Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 17
Hermione Terá que Decidir


Notas iniciais do capítulo

Hello, potterheads, boa leitura!



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Hermione

Um dia se passou desde que conversei com Rodolphus. Draco me manteve em seu quarto, continuamos o fingimento como se eu fosse uma refém. Estávamos ficando tensos com a demora na resposta de Rodolphus, com medo de que ele não aceitasse e tivéssemos piorado a situação. 

— Tenho mais medo do que ele vai te pedir para fazer, na verdade. - Draco disse enquanto conversávamos sobre o assunto. Ele se sentou em sua cama e me olhou. - Tenho medo que ele te machuque, Hermione, eu não iria conseguir me controlar.

— Mas precisaria. - suspirei. Estava sentada no sofá que havia em seu quarto, encolhida. - Nós precisamos manter o plano, Draco, pelos nossos filhos e o futuro deles.

— Eu sei… - ele suspirou e deixou seu corpo cair na cama. - Achei que teríamos paz após a guerra… 

— Eu também, mas acho que não podemos ter paz por tanto tempo, né. - dei uma risadinha seca e suspirei, apoiando o queixo nos meus joelhos e olhando para a parede, sem foco, pensando na minha família.

— Draco. - Rodolphus disse ao bater na porta. 

Draco levantou rápido e abriu a porta. Me encolhi ainda mais, olhando para baixo e evitando olhar para Rodolphus antes do necessário.

— Quero conversar com vocês dois.- ele disse e puxou uma cadeira, se sentando de frente para mim. Draco se sentou ao meu lado, tenso, mas tentando parecer o mais relaxado possível. - Teremos um ataque daqui dois dias. Hermione vai conosco e você cuidará para que ela não faça nenhuma besteira. - Draco assentiu em silêncio. Rodolphus me olhou. - Você vai provar sua lealdade atacando um vilarejo, matando o máximo de trouxas e bruxos possível.

— Matar…? - sussurrei. Isso era demais. 

— Você não disse que deve muito ao Draco? 

— Tio, ela poderia destruir as casas e comércios… entendo que matar pessoas seja demais para ela, que sempre foi certinha demais… - Draco falou e revirou os olhos em tédio. 

Rodolphus o olhou e levantou uma sobrancelha. - A lealdade dela tem que ser em algo que ela jamais faria se não estivesse mesmo envolvida. - me olhou e sorriu. - Hermione Granger jamais mataria alguém. E, dessa forma, além de provar sua lealdade, estará tão envolvida nisso quanto nós. 

Respirei fundo e olhei para Draco. Ele deu de ombros como se não importasse mesmo, mas percebi o quanto lutava para não demonstrar seus verdadeiros sentimentos.

Olhei para Rodolphus e falei baixo: - Uma pessoa… e destruir as casas e comércios.

Ele continuou sorrindo. - Isso não é negociável assim, Granger. Vai matar quantas pessoas se meterem no seu caminho, enquanto destrói tudo ao seu redor. Se tentar qualquer gracinha, Draco irá pagar.

— O que? - Draco perguntou rápido.

— Se ela sente mesmo algo por você, irá obedecer pelo seu bem, Draco.

— Mas, tio… - ele continuou em tom de reclamação.

— Sem mas. Entendido? - me olhou mais sério.

— Sim, senhor… - suspirei e abaixei a cabeça. Como eu poderia matar pessoas inocentes?

— Ótimo. - ele suspirou e se levantou. - Draco, peça para uma das garotas comprar roupas para Granger, ou ela usa as suas, tanto faz. Qualquer coisa, estarei no meu escritório. - e saiu do quarto.

Draco respirou fundo e trancou a porta, voltando a se sentar ao meu lado, bem tenso.

— Hermione… - ele sussurrou.

— Eu não sei se vou conseguir… - sussurrei e olhei para ele. - Eu não posso matar pessoas inocentes, Draco… 

— Eu sei… - ele suspirou e me abraçou. Me encolhi em seu abraço, deitando a cabeça em seu ombro e fechando os olhos, chorando baixinho.

— Mas se eu não fizer, você vai sofrer, e também não posso deixar isso acontecer… - sussurrei.

Ele suspirou e acariciou meu cabelo delicadamente. - Nós vamos dar um jeito, Mi.

— Gostei disso… “Mi”… - sussurrei e olhei em seus olhos. Ele secou delicadamente minhas lágrimas com o polegar, acariciando meu rosto. 

— Que bom que gostou… - ele sussurrou e sorriu levemente.

Aproximei um pouquinho mais meu rosto, desviando o olhar para seus lábios macios, um pouco mais calma e sem pensar muito bem no que estava prestes a fazer, mas com saudades de sentir o toque de seus lábios nos meus.

— Hermione… - ele sussurrou e virou o rosto delicadamente. 

— Desculpa, eu não… não devia… - suspirei e me levantei, me afastando. O que aconteceu comigo?, pensei e respirei fundo. 

— Está tudo bem, você está abalada… - Draco disse. 

— Sim, estou… mas não devia confundir as coisas. - suspirei e me sentei na beiradinha da cama. - Nós temos que acabar com isso logo, Draco, eu não posso ir nesses ataques… 

— Nós vamos acabar logo, e vamos dar um jeito… - ele suspirou. - Eu vou tentar ficar o mais próximo possível de você e matar quem for preciso por você. Ninguém precisa saber.

Olhei para ele. - Isso não vai dar certo.

— Aquilo vira um caos, ninguém vai reparar.

— Eu não sei… - abaixei a cabeça, pensando. Eu estava prestes a fazer algo que eu jamais imaginei e sempre temi. Que Merlin me ajude!

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Acordei assustada e sentei na cama. Draco sentou também, assustado, mas suspirou ao perceber que foi só um pesadelo.

— Desculpa… - sussurrei. 

— Tudo bem. - ele suspirou e se deitou, me olhando. - Vem cá.

Suspirei e me deitei em seus braços, fechando os olhos enquanto ele me abraçava. Dormir assim não era o que eu planejava, mas, de alguma forma, isso me acalmava e me fazia dormir. Draco sempre me respeitou e foi gentil, até evitando certas coisas para não me deixar desconfortável.

— Obrigada… - sussurrei, escondendo meu rosto em seu peito, me acalmando com seu carinho.

— Não precisa agradecer, Mi… - ele sussurrou com voz de sono e bocejou.

Fiquei mais um tempo acordada, mas acabei cedendo ao sono e adormeci tranquilamente. Até ser acordada por Draco no dia seguinte para um dos piores dias da minha vida.

— Eu não vou conseguir. - falei enquanto voltava do seu banheiro após trocar de roupa, de uma roupa de Draco para uma roupa nova e limpa do meu tamanho.

Draco pediu para uma moça comprar roupas para mim. Ela comprou coisas simples, nada exagerado e agradeci mentalmente por isso. Jeans, camisetas e camisas, moletons, meias, tênis e roupas íntimas - que ela caprichou para que fossem feias, mas não me importei.

— Você vai conseguir, Hermione. Olha para mim. - ele disse e parou na minha frente. Respirei fundo, olhando-o nos olhos. - Você vai fazer o que for preciso pelos seus filhos e marido, entendeu? Eu vou tentar te ajudar, mas você vai fazer o necessário para mantê-los à salvo. E sei que você consegue fazer isso.

— Mas, Draco… matar pessoas… 

— É praticamente impossível, mas se for preciso, você vai.

— Você já matou muitas…?

Ele suspirou e balançou a cabeça negativamente. - Umas duas ou três, mas, na maioria, consigo deixá-las fugir.

Assenti e respirei fundo. - Como você faz?

— Penso no Scorp… - ele se afastou um pouquinho e se apoiou numa escrivaninha que havia no quarto. - Eu não gosto de matar ou machucar ninguém, mas eu sei que preciso fazer isso pelo meu filho, e também pelo mundo bruxo… pela Rose, por você… - suspirou e abaixou a cabeça. Sua voz estava emocionada e notei que ele poderia chorar a qualquer momento. - Eu penso que fazer isso é uma merda, mas arriscar a vida dele é pior. Sei que estou fazendo isso pelo Ministério e que, no fim, vai valer a pena para o bem do meu filho. 

Respirei fundo, já sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto, eu sempre ficava mais emotiva quando o assunto era filhos. Me aproximei dele e toquei em seu braço delicadamente. Ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas, mas segurando para não chorar.

— Você é uma pessoa boa, Malfoy. - sussurrei e dei um leve sorriso para confortá-lo. - Scorp vai sentir orgulho de você.

— Eu duvido… 

— Não duvide. Você faz o necessário por ele e por outras pessoas que nem conhece. - acariciei seu rosto e respirei fundo. - Isso é de se orgulhar.

— Obrigado… - ele sussurrou e me abraçou um pouquinho forte. Dei um beijinho em seu rosto e suspirei. Eu tinha que ouvir minhas próprias palavras ao pôr esse plano em prática. 


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Notas finais do capítulo

Acham que Hermione vai conseguir matar alguém para provar sua “lealdade”?



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