Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics
Notas iniciais do capítulo
Desfrutem ♥
Gilbert não cabia mais dentro de si. Estava tão feliz que nada no mundo mais pareceu importar. Deu um beijo no topo da cabeça de Sara.
— Obrigada por esse presente maravilhoso. Nada, absolutamente nada pode superar o que eu estou sentindo nesse momento. – Gilbert murmurou com a voz embargada, não conseguia mais segurar-se sabia que iria desabar em lágrimas e não se importava com isso.
Sara também chorava. Tinha mais certeza que nunca da ligação forte que Gilbert e aquele bebê – agora Julia – tinham. A emoção era tanta que o casal tinha certeza que conseguiram ver uma ponta de lágrima na doutora.
Logo mais alguns cuidados e dicas sobre essa etapa da gestação foram passados pela Beatriz para os papais emocionados, e assim seguiram rumo a casa de Sara.
— Sara, antes de entrar no carro, eu preciso te mostrar uma coisa. – Gilbert falou eufórico ainda com a notícia.
Ele a fez abrir o bagageiro, pegou uma de suas malas, e dentro havia uma caixinha delicada que ele entregou para Sara.
— Não vou conseguir esperar até em casa para mostrar isso.
Sara abriu então o laço que envolvia a caixa e entregou para Gilbert. Em seguida abriu a caixinha com delicadeza. Ela era branca com detalhes em um tom de rosa bem claro. Dentro havia um par de sapatinhos rosa feito de tricô à mão. Os olhos de Sara estavam novamente mareados. Principalmente quando viu que embaixo aquela linda toalhinha também em tons de rosa e branco com um bordado escrito Julia.
Sara o abraçou com um sentimento misto de ternura e paixão.
Lágrimas naquele momento eram insistentes, e caiam sem aviso escorrendo pelas duas faces já rosadas e com um sorriso repleto de felicidade.
— Quando comprou isso? – Sara perguntou assim que se soltou de Gilbert.
— Depois de nossa briga por telefone semanas atrás. Senti-me péssimo de ter perdido a consulta, e passei em frente a uma loja de crianças. Tinham tantas coisas, e aqueles sapatinhos me chamaram a atenção. A toalhinha estavam perto do caixa de pagamento, haviam várias com vários nomes, mas a primeira da pilha era essa... Como se estivesse me chamando. – Gilbert sorria feito bobo.
— No fim você estava certo o tempo todo.
Sara colocou então os sapatinhos e a toalha sobre a barriga.
— Viu filha o que o papai comprou pra você?
— E eu também trouxe uns catálogos de lojas infantis lá dos Estados Unidos. Como vocês vão ficar pouco tempo aqui, pensei em fazermos algo bem simples, e quando formos para lá montamos um quarto de princesa para nossa princesa. – Ele sorriu.
Eles conversavam somente com o olhar, era inexplicável. Quando olharam a volta, perceberam que ainda estavam de pé na rua, a frente da clinica. Não haviam se movimentado.
— Que tal olharmos isto em casa? – Sara perguntou sem graça.
— Acho perfeito. – Ele sorriu.
Sara entrou no carro, colocou o sinto de segurança e esperou Gilbert entrar no lado do carona em fazer o mesmo. Então começou a dirigir rumo a sua casa.
— Eu reservei um quarto de hotel bem perto da sua casa.
Sara franziu o cenho quando ouviu. Não acreditava no que Gilbert estava dizendo, ainda sim deixou que ele falasse, enquanto se segurava para não rir.
— Assim podemos nos ver mais frequentemente. Não irei ficar muito tempo, mas achei que fosse melhor estar perto, aproveitar um pouco mais você e Julia.
A morena continuou calada, prestando atenção no trajeto enquanto evitava rir. Gilbert fitou-a quieta, um pouco séria. Estranhou.
— Sara?
— Sim, estou ouvindo.
— Mesmo?
— Claro. – Respondeu simples. – Que você alugou um quarto de hotel perto da minha casa, para ficar próximo, e tudo mais. – Ela ainda tentava não rir, tinha certeza que seu semblante tinha uma expressão estranha. E realmente tinha.
— Sim. – Ele completou estranhando a atitude de Sara. – Fica somente a três quadras da sua casa, e posso ir a pé te ver depois do trabalho e...
Sara não aguentou e interrompeu o que ele falava com uma gargalhada alta.
— Está tudo bem?
— Uhum. – Sara disse tentando ficar séria novamente, mas não tinha como.
— Os hormônios da gravidez estão em ação novamente. – Gilbert falou ainda sem entender o que passava na cabeça de Sara. – Mas gosto quando está contente.
— Eu também. – Fora o que ela se limitou a fazer.
Logo estavam a frente do hotel que Gilbert havia reservado o quarto. Eles desceram. Sara abriu o bagageiro e um funcionário do hotel o ajudou com as malas. Eles foram até a recepção.
— Olá. – Sara se adiantou, falando com o recepcionista do hotel.
— Bom dia. No que posso ajudar? – O recepcionista respondeu com grande educação.
— Tem uma reserva para Gilbert Grissom neste hotel? Sim.
Ele hesitou a responder, mas logo Gilbert colocou a identidade sobre o balcão e o mesmo abriu um grande sorriso. Não deveria dar informações sobre hospedagens a estranhos.
— Ah sim. Claro. Quarto duzentos e três. Creio que chegou um pouco cedo. Ainda estamos fazendo a limpeza dos quartos o checkin dos hóspedes irá ocorrer dentro de alguns minutos. Vocês podem esperar no saguão?
— Não será necessário. – Sara disse assim que possível, antes que Gilbert concordasse. – Tivemos uma mudança de planos e eu gostaria de cancelar a reserva. – Sara sorriu de canto. – Há alguma taxa ou multa?
— Não. Não há nada. Precisamos somente os dados e faremos o cancelamento da reserva. – Disse ainda muito gentil.
Sara não deixou que Gilbert contestasse. Logo já havia resolvido tudo e cancelado a reserva de Gilbert no hotel. Assim que saíram Gilbert colocou tudo de volta no bagageiro e entrou no carro.
— Sara, o que a senhorita está fazendo? – Gilbert perguntou ainda sem entender exatamente.
— Gilbert, eu não acredito que você está vindo pro Brasil e se hospedando em hotel. É obvio que você vai ficar na minha casa. – Ela disse rindo. – É incabível que tenha pensado o contrário disso. Vamos ter um filho juntos, vamos nos casar em breve. Está querendo guardar celibato?
— Longe disso. – Disse ele constrangido. – É que como você não me falou nada, eu não queria entrar na sua casa e...
Neste momento Sara já estava com o carro em movimento e Sara ria da situação deixando Gilbert ainda mais sem jeito.
— Gris, existe certo momento na vida de um casal em que não se necessita de convite. A intimidade já é o suficiente para não necessitar de palavras. Você realmente achou que ia deixar você se hospedar em um hotel ao invés de te ter todas as noites na minha cama?
— De verdade, torcia para que não. Porém, então por que você fez questão que eu tirasse as malas do carro.
— Por que eu achei que iria mudar de ideia e dizer para irmos para minha casa. – Ela moveu os lábios formando um bico.
— Uma semana aqui vai ser muito pouco. – Gilbert disse por fim.
— Pouco mesmo. – Reclamou.
— Prometo que assim que as gravações terminarem, que eu fico um mês inteirinho aqui com você. E quando o bebê nascer eu vou ficar aqui também.
— Mesmo?
— Mesmo. – Prometeu.
— Gris, não promete algo que você não pode cumprir, sabe que isso não depende de você. – Ela fitou-o.
O carro já estava em casa, ela estacionou na garagem.
— Vou fazer depender Sara. Quero acompanhar a sua gestação, o crescimento de Julia. Você está certa. Ver isto via internet, não estar nas consultas, não saber dos seus exames, e não estar aqui quando você tem desejos. Axel está sendo mais pai que eu. – Respirou pesadamente, visivelmente insatisfeito.
— Mas é o único pai que eu queria para a minha filha. Gilbert Grissom, eu te amo.
— Eu também te amo Sara Sidle.
O beijo fora longo. Apaixonado e cheio de saudades. Parecia que quando estavam juntos que o tempo parava. O relacionamento deles havia começado tão rápido, e tudo ocorreu de maneira tão atropelada e mesmo assim eles sabiam que queriam um ao outro durante toda a vida.
— Gris... – Ela disse assim que terminaram de se beijar. – Acho que devíamos sair do carro.
— Realmente, o que eu quero fazer com você fica bem mais confortável na cama. – Ele sorriu maliciosamente.
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