Te conhecer foi mágico escrita por Arthemis0


Capítulo 1
Gato Curioso




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Na cidade de París, no século 16 existia uma loja muito famosa de roupas e tecidos, o dono do local, Gabriel Agreste, tinha muito orgulho do seu comércio, já que tinha dedicado quase toda a sua vida a ele, já seu filho, Adrien Agreste, estava sendo treinado para assumir os negócios do pai. Gabriel, sempre muito exigente, controlava não só sua educação como toda sua vida. Adrien aceitava e concordava com essa intervenção e exigência que o pai fazia, mesmo sendo um pré-adolescente de 15 anos.

Afim de mostrar para o pai que tinha progredido em sua educação e que saberia como lidar com a venda de roupas e tecidos, Adrien viajaria sozinho, não era uma viajem muito longa, era estava indo para um vila próxima de Paris , duraria no máximo quatro dias, um dia para ir, dois para vender muitas mercadorias e um dia para voltar. Adrien se orgulhava de ser um bom vendedor, mais por causa de seu rosto bonito e sorriso galanteador do que a lábia. E os três dias que se seguiram nada de muito diferente do planejado aconteceu, as senhoras ricas eram facilmente convencidas a comprar os vestidos e Adrien tentava o seu melhor na negociação para ter o maior lucro na venda dos tecidos.

Em seu quarto dia, com um saco cheio de moedas e confiante Adrien se despediu do dono da hospedagem, lugar em que tinha ficado esses dias, arrumando suas coisas, e algumas mercadorias que tinham sobrado, em sua pequena carroça e firmando as correias de seu cavalo, seria um dia de viagem, como estava saindo bem cedo Adrien tinha esperança de chegar no fim da tarde e ainda conseguir falar com seu pai e mostrar o sucesso de sua educação, o deixando orgulhoso, mas Adrien se perguntava se alguma coisa que ele fizesse deixaria seu pai orgulhoso.

Ansioso para chegar em casa o rapaz não estava prestando atenção no caminho a sua frente, a estrada já era perigosa, com pedras grandes no meio do caminho, o que fazia a carroça pular muito e Adrien tinha decidido acelerar o passo de seu cavalo, mas o que ele não viu que no meio da estrada tinha uma cobra deu um bote, quando o cavalo de Adrien se aproximou, por reflexo, empinou e começou a se debater, dando também um coice na carroça o que fez o rapaz cair e rolar pela estrada, se machucando em diversas pedras e por fim batendo a cabeça, o que o fez desmaiar.

Adrien acordou em um quarto simples e pouco bagunçado, com paredes e chão de madeira, estava com a respiração agitada, sobressaltado, afinal, o que tinha acontecido? Ele não se lembrava, e ainda, onde estava? Olhou com olhos arregalados ao redor do cômodo, achou uma janela, o Sol estava laranja, estava se pondo, parecia estar em uma casa no meio de árvores, provavelmente um bosque, em uma clareira ou no início de uma floresta.

— Ah! Finalmente acordou. – Ouviu a porta se abrindo. – Pensei que iria ficar aí, desmaiado, para sempre.

Adrien viu um homem alto entrando, ele tinha uma pele oliva, cabelos bagunçados e compridos até o pescoço, uma barba rala e olhos verdes preguiçosos, que vestia um conjunto preto, calças, camisa e o que parecia um sobretudo antigo. Era uma figura esquisita, para os padrões da época, e isso fez o rapaz arregalar mais os olhos.

— Seus olhos vão sair da sua cabeça se você continuar assim. – Disse o homem com a voz entediada. – Vamos garoto! Diga alguma coisa. – Falou um a voz mais elevada.

Adrien suspirou de surpreso com a mudança de humor repentina.

— Desculpe... eu... – Respirou fundo, tentando achar palavras até que sentiu uma ardência na lateral de seu corpo. – AI!

O homem se aproximou

— Você sofreu uma queda bem feia, bateu todo o seu corpo nas pedras, isso criou hematomas em todo seu corpo, raspou o lado direito do seu corpo no chão. – O homem levantou a camisa de lã branca do rapaz. – Você tentou erguer seu braço para proteger a cabeça. – Curativos se estendiam por toda a lateral do corpo de Adrien e ele ainda podia ver algumas manchas roxas no resto do corpo. - Mas não consegui, você bateu a cabeça, que o fez desmaiar. – Explicou, tirando um pouco do curativo para que o rapaz pudesse ver o quanto estava feio aquele machucado. – Se eu fosse você esperaria cicatrizar um pouco para continuar a viagem.

— Obrigado por cuidar de mim. – Adrien olhou para o homem e depois para a janela. – Onde estou?

— Na minha casa. – Respondeu seco.

— Quem é você? – Adrien estava achando aquele homem muito estranho, mas, pelo que parecia esse homem tinha o ajudado, cuidado dele. E por mais que negasse Adrien era curioso.

— Não importa, assim que você melhorar poderá embora. Seu cavalo está lá fora. – Disse saindo do quarto. – Garoto, se quiser comer algo a cozinha fica pra lá. – Apontou para a esquerda.

Adrien ficou aliviado por seu cavalo estar ali e estar bem, e pensou que realmente aquele homem era alguém nada simpático, mas tinha algo nele que fazia Adrien se interessar, talvez não era algo, mas sim tudo nele despertava a curiosidade que o rapaz tentava reprimir desde pequeno por causa das inúmeras broncas que já tinha recebido do pai. Ele se levantou com dificuldade, com objetivo de ir a cozinha, estava realmente com fome.

Andou a passos lentos até a porta, depois, um pouco mais rápido até a cozinha, reparou que a casa inteira era bem rústica e bem conservada, a decoração era curiosa, tapeçarias com desenhos de flores, quando Adrien chegou na cozinha, não muito diferente do resto da casa, com armários baixos. Foi até um desses armários, existiam algumas coisas estranhas como mantimentos, como algumas espécies de flores secas, alguns frascos com líquidos estranhos de cores estranhas.

Adrien decidiu ignorar os armários e olhou por cima do balcão, sentiu um cheiro vindo debaixo de um pano e o levantou para dar uma espiada, quando viu que era um queijo tampou o nariz, fez cara feia, ele não era um grande fã de queijo. Olhou mais um pouco ao redor, existia uma cesta de frutas, caminho para a mesa e viu que as frutas pareciam estar a muito tempo ali, achou melhor não pegar elas e, como o queijo, não tinham um cheiro agradável, então só sobrou para Adrien pegar um pedaço de carne seca que estava amarrada em um barbante perto da janela.

Achou uma faca em uma das gavetas da cozinha, cortou um pedaço de carne, e levou até a boca ficando aliviado ao sentir que estava boa, então cortou um pedaço maior e decidiu comer enquanto procurava o seu cavalo. Saiu da cozinha para o que achou que seria a porta da frente. Saiu da casa, que era cercada de grandes pinheiros verde escuro, a sua frente viu a carroça, correu para ela aliviado al perceber que não tinha perdido nenhum dos tecidos na queda, se isso tivesse acontecido seu pai ficaria decepcionado.

Voltando olhar ao redor Adrien percebeu que de um dos lados da casa tinha uma pequena horta, outro lado um terreno cercado e coberto com outra casinha anexada, que era o suficiente para abrigar uma vaca, duas ovelhas, quatro galinhas, um galo e agora um cavalo. Adrien entrou no cercado e foi até a casinha que servi de abrigo para os animais, lá seu cavalo estava mastigando feno e quando viu o rapaz deu balançou a cabeça para cima e para baixo duas vezes, o reconhecendo.

— Você parece estar muito bem. – Se aproximou, com um pequeno sorriso, dando carinho na cabeça do cavalo. – Quanto tempo eu fiquei aqui? – Encostou com carinho a bochecha no focinho do bicho. – Papai deve estar preocupado. Devemos ir o mais rápido possível.

Adrien percebe que não conseguiria subir no cavalo por causa do machucado que ainda ardia muito e limitava seus movimentos decidiu seguir a recomendação do homem estranho e esperar até que o machucado cicatrizasse, o suficiente para conseguir voltar a montar e viajar para casa.

— Parece que vamos ficar um tempinho aqui... – Disse para o cavalo.

Adrien então decidiu procurar o homem, agradecer novamente por cuidar dele, de seu cavalo e lhe dado comida, poderia oferecer tecido ou roupas novas como agradecimento, afinal aquele homem estava precisando. Voltou para dentro, onde esse homem estava? Não sabia nem o nome do sujeito, decidiu olhar pela casa, que era bem maior do que ele tinha imaginado, isso despertou mais uma vez a curiosidade do menino e dessa vez o pai não estava lá para conte-lo.

Começou a olhar com cuidado a sala, era um lugar confortável com uma mesa pequena, cadeiras em volta, embaixo da mesa um tapete na parede uma lareira grande. A cozinha tinha armários baixos, uma cesta de frutas em um dos balcões e do outro lado o queijo. Olhou para o corredor, a primeira porta era o quarto que estava, um pequeno quarto com uma cama de solteiro, móveis de madeira da mesma cor que as paredes e o chão da casa.

Seguindo encontrou outra porta, do outro lado do corredor, não muito longe do quarto, nessa porta um pequeno cômodo, com uma banheira de madeira, em um canto um balde para o transporte da água, da lareira para a banheira. Saindo do banheiro, no fim do corredor, tinha outro quarto, maior que o Adrien o anterior, com uma cama de casal bagunçada, uma cômoda com uma bacia em cima e um jarro de água para lavar o rosto pela manhã, sem falar no armário simples entre aberto. Adrien tinha achado a casa bem simples, mas aconchegante e bem diferente da casa dele, que era de um burguês bem-sucedido.

Mas nada de achar aquele homem rabugento, foi quando o rapaz ouviu um pequeno “boom” vindo de uma porta discreta que ficava encostado na porta do quarto principal, Adrien se sentiu burro por não ter visto antes. Abriu com cautela, sendo cegado pela grande quantidade de luz que entrava na grande janela da sala, que tinha as paredes cobertas por prateleiras, algumas com livros, outras com coisas estranhas, outras com ervas e flores secas e bem no meio daquela sala, maior que os outros cômodos, tinha uma grande mesa quadrada com vidros de formatos estranhos para Adrien.

— O que faz aqui? – Perguntou o homem indo até Adrien e o triando da sala. – A cozinha é para o outro lado garoto. – Disse irritado.

— Ah!... Senhor... – Adrien ainda estava impressionado pelo que havia visto, não conseguindo achar palavras para conversar, já que a mente estava ocupada demais com perguntas.

— Não se aproxime daqui garoto. – Disse o homem sério, encostando o dedo no peito do rapaz.

— Meu nome é Adrien. – Disse, cansado de ser chamado de garoto. – Não sou um garoto, tenho 15 anos.

— Ainda não tem pelos no peito, então não passa de um garoto! – Falou o homem, sério, com as mãos na cintura.

— Não sou! – Dessa vez Adrien estava irritado com as bochechas infladas.

— Então porque está discutindo. – O homem deu um sorriso de canto, aquele garoto era mais interessante que pensava.

— Eu... – Adrien ficou sem palavras, estava sendo infantil. – Eu estava te procurando.

— Porque não chamou?

— Não sei seu nome. – Disse sarcástico.

— É Plagg. O que quer?

— Somente agradecer por cuidar de mim, do meu cavalo e por não deixar minha mercadoria na estrada.

— De nada. Só isso? – Perguntou levantando as sobrancelhas.

Adrien olhou para a porta atrás deles, depois olhou para o homem, aquela sala era misteriosa, e queria saber mais sobre ela, mas lembrou das críticas do seu pai sobre a curiosidade, e Plagg não o queria ali, decidiu ficar quieto sobre isso.

— Só. – Respondeu um pouco a contra gosto.

Plagg conhecia aqueles olhos, olhos curiosos, sabia que o menino tinha espiado por toda a sua casa e o quanto ficou impressionado com a sua sala, isso só deu duas opções para Plagg, ou o tal Adrien ou era louco suficiente para querer aprender magia ou era curioso o suficiente. De qualquer forma, depois do que aconteceu, Plagg não queria ter mais contato com ninguém, então para ele, Adrien tinha que se curar e ir embora o mais rápido possível. Era fácil se afeiçoar por crianças, ainda mais se essa criança era igualzinha a ele quando mais jovem. Ainda mais os olhos de um menino que pareciam estar amarrados, era tão triste... Plagg balançou a cabeça, não queria e não devia ficar pensando nisso.

— Já comeu garoto? – Disse indo para a cozinha.

— Só um pedaço de carne seca, ainda estou com um pouco de fome, você não tem nada nessa casa?

— Nada? Como assim nada? – Passando por Adrien Plagg foi até a cozinha sendo seguido pelo rapaz. – Tem Camembert. – Pegou feliz um generoso pedaço de queijo, e começou a comer.

— Você só come isso? – Adrien fez cara feia.

— Porque comeria outra coisa? - Plagg apreciava o pedaço.

Os dois ficaram em silencio, Adrien tentava se esquecer do que havia visto naquela grande sala, ele queria entrar lá de novo queria perguntar pra que cada um daqueles vidros que viu em cima da mesa, queria abrir cada um dos livros que viu na estante, descobrindo seu conteúdo, queria explorar cada um dos frascos estranhos que viu, queria tocar em cada erva seca. E não poder fazer isso o incomodava.

A inquietação de Adrien não passou despercebida e Plagg ficava incomodado também, ele achava que se alguém queria falar alguma coisa, devia falar logo, e não ficar guardando para si. E diferente de Adrien, ele não precisava reprimir esse sentimento. Plagg se virou ficando de frente com o rapaz, com os braços cruzados.

— Essa sua cara de cachorro abandonado está me irritando garoto. – Deu um olhar severo. – Diga logo o que quer.

— Senhor, eu só... – Adrien estava com a cabeça abaixada, apesar de querer muito, não sabia se podia perguntar ou não, nem o que devia falar.

— Não sou tão velho assim, me chame pelo nome, agora que sabe.

— Plagg... – Adrien levantou um pouco a cabeça na esperança que o homem assentisse que o chamasse assim.

— Fale de uma vez. – Disse mais forte. E isso desencadeou a boca de Adrien.

— Primeiro, onde estou? No meio da floresta? Bosque? Que tipo de casa só tem queijo fedido e carne seca para comer? Que tipo de casa tem aquela sala? O que são aqueles livros? As ervas e as flores secas? Aqueles vidros esquisitos? O que tem naqueles frascos de cores estranhas? E você, porque é tão irritado e grosso? Quem é você?

Plagg deu um sorriso de canto de boca, essa era a curiosidade que tinha visto no olhar do rapaz, e que agora ele estava falando.

— Porque demorou tanto para perguntar garoto?

Já era tarde, Plagg estava afeiçoado por Adrien, que ficou desconcertado com a resposta do homem, coçou um pouco a cabeça, pensando se devia ou não responder as dúvidas apresentadas, então decidiu dar um voto de confiança para.

— Tudo bem garoto...

— Adrien! – Corrigiu.

— Tudo bem ADRIEN. – Respirou fundo. – O lugar onde estamos se chama Floresta Joie.

— A floresta do rei? – Disse Adrien, era estritamente proibido entrar no território do rei, a punição? Morte.

— Não se preocupe, estamos seguros, o covarde do rei nunca se aventurou para tão dentro dessa floresta, e eu... – Plagg sorriu, lembrando do feitiço que escondia ele e a casa. – Eu me certifiquei que ninguém achasse essa casa.

— Como fez isso?

— Longa história garo... Adrien, venha.

Plagg levou até a sala, fazendo o rapaz se maravilhar outra vez, e o homem sorriu de novo, Ser jovem é realmente muito bom pensou. Se aproximou da mesa, puxou um banquinho, que estava embaixo da mesa, se sentou e deixou Adrien observar cada detalhe da sala. Ele se aproximou dos livros e passou os dedos pelas capas de couro duro.

— Que histórias eles contam. – Perguntou o curioso.

— Esses livros não contam histórias, eles ensinam coisas. Pegue um.

E foi o que Adrien fez, ele acabou pegando um livro fino que não chamava muito a atenção, puxou outro banco que tinha debaixo da mesa e sentou, o livro tinha o título “Despertando a Magia”, sem demore ele abriu e começou a folear as páginas, tinha uma imagem esquisita com uma pessoa ligada a um animal por um fio.

— Plagg o que é isso? – Disse mostrando a ilustração.

— O despertar de uma pessoa mágica, quando descobre e desperta seu digamos, animal interior, embora seja mais complicado que isso.

— Pessoa mágica?

— Um feiticeiro, um mágico, aquele que consegue manipular uma ciência chamada magia. – Adrien continuou encarando o homem como se esperasse mais explicação. – Nunca ouviu falar? - Adrien negou com a cabeça. – Magia é uma arte, é preciso muito esforço para conseguir domina-la, uma ciência que tem como objeto de estudo tudo a nossa volta, e usa a energia presente em tudo como instrumento de estudo.

— Então o que significa esse desenho? – Perguntou, apontando de novo para a ilustração.

— A energia presente nos seres vivos é a sua força vital, a sua vida, então é preciso uma sobre vida, um animal, que é feito parte por sua alma, parte por energia da terra, que está sempre se renovando, por isso é praticamente inesgotável. E é por causa disso também que alguns mágicos acabam que vivendo mais que o normal.

Adrien ficou encarando o homem pensando o quão divertido era ser um mágico, o quão libertador aquilo poderia ser, e isso deu a ele um sentimento de estar preso a correntes, preso e triste.

— Você é um desses, um mágico?

— Sim. – Sorriu vitorioso.

Ficaram em silencio, Adrien continuou a folear o livro, entendia as palavras mas não as compreendia. O que exatamente está escrito aqui? Se perguntava.

— Você... você pode me ensinar? – Disse inseguro.

— Não. – Plagg falou grosso tirando o sorriso do rosto e ficando sério.

— Senh... Plagg – Se corrigiu. – Porque está me mostrando tudo isso?

O homem olhou para a janela, e nela tinha um desenho pendurado, estava esboçado com lápis e era preto e branco, então só dava para dizer que era uma mulher, uma linda mulher. Mas Adrien não tinha reparado nesse desenho, só ficou esperando uma resposta.

— Tem razão. – Plagg encarou o rapaz. – Porque estou mostrando isso?... Só se cure logo e vá embora.

Se virou para a mesa e começou a mexer nos vidros, e Adrien tinha pensando em várias coisas, mas principalmente pensava sobre magia.

— Se é mágico, porque não faz algo sobre meu machucado? Já que me quer fora daqui o mais rápido possível. – Plagg o encarou.

— Garoto, nem tudo se resolve com magia, muitas vezes é bom deixar o corpo se curar sozinho, além do mais, não sou bom em magia de cura. – Disse triste.

Adrien decidiu não discutir mais, fechou o livro, o colocou no lugar, não sabia se ainda era ou não bem-vindo naquela sala, foi para fora, com o objetivo de ficar um pouco com o cavalo. E o resto do dia foi assim, Plagg e Adrien meio chateados, cada um em seu canto.

Por sorte, foi só o primeiro dia, no resto do tempo os dois foram se conhecendo melhor e se tornando amigos. Plagg não reclamava, não tentava se esquivar e nem se irritava com as perguntas de Adrien, diferente de seu pai, fazendo com que o rapaz se tornasse cada vez mais próximo de Plagg. Que por sua vez estava feliz depois de alguns anos de isolamento naquela floreste, considerando o rapaz como um irmão mais novo. Até que chegou o dia de Adrien ir embora. O garoto já estava encima da carroça, junto com as mercadorias tinha um pouco de comida, o suficiente para durar a viajem toda.

— Garoto, antes de ir queria te dar uma pequena lembrança. – Plagg se aproximou do rapaz.

— Você já cuidou de mim, me ensinou um monte de coisas e ainda quer me dar um presente? – Disse rindo.

— Só uma lembrança.

Estendeu a mão fechada, e Adrien também aproximou a mão aberta, Plagg deixou cair um anel preto, incomum, com um desenho verde delicado de uma pata.

— Obrigado, Plagg.

— Pode ir agora garoto.

Adrien sorriu, colocou o anel e comandou o cavalo para continuar o caminho, quando olhou para trás na tentativa de dar uma última olhada na casa que o acolheu, arregalou os olhos ao ver que a casa não estava lá, lembrou que Plagg tinha dito que a casa era bem escondida. Magia, sorriu e continuou o caminho.


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