Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 12
Uma Nova Ideia


Notas iniciais do capítulo

Hello, potterheads, boa leitura!



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Draco

Eu tive que me controlar muito para não fazer uma besteira com aquele maldito Andrew. Hermione dormiu quase que instantaneamente com meu carinho e fiquei observando-a. Ela estava parecendo tão frágil, tão inocente, vulnerável, o que só fez minha raiva por Andrew aumentar. 

Aquele bastardo…, pensei irritado e suspirei, sem parar de fazer cafuné nela um segundo. Eu vou dar um jeito de acabar com isso logo, Hermione, eu prometo.

Alguém bateu na porta e a abriu. Rodolphus entrou e fechou a porta. Me recompus rápido, parando de acariciar o cabelo de Hermione automaticamente, torcendo para que ele não tivesse visto. Ele nos olhou e suspirou. 

— Já dei um jeito nele. - ele disse. - Nunca mais fará isso com ninguém.

— Ótimo, esse babaca poderia estragar tudo. - mantive minha voz fria.

— Por que trouxe ela para cá?

— Ela estava desesperada demais lá, precisava ir para outro lugar. - suspirei. 

— Certo. Ela pode ficar aqui até conseguir voltar para lá, a última coisa que precisamos é que ela fique louca por causa disso, temos que mantê-la bem e estável.

— Sim… - respirei fundo, me controlando muito. A forma que ele tratava essa situação e Hermione era horrível e eu só queria xingá-lo, mas eu não podia demonstrar. 

— Qualquer coisa, me chame. - e saiu do quarto.

Suspirei, pensando em várias coisas enquanto observava Hermione dormindo tranquilamente. Eu tinha que dar um jeito de parar Rodolphus logo.

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Hermione

Acordei assustada após um pesadelo com Andrew e o que havia acontecido. Me sentei rápido na cama, ofegante e com os olhos arregalados.

— Hermione… - ouvi a voz rouca de sono de Draco num sussurro e suspirei mais aliviada. - Está tudo bem?

— Pesadelo… - sussurrei e me virei para olhá-lo. Estava deitado, com uma coberta só para ele e eu tinha uma só para mim, ele estava respeitando meu espaço. Seu cabelo loiro estava bagunçado no travesseiro e ele tinha uma feição fofa de sono. Nem parecia o Malfoy que sempre conheci, parecia mais natural, até mesmo mais inocente e, não que eu fosse admitir um dia, mas parecia mais bonito.

— O que…? Por que está me olhando assim? - ele levantou uma sobrancelha, parecendo confuso. - Tem alguma coisa…?

— Não. - interrompi rápido e dei uma risadinha sem graça, me deitando novamente. - Não é nada… - suspirei e então pensei em algo. - Draco, eu não deveria ficar aqui.

— Está tudo bem, Rodolphus disse que pode ficar até se recuperar e… e acho que tive uma ideia.

— Que ideia? 

Ele se apoiou no cotovelo para me olhar e suspirou. Bocejou e disse em tom baixo: - Vou te convencer a ajudar nos planos dele.

— O que? - balancei a cabeça negativamente e suspirei. - Draco, isso é loucura, ele sabe que eu nunca aceitaria isso.

— Talvez… mas você poderia aceitar se eu conseguisse ser persuasivo? - ele suspirou e bocejou novamente, voltando a se deitar. 

Me virei para olhá-lo e suspirei. Nossos rostos ficaram próximos demais, a centímetros de distância, mas tentei focar em outra coisa, pensando no que ele disse.

— Síndrome de Estocolmo…? - sugeri e balancei a cabeça negativamente, isso era loucura… mas quem sabe?

— O que?

— É como um … - pensei um pouquinho em como explicar algo que havia visto no mundo trouxa para ele. Me sentei e voltei a olhá-lo. - É uma condição psicológica, como se a vítima de um sequestro desenvolvesse um afeto pelo sequestrador… algo faz com que ela sinta como se estivesse apaixonada, ou uma grande amizade, talvez, mas sempre resultando em fazer tudo pelo sequestrador, lealdade completa à ele. Um trauma ou até mesmo a forma com que é tratada, como se fosse uma válvula de escape, sabe? Em alguns casos, as vítimas tentam fugir, mas não sei se isso é muito comum… - parei um pouco, pensando

— E você acha que poderia usar essa desculpa? - ele fez uma careta e suspirou, se sentando também. - Como você sabe sobre isso?

Revirei os olhos automaticamente. - É algo do mundo trouxa, Draco… e sim, eu poderia fingir ter desenvolvido essa síndrome… - suspirei, pensando. - Talvez poderíamos fingir que você teve síndrome de Lima… 

— Hermione, fala de um jeito que eu entenda, por favor… 

Suspirei, esquecendo que ele não iria entender. - É como a síndrome de Estocolmo, mas ao contrário… o sequestrador começa a ter afeto pelo refém, não necessariamente amor, mas carinho.

— Então vamos aparecer com duas síndromes trouxas que ele nunca ouviu falar? Isso seria arriscado… 

— Não precisamos ter os dois de uma vez, nem dizer os nomes das síndromes. - suspirei. - Eu começo pedindo para ele me deixar ajudar vocês e, com o passar do tempo, você pode começar a querer me proteger e enfim… 

— Eu não sei se daria certo… - ele suspirou, preocupado.

Respirei fundo, me endireitando e fazendo uma feição como se fosse chorar, olhando-o. - Eu  passei por um trauma, aquele louco ia me estuprar, mas Draco me salvou e cuidou tão bem de mim… - respirei fundo, fingindo controlar o choro, falando com certa dificuldade. - Ele… ele me protegeu...  e foi gentil comigo, eu devo tanto à ele. - dei um sorrisinho e deixei uma lágrima cair pelo meu rosto. - Eu quero poder ajudá-lo, quero protegê-lo como ele fez comigo… por favor… eu sei que posso ajudá-los… 

Draco me olhava espantado, sem conseguir reagir, quase qĺue de queixo caído. Dei uma risada.

— E então? Fui bem? - sequei a lágrima e sorri.

— Caralho, Hermione, eu quase acreditei… - ele suspirou e deu uma risadinha. - E se ele perguntar sobre Ronald ou Harry? Ou mesmo sobre o Ministério? 

— Eu posso enganá-los e ainda ajudar vocês. - dei de ombros.

— Eu tenho medo, Hermione… - ele segurou minha mão delicadamente.

— Eu sei o que faço, Draco, vai dar certo. - suspirei e afastei minha mão, me deitando novamente. - Vamos dormir, amanhã vamos falar com Rodolphus.

Ele suspirou e ficou sentado por mais alguns segundos. Me cobri e me encolhi na cama, de costas para ele, sem me importar muito em ainda estar usando sua camisa, na verdade, tinha um cheiro gostoso. Ele se deitou e senti seu olhar em mim, mas não me virei, só fechei os olhos e tentei dormir, mas estava agitada e com pensamentos demais para conseguir relaxar o suficiente. 

Isso tem que dar certo, pensei e bocejei, cansada.


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Notas finais do capítulo

Será que vai dar certo?



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