You Are On My Heart Just Like a Tattoo escrita por Dahliee
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem~~
Não conseguiu pensar em mais nada para além daquela pergunta, que não devia ter abandonado a sua mente para se transformar em palavras.
- Sou o teu Anjo, e estou aqui para te proteger de qualquer coisa que te queira destruir, para dar um novo à tua vida. Para estar sempre ao teu lado, para chorar contigo e, a seguir, fazer-te sorrir. Para te beijar, para te abraçar, para te fazer feliz. Podes tocar-me, Ella, desculpa ter fugido à bocado… A tua pele é suave. - E ela ouvia-o extasiada, como se de um sonho se tratasse, que, de facto, era mesmo.
Aproximou-se mais do seu Anjo, pois agora já não tinha medo que ele desaparecesse novamente, agora, tinha a certeza de que ele ficaria para sempre ali – a sentir os dedos de Ella a passar pelos seus ombros e face, enquanto ronronava com esses carinhos. Por cada palavra que ele dissera anteriormente, Ella sentia uma chama quente a acender-se no seu interior. Uma lágrima escapou-se por entre os seus olhos que foram logo dirigidos para o chão. Como desejava que ele fosse verdadeiro, desejava-o com todo o seu ser. Como queria que alguém no mundo, naquele mundo cruel em que vivia, fosse como ele.
- Olha para mim, não chores. Preciso de te dizer algo importante: este será o teu último sonho comigo, foi por isso que te deixei aproximar de mim e me tocares. - Contudo, estas palavras não reconfortaram Ella, apenas a fizeram soltar mais lágrimas, porque estaria também o Anjo a ser cruel consigo depois das palavras bonitas que dissera anteriormente? - Estou mais perto de ti do que pensas, Ella. Não posso viver sempre nos teus sonhos. - Ella sentiu o calor que emanava da pele do seu Anjo por uma última vez. Sentiu tudo. Pela primeira vez em muito tempo parecia que o seu frágil, e protegido por heras, coração estava a bater, no entanto, não passava de um sonho. Um sonho repetiu mentalmente, era tudo um sonho, nada era real.
Are you ready to attack the storm?
- Abre os olhos, Ella, meu amor.
Acordou com o som do seu despertador, todavia era como se ainda continuasse a sonhar, pois ainda sentia o calor do Anjo na ponta dos seus dedos, ainda era capaz de ouvir a sua bela voz a pronunciar aquelas palavras, meu amor. Amor, era tudo o que Ella precisava, acima de tudo, amor. Alguém que estivesse sempre ao seu lado, partilhando todas as suas emoções, aquela pessoa que a fizesse feliz, assim como o Anjo dissera que faria. Era óbvio que tinha Johann, todavia, ele era como um pai, e ela também precisava de outro tipo de amor para além do sentimental. Precisava de um homem ao seu lado disfarçado de rapaz, mas como iria encontrar alguém assim?
Anteriormente tinha a sua amiga para apoiá-la neste demanda ao amor, nesta, e a todas as outras demandas. Anteriormente, sinónimo de antes. Antes de tudo acontecer. Antes daquele dia amaldiçoado para todo o sempre. Por que é que não fora ela a morrer? Porquê?
Enquanto envolta nos seus pensamentos, Ella chegou ao escritório de Johann.
- Bom dia, Ella. Como estás hoje? - Ela sempre se sentia bem depois das recepções calorosas de Johann logo pela manhã. - A Jordin e o teu colaborador estão quase a chegar, aguento só mais um bocadinho.
- Ainda não acredito que vou trabalhar com ela… – E era verdade, Ella ainda não acreditava. Talvez quando a visse o fizesse.
- Então é melhor começares a acreditar, pois ela acabou de chegar! - Mal Johann acabou de falar, Ella virou-se para trás e viu-a, abrindo um pequeno sorriso de felicidade. - Ao menos alguém que te consiga fazer sorrir.
- Bom dia, Miss Sparks, sou a Ella. Sou eu que vou trabalhar consigo. - Jordin sorriu-lhe como que a dar-lhe coragem. E Ella viu nela uma pessoa fantástica, pois foi uma das poucas que não a recriminou logo ao primeiro olhar.
- Trata-me por tu! Eu vou ter muito gosto em trabalhar contigo; posso tratar-te por tu, não posso? - Nem era preciso Jordin ter perguntado. Naquele momento os olhos de Ella brilhavam e indicavam que a seu ídolo poderia chamar-lhe o que quisesse que ela não se importaria.
- Peço desculpa; é aqui o escritório do senhor Johann? - Quando ouviu esta melódica voz Ella entrou em transe. Era-lhe uma voz familiar.
- Sou eu mesmo, podes entrar. - Mas como é que seria possível aquele alguém ser-lhe tão familiar?
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