no chão, então as soltaram, de forma que elas caíram dentro dos círculos.

— Hakai Shigetsu Hakuno — falaram simultaneamente, então os círculos brilharam e as espadas começaram a flutuar e a girar rapidamente, até que o círculo para de brilhar e as espadas começam a parar de girar e a brilhar.

— Peguem-nas — Gustav falou, então eles se aproximaram para as segurar e elas mudaram de cor assim que eles as tocaram.

— Agora usem-nas, imagino que vocês saibam como fazer isso, então — Paul falou olhando para trás, onde Gustav criou alvos que se moviam — acertem os alvos — Mandou.

— Certo — Falaram então fizeram um movimento com as espadas, Pedro disparou uma rajada de fogo e Robson uma rocha, mas erraram os alvos.

— De novo! — Mandou e eles tentaram, mas erraram — De novo! — Mandou novamente e de novo e de novo, até que eles conseguiram, com movimentos que nunca foram vistos, Pedro cruzou as espadas, disparando um X de fogo e Robson as enfiou no chão, levantando espinhos que perfuraram seu alvo.

— Impressionante.

— Vamos voltar para casa — Gustav chamou e eles o seguiram e assim que chegaram foram comer e depois dormir.

***

— Pode deixar a garrafa — Liza pediu, estava em um bar há algum tempo, até que um ser com uma roupa que cobria todo seu corpo apareceu sentando a seu lado.

— Eu pago o dela e me traga o de sempre, por favor — Pediu entregando o dinheiro.

— Obrigada — Agradeceu sem fita-lo.

— Você está com problemas, precisa de ajuda e eu posso oferecer isso — Ele falou, então o seu copo chegou, sendo apenas um suco.

— Está oferecendo um acordo? — Liza lhe pergunta, ele toma um gole antes de a responder, fazendo aparecer sua mão sem o dedo do meio.

— Preciso de um feitiço de controle mental, um que não possa ser quebrado facilmente.

— E o que eu ganho com isso? — Ela perguntou e ele coloca a mão dentro de sua roupa, retirando um livro — Não pode ser — Falou tentando pega-lo, mas ele puxou.

— Primeiro o que eu quero, depois você pode se vingar, Liza — Falou e ela acenou positivamente com a cabeça.

***

— Paul, o que foi? — Pedro perguntou, fitando o amigo ao seu lado em pé — Seus olhos... — Ele parou de falar se levantando rapidamente desviando do golpe dele — O que tem de errado com você? — Falou desviando de mais golpes que ele tentava acertar.

— Meu... livro... — Ele falou com uma voz sombria, sua boca brilhava quando falava, Pedro acertou um golpe em sua cabeça e ele caiu.

— De que livro ele estava falando? — Pedro perguntou.

— Livro? — Hekapoo perguntou acordando.

— Sim.

— Isso não é bom.

— O que ouve? — Paul perguntou se levantando.

— O livro, o que ouve com ele? — Hekapoo perguntou.

— Eu não lembro, tudo que eu lembro foi daquele homem lagarto falando “Vamos ver se funciona” e depois usou seu rabo perfurando meu braço — Falou, então Pedro e Robson se entreolharam.

— Esse lagarto, cabelo penteado, terno e gravata, elegante e sem um dedo na mão direita? — Robson perguntou, chamando atenção de Hekapoo, que o fitou arqueando uma sobrancelha.

— Sim.

— É, estamos com problemas — Pedro falou suspirando.

— Certeza que é ele? — Hekapoo perguntou.

— Toffe, difícil dizer, mas é provável que sim — Pedro a respondeu.

— Mas para que ele queria esse livro? — Robson perguntou.

— Ele precisa de uma bruxa para poder usá-lo — Paul disse.

— Liza? — Robson perguntou.

— Vingança, certamente, ela vai usar contra nós — Pedro falou.

— Com licença, vocês sabem que horas são? — Gustav perguntou na porta do quarto.

— Hora de aventura? — Pedro falou sorrindo.

— Ao menos me deixem dormir, por favor — Pediu saindo do quarto.

— Ele tem razão, vamos dormir, amanhã refletiremos sobre o que fazer — Paul falou saindo do quarto.

— Certo — Responderam, então se deitaram.

***

— Muito bem, funcionou perfeitamente, mesmo que a dosagem não seja duradoura, ele durou bastante — Toffe falou, havia duas pessoas ao seu lado, Liza e um homem de cabelos marrom quase ruivo, que iam até quase o pescoço, olhos vermelhos, estava usando um manto que cobria seu corpo, mas o anel brilhante em seu dedo era notável.

— Trato é trato — Liza falou.

— Algum problema? Parece entediada — Ele perguntou.

— Eu li o livro, mas não acho que sou poderosa o suficiente para invocar o mais poderoso dos poderosos — Explicou.

— Talvez não, mas eu sei o que posso fazer — Toffe falou, então roubou um frasco do homem que estava ao seu lado no momento em que ele se levantou para sair — Você pode beber isso, é uma poção de poder, beba antes de chegar lá — Disse colocando em cima do balcão.

— O que você quer que eu faça? — Ela perguntou pegando o frasco.

— Tem um castelo, cujo dono é um pássaro com barba, apenas preciso que você o convença a ter um novo lacaio.

— O que mais? — Perguntou fitando-o.

— Apenas isso — Respondeu, ela deu de ombros e saiu do bar, Toffe a seguiu até a saída — Por ali — Falou apontando, então ela voou na direção que ele apontou e ele suspirou — Então você ainda está aqui — Falou virando-se para o homem que ele roubou o frasco.

— Você roubou algo de mim, porque não estaria aqui? — Ele respondeu sorrindo, então Toffe avançou contra ele, mas ele se defendeu segurando-o — Para que isso? Eu não vou te machucar, não o quero de volta, mas — Falou, então o jogou com força no chão, fazendo uma grande cratera — Nunca ouse fazer isso de novo.

— Não pense que me derrotou tão fácil — Toffe falou, se levantando.

— Seu dom de se curar pode ser bastante irritante — Toffe o atacou novamente, usando seu rabo para agarrar seu pescoço, mas ele defendeu fazendo com que o rabo agarrasse seu braço, então o puxou para perto de si — Vou deixar que fique com o frasco, mas saiba que você me virá novamente — Disse, então o soltou, depois se virou e caminhou lentamente para longe dali.

— Quem é você — Perguntou, fazendo-o parar, o homem o olha de lado e mostra um sorriso assustador.

— Eu sou apenas um hacker qualquer — Respondeu, então desapareceu.

— Tudo bem com você? — Liza falou descendo em seu lado ajudando-o a se levantar.

— Sim, estou bem, está feito?

— Claro!.

— Muito bem, tome — Ele falou, entregando-lhe o frasco.

— Eles não vão sobreviver a isso — Ela falou alçando voo.

— Você devia planejar melhor — Reclamou, ela deu de ombros e foi em direção ao seu destino — Teimosa.

***

— Ok, temos que saber o que fazer, em relação a Toffe — Paul falou. Estavam na mesa comendo sanduiches que Paul fez.

— Primeiro devemos encontra-lo — Pedro falou — Depois ir atrás desse tal livro ou ir encontrar Liza, que possivelmente estará com ele.

— Ou a gente não precisará ir atrás dela — Robson interviu — Deixaremos que ela venha até nós.

— Não é má ideia, ela não é muito esperta, virá até nós com o livro original — Gustav comentou.

— Concordo, mas o que exatamente nós vamos enfrentar? — Robson perguntou, fitando Paul.

— Demônios, esqueletos, larvas gigantes, todo tipo de fera do submundo — Respondeu escorando-se na cadeira.

— Cérbero? — Pedro perguntou.

— Se ela tiver poder suficiente para isso, sim — Respondeu, fazendo com que os dois se entreolhassem — Minha pergunta é, o que ele queria em troca?

***

— Quer uma bebida? — Falou após sentar-se na cadeira em frente do possível novo chefe, que recebia total atenção, principalmente devido ao terno elegante e o cabelo bem penteado. Ele acenou positivamente com a cabeça, indicando que aceitava a bebida e Toffe a colocou em cima da mesa imediatamente e a empurrou para Ludo — Parece decepcionado.

— Você não sabe como, é difícil achar bons capangas aqui e até ontem eu tinha certeza que não precisava, mas por algum motivo eu sei que preciso agora — Explicou massageando a cabeça, Toffe sorriu e olhou para cima, onde estava Liza agachada em uma das janelas, fitando os dois com o livro em mãos, ele acenou com a cabeça e ela pulou, saindo do castelo de Ludo voando, em busca do que queria.

— Espero que estejam prontos, rapazes — Ela falou rindo, voando rapidamente para o local onde foi derrotada da última vez. Chegando ao local ela convocou um exército de criaturas do submundo, que cercaram a única casa ali e fizeram toda a plantação desaparecer — Esse será o fim de vocês, saiam daí e me enfrentem novamente — Chamou gritando. A porta da casa foi aberta lentamente, dentro dela estava totalmente escuro, não se podia ver nada, então uma chama surgiu no fundo e se moveu para sair, multiplicando-se em várias chamas que circularam a casa — Clones — Comentou levemente surpresa, então vu um novo ser sair da casa, mas sabia que não era quem ela queria, ele era mais alto que ambos, seu cabelo ia até o pescoço e encaracolado, magro. Usava uma camisa xadrez e uma calça do exército, mas o que mais chamava a atenção era sua arma, que notava o encantamento forte de longe, uma enorme foice amarrada em suas costas.

— Somente isso? Eu esperava mais de você — Ele falou, fitando-a sorrindo.