Contra o terrível fim chamado Medusa escrita por MT


Capítulo 1
Cap 1 - O fim, só que no começo


Notas iniciais do capítulo

Yo! Espero que gostem!



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Um dia, após finalmente terminar um dos livros que haviam estourado recentemente, uma fantasia não muito diferente do comum, mas magistralmente conduzida e escrita por um brasileiro, viu-se com uma inquietante vontade de ser mais um deles. Fazer parte do grupo de pessoas comuns que atingiram a grandeza. Na verdade, nem precisava tanto. Ele sentir que fizera algo do qual poderia se orgulhar e  pelo qual fosse admirado já parecia bom o suficiente.

´´Era uma pena que…`` pensou, mas antes de concluir viu-se repentinamente baixando as pálpebras e sentindo a consciência esvair. A última coisa que ouviu daquele mundo foi o som da caneta encontrando o piso.

Por algum estranho motivo  começou a ver uma floresta, árvores altas com tronco marrom e abundante folhagem verde. Alguns animais passeavam, se arriscando fora da aba esverdeada das macieiras ou o que quer que fossem, rondando inocentemente a borda do que deveria ser seu lar.

Era lindo. O céu azul, o sol brilhando amarelo em meio a um punhado de nuvens. A vida simples de coelhos e cervos e algo que lembrava um lagarto apesar de ser tão grande quanto um cão sob um cenário pacifico. O suave ar que seguia seu rumo balançado a floresta.

Fazia-o sentir que seus constantes fracassos em ser o número um da sua classe, a morte da mãe e o seu pequeno encurtador de chance de viver uma longa vida não importavam. Tudo diante de si, naquele instante, era feliz.

Deu um passo, ou tentou pelo menos, antes de perceber uma estranha massa de sentimentos negativos queimando cada vez mais intensamente as suas costas. Um intenso e demorado arrepio percorreu sua espinha. Quase podia ver as chamas púrpuras contornadas por uma aura escura se erguendo como tentáculos as suas costas.

Não ousou fitá-la. Sabia o que aconteceria se o fizesse, mas também, da mesma forma irracional que no primeiro caso, conhecia o fato de que não olhar não impediria aquilo de se alastrar. Também não podia piscar. Mas o fez. E mesmo no milésimo de instante que teve sem ver, pôde notar a mudança.

O choro, a mágoa, a raiva. Não apenas isso. Vergonha, dor, tristeza. E sob essas emoções uma estranha sinfonia maligna. Um piano tocando, uma crueldade se agarrando como um parasita gosmento a vibração que era o som no ar.

Quando abriu os olhos não existia mais o que soava a um belo pedaço de natureza em meio a um verão suave. As árvores pareciam pedras de um branco reluzente agora, já não viam-se mais folhas nelas, os galhos secos arranhavam a camada do céu que podiam alcançar como ossudos dedos de um velho rancoroso disposto a gastar seu último fiapo de vida amaldiçoando os deuses.

O cinza deprimente tomava a abóbada do mundo como o prenúncio de uma tempestade. A estrela amarela já não podia ser vista.

A vida também não era a mesma. Os coelhos, assim como todos os demais, estavam mais pálidos e com olhares selvagens de animais encurralados e prontos para um ataque suicida. Em um dado momento um dos pequenos roedores atacou outro fazendo sangue e vísceras voarem. Pouco depois só haviam dois tipos de criatura. As que matavam e as que morriam. 

E a melodia do piano do diabo, ao menos parecia ser dele ou de um mal similar, terminou junto com a petrificação de todas as pequenas criaturas e o fim daquele estranho conjunto de imagens.

Acordou sob o som de vozes humanas.

— Ei, esse aqui tá vivo! - berrou alguém de algum canto próximo.


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Notas finais do capítulo

Então? Quem será o/a pianista? O que diabos aconteceu ali? Aquilo foi apenas um sonho? Estamos todos sonhando e eu nunca cheguei a postar esse cap? O mundo real é apenas efeito da bankai do Aizen?
Espero que tenha gostado e planeje continuar lendo. Muito obrigado!



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