Paris escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Jibbs




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Acordando em sua casa, Jenny colocou um roupão azul de seda que foi presente de amigo secreto. Eles haviam trocado presentes no melhor estilo oculto então, ninguém sabia exatamente quem os havia pego.

Ela havia pego Gibbs e deu a ele um novo livro que havia sido lançado recentemente sobre trabalhos de madeira. Junto com um par de ingressos para ele levar Abby para um show.

Se levantando da cadeira onde ela havia sentado quando se perdeu em suas pequenas memorias, Jenny foi até a cozinha e colocou uma música em seu aparelho de som.

Seu telefone tocou e ela suspirou. Tanto para um dia de descanso.

— Diretora Shepard. – Ela atendeu por habito.

— Diretora, meu nome é Francis Avallon. – O homem se identificou. – Peguei seu número com uma amiga da embaixada.

— Ah, sim. –Jenny desligou o rádio. – Ela me contou sobre você.

— Espero que coisas boas. – Ele deu um sorriso, mas logo uma expressão impassível deu lugar. – De qualquer forma, tenho um caso aqui em Paris que precisa de ajuda da sua equipe. E antes que diga qualquer coisa, eu sei que vocês são de Washington. Mas preciso de uma equipe que eu confie.

— Olha, meu primeiro instinto seria perguntar se você falou com a secretária da marinha, mas parece que sim. – Jenny olhou pela janela da cozinha. – Deixe-me conversar com minha equipe.

— Ótimo. – Francis suspirou. – E se puder trazer sua cientista vai ser bom. Preciso de um favor dela.

— Espero que não a coloque em problemas. – Jenny desligou o telefone e olhou para fora e entrou no quarto, substituindo o robe e a camisola por um vestido floral.

Gibbs chegou na NCIS depois de uma noite em claro. Ele carregava seu novo livro com ele e esperava conseguir falar com Abby sobre o show em breve. Ele tinha puxado todos os favores que tinha, mas nenhum deles foi gasto uma vez que ninguém realmente quis lhe ajudar.

— Bom dia, Tim. – Gibbs sorriu para o agente, que escondeu um bocejo. – Cansado?

— Sim, foi uma noite bastante longa. – Tim suspirou. – Daria tudo para ficar em casa e dormir, mas esse caso tirou todas as vantagens.

— Bem, se alguém da França ligou pessoalmente então deve ser algo bastante importante. – Tony se sentou com um baque. – Cansado, novato? Aposto que jogou muito videogame.

— Tim prefere outra coisa nesse momento. – Ziva olhou para o amigo. – Soube que ele está namorando.

— Abby também. – Tony olhou para Timothy. – Então, McLover? Quem é a sua preferida?

— Eu não preciso contar. – Tim apenas se levantou. – Mas ela é perfeita para mim.

Saindo para ir até a cafeteira buscar mais café, ele enviou uma mensagem para Abby.

— Aposto 50 dólares que ele e Abby estão juntos. – Tony mostrou o dinheiro. – Quer entrar, Ziva?

— Porque eu apostaria em romance? – Ziva apenas olhou para ele. – Eu prefiro ir a um “mulodromo” do que apostar em romances quando é claro que eles estão se beijando.

— Primeiro não é mulodromo é hipódromo. – Tony sorriu. – E segundo. Como tem tanta certeza?

— Eu já fui do Mossad, Tony. – Ziva apenas ergueu a caneta. – E poderia te torturar com essa simples caneta.

— Crianças, se comportem. – Gibbs disse, olhando para os dois. – Às vezes eu me sinto como um diretor de colégio.

— Tecnicamente eu seria a diretora desse colégio. – Jenny apareceu, sorrindo. – Bom dia, agente Gibbs.

— Diretora. – Gibbs deixou seus olhos descerem pelo corpo de Jenny. – Você está bem vestida hoje.

— Gostaria de me acompanhar por favor, agente Gibbs? – Jenny deixou o comentário de Gibbs passar por ela. – Preciso conversar com você.

— Claro, diretora. – Gibbs se levantou. – Tony, se você quer saber se Tim e Abby estão juntos, vá e pergunte.

Ele subiu com a mulher ruiva na frente dele. Ele aproveitou aquele tempo para estudar ela e suas curvas. Aquele vestido de flores a deixava linda. E ele estava tendo certos pensamentos...

— Tire sua cabeça daquele quarto. – Ela parou e girou. – Não estamos mais disfarçados como um casal.

— O que me impediria de fazer isso acontecer outra vez? – Gibbs precisou se controlar.

— Jethro, não piore as coisas. – Ela se virou e continuou a subir. – Eu recebi uma ligação de um amigo francês.

— Sim, você disse no telefone. – Gibbs se sentou. – Parece que ele gosta de você.

— Ele e eu somos amigos. – Jenny estreitou os olhos para ele. – E se fossemos mais, não teria problema.

— Certo. – Gibbs respirou fundo.

— De qualquer forma, oito marinheiros americanos foram mortos e a polícia acha que um marinheiro corrupto é o responsável. – Jenny largou uma pasta com as informações dos mortos. – Todos estaremos disfarçados na França. Abby está incluída.

— Por que Abby? – Gibbs estava pronto para o protesto. – Jen, ela não tem treinamento se algo acontecer...

— Ela vai ficar em segurança no centro de pesquisas forenses da França. – Jenny acalmou Gibbs. – E McGee vai precisar de uma parceira. E com o relacionamento dos dois em pleno andamento, eles serão de grande ajuda.

— Você sabe sobre o namoro deles? – Gibbs viu Jenny assentir. – Abby te contou?

— Eu sou como uma mãe para ela, Jethro. – Jenny suspirou. – E ela não queria que nada desse errado. Ela ia contar para você, mas Tony e Ziva estão fazendo apostas sobre o relacionamento dela, ela ficou com medo.

— Ela pode vir conosco. – Gibbs disse depois de ouvir Jenny falar. – Mas no primeiro momento que ela for machucada, eu mesmo coloco ela em um avião.

— Jethro! – Jenny chamou o agente. – Abby é muito bem capaz de se proteger. Eu sei que você quer proteger ela, mas ela lida muito bem com esse tipo de situação. E não estou dizendo para você deixar ela a mercê dos psicopatas.

— É só que ela sabe se cuidar. – Gibbs sorriu.

Jenny se sentou na cadeira, largando os óculos de grau na mesa. Ela fechou os olhos e foi transportada para a primeira vez que ela e Gibbs estiveram na França.

O quarto ficou bagunçado e Jenny e Gibbs decidiram que precisavam de uma conexão mais próxima. Palavras foram sussurradas no calor da paixão, mas elas acabaram ao vento no fim de tudo.

Gibbs desceu as escadas e viu Tim e Abby conversando na sala de descanso enquanto Tony e Ziva os observavam escondidos.

Ele chegou e deu tapas nas nucas dos dois.

— Chefe! – Tony gritou, fazendo Tim e Abby olharem para eles e corarem. – Desculpe, a gente estava...

— Espionando a gente. – Abby olhou para Tony e deu um tapa nele. – Por que não perguntou como alguém civilizado?

— Desculpa, eu só...- Tony não concluiu porque Abby caiu na gargalhada.

— Eu sabia que eles estavam espionando. – Tim sorriu para Abby e recebeu uma nota de dólar. – Eu vou te comprar rosas.

— Perfeito. – Abby sorriu e acenou para os três.

Todos estavam mais relaxados agora, mas quando a missão começasse, eles iriam enfrentar seus sentimentos não correspondidos.


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