— Deeerek! – Penelope cantarolou ao entrar na sala do marido. – Eu preciso de ajuda.

— Está tudo bem, querida? – Ele a ajudou a se sentar na cadeira a sua frente, preocupado com ela, pensando mil coisas diferentes. – Quer que eu chame alguém?

— Segure seus cavalos e sente-se. – Ela deu um sorriso que não deixava opções. – Eu preciso de sua ajuda, querido.

Pegando uma barra de chocolate, Pen colocou a mesma sobre a mesa dele.

— Eu quero me livrar desse hábito estupido. – Ela cruzou as pernas. – Eu estou tão viciada em chocolate que talvez seja preciso ações extremas para tal coisa.

— Querida, se está fazendo isso porque não gosta de seu corpo. – Derek se sentou perto dela. – Eu tenho que dizer não.

— Você e sua cabecinha careca não precisam se preocupar com meu corpo de deusa. – Pen sorriu para ela. – Eu sou gostosa do meu jeito e não quero mudar. Só acho que seria bom dar um tempo de chocolate.

— Hmm, bem. – Ele a beijou. – Sendo assim eu posso te ajudar.

— Que bom. – Ela deixou o doce sobre a mesa de Derek e se levantou. – Porque o único chocolate que eu quero essa semana é meu marido sensual.

— Vá trabalhar, sua provocadora. – Ele atirou um beijo. – E me ligue caso precise de minha ajuda.

— Posso ligar para outros assuntos também? – Ela fechou a porta antes de sair em direção ao escritório dela.

Pegando um chá verde ao invés de seu café que era normal e diário, ela se sentou na cadeira. Ela decidiu que eliminar chocolate de sua dieta seria bom, pelo menos para que ela não ficasse com diabetes.

Derek desembrulhou a barra de chocolate e deu uma mordida nela, sentindo que o doce se desmanchava. Ele entendeu os motivos de sua esposa por trás do desafio de ficar sem um de seus vícios, mas ainda assim, ele queria que ela continuasse a comer chocolate.

— Derek... – Pen disse assim que ele atendeu o telefone. – Eu preciso conversar. Estou desejando milhões de gotas de chocolate agora.

— Sei que o caso é ruim, mas pense em algo delicioso e que você quer mais que chocolate. – Derek iria fazer Pen desejar chocolate e com razão diminuiria a quantidade que ela geralmente comia. – Está pensando, querida?

— Estou. – Penelope ronronou ao telefone. – Mas eu tenho ainda mais problemas.

— E por que? – Ele sentiu suas calças dolorosamente ficarem apertadas.

— Estou pensando em você. – Pen gemeu ao sentir a vontade de comer chocolate, mais especificamente Derek assumir seu controle. – Derek, venha aqui, por favor?

Ele ficou feliz que estava em Quântico e o caso era local. Se levantando, ele foi em direção a sala de Penelope e travou a porta, a beijando e a fazendo deitar no chão mesmo.

Graças a Deus que não tinha câmeras lá. Ela sentiu seu corpo secar nele quando ficou saciada.

— Acho que não vou durar uma semana se eu tiver você aqui perto. – Pen o beijou de novo. – Agora, você precisa ir antes que Hotch venha ver.

Ajeitando a gravata, Derek saiu da sala de Pen e foi em direção a sua sala. Hotch lhe deu um olhar aguçado.

O segundo dia sem chocolate começou com Derek dando a Pen um café descafeinado. Ela vestiu seu vestido vermelho com renda e um sapato de salto dourado. Levantando a barra do vestido, ela revelou a tornozeleira com a sua própria arma.

Derek a convenceu que ela precisava de uma, mas não era obrigatório. Ele só a queria protegida.

— Oi, Debbie. – Derek entrou na cafeteria. – Eu vou querer um bolinho inglês sem chocolate e um bolinho de chocolate com brigadeiro.

— Fica 5 dólares. – Debbie sorriu para Derek. – Penelope decidiu fazer o desafio para se livrar do chocolate?

—Sim, mas não sei porque. – Derek a viu pegar um refrigerante. – Eu adoro quando ela fica coberta de chocolate.

— Certo, não preciso de imagens visuais. – Debbie riu e entregou o troco. – Convença aquela mulher a não desistir do chocolate.

— Oh, eu vou. – Derek sorriu para Debbie e puxou Pen para seu braço e a beijou. – Seu bolinho inglês.

— Derek, você comprou a tentação de chocolate. – Ela fez beicinho. – Estou achando que não quer que eu pare de comer chocolate.

— Eu realmente não quero que você pare de comer chocolate, querida. – Derek a fez se sentar. – Você pode diminuir a frequência, afinal de contas é normal, mas eu adoro ver você comendo uma barra de chocolate.

— Então, que tal você me levar para casa? – Pen beijou o marido. – Eu vou ficar essa semana sem chocolate, mas não disse nada sobre chantilly.

— Que bom que não temos mais casos. – Derek a levou para casa.

O terceiro dia sem chocolate de Penelope se mostrou desafiador, mas ela queria tentar apenas mais dois dias.

Ela estava se sentindo melhor e para ser justa, ficar sem aquele doce era até bom. Mas ela não iria cortar o chocolate totalmente.

Pen havia conversado com seu médico, afinal, ela estava esperando um bebê de Derek.

Esse era o motivo principal para fazer essa semana sem chocolate. E no final dela, Penelope revelaria a novidade. Uma caixa de bombom seria colocada sobre a barriga dela, sem fundo e Derek iria abrir e descobrir a novidade.

Enfim, a sexta feira chegou. Penelope conseguiu a caixa com Rossi, que estava radiante pela novidade.

— Derek, venha aqui? – Penelope chamou seu marido e sorriu para ele. – Eu quero que você abra essa caixa que eu estou segurando.

— No seu colo? – Derek estava com uma boa sensação. – Com certeza.

Abrindo a caixa, Derek notou que não tinha bombons, mas sim a barriga de Pen, pintada como uma barra de chocolate incompleta e com uma frase.

“Esse bombom tem um recheio”.

Era algo bobo, mas Derek não podia pedir mais. Penelope se levantou e entregou a ele o cartão com a ultrassonografia. Ela estava de três meses já.

— Eu tinha uma boa razão para cortar o chocolate, Der. – Pen o beijou. – Tenho que evitar a diabetes gestacional, o que não me impede de comer um pedaço pequeno de vez em quando.

— Eu sou autorizado? – Derek brincou antes de beijar Penelope.

— Quem sabe, meu amor. – Ela brincou e o beijou. – Você é meu único chocolate agora.

— Eu vou lambuzar você todinha, Baby Girl. – Ele a pegou nos braços e a levou para o quarto, a colocando na cama. – Você já sabe o que é?

— Não, mas amanhã tenho um ultrassom. – Ela sorriu. – Vem comigo?

— Eu não estaria em outro lugar, querida. – Derek a beijou, pegando um pedaço de chocolate. – Que tal um pedaço?

— Só se depois eu puder comer você. – Ela se deliciou com o chocolate e beijou Derek.

Ele sorriu, a beijou e sentiu que sua menina era perfeita demais. E ele adorava saber que ela também se sentia a mulher mais perfeita.

E o pensamento de ver Pen grávida o estava deixando com tesão.