Time Of Us escrita por BIA


Capítulo 1
I’m not good with goodbyes or overcomings


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Depois de muito tempo resolvi retomar fazer aquilo que eu adoro: escrever. Há alguns anos eu tive a ideia pra essa fic, porém acabei engavetando por conta da falta de tempo para me dedicar a ela. Mas, como a esperança é a última que morre, finalmente decidi tirá-la do papel. Sei que muitos de nós andam frustrados e tristes com muitos acontecimentos e pelo fato de não podermos ter o programa de volta da forma como deveríamos e merecíamos com todos os personagens/atores que amamos juntos, apesar de termos como salvadora da pátria Miranda Cosgrove e ter esperança de que dias melhores virão! Sim eu creio.
Então decidi escrever essa história na tentativa de não só sonhar um pouco, como também tentar dar alguma explicação do que aconteceu nesse período antes da Sam seguir para Los Angeles, pois convenhamos tivemos muitas falhas no roteiro e perguntas pendentes que não nos deixam dormir a noite não é mesmo? Você disse beijo creddie depois do Freddie admitir que queria voltar com a Sam? Sim eu disse. Inclusive peço um pouco de paciência em relação a esse primeiro capítulo, ele ficou um pouquinho extenso devido a profundidade que procurei dar as explicações, no entanto garanto que valem muito a pena.
Eu tenho mania de escutar músicas para me inspirar na hora de escrever os capítulos, então também irei recomendar aquelas que me ajudaram a escrevê-los e indicarei para vocês se tiverem interesse. No caso desse daqui eu recomendo Not Over You- Gavin De Graw (eu sei muito bem que as irmãzinhas daqui tem essa música na playlist do casal pra chorar, sei bem). Como também eu gosto de ser conceitual, ou melhor, sentimental, ao final de cada capítulo também estará um trecho de música/ frase que expressa os acontecimentos relativos a ele.
Enfim, gostaria de agradecer a todos os amigos e amigas que confiaram em mim e me incentivaram a me dedicar a isso, levo e tenho cada um de vocês em meu coração! Sem vocês com certeza isso não seria possível!
Espero que gostem! Boa leitura a todos!



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Um abraço é muitas vezes nosso ponto estratégico de refúgio. É o lugar preferido em que encontramos conforto no calor compartilhado entre dois corpos e mesmo que seja por míseros segundos, é no silêncio que tantas palavras conseguem ser emitidas:

“Calma, vai ficar tudo bem!”

“Eu estou aqui para tudo!”

“Pode contar comigo!”

Mas, o que fazer quando nosso ponto está prestes a partir?

Era o que estava acontecendo naquele exato momento com Sam. A melhor amiga havia decidido repentinamente passar um tempo com o pai na Itália e logo estaria dentro do carro a caminho do aeroporto.

Sam não julgava Carly por decidir ir, ela poderia não saber, mas pelo menos imaginava como deveria ser ficar tanto tempo longe do pai e sem ter a certeza se alguma missão o encaminharia para alguma fatalidade do destino. Principalmente quando se é um militar do governo norte americano.

Porém, o que estava acontecendo não era somente uma despedida de uma amiga qualquer. Era mais do que isso.

Era a partida daquela que fora mais que amiga e sim uma irmã.

Era a partida daquela que muitas vezes se portou como uma mãe.

Era a partida daquela que lhe ensinou tantas coisas desde as mais fúteis e banais de meninas até as mais relevantes que levaria para a vida toda.

Mas e agora?

A quem Sam recorreria quando apronta-se alguma com a Senhorita Briggs para fugir da detenção?

Pra quem Sam tiraria a dúvida se havia passado o delineador corretamente e se finalmente havia aprendido a colocar o absorvente após uma longa discussão de proibi-la de usar samba canção?

Como continuar sem o iCarly? Uma diversão que desfrutaram durante todos esses anos como válvula de escape do estresse adolescente?

E por fim, como prosseguir sem os olhos doces e o sorriso meigo da morena todos os dias ali? Do seu lado? Constantemente?

Era realmente difícil. Fora um dos momentos que Sam se pegou evitando de ser egocêntrica. Ela colocou as necessidades da amiga acima das dela e é justamente dessa maneira que uma amizade deve ser. Tinham diferenças entre si, era nítido. Contudo, eram o equilíbrio perfeito do doce e do salgado. Da meiguice e do atrevimento. Da morena e da loira. Da Carly e da Sam.

Quando o elevador chegou ao térreo o abraço ainda não havia cessado e um Lewbert bastante irritado e espumando grosserias o invadiu exigindo que as duas saíssem imediatamente.

— AÍ VOCÊS NÃO SABEM QUE TEM QUE SAIR?!

⁃ CAI FORA!

Permaneceram abraçadas por segundos, que por pouco não viraram minutos. Se afastaram com os olhos totalmente marejados.

⁃ Aí, se caso conhecer garotos bem gatos lá na Itália e quiser dicas de como falar italiano não se esqueça de pedir ajuda para a mamãe aqui.

⁃ Pode deixar! _ disse deixando escapar uma risada entre as lágrimas.

O Coronel Shay se aproximou para pegar as malas que faltavam e não demorou muito, ele e sua filha estavam quase passando pela porta do Bushwell. Sam pressionava os lábios um no outro para conter sua dor.

Quando pela última vez a amiga se virou em sua direção:

—Fica loira!

—Vai morena!

E somente depois disso seu refúgio partiu para o outro lado do mundo.

oOo

Sam se recompôs, ou pelo menos tentou retornando ao apartamento dos Shays para pegar a chave de sua moto, a sua maior e única alegria da noite. Mal via a hora de chegar em casa e abrir vários pacotes de salgadinho para tentar absorver tudo o que havia ocorrido naquele sábado.

Ao adentrar na sala, encontrou Spencer sentado no sofá. Estava debruçado com os cotovelos apoiados sob suas pernas com o olhar cabisbaixo olhando para o nada.

A garota sentiu pena.

Sabia que iria sentir uma falta tremenda da melhor amiga, mas e quanto ao irmão? Se para ela estava difícil, para ele seria bem mais doloroso. Afinal, sempre tinha tomado conta de Carly sozinho desde quando ela tinha dez anos e de uma hora pra outra tanto seu apartamento quanto sua vida ficaram tão silenciosos e vazios.

⁃ Hei... Você vai ficar bem?

Sam disse o interrompendo de seus pensamentos melancólicos. Spencer voltou seu olhar para ela e sorriu levemente:

⁃ Sim, acho que vou...E você?

Ela suspirou e se aproximou dele ocupando o lugar ao lado no sofá, dando tapinhas de leve em suas costas.

⁃ “NÓS” vamos ficar bem!

Ambos trocaram olhares de cumplicidade e sorriram. Spencer e Sam sempre haviam se dado muito bem, ele a considerava como uma segunda irmãzinha e apesar de seguir o padrão de meninas que tem uma quedinha pelo irmão mais velho da melhor amiga quando mais nova, também o enxergava da mesma forma. Ela nunca teve um pai, mas sabia que se pudesse escolher gostaria de ter um irmão como ele para tomar conta dela e que ao mesmo tempo incentivasse suas loucuras.

Apesar de um ser mais ingênuo e o outro mais autêntico, tinham algo em comum: eram detentores de um bom coração.

Sam suspirou e reuniu forças para se levantar. Foi até a bancada, pegando suas chaves e a jaqueta de couro cor de canela. Estava prestes a pegar o elevador com seus pensamentos a mil de qual pacote de salgadinho abriria primeiro ao chegar em casa para se distrair quando algo interrompeu seus planos:

⁃ Freddie está lá em cima...

Foi quando um gelo passou por toda a sua espinha e se estendeu em direção a sua cervical. Deduziu com ódio de admitir que provavelmente suas bochechas estivessem ruborizadas devido ao calor que nelas sentia. Não soube como, mas conseguiu virar seu corpo de frente para Spencer. Lançava-lhe um olhar zangado, quase mortal.

Era como se ele estivesse tentando dizer alguma coisa com uma afirmação tão simples, porém carregada de provocação. E na verdade, é claro que estava. Digamos que sempre foi uma das poucas pessoas com ciência do que se passava entre Sam e Freddie. Os observava atentamente desde crianças e sabia que tudo aquilo não passava de um joguinho tolo e cíclico para esconder seus verdadeiros sentimentos.

Apesar do surto da irmã, ele comemorou o dia em que descobriu que os dois se beijaram pela primeira vez. Além do mais, na época em eles engataram oficialmente o relacionamento se tornou o mentor de Freddie para tirar as dúvidas de “coisas de homem” que se devem ou não fazer. E quando chegou aos seus ouvidos a notícia do término ficou inconformado, chegando até a exigir uma explicação do vizinho da frente que apenas que lhe garantiu que havia sido chutado pela loira, o que ele sabia que não era verdade.

Ele definitivamente sabia que não era.

Como ele frequentemente dizia: “Poderia ser bobo, mas não um idiota!”

Ainda havia coisas que os contradiziam totalmente. Prova disso eram os olhares sugestivos e contínuos que presenciou após o rompimento. Naquela mesma semana, enquanto Sam se mostrava concentrada consertando a Sterling 64, ele flagrou Freddie encostado na porta a admirando. Era como se tivesse perdido o software mais eficaz de processamento e armazenamento da Pear nela. Entretanto, como era de costume ao perceber-se observada, sentiu sua nuca queimar e rapidamente fitou o garoto. Ele teve como única alternativa rápida fingir estar mexendo em seu celular gigante, que nem sequer estava ligado!

Aquele não fora o único flagrante. Enquanto Carly e o Coronel saíram para o baile de pai e filha, o resto do pessoal decidiu dar uma pequena festinha do “chapéu maluco” no apartamento. E por inúmeras vezes Spencer notou Sam evitando ficar ao lado de Freddie. Supôs que algo a mais houvesse ocorrido e sua hipótese pode ser confirmada no instante que assistiu às mãos deles se encontrarem em um toque ao mudar alguma música da Katy Perry que tocava na caixa de som. Ele jurou até ter ouvido Freddie pigarrear para a aliviar a tensão e disfarçar torcendo para que ninguém tivesse visto.

Mas, mais uma vez: Spencer podia ser bobo, idiota jamais! E cego muito menos!

Foi assim que decidiu assumir uma grande missão: colocá-los em situações constrangedoras no intuito de impulsiona-los a acabar com toda aquela bobagem, frescura ou covardia. A partida da irmã era triste, ainda assim poderia ser a oportunidade de Freddie supera-la. É claro que Spencer não o julgava, como homem tinha capacidade de entender que o primeiro amor era algo que não só balançava, como também confundia o coração. Mesmo assim, a conexão com Sam era diferencial. Pois, apesar da paixonite de infância ter retornado de certa forma, o curioso é que os olhos azuis fatais ainda perseguiam seus pensamentos e sonhos.

A dona dos olhos perseguidores ainda destinava xingamentos e palavrões a Spencer mentalmente, quando algo maior tomou conta dela por inteiro: a dúvida.

Ela pensou...pensou...e pensou...

E se ela subisse?

Subir as escadas ou optar pelo elevador não era o mais difícil, mas sim o que faria ou diria quando chegasse lá? Um grande desconforto havia se instaurado como rotina entre eles quando, porventura, ficavam sozinhos. Infelizmente não conseguiam olhar nos olhos um do outro simultaneamente por mais de cinco segundos. Esse era o recorde! E sim, ela havia monitorado e registrado. Ironicamente, nesses momentos a voz do nerd ecoava no seu cérebro com a contagem regressiva: “Em 5,4,3,2,1...”. Até mesmo advertia a si própria, pois ele sempre dizia que era um crime falar o número “1”. No entanto, Samantha Puckett nunca deixaria de irritá-lo, mesmo que fosse somente em seus pensamentos.

Aliás, não era só o constrangimento que sentiriam ao se encararem. Houve a fatídica ocorrência daquela tarde que os deixaram mais tensos: o telefonema.

“Você quer voltar comigo?”

Desde que a ligação se deu por encerrada ela tentava encontrar uma reposta àquela pergunta. Obviamente sabia qual era. Entretanto, querer não é poder. E ceder é se dar por vencida. Supunha que se era realmente o que queria, Freddie não se faria de desentendido e insistiria novamente. Ele teria coragem, assim como teve quando disse “eu te amo” para ela com tamanha convicção. Então se ele não correria atrás, por que ela deveria?

Se sentia mal o suficiente por dar o gosto a todas as pessoas que diziam que ela seria tudo aquilo que presumiam em um relacionamento. Que fracassaria. Percebia até desdém da própria amiga Carly em relação a isso. Todos a condenavam sendo como sua mãe e não viam que ela realmente tentou com Freddie. Ela tentou de verdade. Nunca se imaginou ir a uma das reuniões do clube do trem ou se desculpar por algo maldoso que fez a meses atrás. Mas era como diziam, todos estavam certos.

Isso a levou a conclusão que havia se rastejado por demais e dessa vez não seria ela que chegaria ao andar de cima e traria o assunto à tona. Com toda certeza não seria ela.

Foi aí que a história “Sam e Freddie” ou “Seddie”, volumes 1,2,3 e outros 500 e poucos se repetiu mais uma vez e não poderia ter outro inimigo se não esse que impedisse sua felicidade: o orgulho. Lá estava ela apertando o botão térreo e recebendo um olhar desesperançoso de Spencer enquanto as portas se fechavam.

oOo

Felicidade era o que definia Freddie Benson naquela noite. Afinal, estaria mentindo se não assim definisse o sentimento de beijar a menina que era afim desde muito novo. Se permitiu levantar os braços em comemoração pela conquista e se sentia maravilhoso.

Sim era maravilhoso. Porém, como nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que é maravilhoso é extraordinário. Ou se tem garantias de ser permanente. Seus níveis de adrenalina que a alguns segundos ultrapassariam a Space Needle, abaixaram drasticamente em seu organismo.

Sem algum motivo aparente? É claro que não.

O rapaz não podia negar enquanto guardava seus equipamentos no andar de cima imaginou que a diaba loira fosse aparecer para se despedir. Mas ela não fez isso.

Freddie achou estranho. Decidiu descer pelo elevador, acreditava que talvez estivesse consolando Spencer. A hipótese o deixou esperançoso, mas o garoto estava errado. Se sentiu frustrado ao notar que ela realmente não estava lá.

⁃ Ela já foi.

Ah Spencer Shay! Como explicar a habilidade de Spencer Shay de ler a mente de pessoas tão cabeças-duras? Freddie deu de ombros, ou pelo menos fingiu.

⁃ Spencer, eu vou indo. Acho que tirei todos os equipamentos de lá de cima, se caso precisar eu volto ok?

⁃ Tá legal Fredito, apareça quando quiser viu cara?

⁃ Pode deixar.

⁃ Xau.

⁃ Hasta la vista muchacha!

⁃ Aí! Eu posso não saber espanhol mas sei que me chamou de mulherzinha!

Freddie saiu rindo abafado. Ia abrir a porta do 8D quando as paranoias a respeito do fato de Samantha não ter se despedido dele o invadiam. Relutou contra aquilo voltando-se para as memórias alegres e confortantes do webshow que construiu com as melhores pessoas que poderia ter encontrado no seu caminho. Só depois de algum tempo tomou coragem para entrar em seu apartamento.

oOo

Eram três da manhã e um certo garoto de pijama azul temático de “Guerra nas Galáxias” ainda se encontrava totalmente sem sono na sua cama. Não conseguia pregar os olhos nem por um segundo, estava confuso e agitado, perdido nos pensamentos. Esses pareciam estar brincando com ele, pois ora oscilavam entre o beijo que ganhara de Carly ora para o total descaso de Sam.

Tentava se contentar com o prêmio que havia ganho da morena, mas seus ânimos o puxavam para baixo ao lembrar da loira. Apesar de Freddie não admitir, era fato que não a tinha superado totalmente. Não sabia porque, mas era muito mais fácil dizer que não havia superado Carly do que Sam, afinal foi obrigado a terminar com ela sem nem ao menos querer fazer isso.

E por ser orgulhoso demais, tentava esconder isso de alguma forma. Foi quando tentou resgatar uma alternativa no seu passado: Carly. Pois, pensou que se tivesse sido apaixonado por uma pessoa durante tanto tempo com toda a certeza ainda estaria. Certo?

Errado. Já que, existe uma grande diferença entre estar apaixonado e achar que está.

O beijo o deixou em êxtase, mas essa sumiu tão rapidamente. Carly foi o seu primeiro amor e seria eternamente, não se pode mudar isso. Carregava um carinho enorme por ela, o qual sempre teria. Seria aquele exemplo clássico que contaria aos filhos quando chegasse a hora de enfrentar alguma desilusão amorosa. Primeiros amores servem apenas de aprendizado e para serem recordados, são raros os que realmente pertencem um ao outro. Carly e Freddie podiam se pertencer no que concerne a respeito e carinho. Porém, e quanto ao amor? Poderia se pegar vibrando por conta do beijo, mas era apenas isso. Um beijo. Já havia sonhado tão alto quando mais novo, a levando para o altar. No entanto, não passava dessa idealização infantil. Não imaginava ele a levando para conhecer lugares novos. Nem se pegava quebrando a cabeça para tentar surpreendê-la com as comidas favoritas que sabia que ela gostava. E por incrível que pareça, nunca imaginou bagunçar com ela os lençóis de sua cama.

Nada disso. Pelo contrário, já havia feito todas aquelas coisas por e com Sam. Certamente, custaria a ele admitir isso. Quis negar tanto o fato de não a ter superado que adotou um comportamento completamente hostil e tóxico contra ela. Nem mesmo na época que ela o provocava chegou a ser tão cruel daquela forma. Poderia até conseguir transparecer não se importar para ela, mas estava conseguindo algo pior: que ela se afastasse dele.

Contudo, as poeiras que são escondidas embaixo do tapete não necessariamente ficam escondidas permanentemente, assim como os sentimentos de Freddie não seriam capazes de ficarem encobertos. Ouvir Spencer entusiasmado a semana toda porque encontraria Audrey, seu grande amor, fez com que, automaticamente, Freddie remete-se toda sua atenção sobre Sam. Fixou os olhos por diversos momentos oportunos sobre ela, torcendo para que não nota-se. Se pegou feliz não só por notar que ela ainda usava o colar com o pingente do controle do programa que ela a havia presenteado quando estavam juntos como também ao ser abordado na escola e obrigado a experimentar o coçador de costas que a garota fez na aula de marcenaria. E como a mente de todo garoto de 18 anos é perigosa e traiçoeira, não pode evitar de associar a textura dos pregos afiados às unhas dela arranhando suas costas.

Perigoso foi mais ainda se deparar com um gatilho de dez letras: IMPORTANTE. Pois, era isso que Sam e a fase de sua vida que esteve com ela significava e não pode deixar de escapar que pensava em voltar com ela.

“Tenho que falar com você sobre algo importante.”

 “O quê? Você quer voltar comigo?”

Já havia escapado. Mas se viu acuado, constrangido e envergonhado e evidentemente preferiu ignorar desconversando tudo. Freddie Benson ainda tinha medo de Samantha Puckett, mas não no sentido de levar um soco e sim algo muito pior: ainda gostar dela.

Ele observava o teto de seu quarto com um semblante visivelmente confuso e pensativo ao mesmo tempo. Quando, escutou um barulho que fez tombar sua cabeça para a janela de seu quarto, bem a esquerda. Começava uma garoa fina sobre Seattle, algo típico de ocorrer nas madrugadas. Mas, a atenção de Freddie não permaneceu sobre os pingos gélidos que lá fora caíam, seus olhos direcionaram para o criado mudo próximo de sua cama, onde lá estava o MaxPad exageradamente gigante.

E foi aí que uma ideia louca passou pela sua cabeça:

“E se mandasse uma mensagem para ela?”

“Bobagem, ela deve estar dormindo.” _ deduziu.

“Mas, de finais de semana ela não costuma dormir antes das 4 da manhã e se entupir com toda comida existente naquela casa.”_ contestou.

Não precisou rever mais nada, esticou seu braço pegando o celular enorme todo desajeitado. Culpou ser o tamanho exagerado do telefone, mesmo o verdadeiro culpado ser seu estado consideravelmente nervoso e tenso. Foi até sua lista de contatos e clicou em “Sam”.

Por um minuto, pensou em hesitar. Olhou de um lado para o outro e suspirou. Não seria mais fácil fingir que tudo estava bem? Não. Porque fingir é justamente o mais difícil e definitivamente não pregaria no sono até saber o motivo dela ter ido embora sem dizer um “Xau” ou “Já está na sua hora de dormir Frednerd, bye bye.”

Ele precisava saber. Umedeceu seus lábios, fechou seus olhos momentaneamente pegando coragem. Os abriu e quando se deu por conta já tinha mandado:

03:04 - Hei, tá acordada?

 

“Se você me perguntasse como estou indo, eu diria que estou bem. Eu mentiria dizendo que você não está na minha cabeça. Finalmente serei forçado a ficar de frente com a verdade: não importa o que eu diga, ainda não te superei.”

Not Over You – Gavin DeGraw


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Notas finais do capítulo

"No matter what I say I’m not over you."
Tem uma lágrima nos olhos de vocês? Bom como puderam observar a janta está servida e tem como prato principal os argumentos do porquê creddie pode ser considerado superficial. Eu realmente nunca entendi qual foi a real intenção dessas questões terem sido retomadas no roteiro da última season, totalmente jogadas do nada sem nexo ou desenvolvimento nenhum, mas se eu pudesse essas seriam as justificativas que eu daria. Espero que tenham feito sentido para vocês.
Antes de mais nada gostaria de esclarecer e relembrar alguns fatos que estão atrelados ao último episódio:

*Space Neddle: torre que é patrimônio histórico de Seattle, aparece muitas vezes inclusive em tomadas aéreas sobre a cidade na série.

*Audrey: a garota a qual Spencer se refere no como o grande amor da sua vida, ele abriu mão de encontrá-la para tentar levar a Carly ao baile.

*Sterling 64: modelo de moto que Sam consertou e ganhou de presente do Spencer.

*Max Pad: modelo de celular que Freddie comprou e foi zoado por motivos ser de tamanho exageradamente grande. É uma alusão feita aos modelos Samsung Galaxy.

*E pra quem não se lembra Freddie costumava dizer muitas coisas em espanhol, enquanto a Sam italiano.

Retomando aqui, acho que não podemos deixar de enaltecer o Spencer né? Felizmente sempre Spencer stan né amada? Ele representa todos nós, assim como o próprio Jerry em relação a J**** Opa! Melhor parar que eu tenho medo do processo vai que né...Enfim, espero do fundo do meu coração que tenham gostado! Mandem suas opiniões, se ficaram satisfeitos e o que acham que vai acontecer no próximo?
Prometo postar o mais breve possível, até mais!



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