O último canto do tordo escrita por Helena Melbourne


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei de ressaca literário depois de ler A Cantiga, confesso que me envolvi e torci pelo Snow, além de ter shippado horrores ele e a Lucy (me julgue, hehe). Então, precisava dar um fechamento dessa história na minha cabeça. Precisava fantasiar as reações do Coryo quando a Katniss apareceu e também o que ocorreu entre ele e Tigris. É isso... Não vou falar muito para não estragar. Espero que gostem.



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O jovem Coriolanus conseguiu finalmente ficar sozinho em seu quarto. Gostava de ser paparicado pela “Mamãezinha” e Tigris, mas sentia falta de ficar em paz com os próprios pensamentos. Estava tão atribulado com a Idealização dos Jogos e a faculdade, que pouco tempo tinha para si. Ele deitou-se na cama de casal em seus lençóis de seda cinza e deixou-se relaxar.

— Que vidão! Você conseguiu, não é, Coryo? – ele abriu os olhos e o corpo se retesou em alerta. Mal podia acreditar no que via, estaria ele ficando louco? Aquela era...

— Lucy Gray... Como você... Como... – ele balbuciava enquanto a garota apenas sorria encantadoramente, os lábios vermelhos, a pele pálida e o vestido colorido da mãe. Como no dia em que a viu pela primeira vez na colheita. – Você não está realmente aqui. – constatou mais para si mesmo, não teria como ela ter passado pela segurança do apartamento sem ter sido vista.

— Então o que eu sou? – ela se jogou ao lado dele na cama, acomodando-se nos travesseiros. Era noite, mas ele conseguia enxerga-la tão bem quanto Tigris há 5 minutos atrás. Estaria ele finalmente ficando louco? Demente como a Lady Vó?

— Um fantasma. – sussurrou olhando-a bem, queria tocá-la, mas também sentia o ímpeto de buscar a faca escondida na cabeceira, por precaução. Lucy Gray sempre fora uma coisinha inteligente, não deveria ser subestimada.  Estava dividido mais uma vez entre o desejo e a autopreservação.

— Bom... você me matou? – indagou divertida.

— Este é o mistério, não é? Como na canção? – devolveu sarcástico. – Lucy Gray está sempre procurando um show, até no fim.

— Você gostaria que eu estivesse morta? – ela aproximou o rosto, mais séria.

— Não. – a resposta veio tão naturalmente que assustou a si mesmo.

— Você gostaria de me ver novamente? Gostaria de ir até o distrito e me caçar outra vez... para me encontrar? – ela ergueu uma sobrancelha, enigmática.

— Às vezes, mas eu não iria. Você sabe que não. – ela assentiu e quase pareceu triste por um momento. – A canção também prometeu que você nunca mais seria vista. Por que, então, eu te vejo? Por que está aqui?

— Vingança... Solidão... Não há muito o que fazer no outro lado, sabe? Nenhuma plateia para me apresentar. E você sempre foi meu grande admirador... Considere este o seu show particular.

— Então este é mais um de seus shows? E qual é o grand finale? Me enlouquecer? – seu coração palpitava agora, afastando-se com temor da garota. Não deveria estar dando vazão a aquela sandice, mas não conseguia ignorar. Sua Lucy estava ali, nem que fosse para atormentá-lo, podia conversar com ela mais uma vez. Sua imortal, altamente perigosa e dissimulada Lucy Gray.

— Por que está reclamando, Coryo? – ela se debruçou sobre ele, o rosto a milímetros do seu, mesmo assim nenhum calor irradiava. – Você me queria só para você, não é? Agora pode ter... Alucinação, fantasma, sonho... O que importa? Eu estou aqui para você.

— Eu te odeio. – ele soltou.

— E mesmo assim, nunca deixou de me amar. – completou inteligente. Ele não tinha como contestar, era verdade.

— E você? Já me amou algum dia? – que pergunta estúpida e carente, ele arrependeu-se no mesmo instante de tê-la feito. Mas não conseguia simplesmente segurar a língua, talvez isso fosse bom, ele não teria mais que fingir na frente dela. Os dois já tinham visto o pior um do outro e suas almas eram feitas do mesmo material, eram um par imperfeitamente perfeito. Ele representava o que havia de pior na capital e ela, o pior dos distritos. Por isso, nunca poderiam ficar juntos, eles eram a personificação dos dois lados do caos, o motivo claro do porquê a guerra seria eterna. Mas que mal faria alimentar uma ilusão? Seja lá o que fosse...

— Eu te amei para me manter viva, Coryo. – ela suspirou. – Durma um pouco, você precisa descansar. Eu vou cantar para você dormir... – ele não queria nenhuma canção, Snow as odiava agora. Por causa dela. Mas estava tão cansado que cedeu ao canto doce dela. Não era uma das piores, afinal, era a música que compôs para ele. “Pure as driven Snow”.

E assim, sonhou com ela na campina, próximo ao lago, mas as coisas se desenhavam de outra forma. As armas não estavam no casebre, então eles fugiam para o norte como planejado e encontravam outros desertores, vivendo em terras férteis e repletas de rosas brancas. Sejanus também estava lá e de algum modo Lady Vó, a mãe e Tigris os encontravam também.

Coriolanus acordou no outro dia com um sorriso no rosto, abriu os olhos esperando encontrar o mesmo olhar âmbar dos sonhos, mas ela não estava lá. E não esteve no outro dia, nem no seguinte. Anos se passaram e no dia do casamento dele com a detestável Liv, lá estava ela, do mesmo jeito, como se nenhum dia tivesse se passada desde o último encontro.

— Lucy Gray! Por que você não apareceu quando eu quis?! – rosnou irritado. Ele tinha clamado e, humilhantemente, até chorado para ela voltar a assombrá-lo, mas ela o ignorou durante todo esse tempo. O que ele sentia agora era raiva.

— Eu virei quando eu quiser, Coryo, quando você achar que me esqueceu, eu virei para lembrá-lo que nunca será feliz. Quando você estiver tocando o corpo da sua esposa é em mim que você estará pensando. – dizia serena. – E você não poderá me ter, porque estragou tudo. Eu sou a lembrança do seu fracasso.

— Eu não sou um fracasso!! – gritou e finalmente a tocou. Ela era real, não poderia ser fruto de sua imaginação, sua pele fria estava debaixo de seus dedos. Não era como se lembrava, mas era a pele dela. Os olhos de corsa sustentavam os dele, sem medo, como uma igual. Sua mão apertava o pescoço fino, mas não surtia efeito nenhum. – Eu tenho tudo o que sempre quis! Eu vou ser presidente, sou rico, nunca mais vou mendigar pão ou comer feijão amanteigado. Eu tenho poder!

— Nunca será feliz, Coryo. – ela dizia sombria e ao mesmo tempo delicada, como explicando para uma criança. – Você sabe que perdeu a chance da felicidade quando me viu pela última vez, quando eu era quente e você ainda podia me beijar. – ela desvencilhou-se dele sem dificuldade. Era uma tortura tê-la ali e não poder tocá-la realmente, não havia nenhum apelo tórrido naquele toque, era triste e mórbido. – Não é possível ter tudo, você escolheu o poder ao amor. – Coriolanus estalou o pescoço em raiva.

— Você me disse que eu era puro como a neve, por que me atacou primeiro? Eu não teria atirado se não tivesse fugido! Se não tivesse atiçado aquela cobra contra mim! – bradou furioso. Como ela se atrevia a insinuar que era melhor do que ele?

— Você alega que somos iguais, Coryo. É verdade, nós dois queimamos. –  fez uma longa pausa, como alguém que tem todo o tempo do mundo. – Sabe o que eu descobri sobre a neve? Ela é muito bonita quando cai, um verdadeiro encanto, mas se você segurar por muito tempo, vai se queimar. Não é instantânea como o fogo, é muito mais perigosa, porque é atraente. O fogo é admirado à distância, já a neve implora para ser tocada. Ela queima sorrateiramente e você só percebe quando é tarde demais.

Se Lucy Gray queria assustá-lo e perturbá-lo, estava conseguindo. Na noite de núpcias, ele só conseguia imaginar o corpo dela, mas não como a bela menina. Imaginou seu cadáver, decompondo no meio da floresta, sendo devorado pelos tordos, mesmo que àquela altura, provavelmente, restasse apenas os ossos. Isso se ela estivesse morta... Mas ele nunca saberia. A dúvida estava começando a atordoá-lo. O pensamento o fez perder o desejo por Liv, a única coisa que a bela esposa poderia despertar nele. E assim, tinha mais um motivo para odiar Lucy Gray. Uma coisa era interferir em sua sanidade, outra era seu casamento. O que ela faria depois? Intervir no emprego? Na Idealização dos Jogos? Na presidência?

Isso precisava parar, não podia virar uma obsessão. Ele seria feliz sim, e que se dane o amor! Não precisava daquilo, só precisava de controle, de uma forma de assegurar que nunca fosse traído, de que nunca fosse perder aquilo que mais almejava, o poder. E se ele não conseguia controlar nem a si, o que mais estaria deixando escapar? Todos desejavam o poder, até mesmo Tigris com seu jeito bondoso poderia ser uma ameaça, se tivesse oportunidade. Lucy Gray o ensinou isso, a nunca confiar nas pessoas.

— O que acontece, Coryo... É que o ódio e desconfiança são um tipo de veneno que você toma esperando que o outro morra. – Lucy Gray disse certo dia enquanto ele pensava em formas de diminuir a popularidade de Festus. Ele estava se tornando um candidato perigoso à presidência, sempre fora muito gentil e empático, mais do que ele próprio poderia fingir ser.

— É isso! – Veneno. Sim, veneno era a solução, mas ele precisava ser discreto; talvez ingerir pequenas doses e gerar antídoto não seria ruim. Às vezes, Lucy Gray vinha a calhar. 

Assim, Coriolanus Snow chegou à presidência, envenenando, comprando e ameaçando discretamente aqueles que se colocassem em seu caminho. Se ele tinha mesmo escolhido o poder ao invés do amor, faria valer a pena. Depois dos 3 primeiros assassinatos, sua alma não sentia que podia se sujar mais, era tão fácil como esmagar um inseto, como mover peças em um tabuleiro de xadrez.

Os anos se passaram e as pessoas foram entendendo que não poderiam simplesmente desafiá-lo, ou coisas ruins aconteciam. Apenas Tigris ainda tinha coragem de tratá-lo como se não fosse a pessoa mais importante de Panem, e isso estava passando do ponto. Ela desconfiava demais, fazia muitas perguntas e a relação entre eles não era mais regada de afeto, era seca. Não podia deixar que os outros vissem como um incentivo a maneira que o tratava.

 Tigris já não dependia emocionalmente dele, tinha sua própria parceira, uma estilista cafona que, Coriolanus tinha certeza, estava fazendo a cabeça da prima contra ele. Então, ele teve de eliminar Venus, pois era perigosa demais e isso ensinaria uma lição valiosa à Tigris.

Depois disso, Tigris nunca mais foi a mesma com ele, passou a esconder-se no trabalho e nas plásticas, como se quisesse cobrir o próprio sangue. Então, ele também a mandou embora, já que não tinha mais utilidade e se transformara numa criatura horrenda e sem juízo. Não poderia ter alguém assim próximo a ele. Já bastava Lucy Gray, o anjo, vezes diabo, em seu ombro sussurrando sandices.

Tudo estava bem novamente, tinha o caos, controle e contrato social dominados na palma da mão... Até ela chegar. Fez uma grande entrada na colheita ao se voluntariar, uma pérola na lama, como Lucy Gray. Quando a viu, Snow soube que ela daria trabalho, teve ainda mais certeza disso ao mirar o sorriso aprovador de Lucy Gray assistindo a televisão. Elas eram forjadas no mesmo fogo rebelde. “A garota em chamas”, como ficou conhecida.

“Bem na campina, debaixo de um salgueiro, uma cama de grama, um macio travesseiro...”

Ele conhecia aquela canção! Lucy Gray cantara para Maude Ivory no dia que foi ao lago com o Bando. Seu coração velho falhou uma batida, não podia ser uma coincidência, ele não sabia como, mas tinha certeza de que Lucy Gray estava por trás daquilo. Talvez ela também pudesse conversar com outras pessoas, afinal, onde ela ficava quando não estava com ele? Talvez ela tivesse ensinado a música para Katniss Everdeen com a finalidade de vingar-se? Aquilo era uma mensagem para ele? Malditos tordos!

***

— Está vendo, Coryo? Isso é amor. Eles preferiram morrer juntos a matar um ao outro. – Lucy Gray falou melodiosamente após o fim daquela edição e ele se irritou mais ainda.

— Isso não é amor, é uma afronta. – devolveu entredentes. – E você é a culpada, Lucy Gray! Eu sei que está influenciando esta garota, de alguma forma. – ela riu.

— Eu? Não, Coryo, o meu show é só para você, já te disse isso. Porém, eu avisei que plantaria um pouco de katniss antes de partirmos, lembra? – Lucy sorriu misteriosamente e Coriolanus arrepiou-se com a memória.

Não, não era nenhuma coincidência que Katniss Everdeen conhecesse a canção da campina, os tordos e tivesse o nome que tem. Porém, aquilo não era prova que Lucy Gray sobrevivera, a garota poderia ser descendente de Maude Ivory. “Ela nunca se esquece de uma canção”, não foi isso que Lucy Gray disse certa vez? Talvez ela e o bando tenham passado as músicas para os filhos. Sim, ele precisava ficar calmo e ser racional.

***

— Olha, Coryo! – exclamou Lucy Gray. – Ela está cantando a nossa canção!

Ódio e pânico tomaram as feições de Corialanus, um tremor invadiu suas mãos e uma vontade de vomitar o café da manhã se apossou dele. Queria tapar os ouvidos e quebrar a tela para não ter que ouvir aquela maldita canção novamente. Se não estivesse numa sala cheia de pessoas, certamente teria dado vazão àquelas vontades. Mas ele precisava se controlar, vestir sua máscara de controle, como tinha feito todos esses anos.

— Foi uma bela apresentação, querido. Você tem que admitir. – Lucy comentou sarcasticamente.

— De fato, um belo show. Acho que devo agradecer a homenagem à altura. O que acha de rosas? Você gostava delas, quem sabe a senhorita Everdeen compartilhe esse gosto? – sussurrou sorrindo maldoso.

— O que disse, senhor presidente? – o assessor perguntou.

***

Ele perdeu então, o Tordo finalmente tinha vencido, mas por que não sentia o gosto amargo da derrota? Conseguia ver na face de Everdeen que ela estava tão abalada e destruída quanto poderia, não havia ferocidade ou fogo em seus olhos ao apontar a flecha em sua direção. De certa forma, Snow ganhara, pois conseguiu quebrar o tordo duas vezes; não sabia quando sua batalha parou de ser contra os rebeldes especificamente e passou a ser uma mais íntima contra a garota em chamas que o desafiou. Se ainda estivesse de olho no todo da guerra, teria visto o cavalo de troia silencioso que Coin usou para dar o xeque-mate.

Ele sorriu, sabendo o que aconteceria a seguir, aquela flecha não era encomendada a ele, nem mesmo para Coin, que a recebeu, Katniss simplesmente estava acabando com a própria vida. Ela perdeu muito mais do que ele no fim, e pela primeira vez, Coryo simpatizou com a garota, pois reconhecia a sensação de não ter mais pelo quê ser bom. Gostaria de tê-la aconselhado a buscar ambição, ao invés de entregar-se à desilusão e a dor, ela daria uma ótima discípula. A risada saiu seca de seus pulmões, totalmente enlouquecida e ele tossiu ainda mais sangue, tornando impossível o ato de respirar. Snow viu quando a menina retirou algo de sua roupa e moveu a mão em direção à boca; riu ainda mais, eles terminariam aquela jornada juntos. Ele havia vencido, venceu o Tordo de uma vez por todas! Porém, no último segundo, o padeiro insignificante a impediu de ingerir seu fim. O ex-presidente parou de rir abruptamente e um súbito de compreensão o invadiu ao observar aquela cena. Compreendeu o porquê travara uma guerra pessoal à Katniss Everdeen e não era por ser o tordo, nem por lembrá-lo de Lucy Gray, nem pela afronta (mesmo que isso contribuísse), mas pelo simples fato de ser correspondida. Ainda que Katniss fosse uma assassina fria como ele próprio e não fosse digna de amor, ela era retribuída pelo garoto. Quando deu tudo de si a Lucy Gray, não recebeu o todo de volta, ela nunca fora sua e seu coração sempre soube disso. Assim, sentiu-se miserável e pobre em seu último suspiro, regredindo ao garotinho faminto e indefeso, que implorava por migalhas de atenção e odiou-se por isso. Odiou-se porque, no fim, ela foi seu último pensamento e desejo. Odiou-se por ponderar como teria sido a existência ao lado dela, ao invés de perseguir o poder e odiou-se por querê-la ali do seu lado, mais do que à própria vida.

 A visão foi ficando turva, não sabia se estava sendo sufocado pelo próprio riso, pelo veneno ou pelas pessoas que avançavam como bestantes, sedentas em arrancarem-lhe o ar. Só sabia que antes da luz se apagar por completo, ele viu o rosto ansiado. Ela continha um sorriso travesso e uma música final entoando dos lábios, era uma melodia sombria e, ao mesmo tempo, doce e convidativa.

Vamos queimar juntos, meu amor

Não com um fogo de ardor

Vamos para o lago de chamas

Onde minha alma por ti clamas

Onde nos pertencemos

Onde nos merecemos

Vamos misturar fogo à neve

Apenas peça que eu o leve.

Coryo sorriu e viu suas mãos jovens novamente, sem as manchas da velhice, sem as veias saltadas e as estendeu à Lucy Gray. Não se importava de passar a eternidade queimando, desde que fosse ao lado dela.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por lerem, espero que tenha sido satisfatório. Eu achei interessante manter o mistério da Lucy Gray e colocá-la na história de uma forma a influenciar a sanidade do Snow, creio que ele tenha ficado paranoico com o tempo. Talvez eu tenha romantizado demais o personagem no final, mas eu realmente creio que no fim a gente revê os nossos conceitos e prioridades. Acho que Snow não se arrependeu de nada que fez, mas se arrependeu de como tudo terminou com Lucy Gray.
Por favorzinhoooo, comentem, nem que aseja um simples gostei, faz toda a diferença para mim. Comentem o que acharam do livro também, do Coryo e da Lucy, o que mais gostaram e quais atores vocês acham que se dariam bem nos nossos protagonistas. Eu acho que Cody Fern (apesar de mais velho) é o Snow perfeito e a Zendaya é a Lucy.



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