Casca escrita por Duda
na sala quente
a água fria suando
e a perna sempre dormente.
a inquietude da caneta batendo,
até quando?
solidão, o tormento.
cada inalada um esmago
sente esmagar a alma metálica,
nervosismo indo embora num trago.
cada dia mais ela se torna máquina,
como os enfeites pálidos perdidos,
símbolos de olhos tristes.
o coração dela sofrido
entende a gélida cerâmica,
parada e de sentimento caído.
nas folhas verdes da vista
seu olhar pousa sempre dentro,
naquela tela cinza,
disfarçar no celular o tormento:
a vergonha de ser ela,
mas de estar ali na capa
que ela criou tão bela
encobrindo o que por dentro a mata.
da jaqueta azul o único colorido dela,
o restante só um cinza que cor almejava.
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