Oneshots De Séries escrita por Any Sciuto


Capítulo 226
Apostas - The Mentalist


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que é parecida com a de Magnum PI, mas vícios precisam ser enfrentados. Vícios diferentes.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799551/chapter/226

Usando um par de óculos escuros e um bigode falso, Patrick Jane entrou dentro da casa de apostas. Como um emprego do CBI, ele era proibido de fazer apostas em qualquer coisa. Desde cavalos a cartas.

Porém, logo que ele decidiu fazer a “incursão” no caso de pôquer, ele desenvolveu seu vício de apostas.

A casa de apostas era fachada para um lugar completamente cheio de mesas de poker. Ele havia perdido sua casa em Malibu para um apostador. Seu relógio seguiu e também um par de calçados caros.

— Eu quero mais uma carta por 150 dólares. – Ele jogou as fichas na mesa do 21.

— São 22. – A mulher recolheu as fichas de Jane e percebeu que ele estava quase sem fichas. – Mais uma rodada?

— Não. – Ele se sentou e começou a beber.

Hoje com certeza não era seu dia de sorte de qualquer forma. Mas ele iria nos jogos de carta, para comprovar ou desmentir a tese.

Teresa olhou para o sofá onde Jane geralmente ficava e suspirou. Ele estava particularmente estranho desde o momento em que o caso de apostas acabou.

— Alguém viu Jane por aqui? – Ela olhou para Cho, Wayne e Grace. – Eu não consigo encontrar ele.

— Não vimos ele, chefe. – Kimball se levantou, com um péssimo sentimento. – Ele não parece bem esses últimos dias.

— Aquele caso das apostas despertou nele algo que eu nunca gostei. – Teresa se apressou e subiu para o terraço. – Droga, Patrick.

Enquanto isso, Jane tinha em suas mãos quase 100 fichas de poker. Ele estava se dando bem, na verdade. Quase todas as rodadas dele foram perfeitas.

— Eu aposto isso. – Ele colocou dez fichas sobre um número e suspirou com seu copo de Uísque. – É disso que eu estou falando.

Teresa largou o relatório que estava lendo quando um bêbedo Patrick Jane apareceu para trabalhar. Quase 15 horas da tarde de uma quarta feira.

— Finalmente você chegou. – Teresa o colocou no sofá. – Você está cheirando a bebida cara e cigarro.

— Que bom. – Ele apenas fechou os olhos e se deitou.

Quando ele se virou, algumas fichas de poker caíram de seu casaco e Teresa as pegou e olhou para elas. Que falta fazia um copo de uísque para ela.

— Teresa, ele está bem? – Madeleine Hightower perguntou a agente, preocupada com Jane. – Ele está...?

— Sim. – Lisbon se sentou. – Acho que Jane está viciado em apostas.

— Bem, eu esperava que ele nunca chegasse a esse ponto. – Ela se sentou ao lado de Teresa. – Jane é um homem bom, mas tem uma sensibilidade maior que todos os outros.

— Perder mulher e filha fazem isso com a gente. – Lisbon passou a mão pelo cabelo dele, distraidamente. – Acho que ele precisa dormir e amanhã eu vou chegar com um bom plano.

— Que tal a gente fazer uma batida na casa de poker? – Madeleine tinha todas as cartas. – E dessa vez, a gente faz com que ele se trate.

— Vicio em apostas é muito complicado. – Lisbon colocou um cobertor em Jane e desligou as luzes e os telefones.

Sentada em sua casa, Teresa não conseguia parar de pensar em como Jane estava desmoronando lentamente.

Ela sabia que o aniversário da morte de Angela e Charlotte estava chegando e isso poderia ter sido o primeiro gatilho. Saber que mais um ano se passou e eles não estavam nem próximos de pegar Red John, também a fazia ficar com medo.

Discando um número, Teresa planejou todos os movimentos sutis para que Patrick recebesse ajuda necessária.

Na manhã seguinte, Jane começou sua rotina nova. Ele acordou, tomou banho, se vestiu e foi a casa de apostas atrás de dinheiro.

Ninguém havia dito a ele que naquele dia isso terminaria rápido. Uma pessoa bateu a porta do prédio e quando a dona foi abrir, a polícia invadiu o lugar, fechando tudo e recolhendo.

— Jane, venha comigo. – Teresa o levou para fora e o fez se sentar no sofá.

Todos estavam por lá, esperando para a intervenção de Patrick. Era quase a mesma coisa que uma intervenção de um alcoólatra, mas eles trouxeram um amigo mais perto de Jane para ajudar.

— Não é meu aniversário ainda. – Ele tentou brincar, mas o humor não surtiu o efeito. – Gente, estou bem.

— Esse é o problema, Patrick. – Teresa olhou para ele. – Sabemos que você apostou sua casa de Malibu para cobrir os gastos iniciais e perdeu.

— Mas eu nem quero mais voltar para lá, Lisbon. – Jane viu que todos estavam quietos.

— Jane, estamos todos querendo seu bem. – Uma voz falou e ele viu o homem que era parte de sua família. – Acha que Angela iria gostar de ver você fazendo isso consigo mesmo?

— Não fale dela como se eu não soubesse. – Ele se levantou, mas voltou a se sentar. – Ela me apoiou no meu negócio de falso vidente.

— Mas eu tenho certeza que não apoiaria em estar apostando cada vez mais alto. – Madeleine olhou para ele. – Você é uma boa pessoa, Patrick.

— Sim, eu te considero um irmão. – Wayne tinha os olhos cheios de lágrimas. – Você precisa se cuidar.

— Eu vou ser um pouco mais enérgico, mas não significa que eu seja malvado. – Cho se sentou com ele. – Você era um pé no saco quando entrou, mas eu aprendi a te admirar. Você me ajudou com o lance do meu antigo parceiro de gangue. Agora eu vou te ajudar com esse vício.

— Vem comigo. – Grace ofereceu a mão para Jane e quando ele a segurou, ela o abraçou com força. – Você não está sozinho.

— Obrigado. – Jane começou a se sentir melhor. – Eu quero parar.

Na manhã seguinte, depois de uma noite perfeita de risadas entre amigos, de comida deliciosa e de um sono em dia, todos estavam no centro de reuniões apoiando Patrick.

— Meu nome é Patrick Jane e eu tenho um vício em cartas. – Ele olhou para os amigos e podia sentir que eles o apoiavam. – Sou um jogador compulsivo e preciso de ajuda. No começo, eu jogava para um caso em que eu trabalhava, mas com a proximidade do aniversário de morte de minha esposa e filha, eu aumentei a frequência.

Um mês se passou e Jane estava sem jogar há um mês. Sua primeira ficha da sobriedade em jogos foi guardada em um quadro na CBI.

Jane estava com Lisbon em um show e ambos decidiram ficar sem beber. Foi quando aconteceu. Bruno Mars decidiu tentar cantar uma música antiga. Hungry Eyes.

Lisbon olhou para Patrick e em segundos, ambos se beijaram, sorrindo um para o outro. Passando os braços pelo pescoço dela, Patrick continuou aquele beijo maravilhoso.

— Eu te amo, Teresa. – Patrick segurou a cabeça dela e a beijou novamente.

Os dois acabaram indo para casa naquele dia e ficaram muito íntimos. Mas não era exatamente uma surpresa para os colegas, que ficaram felizes com a notícia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oneshots De Séries" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.