Luke Alvez estava terminando de arrumar o quarto de sua filha, Melissa. Ela nasceria em quatro dias e ele queria ter a certeza de que tudo estava arrumado.

Penelope, por outro lado, estava terminando o último relatório antes de sua filha nascer. Ela estava literalmente desejando que a menina nascesse. Seus sonhos com uma linda bebê com fita cor de rosa no cabelo a fizeram desejar que aquele bebê estivesse em seus braços.

Assim que ela assinou a última folha, Penelope sentiu uma dor aguda em seu ventre. Ela atribuiu ao falso trabalho de parto, uma vez que sua mãe lhe disse que ela também teve.

— Oh, merda! – Pen gemeu assim que sentiu a água descendo sob suas pernas. – LUKEEEE!

Luke largou o martelo onde estava colocando a prateleira e correu para a esposa. Ele a viu se levantar e a água cair um pouco mais.

— Acho que está na hora. – Penelope gemeu, jogando os relatórios sobre a mesa. – Me ajude!

— Eu vou pegar a bolsa lá em cima e depois eu venho te ajudar, certo? – Luke não sabia exatamente o que fazer naquela situação. – Eu sei que está com dor, mas...

— Cale a boca e faça de uma vez. – Pen se deitou no sofá um pouco mais, choramingando de dor. – AGORAAA!

Luke correu, pegando a bolsa de bebê de Melissa e a bolsa de roupas de Penelope e logo agarrou as chaves e seu celular.

— Vamos, querida. – Luke a ajudou a se levantar. – Amor.

— Eu não sei o que está errado. – Pen tinha medo e era compreensível. – Estou tão perdida.

— Ei, estou aqui, ok? – Luke deu um beijo na testa dela e a viu se sentar. – Eu acho que Reid e JJ estão aqui.

— Eu preciso chegar ao hospital. – Pen se levantou, mas logo acabou caindo no chão de tanta dor. – Oh, meu Deus!

Reid correu mais rápido ao ver que Penelope estava em aflição. Movendo a saia da amiga, ele literalmente pediu desculpas com os olhos para Luke, que apenas acenou para que ele continuasse.

— Penelope, você não vai chegar ao hospital. – Ele olhou para JJ. – Ligue para uma ambulância.

— Spencer, o que? – Luke o viu tirar algumas luvas de látex de seu bolso. – O que está acontecendo?

— Luke, sua esposa está coroando. – Reid moveu Pen para perto do sofá e abriu as pernas dela. – Me dê a toalha de mesa. E uma bacia com água.

Luke correu, tirando a bela toalha branca, que com certeza seria jogada fora. Ele cobriu as pernas de Pen e correu para pegar água quente. Ele precisava se sentir um pouco útil.

— A ambulância está presa no transito. – JJ se sentou perto da amiga. – Vai ficar tudo bem, Garcie.

Luke voltou e se posicionou atrás de Penelope, tirando alguns fios do cabelo dela da frente dos olhos e amarrando em um coque.

— Amor, eu te amo. – Pen sussurrou entre as contrações.

— Eu te amo também. – Luke a beijou e viu JJ pegar uma tesoura e colocar álcool para esterilizar. – Tudo bem?

— Para o cordão. – Ela disse e se ajoelhou na frente de Pen, ao lado de Reid. – Pen, assim que Reid estiver pronto, você precisa empurrar com toda a força, ok?

— Sim. – Ela gritou enquanto outra contração a atingiu. – Ohhhhhhh!

— Estou pronto. – Spencer colocou um pano no rosto para evitar qualquer problema. – Vamos começar isso, ok?

— Sim. – Pen sentiu Luke a segurando.

Enquanto isso, na BAU, Rossi, Emily, Simmons e Lewis estavam preparando as coisas para o chá de bebê de Penelope, que era surpresa. Emily olhou para cima assim que recebeu a mensagem de JJ e parou tudo.

— Penelope está em trabalho de parto. – Emily viu todos pegando as coisas. – Ela nem conseguiu sair de casa.

Os quatro foram em direção aos elevadores e ficaram ansiosos pela demora do elevador, mas quando chegaram, eles logo pularam no carro e foram em direção.

— Pen, eu preciso que você empurre com toda a força. – Reid ouviu a sirene da ambulância e suspirou. – Eles chegaram.

— Oh, merda! – Pen empurrou, fazendo com que os enfermeiros deixassem a maca e corressem para ela. – AHHHHHHHHH!

— Senhora, por favor, mais força. – Um deles assumiu o lugar de Reid e começou a ajudar Penelope. – MAIS FORÇA.

— AHHHHHHHHHHHHH! – Penelope gemeu empurrando mais forte. – AH MERDA!

— Eu posso ver a cabecinha. – O outro disse, segurando um cobertor para o bebê assim que saísse. – Mais alguns empurrões e ele estará aqui.

— AHHHHHHHHHHH! – Pen gemeu e logo sentiu algo passar entre as pernas dela e Luke a segurar. – Ela está bem?

Pen ouviu o choro da filha e logo Luke se levantou e cortou o cordão umbilical. Mas algo estava errado.

— Ainda estou sentindo dor. – Pen disse de repente, fazendo todos olharem para ela. –Isso não deveria acontecer.

— Ah, eu acho que temos um infiltrado. – O médico viu Luke se levantar e olhar chocado. – Você está esperando gêmeos?

— Não que eu saiba. – Penelope olhou para Luke, quase como se tentasse entender. – A médica disse...

Mas Pen não terminou de falar porque Luke desmaiou. JJ correu para o colega, tentando segurar o riso ao ver que ele havia ficado completamente sem reação.

— Ele está bem. – JJ sorriu. – Só precisa entender que isso pode acontecer as vezes.

— Estamos prontos para o segundo. – O enfermeiro disse enquanto viu mais pessoas entrarem. – Com licença...

— AHHHHHHHHHH! – Pen gemeu de repente, fazendo os enfermeiros se prepararem. – Oh, meu Deus!

— Certo, alguém cuide dela. – O rapaz se posicionou enquanto Simmons foi ajudar a amiga. – Você precisa empurrar.

— Empurre Pen. – Simmons a ajudou.

— AHHHHHHHHH! – Ela literalmente sentiu suas entranhas serem rasgadas e então, mais nada. – Ah...

— Tudo bem, querida. – Emily sorriu ao ver que sua amiga tinha tido gêmeos. – Luke, acorde.

— Hã? – Ele viu as duas garotinhas sendo atendidas e suspirou, percebendo que havia perdido o nascimento da segunda filha. – Oh, eu sinto muito, eu...

— Salve isso, Luke. – Pen o beijou enquanto era colocada na maca. – Está tudo bem. Eu entendo que você pode ver um corpo, mas é totalmente natural desmaiar.

— Eu acho que eu fiquei bastante surpreso. – Luke disse mais tarde enquanto olhava para Pen segurando uma das filhas e ele segurava a segunda. – Eu estou tão apaixonado por elas. E por ver você dando à luz.

— Que bom. – Ela deu um beijo no marido. – Dave E Emily foram comprar coisas para Halley.

— Halley, é? – Luke adorou o nome escolhido por ela.

Penelope iria adorar ver a cara de Luke quando ela finalmente fizesse a brincadeira que ela estava prestes a fazer.

— Sim, porque assim como o cometa, eu não vou dormir com você por 69 anos. – Penelope jogou os cabelos para trás e sorriu.

Luke olhou para ela e sorriu a beijando logo em seguida. Ela era natural e sabia que era apenas uma brincadeira. Ele não conseguia ficar longe dela assim como ela não conseguia ficar longe dele.

E suas filhas e sua linda esposa eram os motivos perfeitos para evitar se machucar e sempre voltar para casa.