Time Of Us escrita por BIA


Capítulo 3
Now you’re just somebody that I used to know


Notas iniciais do capítulo

Calma...Calma! EU DISSE CALMA! MUITA CALMA NESSA HORA!
Acho que pelo título já deu pra sentir um pouco da vibe do capítulo de hoje.
Fandom de 2012 sabe muito bem disso com o tanto de vídeo que choveu com essa música depois de iOpen Restaurant.
Então já aproveitando a indicação não poderia ser outra: Somebody that I used to know (Gotye feat Kimbra), porém como acho que deu pra perceber que também sou gleek e Blaine Stan indico a versão Glee que, particularmente, gosto mais. Mas é claro, sintam-se à vontade em escolher qual vocês prefererirem! https://youtu.be/AiMrNDCGAqA
Confesso pra vocês que sempre foi um sonho meu produzir um capítulo ou uma fic baseados nessa canção. Estou realizando isso finalmente em pleno 2021.
Também gostaria de agradecer imensamente a todos os comentários e mensagens que recebi no capítulo anterior, vocês não tem noção do quanto isso me incentiva a continuar em dar uma história digna pro melhor casal do mundo!
“Bia tem mais recaída? “
“Vai ter hot?”
“Flashback?”
“Vem aí?”
É o que vamos descobrir agora!

Boa leitura my purple hearts ♡



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O primeiro sinal acabara de tocar na Ridgeway alertando para o começo das atividades daquela semana. Sam que defendia presunçosamente uma redução na duração de aulas das 14:00 as 14:04, suplicava no seu íntimo que essas fossem suspensas inesperadamente naquele dia, em específico.

Em razão da conta que perdera de quantas vezes recebeu olhares piedosos enquanto transitava pelos corredores. Ou o total de pessoas que se aproximaram dela lamentando profundamente e prestando condolências pelo fim do webshow. Até mesmo as patricinhas mais esnobes esbanjavam clemência. 

Cada um demonstrava compadecimento para com ela e se tinha uma coisa que todo Puckett detestava era ser motivo de pena.

Enquanto abria o armário, sua íris automaticamente correu para o da morena ao lado. Certamente, estaria àquela hora da manhã desabafando com Carls sobre as estupidezes que a mãe aprontara no fim de semana. Ou quem sabe expondo ideias pejorativas que tivera para algum quadro do iCarly.

Entretanto, aquilo se tornara inviável de uma hora para outra.

A melhor amiga não estava mais presente.

Nem tinha previsão se um dia retornaria.

Sam meditava não somente sobre as lembranças da irmandade que deixara para trás, mas também as coisas supérfluas tidas como essenciais as quais Carly Shay não teve tempo de retirar de lá. Os enfeites de flores e adesivos de apetrechos femininos delicados e perfumados de lavanda. O espelho pendurado estrategicamente na altura de seu campo visual para escolher um dos diversos tipos de gloss que estocava no caso de alguma emergência em avistar algum cara atraente no corredor. A loira revirou os olhos e riu ao concluir que certamente os cosméticos perderiam o prazo de validade. 

Porém a melancolia lhe preenchera ao se lembrar da única coisa que a amiga guardava que não era leviana. Tinha pregada a foto da estreia do programa, que acontecera cinco anos atrás. 

Brotava dentro de si uma grande incerteza de qual rumo as coisas tomariam a partir de agora. Como seriam? Em relação ao longo dia que teria pela frente. Às semanas. Aos meses. Ao semestre. Ao resto da vida que, infelizmente, teria de seguir sem ela.

Voltou a atenção para os poucos livros que restavam no próprio armário. Afinal de contas vendera a maioria deles. Sam Puckett e escola são coisas que, indiscutivelmente, não combinam. No entanto, a oportunidade de unir o útil ao agradável se livrando de coisas desnecessárias e obter um pouco de lucro agradava e muito a “mamãe”. Bufou por ser obrigada em pegar o caderno de Álgebra no canto próximo ao retrato do Drake Bell.

Se até então a situação parecia péssima, acabara de piorar. Ninguém merecia a primeira aula de segunda-feira do Senhor Howard. Sem dúvidas o velho ranzinza estaria ansioso em vê-la com instituto de provocá-la por conta da ausência de Carly.

Fechou a porta bruscamente tomada pela raiva. Realmente cogitou a possibilidade de matar aula. Porém, acumulava uma quantidade de faltas consideravelmente alarmante, correndo risco de reprovação. Estava no último ano e definitivamente lhe causava náuseas imaginar prolongar a temporada aprisionada naquele inferno. Era necessário manter o foco. Precisava se formar para conquistar a ansiada liberdade. Apesar de não saber exatamente qual carreira pretendia seguir. Se frequentaria alguma faculdade de fato. A única certeza era de que seu futuro obrigatoriamente incluiria comida, a Sterling 64 e muita grana. 

Omitia para si a aspiração utópica dos planos abrangerem uma certa pessoa, em especial. Infelizmente, tinha ciência que aquilo não era plausível. Pelo menos não do jeito o qual anisava: com a atualização de status, o retorno dos apelidos afetuosos e as demonstrações de carinho em público que se convertiam em indecentes entre quatro paredes. 

Foi aí que reparou não ter cruzado com o nerd ainda. O que era extremamente inusitado. Logo que chegava ao colégio, o rapaz ia diretamente ao encontro delas antes do início do período. Fazia questão de cumprimentá-las ou bater um papo breve, independentemente de não frequentarem as mesmas turmas em determinadas matérias. Apesar de que, ironicamente, Sam e Freddie estivessem juntos na maioria delas.

Esticou o pescoço para o corredor ao lado, verificando se ele estaria pegando os materiais no armário. 

E não. 

Freddie não estava lá. 

“Que saco” murmurou instantemente ao escutar o segundo alarme. Subiu as escadas, rumo a sala da tortura. Subitamente, seus passos foram interrompidos ao chegar na entrada da classe. Surpreendera-se ao notar que a cadeira geralmente ocupada pela figura de olhos castanhos estava vazia.

“Ele nunca se atrasa, muito menos falta.”— refletiu. 

Criara diversas teorias do que poderia ter ocorrido para que rei dos bobões arriscasse perder o título de frequência perfeita que ganhara anualmente. Ocupou o assento com o peraphone em mãos, estando prestes a digitar um torpedo para o apelido semanal selecionado: Freddork.

Entretanto, não foi necessário. Bem atrás do professor de meia idade, o garoto adentrava na sala com um andar frenético. 

— Hey Benson! Achei que o troféu de senhor perfeitinho já estava por um fio. 

Ao passar por ela, Freddie não disse nada. Apenas esticou os dedos da mão que segurava a alça da mochila em sinal de “olá”. Ela deu de ombros, deduzia que estivesse se martirizando internamente pelo atraso inadmissível por conta da obsessão insaciável de seguir a rotina à risca. 

— Muito bom dia alunos! O dia hoje está tão agradável não acham? O que me dizem: Senhorita Puckett e Senhor Benson? 

— A sua esposa finalmente descobriu o seu caso com a senhora de peitos pontudos e te largou pra você estar todo animado desse jeito? - Sam retrucou. 

— Não, na verdade aconteceu algo muito melhor! Carly Shay se mudou para Itália e finalmente o trio de adolescentes desprezíveis alienados em internet se desfez! Isso não é maravilhoso? 

— Sabe o que seria maravilhoso? 

— Olha mocinha...

— A sua vida se ela não fosse tão deprimente não haveria necessidade de ficar obcecado com o que pessoas de trinta anos mais novas que você fazem. Porque aparamente nossas vidas são bem mais divertidas e interessantes do que a de um ancião passando por uma crise matrimonial fodida que tem como prêmio de consolo um par de seios murchos e ganha menos de doze pratas por hora!

— SAMANTHA PUCKETT EU EXIJO QUE...

— O quê? Vai me expulsar da aula? Achei que não fosse realizar o meu sonho hoje, muito obrigada.

— Ah não! Isso seria muito fácil, você fica e ganhou uma detenção para depois da aula. 

— Sério? Ah não! Que novidade! Estou chocada! - disse escancarando sarcasmo deliberadamente. 

O homem terrivelmente frustrado em sua tentativa de humilhar Sam Puckett, virou de costas para a lousa anotando os exercícios referentes ao conteúdo de operações fatoriais.

— Dá pra acreditar nesse idiota? - sussurrou para o amigo sentado na cadeira ao lado. 

Freddie não respondeu. Entortou os lábios e vergou as sobrancelhas de leve. Volveu a concentração ao quadro estando com o lápis grafite 4B a posto para as anotações. 

Sam estranhou o comportamento dele desde o instante que entrara naquela sala. Absurdamente quieto e introvertido. Não destinou uma palavra sequer a ela, ou posicionara-se das afrontas do Senhor Howard.

— Hey, tá tudo bem? 

— Tá sim. - respondeu à garota direcionando um olhar de durabilidade de milésimos. Talvez nem essa fosse a definição adequada, pois ele mal a fitara. Sua entonação era baixa e amassava os lábios um no outro ao escrever as questões. 

Aquilo não a convencera. A intuição suspeitava que tinha algo errado. Gostaria de puxa-lo pelo braço e ir à um local mais reservado e obrigá-lo a revelar o que se passava. Conquanto, teria de esperar que a aula acabasse. De nada adiantaria enviar mensagens, uma vez que ele mal encostara no celular durante a explicação. Ou irritá-lo em persistir nas indagações atrapalhando-o nas resoluções das operações. 

Respeitava o empenho dele de ser um bom aluno. O admirava por isso. Do contrário da postura dela: podia sim ser inteligente, mas ligava apenas para coisas que lhe interessavam. Até se limitaria a resolver aquelas equações se essas auxiliassem a chegar na solução do enigma da postura inquietante dele. Todavia, perdurou alternar momentos das olhadas de canto de olho sobre ele no decorrer daqueles 60 minutos intermináveis.

oOo 

O sinal soara e Sam, aposta para o defronte. Freddie fechou o zíper após guardar o caderno na mochila, a passando para trás do ombro celeremente, saindo em disparada à sala da Senhorita Briggs. A loira foi atrás dele o mais rápido que pôde, seriam questões de segundos para que os corredores ficassem aglomerados em decorrência da troca de horários. Conseguiu emparelhar-se junto dele e numa ação depressa e perspicaz, o empurrou para dentro de uma porta azul escura. 

Não se tratava de uma sala de aula, mas sim do almoxarifado do zelador Miller. O lugar não era de total desconhecimento dos dois, longe disso. Se escondiam ocasionalmente ali na época do namoro quando desocupados entre as aulas e os hobbies para curtirem uns amassos, já que Carly os advertia frequentemente sobre as demonstrações impróprias em público. Freddie mesmo isentava o pudor expondo que “os lábios deles estavam FAMINTOS!”

Sam trancou apressadamente a porta e cruzou os braços. Ele, encostado à prateleira de produtos de limpeza, aparentemente confuso e tenso. Indiscutivelmente, aquele local disparava-lhe gatilhos de cunho libidinosos. Por mais que a vontade implorasse, era letal fixar seus globos oculares diretamente nos dela ou ultrapassar o recorde dos cinco segundos situados num espaço tão minúsculo. 

— Tá legal, pode começar a falar...

— Falar? Falar o quê? 

— O que aconteceu pra você estar tão calado Benson? 

— Nada...- abaixou a cabeça curvando a postura com a mão livre no bolso. 

— Deixa eu adivinhar: foi algo que a sua mãe neurótica aprontou? O clube dos bobalhões te expulsou? Alguma nota ruim? Ou...

— Eu já disse que não é nada! - declarou com a voz firme. 

Talvez Sam soubesse o que o afligia.

Talvez fosse o mesmo motivo pelo qual a tristeza a tomara pela manhã. 

— Olha, eu sei que é difícil. Pra mim também está sendo sem ela aqui. Mas, você sabe que não está sozinho não é? 

A opção de oferecer-lhe conforto converteu-se em nervosismo. Sem se dar conta, ela caminhou em sua direção. Agora estavam muito perto um do outro. Tão perto, que o cheiro forte dos desinfetantes foi substituído pelo aroma deleitoso e natural emanado pela pele macia dela, exposta graças a regata vermelha trajada. O garoto bem que tentou deslocar-se da tentação, movendo os olhos para baixo, entretanto acabou compenetrado na pintinha no lábio superior direito. Embora parecesse ser idêntica a irmã gêmea, Melanie, aquele era o charme diferencial e exclusivo de Sam que, irrevogavelmente, o excitava.

Corriam um risco altíssimo estando ali trancados. Caso suspendessem as retaguardas, o troféu de frequência sublime seria trocado por uma compensação mais valiosa. 

Freddie pigarreou com a intenção de aliviar a tensão.

— Valeu Sam, mas... eu só...preciso ficar sozinho um pouco tá? - mal terminara a frase e destrancou a porta, estando a girar a maçaneta. 

— Te vejo no almoço? - indagou permanecendo parada de costas. 

A porta se abrirá e por segundos a única coisa audível foram as vozes dos adolescentes e as solas dos sapatos batendo no chão.

Ficou apreensiva de ser deixada no vácuo. 

— ....sim. 

O “sim” isento de afirmação. 

Cheio de indeferimento.

oOo

O sanduíche de presunto tornou-se uma vaga história para se contar e os dois pacotes de bolo gordo teriam, em breve, o mesmo destino. Sam estava sentada sozinha na mesa de sempre no refeitório do colégio, isso porque era a primeira a disparar sentido à cantina no horário do almoço. O momento mais prazeroso do dia e, sem dúvida, o único que valia a pena. 

Wendy, sua amiga mais próxima depois de Carly, ocupou a cadeira à sua frente. Ela se juntava à Sam de vez em quando para almoçar. Em suma, era considerada relativamente popular e costumava perpassar por todas as panelinhas da escola. Porém, não era uma mimada qualquer. Muito pelo contrário, tratava muito bem a todos. 

— Oi Sam! 

— Fala aí Wendy! 

— Bolo gordo versão recheio extra? 

— Isso! - disse com a boca cheia de resquícios de glacê. 

— Preciso te contar uma coisa: estou planejando com o pessoal de dar uma festa na minha casa no sábado. O que acha? 

— Uau! A mamãe aqui gostou! Quem vai? 

— Estamos pensando em chamar a galera toda do último ano e algumas do segundo. 

— Maneiro. E você sabe, pra uma festa ser um sucesso não basta lotar de adolescestes loucos precisa de comida e bebida de qualidade. O que vai ter pra comer e beber? 

— Preciso fazer a lista ainda, mas estávamos pensando em salgadinhos, batata, o Chad disse que no mercado do tio dele a cervej...

A voz de Wendy pareceu ficar muda de repente. Isso porque, a atenção de Sam se voltou inteiramente para o outro lado do refeitório. Especificamente, para a mesa apossada pelos membros do clube AV: o moreno de camisa de polo roxo acabara de sentar junto deles. 

Decerto, ele não se enquadrava no padrão estético dos meninos daquele grupo. Todo musculoso e arrumado, enquanto os outros magrelos com vestimentas ridículas e estranhas. Claramente, a inteligência era a peculiaridade que tinham em comum. E apesar de ser um dos integrantes, Freddie nunca almoçara com eles. A menos que colocassem alguma discussão solene em pauta sobre teoremas matemáticos e sagas geeks bizarras.

Sam o fitava ludibriada. Não esquecera da confirmação mais cedo de que ele a acompanharia no intervalo. 

Era estranho. 

A forma como seus braços definidos apoiavam-se sobre a mesa e os ombros se contraíam entregavam abatimento. 

Ele a encarou ao mesmo tempo que deslizava a mão pela nuca, nitidamente desconfortável. 

A eminência na cervical dela já fazia o alarde. 

Naquele instante, todos os indivíduos ao redor sumiram. 

Freddie na extremidade à parede com infiltrações. 

Sam no outro canto, cujo cartaz do time dos Buldogs com letras pintadas de vermelho colado atrás dela realçava mais a expressão confusa.

Era como se estivessem sozinhos, destituídos de liberdade alguma de aproximação.

Acorrentados naquela distância medíocre que se localizavam. 

Somente se olhavam. 

Não faziam nada além disso. 

Demorou para que Freddie desviasse o olhar para o prato de comida e os elementos do cenário se materializassem de volta a realidade. 

Wendy ainda continuava a dar detalhes da festa para Gibby, que Sam nem ao menos percebera que havia se sentado ao seu lado. 

Abocanhou a sobremesa que sobrava, conservando a vista na direção do nerd. 

“Só hoje. Talvez ele precise de um pouco de tempo só por hoje...” 

oOo

Carls 15:22- SIM! ACHO QUE ONTEM FOI UM DOS MELHORES DIAS DA MINHA VIDA! E aí como vão as coisas? 

15:22- Bem, Carlotta.

Mentira descaradamente para a amiga. Francamente, as coisas não andavam tão bem assim... 

Não queria aborrecê-la, cortando a euforia da experiência compartilhada de desbravar Florença no dia anterior e conseguir o contato de Vicenzo, um italiano muito belo e charmoso. 

Na realidade, Sam e Freddie se afastaram no decorrer daqueles dias.

Ou melhor, fora ele quem se distanciou. 

Continuava apresentando um comportamento repleto de ações controversas. Atrasava-se especificamente às aulas que frequentavam juntos. Não era mais uma companhia a qual pudesse contar na hora do intervalo. Inclusive, diminuíra os ápices oportunos das trocas olhares tensas significativamente. Não obstante, escapava brilhantemente das chances de se acertarem cara a cara. E nas poucas mensagens de textos que Sam ainda insistia em enviar, ora obtia respostas efêmeras sem abertura ou prolongações de assuntos, ora era completamente ignorada. 

A justificativa do processo de luto em virtude da ausência da paixonite de infância caminhava para o descarte absoluto. Começou a levar tal indiferença para o pessoal. Visto que, o vira conversando com Gibby, eventualmente. Trocando resumos correspondentes a prova de Química com Wendy. E o pior, naquela mesma manhã, proseando com uma caloura do primeiro ano. Assistir àquela situação fez com que seu sangue fervesse instintivamente, ebulia por todas as veias e artérias existentes no organismo.  

Balançou a cabeça despistando a desventura.

A sessão com o diretor Franklin, transferida excepcionalmente para aquela tarde de quinta, a deixara com uma sede e tanto. Milagrosamente, as máquinas de refrigerante situavam-se rente a diretoria. Guardou o celular no bolso a fim de desfrutar a lata de Pepsi Cola. 

Virou-se para janela que fornecia uma vista da saída lateral do ginásio cujos alunos costumavam acorrentar as bicicletas. Espiou por entre as frestas das persianas e espantou-se ao detectar quem ali estava. Sentado no degrau acinzentado perto do bebedouro, com os braços apoiados sobre os joelhos dobrados, afundando-se nas reflexões da mente: Freddie.  

As posições se inverteram. 

A familiaridade da meia noite histórica de meses atrás, se sustentava firmemente. 

O discurso incitante ecoava estrondosamente no silêncio. 

“Olha eu sei que é difícil expressar seus sentimentos, pois nunca se sabe se a pessoa amada sente a mesma coisa, todo mundo se sente assim! Mas você nunca vai saber se não tent...” 

Tentar. 

Toda tentativa é impulsionada por uma motivação. 

Samantha tentou, pois encontrou segurança nos dizeres tênues e prestativos emitidos pela voz rouca e aveludada. Reconheceu o que sentira na última análise que fizera das minúcias do rosto de Freddie antes de beija-lo apaixonadamente. Fora instigada a ir na contramão de todos que afirmavam ter um interesse romântico em Brad.

A loira tentou, porque o moreno lhe oferecera coragem

Aliás, ele foi a coragem que Sam precisava.

Mas e agora? Onde a tal coragem, estava? 

 Na noite do Viradão, os olhos pardos clamavam uma atitude aos anis e hoje destilavam certo desprezo inexplicável. 

Impossível a garota sentir-se segura desprovida de estímulo recíproco. Não se iludiria agir em troca da expectativa falsa que pudesse frustra-la. 

Parecia irreal ir até ele e esperar que, dessa vez, esse a beijasse inesperadamente. Ao que tudo indicava, ela se tornou alguém que cortou os laços de maneira repentina. Torcia para ser passageiro, embora pressentisse ser algo definitivo.

Freddie não era mais sua bravura e sim o seu maior receio.

Não valia pena. 

Desencostou os dedos do vitrô e se retirou vagarosamente. 

oOo 

Se aproximava quase das 17:00 da tarde quando Sam estacionou a moto em frente as cadeiras na calçada, do Groovy Smoothie. Finalmente constatava estar liberta do cárcere escolar com a chegada da sonhada sexta-feira. Agradeceu imensamente à Deus por sobreviver àquela semana, em particular. 

Marcar presença nas aulas fora difícil, mas nada comparado ao clima pesado palpável entre ela e Freddie.

Gastara todas as energias possíveis a fim de compreender o que se passava. Ela tentou incessantemente de diversos jeitos, sem êxito. Já estava cansada demais por mendigar a atenção dele, por conta disso decidiu ir até a lanchonete e forrar a barriga com a promoção do dia a qual incluía uma vitamina extra grande e meia dúzia de rosquinhas. 

Ela merecia aquilo. 

Retirou a chave do cilindro de contato e reparou nas mãos sujas de uma substância negra e de textura viscosa. Aplicara graxa na motocicleta com o intuito de lubrifica-la, há pouquíssimas horas. 

— Droga! 

Encaixou o capacete no retrovisor e logo em seguida adentrou no estabelecimento, indo em direção ao toalete. Esfregava brutalmente as mãos embaixo da água gelada corrente. A força que fizera ao esfrega-las fez com que o anel colorido no dedo anelar escapasse. Saltitou alto, realizando uma parábola e por fim caiu no chão. 

“Porcaria! Hoje realmente não é o meu dia!” - pensou, destilando um suspiro de irritação. 

Ajoelhou-se debruçando o corpo para debaixo da pia, por pouco a joia não descera pelos vãos do ralo. Sorriu vitoriosa ao alcança-lo. Ergueu a cabeça, deparando-se com a arte grafite de cunho patriota na parede grafada “Jamaica rocks!” nas cores amarela, verde e preta. 

Para T-Bo, a homenagem de orgulho à origem pertencente. Para Sam, armadilha nostálgica predisposta de tristeza e acima de tudo, saudade. 

Flashback 

Após levar um soco estratégico, porém extremamente fatal de Gibby, o garoto ainda permanecia desacordado. Mesmo estando estirado e inconsciente no chão, as pessoas pareciam ignorar completamente tal circunstância. Algumas se retiraram enfurecidas questionando o porquê de desperdiçarem um tempo tão precioso em prestigiar dois imbecis que não tocaram uma nota sequer. Incluindo Madisen e Elise, as meninas da primeira fileira que ambos tentaram impressionar incansavelmente a semana toda com a banda falsa. Outras, circulavam normalmente pelo estabelecimento saboreando vitaminas e conversando, como se nada tivesse acontecido.

Só uma pessoa parecia se importar com tudo aquilo: Sam. Sua única intenção era impedir que Freddie impressionasse outra que não fosse ela e agora esse se encontrava desfalecido à sua frente. O murro acertou-o em cheio, entretanto quem tinha sido golpeado de forma violenta, de fato, foi o coração dela. O desespero tomou-lhe conta, foi a única a tomar alguma atitude em meio à multidão. Correu na velocidade da luz para verificar a pulsação dele, apresentava indícios de frequência cardíaca para o seu alívio. 

Apenas ela ligava. Nem mesmo Carly se movera. Interessava-lhe muito mais o encontro no cinema que conseguira remarcar milagrosamente com Keith, mais tarde. Depois de selar a paz novamente com T-Bo, esse prometeu explicar ao rapaz a culpa exclusivamente sua em arruinar o date deles no início da semana, o convencendo em dar a ela uma segunda chance.

Aproveitou a deixa com a confusão para encontrar o candidato à futuro marido mais cedo. Pediu à Sam que mandasse notícias sobre o paradeiro de Freddie. 

Carly Shay era uma menina muito boa, no geral. Entretanto, o egocentrismo a cegava em qualquer oportunidade que tivesse de sair com um cara gato. E isso, era algo que definitivamente ela jamais recusaria! 

Com a ajuda de T-Bo, arrastou o jovem para o banheiro feminino à esquerda. Apesar dos músculos que Freddie ganhara nos últimos dois anos pesarem consideravelmente, Sam era forte o suficiente para carregá-lo sozinha até lá. Contudo, preferiu não arriscar. Não queria machuca-lo ainda mais ou provocar outras contusões. Sentia remorso o bastante por contribuir, em parte, com aquela fatalidade. 

O acomodaram de maneira que ficasse sentado, encostado a parede. Sua cabeça pendia para a direita, cobrindo parcialmente as pichações artísticas contidas nela. O jamaicano perguntou se precisaria de mais alguma coisa e assim que ela negara, retornou ao balcão para dar conta da clientela e a altíssima demanda de pedidos. 

Não havia mais ninguém ali. 

Deixara-os a sós. 

Mais uma vez, apenas eles dois. 

Sam o encarava com uma feição bastante preocupada. Seus olhos fixaram a atenção para um pequeno corte na testa. Aparentemente, não era fundo ou nada muito grave. Provavelmente ocasionado pelo impacto da queda bruta contra o chão. Estendeu a mão próxima a pia, molhando pequenos pedaços de papel higiênico e pressionando sutilmente contra o ferimento. 

Se perdia completamente em cada detalhe dele ao observá-lo. Inacreditável como o topete permanecia milimetricamente intacto. Ou o modo como uma das veias saltava bem na lateral do pescoço. Deslumbrada estava pelo maxilar que parecia ter sido esculpido perfeitamente. A serenidade que passava estando de olhos fechados dissimulava a falsa impressão de estar descansando num sono profundo depois de um longo dia editando os quadros do programa. 

Desabotoou os quatro primeiros botões da camisa azul clara que ele vestia, a fim de certificar se havia alguma fratura ou lesão por ali. Surpreendeu-se com pequenas vermelhidões espalhadas pela extensão do tórax. Engoliu seco ao passar os dedos sobre o peitoral dele, mordiscou os lábios na tentativa de encontrar o mínimo de concentração e prosseguir naquele teste de resistência. Não era nada fácil para Sam Puckett ver Freddie Benson com os músculos a mostra. 

Realizava compressões na região das costelas, quando o garoto soltou um grunhido por entre os toques a fazendo pular de susto em uma ação involuntária. Freddie abria gradativamente os olhos, se mostrando ainda relutante a claridade. 

Ao estabilizar-se por completo cogitou seriamente a possibilidade de ter chego aos céus, devido a imagem que se encontrava diante dele: olhos semelhantes à duas pedras de topázio azuladas o fitavam de uma maneira solícita. Não sabia ao certo se sua visão pregava-lhe peças naquele instante, pois poderia afirmar ter visto feixes de luz contornando a silhueta de cachos dourados. Ponderou que não seria nem um pouco ruim partir para o outro plano se assim fosse recebido quando chegasse ao paraíso. 

— Sam? Ah! Eu morri...?

— Acho que não, porque com certeza não estaríamos exatamente no mesmo lugar. Agora que acordou me diz, Benson: consegue me dizer quantos dedos eu tenho aqui? - indagou levantando dois dedos da mão esquerda. 

— Cinco? 

— Isso... só que menos três, muito bem! 

— O que...Ah! aconteceu? Ai! - intercalava gemidos enquanto ela comprimia a chaga localizada entre a sobrancelha e a entrada do couro cabeludo. 

— Gibby te nocauteou. 

— O Gibby?! Ah fala sério! 

— Bom, eu é que não fui não é? Porque se tivesse sido, você estaria em coma no hospital agora. Aliás, o Gibby ainda vai se ver comigo! 

— Por quê? 

— Porque só eu posso te dar um soco desses, Freddison. 

Abafou um riso abobalhado gerado pelo enorme acalento que sentira em perceber, indiretamente, que a diaba loira o defenderia com unhas e dentes não importava de quem fosse. E por incrível que pareça, seria capaz de defendê-lo até de si própria. Quando retrocederam à condição de “bons amigos”, em nenhum momento o agredira novamente. Claro, assentira prosseguir com as gozações, pegadinhas e provocações por motivos específicos. Contudo, vetara qualquer tipo de dano físico.

Anteriormente, o espancava constantemente. Sam nunca foi boa em lidar com sentimentos, tampouco expressa-los. As pancadas pareciam uma das alternativas excelentes no decorrer dos anos de chamar-lhe a atenção. Isso porque, tentara encobrir algo nítido, perceptível e facilmente detectável para o sexto sentido: estava com raiva de si mesma. 

Por qual razão?

Por estar gostando dele.

“Quando você começou a gostar de mim?”

Não se apaixonou por Freddie urrando de dor no asfalto seguido do atropelamento de bicicleta que ela mesma causara. Tinha sido bem antes disso. E com antes implicava em desde sempre. O orgulho a impediu de mostrar fraqueza ao revelar isso a ele na primeira vez que saíram. 

Ainda era a Sam Puckett. Ainda precisava ficar por cima. 

Depois de se envolver tão intensamente percebeu que quando se ama verdadeiramente alguém, não deseja que nada de mal aconteça a essa pessoa. Já tivera tantas provas disso, incluindo o desespero que sentira ao vê-lo se chocar contra o caminhão de tacos. Ser esmurrado por Gibby naquela noite fora mais uma evidência concreta. 

Samantha o amava. 

— Bom, acho que chega de bancar a estrela do rock. 

— É também acho que está na hora de se aposentar, Freddie Mercury.

— É acho que nunca vou entender o que é preciso fazer pra impressionar garotas.

“Para mim não precisa de nada, pateta.” - omitiu em seus devaneios. 

Nem Sam sabia ao certo o que tanto a impressionou em Freddie Benson. Afinal, era previsível que se sentisse atraída pelos bad boys clássicos, de tatuagens horripilantes à mostra com fichas criminais extensas. Porém, se apaixonara por alguém dedicadamente aplicado aos estudos, preso as questões éticas de conduta que adormecera sob os cobertores temáticos de Guerra nas Galáxias. E o mais insólito: era justamente a pessoa a qual jurou ódio eterno. 

Fracassou em encontrar a lógica, pois nem o ódio e muito menos o amor são lógicos. 

São arbitrários.

Não se pode escolher quem odiaremos ou amaremos. Apenas acontece.

E por que acontece? Porque assim tinha de ser. O destino gosta de orquestrar o jogo, mas ama, principalmente, a virada que só ele é capaz de executar, alterando a posição das peças drasticamente. Seus caminhos eram como fitas que se entrelaçavam cada vez mais chegando ao ponto de não ter como desfazer os nós.

Foram o primeiro beijo um do outro. 

O único relacionamento duradouro e intenso de ambos. 

A primeira entrega carnal. 

A maior saudade que tentavam ocultar à todas custas falsamente.   

Não tinha escapatória. As linhas se cruzavam. Os fios continuavam a se amarrar, ficando enozados e adquirindo mais resistência. Sem possibilidade alguma de reversão: seu coração estava interligado ao dele. 

Era singular. Justamente por não existir outro Freddie Benson, só poderia ser ele.

Obrigatoriamente deveria oferecer palavras de conforto por amá-lo tanto: 

— Eu não sei, me diga você. O que responderia se eu perguntasse “o que uma garota precisa fazer pra TE impressionar?” - deu ênfase a partícula propositalmente. 

— Acho que diria que ser ela mesma. 

— E se isso não fosse o suficiente pro cara gostar dela? 

— Então eu diria que o cara é um tremendo idiota. 

A genialidade de Samantha em utilizar o método dedutivo o fez “despencar” na real. A resposta, óbvia: quando não se é valorizado e necessita de esforço para manter as aparências sendo algo que você não é, simplesmente não é para ser. Simplesmente não é amor. Simplesmente é viver às custas da humilhação. Freddie não precisava disso. 

— Valeu, Sam. – agradeceu com uma expressão gratulada. 

— De nada Fredbag, acho que esse seria o tipo de conselho que alguém daria caso se importasse com você. 

E como se importava...

“O cara é um tremendo idiota!”

Agarrou-se a premissa como se estivesse vendo o reflexo no espelho. 

A carapuça de “idiota” servira-lhe otimamente. Insistia em negar, pois não tinha como fazer desaparecer a capacidade da Princesa Puckett em impressiona-lo nos mínimos detalhes. Nas atitudes que tomara. Nos trejeitos singulares. Na coragem subjetiva que exalava espontaneamente. Em tudo. 

Há poucos dias se pegou admirado por testemunha-la defendendo um garotinho cdf de um valentão exibido. Fora tão heroica. Tão valente. Tão autêntica. Tão sagaz. Tão madura. Simbolicamente, era como se a ex valentona estivesse protegendo o seu “eu” de anos atrás. Nunca confessara que rebobinar a cena por diversas vezes na mente serviu de inspiração para consertar o phaser quebrado naquela ocasião. 

O alento situava-se perante dele entretida com uma pelinha teimosa ao redor da unha. Freddie ficou hipnotizado. Apreciava a franja que ela aderira como marca registrada. Porém, o ponto fraco era o cabelo, repartido de lado com mechas áureas bagunçadas naturalmente, permitindo mostrar mais sua face. Evocava memórias do privilégio que tivera de escovar as madeixas naquele estilo porque assim decidira que caíra tão bem a namorada. 

A alavanca foi puxada. Umedeceu os lábios e se deixou levar, voluntariamente encaixou uma das mãos sobre as maçãs do rosto de Sam. Realizando carícias de leve em movimentos circulares com o polegar. O raciocínio sumira. Licenciou toca-la por segundos. 

Ela paralisara. Travou a respiração. A sensação remitia experimentar uma fantasia. Inferiu que era real ao levantar a cabeça e ver que o nerd estava ali. 

Entreolharam-se. 

Era decisivo.

Agora ou nunca. 

 

“5,4,3,2,1...”

— Ah eu... só tava tirando um borrado que tava... você sabe... - proferiu exibindo o pólice visivelmente limpo e desviando o olhar. Como sempre, o esforço em disfarçar, meramente fajuto. 

— Ah!... valeu, Freddonho - falou meio sem graça- Bom...acho que já podemos sair daqui. Vamos? 

Fez sinal de concordância e levantou-se apoiando o braço sob o ombro que ela ofereceu de suporte. 

Os maliciosos suspeitariam de que algo obsceno sucedeu dentro daquele banheiro.

Era inconcebível crer no poder de um toque singelo e sereno. 

Mas Sam e Freddie sabiam.

E era isso que importava. 

Fim do Flashback

 O ronco proveniente do estômago interrompeu a reminiscência. A alertava para a urgência de saciar a fome. Seguiu decidida a gastar as dez pratas que tinha no bolso. Ajeitava a mochila no meio do caminho, passando pela bancada e duas das mesas espalhadas pelo caminho, quando de repente seus passos se cessaram. 

Paralisou ao ver o moreno de costas no caixa acertando a compra de uma bebida. 

Caso os tempos estivessem dentro da normalidade iria até ele, daria tapinhas de leve nas costas rogando um empréstimo para degustar algum item do cardápio. Todavia, tudo se encontrava revirado de cabeça para baixo. 

Freddie se virou. Ia levar o canudo até a boca e dar o primeiro gole no shake de morango. Não foi possível terminar de executar a ação.

Foi no momento que a vira. 

Era incontestável que a tinha visto. 

A eletricidade cujos olhos lançavam um ao outro no raio de menos de meio quilômetro os denunciaram. 

Sam estava exausta. Queria conversar com ele. Esclarecer tudo. Acabar com o vício da triste. Compreender porque a excluíra como se fossem simplesmente nada. Nem amigos. Não queria mais viver assim, decifrando cada ato. Cada palavra, dita ou não. 

O salto da bota estalou prontificando à caminhar. O rapaz disfarçou olhando para os lados, buscava alguma saída ligeira ao invés de enfrenta-la. Não se sentia preparado. Rapidamente deslocou-se para a porta lateral. 

O pavio ascendeu-se. 

Foi o estopim para ela.

Não hesitou em correr para fora da loja. Tentou alcançá-lo, porém ele já se encontrava do outro lado da rua entrando no prédio. 

— Covarde! - gritara num tom elevado, esbravejando toda a raiva e mágoa que acumulava dentro dela. Recebendo olhares reprováveis e julgadores das pessoas aleatórias que transitavam pela calçada. 

“Covarde” 

A definição perfeita de alguém que lhe telefonara de madrugada e agora ignorava mensagens e ligações. 

Alguém que lhe chamara carinhosamente de Sammy e agora banira qualquer nome que a referenciasse do vocabulário. 

Alguém que fora cortês em acompanha-la até o elevador e agora abolira a cordialidade ou acenos gentis. 

Alguém que agora a tratava como uma completa estranha, se rebaixando a atitudes tão mesquinhas. Exibia humilhações de ignora-la, a convencendo  que, indiretamente, de alguma forma a culpa era exclusivamente dela. Mesmo sem ter feito absolutamente nada. 

Respirava fatigada em consequência da consumição pela cólera. 

Entregou os pontos. 

Desistiu de confronta-lo. 

Doía e muito se forçar a ir de encontro àquela resignação injusta que  Freddie acabara de decretar. 

Agora era somente alguém que costumava conhecer...

 

“Mas você não precisava me excluir, como se nada tivesse acontecido ou como se não fôssemos nada. Eu nem sequer preciso do seu amor, mas você me trata como uma estranha e isso é tão rude! Não havia necessidade de ter sido tão baixo. Então acho que não preciso disso... Agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer.”

Somebody that I used to know - Gotye feat Kimbra


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Notas finais do capítulo

E O TÍTULO DE PIOR HOMEM DO MUNDO VAI PRA ELE: PODE ENTRAR FREDDIE DA SEASON 6!
Calma. Mais uma vez CALMA! Se para vocês doeu ler o capítulo de hoje quero que saibam que doeu muito mais em mim escrevê-lo. A minha maior vontade era pegar esses dois fazê-los se beijarem e viverem felizes para sempre. Mas aí não teria história não é mesmo?
Vamos relembrar de algumas coisinhas? Ou melhor, várias.


*Não tivemos uma recaída sexual mas tivemos um flashback que poderia ter ido claramente nesse rumo e que foi extremamente essencial. O episódio em questão que ele ocorre é iGet Banned. Nesse flashback também temos referências a iDate Sam and Freddie, iBalls e iBattle Chip (quem pegou todas e chorou?).


*O nome das duas garotas que eles tentam impressionar nunca foi mencionado, mas acho que já deu pra entender o motivo de ter escolhido esses não é? Rindo de nervoso.


* Propositalmente, coloquei eles arrastando o Freddie para o banheiro feminino a fim de que eles ficassem sozinhos, pois no final do episódio o Gibby sai em disparada para um dos toaletes surtando depois do soco. Não seria nada legal alguém para atrapalhar esse momento. Para dar sentido ao flashback, pela lógica deveria ser no feminino. Sim quase três semanas quebrando a cabeça nisso pra servir vocês.


*Em iBattle Chip depois de Sam dar uma lição no valentão que ameaçava o garotinho nerd se prestarmos muito atenção, antes da Carly alertar que o phaser do Gibby foi quebrado no meio da confusão, Freddie tem uma expressão de como se estivesse impressionado com a atitude dela. Mais uma vez, podem ir lá rever e vir me cobrar depois!


*Em iDate Sam and Freddie é revelado que Sam o deixa escovar o cabelo dela. Podemos reparar que durante todo o namoro ela sempre usou o cabelo nesse estilo, só depois a franjinha voltou. É muito importante considerar esse marco que impulsionou a feminilidade dela e o quanto Freddie foi muito bem servido.


*O fato deles usarem o almoxarifado para dar uns amassos obviamente e infelizmente não é citado na série (classificação +10 por que me odeias tanto??). Entretanto podemos concordar que na maioria das fics isso é uma premissa universal que acabou virando headcanon. Não poderia deixar de fazer parte do clubinho né?? Aliás, também é uma referência a Logan e Quinn de Zoey 101, que chegaram até a se trancar no armário para manter o namoro em segredo. DAN BURRO SCHENEIDER NÃO ERA TÃO DIFÍCIL FAZER ISSO COM SEDDIE TAMBÉM!


*Em iLove You, Carly adverte Sam e Freddie com os carinhos em público e eles explicam que não se viram no final de semana, é nesse momento que ele próprio diz que “Os lábios deles estão famintos!”. Pois é, creddie shippers o dia que ele falar isso do beijo da Carly aí a gente senta e conversa beleza?


*E é claro, como amanhã completamos 10 anos do patrimônio histórico detentor de uma das cenas mais perfeitas da série, vulgo iOMG, ele não poderia deixar de ser enaltecido hoje. Mesmo que de uma forma triste. Mas nada impede dele ser relembrado novamente ao longo da história.


*Wendy é uma colega deles que foi mostrada em alguns momentos da segunda temporada. De resto, a coitada foi esquecida no churrasco. Inclusive, em iLove You Sam cita que ambas combinaram de jogar bolas de golfe nas jogadoras do time futebol. Isso só não foi citado no capítulo porque considero muito a evolução que a Sam teve na última season, não acho que seria algo que ela continuaria fazendo.


*Com relação ao prêmio de frequência perfeita não é algo relacionado a iCarly, mas sim a Drake e Josh. Na verdade, quem era obcecado em ganhar essa titulação era o Josh. Uma coisa que eu tenho certeza que se encaixaria também para o Freddie. Inclusive, na minha cabeça a personalidade dele é uma junção do Josh com a Quinn de Zoey 101, e a Sam uma mistura de Mindy com o Logan. Muito padrinhos do casamento deles que era pra ter nesse bendito revival.


*Pra quem não se lembra o Senhor Howard e a Senhorita Briggs tinham um caso. No primeiro e no último de iCarly é destacado o fato dela ter os seios pontudos.


*Sam tem encontros regulares com o Diretor Franklin as terças-feiras.


*Freddie já teve um date com a irmã gêmea de Sam, Melanie em iTwins. Ele saiu com ela, pensando ser uma tentativa de Sam estar fazendo ele de bobo.


E aí pegaram todas ou tem mais alguma? Comentem aí!

Enfim, espero que vocês não desistam e estejam aqui no próximo! Se lembrem que Sam e Freddie são um casal instável e complicado então momentos como esse podem acontecer. Porém, a graça das fanfics tá justamente nisso! No próximo teremos um pouco da explicação do comportamento do Freddie e quem sabe supressas por aí.

Alguém lembra que a Wendy disse que vai dar uma festa?? Hm...

Até o próximo ♡




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