Time Of Us escrita por BIA


Capítulo 4
But this is personal, this is for me and you


Notas iniciais do capítulo

Save your tears for another chapter

Mil perdões pela demora, pessoal. Ultimamente tem sido muito difícil esse tempo de tantas perdas imensuráveis para todos nós. Inclusive, antes de mais nada, gostaria de dedicar esse capítulo a alma da nossa querida Ana Lúcia Menezes que nos entregou a voz a da Sam por todos esses anos lindamente.
Ela foi e sempre será gigante
Bom, vamos a um fato curioso: esse capítulo tava pronto desde 2018, foi o primeiro que eu escrevi, porém precisei reformular ele todinho por questões de coerência. Sim, eu tenho toc. E sei que deixei vocês muito ansiosos e até estressados, mas garanto que valerá a pena. A música é uma indicação de uma amiga muito especial e escritora maravilhosa (a melhor Karla com N da vida) Hoje não vamos de Baby, vamos de Heartbreaker - Justin Bieber. Alguma belieber por aqui???
Muitos me perguntaram se a Sam já iria pra L.A depois desse desserviço do Freddie. Será? Bora descobrir?
Mas antes, entremos no clima com a reflexão que Giulia Be já trazia: “Se tiver doendo você vai aguentar, mão na consciência precisando pensar. E vê se pensa duas vezes antes de quebrar um coração!” Hm, quem já sentiu?

Boa leitura, purple hearts



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As noites de sábado foram criadas com o propósito exclusivo de válvula de escape. É por meio dos passatempos programados que os jovens tentam amenizar os problemas enfrentados no decorrer da semana. Alguns recorrem à uma ida ao shopping e, sucessivamente, ao cinema. Outros optam por permanecer em casa, se deliciando com pedaços de pizza gordurosos enquanto assistem à sua série predileta. E há aqueles sortudos, convidados para a oportunidade perfeita de renegar os aborrecimentos com êxito através da abundância de bebidas alcoólicas, músicas exageradamente altas e a pegação generalizada irrestrita.

Ou seja, uma boa festa!

Entretanto, um certo garoto não se sentia nem um pouco afortunado pelo convite. Este, que deveria estar vestindo uma camisa que avantajasse seus músculos e esborrifando a colônia amadeirada na região do pescoço, encontrava-se desanimado sobre sua cama. Freddie olhava fixamente o teto do quarto, como se os pensamentos desordenados se embaralhassem ainda mais acima dele. Aquilo parecia ter se tornado um ciclo vicioso.

 

“Covarde!”

 

Definitivamente, não tirava a razão de Sam em assim denomina-lo. Pois, era dessa forma que ele próprio o definia. Não sentia orgulho algum por tê-la ignorado nos últimos dias, desfazer de toda a assistência que ela lhe oferecera, esquivar-se das trocas de olhares e do retorno à suas mensagens.

Muito pelo contrário, estava envergonhado.

Mas, por qual motivo ele agira feito um completo idiota?

Era incapaz de achar uma justificativa, em virtude da consumição incessantemente pelas sensações ilustres: a confusão e o remorso.

Retribuir o beijo singelo da morena designou um sentimento de culpa tremendo. Inexplicavelmente, jamais se sentira dessa maneira em relação a Carly quando, em comum acordo com a loira, mantiveram sob sigilo temporário as vezes que se beijaram. Muito menos a recaída carregada de atração e paixão acumuladas que externalizaram ali mesmo nos seus aposentos.

Carly Shay era a resposta forçada que Freddie Benson insistia equivocadamente como a certa. Sam Puckett, a resolução precisa de um enigma complicado o qual evitava, ao máximo, desvendar.

A vagarosa lembrança do momento de afeição o atormentava. O martírio em desprezar a conduta amigável e prestativa da garota era imenso. Ainda assim, havia algo pior. Quase que irracional. Uma dúvida que se convertera no seu principal medo.

A grande questão era: Como ficaria a relação entre eles sem a melhor amiga por perto? Continuariam sendo “bons amigos”?

Ou melhor, será que Freddie conseguiria ser “SÓ” amigo de Sam?

Aqueles poucos dias se prostraram feito testes de resistências árduos para ele. Como apressar sua saída de dentro do almoxarifado a fim de inibir a vontade de entrelaçar seus dedos nas mechas douradas atrás da nuca antes de tomar os lábios róseos descontroladamente e pressionar seu corpo contra o dela. Parar de encara-la subitamente, pois reparar que usara na manhã de quarta-feira a blusa da mesma ocasião que a flagrou saindo do elevador com Zayn Malik trocando risadinhas e a boca nitidamente inchada, gerou uma melancolia que alertava a necessidade urgente de supera-la. Proibira até a si mesmo de ir a escada de incêndio, o local propenso as reflexões que sempre recorria, porque a figura da diaba loira ainda estava tão presente e viva lá. Julgou-se um babaca por falhar miseravelmente em transferir o refúgio para o espaço da Ridgeway onde ela o beijou apaixonadamente a meia noite. E definitivamente, fugir de Sam no Groovy Smoothie não foi a melhor opção. Mas, a única alternativa que teve por não estar preparado em ficar de frente com a verdade.

A tentativa de se equilibrar naquela corda bamba o estava fazendo enlouquecer. Os raros neurônios que insistiam em operar no interior de sua mente pareciam estar prestes a explodir. Considerava seriamente a possibilidade de estar delirando pelo fato das narinas detectarem o perfume dela impregnado no lençol, mesmo que a última aparição da Princesa Puckett naquele cômodo tivesse sido breve e ocorrido há um número considerável de dias. Fora o costume das lavagens excessivas do jogo de cama com alvejante, cuja mãe neurótica realizava frequentemente.

Aquilo desafiava a lógica. Samantha desafiava qualquer lógica.

Fechou os olhos por míseros segundos, em detrimento de toda a pressão se permitindo soltar um suspiro elevado. Sabia que era preciso achar determinada distração que diluísse sua angústia. Não houve originalidade em esticar o braço direito na direção do criado mudo, alcançando o MaxPad. Vindo de um adolescente alienado a era digital, não podia esperar outra coisa que fosse procurar conforto nas atualizações do ciberespaço.

Abriu o Facebook, a rede social febre momentânea. Deparou-se com seis notificações, todas referentes ao grupo fechado da festa de Wendy. Metade delas, sujeitos perguntando o horário e se haveria Jack Daniels. As demais postagens, confirmações de presença. Freddie não absteve a curiosidade de clicar na lista dos confirmados. Passou reto pelos perfis dos caras escrotos do time de futebol que se intitulavam os “donos da escola”, destinando-lhes caretas. Bufou com a foto de Gibby segurando a réplica de sua cabeça. Porém, o estado acabrunhado retornou no instante que o polegar parou no nome Sam Puckett. Apesar disso, não hesitara em acessar a conta dela. A capa com os dizeres “Você é da polícia? Se não, me arranje um balde de frango frito!” não prendera sua atenção. Essa fora totalmente captada pela foto de perfil que, milagrosamente, a garota escolhera sorrindo de modo espontâneo. Na sala do apartamento dos Shays, especificamente.

⁃ Caramba! Ela fica absurdamente linda quando sorri! - O que era para ser emitido apenas nos devaneios, escapuliu em voz alta.

Não era a primeira vez que Freddie bisbilhotava a ex-namorada na internet. Longe disso. Exercia tal prática constantemente, não restringindo ao luto pós-término. No entanto, priorizou preservar-se nos últimos dias acreditando que isso diminuíra o remordimento. E lá estava o sorriso mais encantador e belo do mundo corrigindo o erro inadmissível.

Mais uma vez.

Arremessou o celular em direção a janela extremamente irritado consigo mesmo. Por um triz, o aparelho equilibrou-se a beirada do colchão rejeitando a queda. Sentou-se de frente para o armário de roupas apoiando os cotovelos sobre os joelhos. As mãos seguravam a cabeça tentando suportar a carga da consciência. Morder fortemente o interior da bochecha não mitigou em nada o arrependimento nem o constrangimento que o assombravam.

Acorrentado a crise aflitiva, direcionou a íris para a cômoda que continha um abajur do Nug Nug. Aproximou-se do móvel abrindo uma das gavetas, mais precisamente a terceira. Não aparentava acomodar nada demais além de revistas das sagas nerds clássicas as quais era fanático desde criança. Inspecionava o bloco de magazines, quando notou um envelope vermelho grudado na edição especial da Princesa Leia. Retirou de dentro da sobrecarta um pedaço de papel rígido com o coração acelerado, deduzindo certeiramente o que correspondia:

 

Feliz aniversário, eu te odeio!

 

                                                                                 Com ódio, Sam.

Sim. Ainda tinha o cartão de aniversário peculiar que ganhara dela, há quase dois anos. Guardara juntamente das demais preciosidades dorks, pois também considerava como uma verdadeira relíquia. Num estalo, o motivo de fixa-lo àquela publicação foi lembrado. Folheou a revista até chegar na página oito. Não conteve o sorriso ao inferir que as duas fotografias impressas de um momento descontraído entre ele e Sam permaneciam intactas. Fôra Gibby quem as registrou na intenção maquiavélica de separa-los e após mudar de ideia, contrapondo-se a crueldade de Marissa de intervenção no amor juvenil, viu-se na obrigação de enviá-las ao companheiro. Escondera justamente por entre as páginas, a fim de impedir que a mulher as descobrisse durante as faxinas rotineiras as quais, certamente, xeretava nas coisas do filho.

Freddie era o maior defensor da disponibilização de conteúdos e imagens em meios eletrônicos. Todavia, opunha-se à toda e qualquer tecnologia na necessidade de eternizar Samantha Puckett concretamente de alguma maneira.

Situava-se encurralado para admitir o óbvio: sentia falta de Sam. Muita! Era imprescindível que tomasse alguma atitude imediatamente.

“Mesmo que ela não me aceitasse de volta do jeito que eu gostaria, daria tudo pra ser pelo menos amigo dela de novo.” — confessou.

Foi aí que Freddie compreendeu que, acima de tudo, Sam era sua amiga. De modo algum, ele queria perder isso. Concordar em ter somente sua amizade realmente seria a provação desafiadora que teria de enfrentar. Contudo, mais valeria tentar recuperar o status de amigo do que cruzar os braços e consentir passivamente em não ser nada relacionado a ela.

Bastou o raciocínio para que levantasse em um ímpeto. Apanhou a jaqueta marrom do guarda-roupa conduzindo-se a sala, onde a mãe engomava as peças íntimas dele. A mesma palestrava um sermão colossal a respeito dos cuidados no trânsito, logo que o rapaz encostou nas chaves do carro.

O jovem já enfrentara Marissa incansavelmente em prol da permissão de emprestar o veículo para dirigir. Depois de muito perseverar, ela acabou cedendo. Claro, nas condições impostas pela mulher metódica. O automóvel foi todo adaptado em favor da segurança dele, com direito a implantação do sistema de rastreamento e norma de utilização unicamente para deslocar-se a locais que julgasse inviáveis e perigosos de ir a pé.

Apenas assentiu com a cabeça, fingindo ter ouvido cada sentença pronunciada pela genitora sobejamente preocupada. Andou até o final do corredor, cujas portas do elevador revelaram o vizinho da frente com uma caixa de papelão em mãos.

⁃ Oh! E aí Freddie?

⁃ Oi Spencer!

⁃ Nossa parece um século que não te vejo, cara!

⁃ É eu sei, me desculpa por isso é que...

⁃ Relaxa, tudo bem.

⁃ Sério, me desculpa mesm...Espera, por que tá com um monte de potes de Lama June? Comeu isso uma vez e disse que era horrível!

⁃ Ah não é pra comer! Chamei o Meião e a avó dele para me ajudarem numa escultura e depois vamos maratonar Celebridades em Baixo da Água.

⁃ Nossa! É bom te ver voltando ao normal!

Spencer era um artista nato que, infelizmente, abandonadora o dom artístico nos últimos tempos. Testemunhar o mínimo de recuperação do apreço pela Arte confortou Freddie.

⁃ E você Freddito? Vai aonde? - questionou colocando a caixa pesada no chão, próxima a um vaso de plantas.

⁃ Wendy vai dar uma festa.

⁃ Legal. Sam vai também?

⁃ Eu não sei. Quer dizer, acho que sim. A gente não se falou a semana inteira, então... Bom, é melhor eu ir. – desconversou infiltrando-se ligeiramente no elevador.

⁃ Aí Freddie...

⁃ Sim?

⁃ Posso te dar dois conselhos?

⁃ Claro.

⁃ O primeiro passo para deixar de ser um idiota é reconhecer que foi um idiota.

⁃ Valeu, Spencer. E o segundo?

⁃ Acho que se você colocasse os sapatos ao invés de ir só de meias também ajudaria a parecer menos idiota.

A chamada de atenção o impulsionou a olhar confuso para os pés. Ficou notadamente sem graça em se dar conta que saíra com tamanha pressa que esqueceu de calçar os tênis.

⁃ Obrigado.

⁃ Aí, só mais uma coisinha.

⁃ O quê?

⁃ Divirtam-se... - O adulto provocou maliciosamente antes de seguir sentido ao 8C.

oOo

⁃ Merda! Você precisa parar de ser otária! - repreendia duramente a si própria, apagando outro dos diversos torpedos que ameaçara mandar para o moreno.

O ritual repetitivo consistia nos picos de coragem efêmeros que induziam Sam a formular uma frase curta, digitar as palavras de forma alvoraçada, respirar fundo e desistir.

Embora estivesse bastante magoada devido os acontecimentos alheios, especialmente a situação vexatória da tarde anterior, não conseguia parar de preocupar-se com Benson. E ela realmente, se odiava por isso!

Felizmente, o pouco de dignidade que lhe restava vetara qualquer ação precipitada.

Focou no canto superior da tela, surpreendendo-se com a aproximação das 21:30. Dentro de pouco tempo, Roger estaria buzinando impaciente na frente de sua residência. Apesar de tornar-se proprietária da motocicleta irada recentemente, considerava arriscado parar a Starlling 64 perto de babacas com a lucidez comprometida por efeito dos teores de álcool substanciais. A mínima possibilidade de topar com arranhões ou amassados provocados por um dos imbecis liberava ondas de fúrias comunais, que a faziam prometer executar a dança do nocaute na cara dos responsáveis, impiedosamente. Estacionar o automóvel à uma distância de quarteirões também estava fora de cogitação. Sam Puckett não cederia a mínima prática de exercício físico, de modo algum! Arranjar carona com o ex-garçom japonês do Gibby’s foi o caminho.

Deu a última verificada nos olhos delineados, incumbidos de realçar a combinação da genética generosa que abarcava a coloração azulada e os cílios enormes. O restante das meninas do colégio poderia investir em decotes ousados, vestimentas apertadas e provocantes, mas nunca teriam a sensualidade que Samantha transcendia com o olhar.

⁃ SAM! JÁ ESTOU AQUI! - ouviu o escândalo do camarada que apertava a buzina azucrinante.

⁃ JÁ VAI! - vestiu a jaqueta avermelhada de couro. Em seguida, pegou o celular em cima da cama.

A cervical arrepiara-se, denunciando uma espécie de pressentimento. Não sabendo distinguir se era bom ou ruim.

 

oOo

Durante o percurso, os dois trocaram indicações de pratos saborosos. Roger, bem que pressionou Sam a revelar o segredo por trás do sanduíche de carne que servira no período de duração sucinta do restaurante, porém fracassara. A mamãe jamais abriria o jogo de sua especialidade.

⁃ Chegamos!

Desceram do carro e separaram-se. O nipônico inseriu-se no amontoado de colegas que tinha maior proximidade localizados na calçada, enquanto Sam dirigiu-se até a porta de carvalho acarminada. Alguns jogadores do time dos Bulldogs no gramado acenaram para a loira erguendo os copos entusiasmados. Diga-se de passagem, os atletas a tinham como uma lenda por conta da força física inigualável. Pelas costas, também enalteciam a beleza excêntrica dela.

—Hey Puckett!

Ela apenas movimentou os braços em sinal de reverência. Girou a maçaneta, deparando-se com o ambiente cercado de pessoas aglomeradas. Alguns dançavam as batidas de Sexy and I know it loucamente. Outros trocavam cochichos espalhando boatos absurdos. Os sortudos ocupavam os cantos desfrutando de amassos promíscuos. E havia aqueles cujo estado de embriaguez era crítico, nem sendo altas horas da matina.

Sam não lembrava da energia caótica que festas transpareciam. É claro que caso estivesse na época do reformatório arquitetaria várias fugas, estando com Dana e o resto da galera delinquente numa espelunca abandonada do subúrbio. Quebrando todos os móveis e paredes, se entupindo de bebida barata até que a polícia chegasse e os prendesse novamente. Entretanto, para a garota nada havia a mesma adrenalina de antes. Puckett não ficara “molenga”, simplesmente amadureceu.

⁃ Sam! Você veio! Pensei que você não vinha! - Wendy correu empolgada, colocando-se diante dela.

⁃ Ah qual é! Não diga besteiras, a mamãe aqui não ia desperdiçar uma festa dessa!

⁃ Principalmente pela comida de graça.

⁃ Olha, você é muito legal. Mas, sem ofensa, salgadinho com sabor de bacon é muito mais interessante.

⁃ Não me ofendeu, eu acho. - ambas riram. A amiga esticou a visão diretamente para a porta, como se estivesse procurando por alguém - E aí, o Freddie não vem?

A gargalhada estrondosa desapareceu, convertendo-se numa expressão séria. Esquecer dele por mínimo que fosse era o triunfo que achava conquistar indo aquela festa.

⁃ Eu não sei do nerd não. Deve tá na hora de dormir dele - refutou, empenhando-se em fraudar certa indiferença - Agora vai, me diz onde está il cibo della mamma?

⁃ Bem ali, na mesa de jantar. Sam, eu preciso ir lá fora ver se estão precisando de alguma coisa. Você se importa?

⁃ Relaxa, sozinha eu não tô. Tenho acompanhantes deliciosos esperando por mim.

Achegou-se da mesa, sorrindo satisfeita para os comes e bebes. Abriu uma Stella Artois com uma pancada na beirada da mobília. Apreciava a combinação esplêndida da cerveja misturada aos pedaços crocantes de bacon e queijo. Decerto, a companhia mais acolhedora da noite. De repente, um conhecido desastrado esbarrou nela sem querer.

⁃ Fala aí Gibbson!

⁃ Oi Sam! Pensei que não fosse vir.

⁃ Pois é, acabou o estoque de comida em casa e eu tô sem grana.

⁃ Sabe se o Freddie também vem?

De novo.

Mais uma vez o colocavam em pauta. O grande assunto que todos faziam questão de trazer à tona. Entortou os lábios, contendo a irritação.

⁃ Não sei. Não tenho falado com o Fredalupe.

⁃ Também não, ele anda meio bolado. Acredita que ele nem falou nada quando eu disse que finalmente descobri que existem alimentos amarelos?!

Arqueou a sobrancelhas, diagnosticando o motivo provável do abatimento. A ausência de Carly era dolorosa para ambos, entretanto a ferida mais profunda ardia em Freddie. Sem dúvidas, deveria estar desperdiçando o sábado afundado na fossa, revivendo as memórias do primeiro amor. Quem sabe, se forçando a espiar pelo olho mágico desejando que um dia a morena voltasse.

Pobre Sam. Mal sabia ela que, sua hipótese estava equivocada.

⁃ Alguma louca já se jogou em cima de você?

⁃ Por enquanto não, acabei de chegar. E você, por acaso viu o “molho barbecue” lá fora? - usou os dedos gesticulando as aspas.

⁃ O quê?! Tem churrasco lá fora?!

⁃ Não.

⁃ Então por qu...?

⁃ Lembra? Quando não se tem “creme de milho” você pode se divertir com “molho barbecue”.

Por segundos Sam ficou confusa, matutando a metáfora. Enquanto isso, uma menina do segundo ano de cabelos castanhos e olhos esverdeados surgiu do lado de Gibby, investindo flertes descarados. Não demorou muito, puxou-o pelo braço, guiando para um lugar mais reservado. O rapaz se vangloriou com sua comemoração típica gritando: “GIBBEY!”.

⁃ Pois é, cada louco com a sua mania... - presumiu tomando outro gole do líquido maltado.

O interesse das mulheres por Gibby crescera espantosamente depois do rompimento com Tasha. Ele poderia dizer coisas bizarras e ilógicas 99% do tempo, todavia detinha uma bondade enorme. Inclusive, esta foi demonstrada à Sam na época que viraram sócios do estabelecimento escondido no porão da escola. Em função disso, acarretou o dever de defendê-lo dos insultos de Billy Boots.

 

Flashback

 

⁃ Hey! Tá apaixonado por ela de novo?

⁃ O quê?! Não!

Freddie blefou duas vezes seguidas, mascarando o nervoso. Contudo, estava sendo analisado por uma expert em decifrar cada uma de suas expressões corporais.

A postura contraída.

A movimentação inquietante de balançar o tronco de um lado para o outro.

O semblante similar ao de uma criança que fizera algo de errado e não aprendera a habilidade de mentir.

Era nítido.

⁃ Então vá...

⁃ Xau.

Subiu as escadas saltitante liberado do interrogatório. Sam o observava partir, certificando que estaria autorizada em expressar o desalento avassalador que invadiu seu peito. Entretanto, a ardência na cervical alertava que não encontrava-se desacompanhada. Sentiu um vulto posicionando-se detrás dela. Supostamente, pretenderia reconforta-la.

E como todo Puckett, Sam negava qualquer sentimento de compaixão.

⁃ Se manda.

⁃ Tá.

Gibby se afastou intimidado. Por alguns instantes a garota ficou ali estagnada, nem sequer piscara. Os globos oculares estavam ocupados ilustrando a infeliz comprovação custosa de absorver.

E por que aquilo era tão incredível e plangente?

Porque a paixonite de infância, que predispunha vômitos de sangue, parecia ter sido exterminada inteiramente. Acreditou na premissa devotadamente. Assim, como acreditou no “Eu te amo” de Freddie ecoado com gigantesca convicção, não só ao sair de dentro do elevador aborrecida, como também quando estavam abraçados trocando carícias depois de se entregarem a primeira vez.

Ela acreditou.

Agora se sentia enganada, boba e pequena.

Logo após a participação do One Direction no webshow, os sinais estouraram. Freddie teve conversas saudáveis com Sam nos dias de hospedagem no apartamento que os vizinhos viajaram destino ao México, mas nos dias que sucederam não tomou iniciativa de puxar conversa. No primeiro período daquela manhã, a demônia de fios louros convidou-o animada para acompanhá-la onde Gibby solicitava sua presença, provavelmente para a inspeção do recanto misterioso. O nerd, negou. Aceitara somente na companhia de Carly. A intuição desconfiava. O estopim foi concordar com a ideia revolucionária de abertura da comedoria e ir, sem demora, atrás da moça que opinou contra.

A reflexão era desgastante. Tomou forças, dando a desculpa que iria até o banheiro. Não mentiu, precisava exteriorizar a mágoa num local recluso. Apoiou as mãos na pia, respirando arfante. O estômago, embrulhado. Encarou sua imagem refletida no espelho, percebendo a lágrima relutante em escapar no canto do olho direito. Num gesto bruto e raivoso, limpou a secreção lacrimal com a curvatura do palmo.

Recompõe-se.

Voltou decidida, discutindo com o societário a estrutura do estabelecimento. Anotando a sugestão de itens do cardápio na caderneta de notas amarelos, debruçada na bancada.

⁃ Bom vamos ver, até agora temos porção de batatas, hambúrguer e de molhos acho que agradaria catchups, mostarda, barbecue...

⁃ Gosta dele não é? _ a interrompeu.

Sam analisava as páginas meditando se deveria esmurra-lo ou fornecer uma resposta persuasiva. Nenhum indício de fraqueza seria exposto.

⁃ Claro que sim. Quem não gosta de molho barbecue? Continuando... podemos colocar algumas sobremesas como tort...

⁃ Sabe Sam, eu gosto de molho barbecue também! Mas, secretamente eu curto mais creme de milho. Sim eu sei, a maioria não gosta e acha nojento. Então muitas vezes, finjo não gostar e escolho barbecue pras pessoas não pensarem coisas estranhas sobre mim. Só que bem lá no fundo, sei que o que realmente curto é o creme de milho. Acho que isso não me faz pior que ninguém. Não preciso esconder isso pra pensarem o que acham que eu sou ou devo ser o tempo todo.

Das coisas mais improváveis que Sam achou que nunca vivenciaria, era o de ser consolada por Orenthal Cornelius Hayes Gibson. Muito menos, um conselho brilhante envolvendo justo aquilo que mais apreciava: comida. A cumplicidade inesperada culminou na retribuição de uma expressão grata.

⁃ Valeu Gibby.

⁃ De nada. Ah meu Deus!

⁃ O quê?!

⁃ Quase me esqueci! Esqueci de passar fio dental no meio dos dedos dos pés!


         Fim do Flashback

 

Sam encostou num dos pilares da sala, perdida nos pensamentos. Recordava da promessa de um dia tirar do papel, novamente, o sonho do empreendimento alimentício. Sem ninguém alcaguete para atrapalhar como Billy, que ameaçou denunciar a aprovação do negócio pelo Diretor Franklin ao Conselho Estadual De Educação.

Firmou a vista na porta e por coincidência, ou até mesmo sacanagem do destino, um rosto conhecido passou por ela.

"Não acredito que ele veio!”

Freddie coçava a posterior do pescoço, desconfortável. Estendeu os olhos para a sala, travando um contato visual eletrizante com a loira.

Nenhum dos dois sabia exatamente o que fazer.

Não sabiam o que estava acontecendo.

Nem se tinham permissão para cumprimentos.

O aval era duvidoso.

Entretanto, o espanto paralisou Sam em vê-lo deslocar por entre a multidão celeremente. Sem desvios, na direção dela.

“Como assim, ele tá vindo pra cá? Não olhou na minha cara a semana inteira! Filho da mãe!”

 

Esboçou o plano de zarpar para um dos quartos do andar de cima. Ou para a área do quintal. Mas, ela não era Freddie. Ela não fugia à luta.

⁃ Oi...

⁃ Ah espera! Com quem você tá falando?! Comigo?! - satirizou.

⁃ Sim eu tô. - curvou a postura colocando as mãos no bolso, sem jeito. - É bom te ver aqui.

⁃ Não sei se posso dizer o mesmo...

O silêncio se instalou entre os dois. Freddie ficou sem reação, tinha ciência de que era merecedor do desdém. Sam aliviava a indignação contornando o dedo indicador circularmente na bica da garrafa. As mágoas o afastavam. Retrocederam a distância, estando diante um do outro.

⁃ Aí Sam, me desculpa!

A transição de Turn Up The Music para uma faixa mais lenta do Bruno Mars contribuiu na emissão da sentença em alto e bom tom. Automaticamente, Samantha levantou o olhar, surpresa. Freddie pôde admirar sua íris. A ilusão de ótica proporcionada pela esfera projetora de luzes coloridas na pista de dança improvisada na sala de estar enganava uma tonalidade esmeraldina. Mas, não importava. Indiscutivelmente, sabia a coloração verdadeira.

 

Eles são azuis! O azul mais fascinante que eu já vi.”— retificou maravilhado. Fabuloso o quanto cintilavam à meia luz.

 

“5,4,3,2,1...”

 

⁃ Sam! Graças a Deus! Precisamos de você! Colton e Karl estão saindo no soco lá fora! - O acerto de contas teve a continuidade cessada por Wendy e Collin. Não esperaram a única capaz de apartar uma briga protestar, puxaram-na bruscamente pelo pulso.

Arrastada a força, olhava por cima do ombro testemunhando um jovem visivelmente aborrecido. Perdera a chance de finalmente de se retratar.

⁃ Vai lá, Puckett! Faça o seu trabalho... - sussurrou, enquanto ela desaparecia adentro da galera festejadora.

 

oOo

Depois da boa lição que dera em dois manés por intermédio da meia de manteiga, Sam tornou a área interna da residência. Transitou pela cozinha, roubando alguns salgadinhos e uma breja da pia. Passando pelo sofá da sala, o pessoal descolado a chamou para a brincadeira de “gire a garrafa”. Ela negou. Qualificava como fútil e infantil esse tipo de jogo estando na transição para a maioridade. Além do mais, naquele grupinho não havia lábios que lhe interessavam. Nem mesmo os de Chad: loiro, porte atlético e capitão do time de futebol americano. Recebia um bocado de cantadas do jogador, eventualmente. Porém, só havia um beijo o qual era refém da saudade. Na sua concepção, nenhum outro valia à pena.

"O nerd! Pra onde será que ele foi?"

Iniciou a vistoria pelos cômodos. O arrepio gélido transcorreu pela espinha ao imagina-lo se agarrando com outra, num recanto escuro. Não era improvável, morenas atiradas de saias curtas como Ashley e Victoria apostavam pesado na exibição das coxas para fisgar moleques com os hormônios pipocando.

Andou mais um pouco.

Por ali. Pra cá. Pra aquele lado. Pra esse lado. Pra esquerda. Pra direita.

Nada.

Aspirou aliviada por não testemunhar a cena hedionda que fantasiou segundos atrás.

 

“Ele deve ter ido embora.”

 

Desistiu. Saiu pela porta da frente, determinada à achar Wendy e socializar com indivíduos interessantes e legais. Embora o total de gente legal naquele espaço fosse reduzido: um e meio.

Conquanto, o projeto falhou. Presenciou o dono do topete cabisbaixo, apoiado no Celta Vermelho ostentando uma Budweiser.

 

"Ele tá bebendo? Ele nunca bebe..."

 

Foi o silogismo intrigante que instigou Sam a recalcular a rota. Freddie jamais colocaria uma gota de álcool na boca. A proibição obsessiva da mãe conservadora influenciava. Encher a cara não compactuava com o estilo geek dele. No aniversário de dezessete anos, tentou provar a todo custo que era um novo homem ingerindo uma mistura de vodca e refrigerante. Cuspindo o drink, assim que o paladar degustou o fluido forte.

Ela prosseguiu o caminho, encostando na lateral do capô do carro.

⁃ Curtindo a festa à beça?

⁃ Ah mas é claro! Agora pouco tava falando com o Chad a respeito de, você sabe, motores potentes. Parei pra conservar com o pessoal da Rona também. Uh poxa! Essa bebida tá demais! - finalizou engolindo o bebe forçadamente.

⁃ Cara, você é péssimo!

⁃ O quê?! Por quê diz isso?!

⁃ O Chad está nesse exato momento beijando um monte de bocas pegando germes, diria que até DSTs. A insuportável da Rona Burguer não olha na cara de ninguém a menos que faça a vontade dela e tenha mais de cem pratas no bolso. Você tá bebendo uma coisa que detesta e ainda por cima, cerveja quente! Me evitou a semana inteira e sabe? Seu zíper tá aberto.

⁃ O QUÊ?!

Verificou aflito o fecho da calça. Nada de zíper aberto, teve a capacidade de ser ludibriado caindo na peça corriqueira. A autora da chacota mostrava uma aparência debochada dando outra bicada na birita. Riu satisfatoriamente, envaidecendo sua conquista. E por incrível que pareça, Freddie achou engraçado e sorriu levemente de lado. Ajeitou-se na porta do automóvel, colocando a mão livre no bolso. Retraiu a postura alterando o aspecto nutrido de aborrecimento, símile a noite do rompimento.

⁃ Sam, naquela hora que eu te pedi desculpas ali era sobre isso tá? De eu ter te evitado a semana inteira.

A olhada compenetrada que recebeu dela, foi entendido como passe livre para que prosseguisse.

⁃ É que sei lá... Depois que a Carly foi embora eu parei pra pensar como as coisas iam ficar e ser daqui pra frente entre a gente. Quer dizer, somos amigos?

 

"Como as coisas iam ficar e ser daqui pra frente entre a gente."

 

Uma faísca esperançosa acendeu-se. Pensando referir-se ao incidente do telefonema. Todavia, a fagulha foi apagada sem embargo.

 

"Somos amigos?"

 

Não era afirmação. Era dúvida.

Questionamento. Incerteza.

Como depois de todo o tempo de convivência, ele pôde ser capaz de duvidar disso?

Depois de tantas coisas que viveram juntos.

Depois de transformar as trocas de farpas em aprendizagem para evoluir e aceitar as diferenças um do outro.

Qual reação a garota poderia ter a não ser ficar extremamente ofendida?

⁃ Nossa! "Somos amigos?"- imitou a entonação grave do questionamento enunciado por ele - Não, tá falando sério?! Quer saber?! Pra mim chega!

Marchou furiosa, esmagando as folhas da grama. Freddie fez a pior escolha das palavras possível. Arrependido, tentou consertar a burrice que cometeu:

⁃ Sam! Volta aqui! Não foi isso que eu quis dizer! Droga!

⁃ Tá legal! Então fala, Benson! Explica! E depois me responda você: "Somos amigos?" Por que mesmo depois de eu te bater, te zoar todos esses anos eu ainda fui otária de me importar com você! Aliás, acha que é quem pra cobrar algo de mim? Você não quis conversar comigo todos esses dias! Posso estar sentindo a falta da Carly, mas sei que estou muito melhor do que um cara que prefere cruzar os braços e se vitimizar! Ah e olha só que maravilha! Mesmo estando na merda, quem é que veio aqui falar com você? Isso mesmo: Eu! Agora se da sua parte você não me considera como sua amiga, então eu só posso desejar os meus mais sinceros: VAI SE FUDER!

Praticamente cuspiu as ofensas de maneira ríspida. Respirava ofegante. Estava farta! Chegara ao seu limite. A composição do DNA, com dosagens resistentes de orgulho, só não autorizou que deflagrasse a ocorrência da ligação.

O moreno ouviu atentamente ao sermão. Umedeceu o labro, sereno.

⁃ Mandou bem, tá vendo? É por isso que é minha amiga: você fala não o que as pessoas QUEREM ouvir, mas sim o que elas TÊM que ouvir! Agora você pode me deixar fazer o mesmo? Por favor, Sam.

Por segundos, hesitou. Ele não merecia que lhe desse chance alguma. Porém, o chocolate de seus olhos escancarava lástima. Ela pôde sentir que era genuíno. Assim sendo, retornou ao seu posto.

⁃ É que sabe Sam? Quando éramos crianças a gente brigava o tempo todo. Só nos aguentávamos por causa da Carly. Era como se ela fosse o que equilibrava os dois pratos da balança e quando ela foi embora eu pensei que...

⁃ ... que não teríamos mais a obrigação de sermos amigos?

Ergueu a sobrancelha assertivamente, o gesto expresso foi acompanhado de soturnidade.

⁃ E é isso que quer?

Sam abaixou a cabeça, estava com medo da resposta. Talvez fosse a real pretensão e vontade de Freddie. Se afastar e acabar com a política da boa vizinhança praticada à força por um longo período de seis anos. Tramava o belo soco que acertaria na face direita dele com a confirmação. Entretanto, a voz um tanto rouca respondeu o oposto:

⁃ Nunca.

Suas bochechas esquentaram. A segurança no parecer foi complementada por um olhar doce e compreensivo. Quase igual quando Freddie autorizou a elucidação de que fora ela quem partira seu pobre coração de nerd ao terminarem. O indício de ternura estava íntegro.

⁃ Eu também não...

Sem jeito, riram de forma sútil.

⁃ Olha, me perdoa. Sei que fui um completo...

⁃ Idiota? Babaca? Imbecil? Filho da p...

⁃ Tá legal, já entendi! Eu mereço isso. Então...estamos bem?

⁃ Estamos sim, nerd. Mas, se fizer isso de novo terei a obrigação de chutar um lugar pequeno que não deve ser chutado.

⁃ Ok, tá entendido. Amigos...? - Estendeu-lhe a garrafa em sinal de brinde como se fosse a assinatura de um trato de comum acordo. Algo caraterístico da relação tanto em momentos de confronto, amizade ou romance. O rumo não convencional que as coisas entre eles tinham tomado, era gozado. Ainda assim, algumas coisas continuavam as mesmas.

⁃ Amigos. - selou o contrato correspondendo o brinde.

Levou a garrafa até a boca, pretendendo comemorar a reparação com sucesso. Inesperadamente, a garota usurpou o utensílio.

⁃ Ãn Ãn!

⁃ Hey?!

⁃ Calado Fredbag! Você odeia beber, esqueceu?

Sam fez uma careta ao experimentá-la, concluindo que cerveja quente superava refrigerante diet no quesito terrível. O título de reis dos bobões combinava com a forma de como sorria de lado, abobado, ao observá-la.

Como ela conseguia ser tão divertida e esperta com inconveniência?

Como ela não esqueceu fatos curiosos sobre ele?

O que mais ela saberia?

O beijo de despedida entre ele e Carly?

Não queria desperdiçar o tempo com preocupações extras e desnecessárias. O que lhe interessava era tê-la consigo. Mesmo que, machucasse ser só como amiga.

⁃ O que me diz dessa festa, Frednardo?

⁃ Sinceramente? Essa festa tá um ...

⁃ ...Saco?

⁃ Eu não diria isso. Mas, já que você falou realmente um saco. - agradeceu aos céus por não ter dito um palavrão. Última coisa que queria era Marissa ligando com uma advertência sobre falar nomes proibidos. Visto que, monitorava cada passo do filho pelo chip.

Uma ideia aclarou na mente engenhosa de Sam Puckett para se livrar daquele tédio. Podia não ser das mais elaboradas, mas era proveitosa. O enfitou, demasiadamente travessa.

⁃ Que foi?

⁃ Benson, tá a fim de ir num lugar que não vai a muito tempo e se divertir pra valer?

 

“Sei que conversar não tem sido fácil para nós com todo mundo por perto. Mas isso é pessoal, pra mim e pra você. E você sabe que eu não quero perder isso. Eu ainda acredito em nós! E espero que acredite em nós do jeito que eu acredito em nós! Você não vê, porque o que não enxerga é que quando nós não nos falamos, eu realmente não consigo dormir! Eu quero conversar com você! Você me disse para ter cuidado com o seu coração.”

 

 

Heartbreaker - Justin Bieber


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Notas finais do capítulo

VAI PÁ ONDE? (meme do Pocoiô aqui)

Ok. Antes de mais nada, vamos a revisãozinha básica das referências:


*Em iGo One Direction, enquanto Carly e Spencer viajaram para o México, o resto da galera ficou hospedada no apartamento neles. Será que rolou algo que a gente não sabe? Sam dá em cima de Zayn, descaradamente. É possível ver rapidamente em uma cena Freddie erguendo as sobrancelhas e abaixando o olhar, como se estivesse com ciúmes. Ao final do episódio, ela arrasta o cantor para dentro do elevador (shade?) ficando subentendido que eles ficaram e, na minha concepção, rolou. Óbvio. Até porque a bicha não é fraca não. Ela andou para que Gigi Hadid pudesse correr!


*Coincidentemente iOpen Restaurant é o próximo na cronologia da temporada e que tem grande relevância no caps de hoje. O Flashback é relativo a ele. São citados alguns dos personagens que aparecerem nele: Roger (o garçom japonês), Billy Boots (o valentão que confronta Gibby). Além do sanduíche de carne que Gibby fala que Sam fazia otimamente. Inclusive eu amo a cumplicidade deles nesse episódio, achei que seria interessante dar uma explicação do porquê a loira o defendeu do valentão. Também nunca foi explicado o motivo do restaurante fechar (falhas no roteiro clássicas da season 6 que odiamos). Tentei consertar isso e espero que tenham gostado!


*Na cena final de iOMG, Freddie admite que ainda tem o cartão de aniversário de Sam escrito “Feliz aniversário, eu te odeio! Com ódio, Sam.” Ela ameaça fazer a dança do nocaute na cara dele para que saia.


*As fotos que Freddie tem reveladas dele e de Sam são as que aparecem em iCan’t Take It , quando Gibby mostra para Marissa no tablet revelando que eles são um casal. Aliás, QUEM QUERIA REVELAR ESSAS FOTOS E TER PRA SEMPRE GUARDADA SOU EU PORQUE EU AMO ESSAS FOTINHAS DELES!


*Lama June é um produto alimentício que Spencer comprou no mercado em iThink They Kissed. Quando ele diz “Divirtam-se...” é uma referência a iFind Lewbert’s First Love. Ele disse isso ao se deparar com Sam carregando Freddie, o obrigando a descer com ela na sala de Lewbert. Muitos fãs acreditam que ele tenha dito isso no sentido malicioso devido a circunstâncias. Aqui nesse capítulo a intenção não seria diferente. SPENCER STAN FOREVER AND ALWAYS!


*Dana é a amiga de Sam do reformatório que aparece em iRescue Carly. O termo “molenga” foi como ela a chamou antes de usar a meia de manteiga no pessoal delinquente e resgatar seu amigos.


*Sam vivia falando italiano. A expressão il cibbo de la mama significa “as comidas da mamãe”.


*Quando Freddie fala que Sam não suporta a ideia dele e Carly como casal em iSaved Your life, ela afirma dizendo que isso dá vontade de vomitar sangue.


*O fato de Freddie reconhecer que Sam era sua amiga é uma alusão a iReunite with Missy. Ele desistiu de um cruzeiro só para ajudar Sam e afastar Missy. Carly o provoca, pois ele disse que Sam não era sua amiga. A IMPORTÂNCIA DESSE EPISÓDIO NA TRAJETÓRIA DELES MEU PAI!


*Rona Burger é a personagem metida arrogante que aparece no universo paralelo em iChristmas como namorada de Freddie no qual Carly desejou que Spencer fosse normal.


*Temos uma referência que não se trata de um dos episódios do sitcom, mas sim de um dos Segments. Para quem não sabe ou lembra, esses eram vídeos ou quadros que eram gravados como se fossem pro próprio site. Ironicamente, o produtor nunca colocava Carly para apresentá-los, mas sim Sam e Freddie, rendendo inúmeros momentos Seddie. Um deles, temos os dois, Spencer e Shelby Marx (Victoria Justice) dando uma volta de carro. Freddie pergunta a ela se está namorando alguém, Sam imediatamente responde irritada: “O QUE HÁ COM VOCÊ E AS MORENAS DE SAIAS HEIN?”. Detalhe: isso na época da segunda temporada. Honestamente considero um CRIME os segments não serem do conhecimento de todos. Principalmente dos creddies rsrs.


*Em iGo to Japan é revelado que a Senhora Benson instalou com um médico venezuelano suspeito um chip na cabeça do Freddie. Ele parece não ter conhecimento disso até iStill Psycho. Aproveitando o embalo, por mais que os únicos que tenham indícios de dirigir sejam Spencer e Sam, achei que estava na hora do Freddie conquistar sua autonomia. Mas é claro, tudo nas condições impostas pela Senhora Benson. Aliás, essa questão do carro será melhor explicada no próximo capítulo. Alguém lembra que a Sam não foi de moto pra festa e sim de carona? Tenho um motivo bem especial para isso. Hm...


*Além da cena do término em iLove You, também há a frase que a Sam disse quando foi com Freddie no clube do trem. O número de pessoas reduzidos naquele lugar era de um (ela) e meio (ele). BEIJINHO DE ESQUIMÓ POR QUE ME MATASTE?!


*E a última (Ufa!) só esclarecendo pra vocês, nesse momento a fanfic se passa no fim de 2012/ começo de 2013. Nessa época o aplicativo em ascensão era o Facebook. As músicas citadas também estavam no auge.


Enfim, aguardando o palpite de vocês!

Para onde acha que eles foram? Não vale falar m*****!!!

O que acharam do pov do Freddie? Alguém lavou a alma hoje? Gostaram do acerto de contas e da real que Sam mandou?

Por favor, espero que não desistam de mim! Posso demorar, mas estarei aqui por vocês sempre!

Aguardo vocês ansiosamente no próximo



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