OLIVIA romance lésbico escrita por Pere


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capitulo 1
Olivia.

O sol ainda não havia nascido quando eu coloquei o pé para fora de casa naquela manhã. Meu cabelo estava bem preso em um rabo de cavalo baixo e usava roupas formais. O vento gelado da madrugada causava uma sensação de conforto me preparando para o dia longo que estava para enfrentar.

Decido que estava simplesmente cedo demais para comer qualquer coisa, então apenas desisto da ideia de tomar um café da manhã apropriado. Não muito mais que 30 minutos depois eu estava estacionando meu carro na garagem da mansão da Srta. Montserrat.

Alguns meses atras eu comecei a trabalhar como chefe da segurança a milionária Diana Montserrat. Eu já trabalhei durante bastante tempo na polícia e sou especialista em segurança pessoal, no entanto, essa era a primeira vez que tinha a oportunidade de ser chefe da segurança.

Entro no elevador da garagem e dois seguranças estão à minha espera. Esta semana Srta. Montserrat e sua assessora fariam uma pequena viagem a Nova Iorque para tratar de negócios, além de um pequeno jantar anual da empresa. Então por se tratar de um evento de uma certa relevância, achei prudente, dois guarda-costas a mais do que geralmente seria necessário. Escolhi Luca e Michelle para essa viagem. Dois agentes colegas de trabalho que conheço a muitos anos. Não me demoro muito na garagem e logo já estou indo em direção a sala. O espaço era enorme com janelas de no mínimo uns 4 metros de altura com uma vista que certamente valia vários milhões de dólares. O lugar estava silencioso, mas acreditava que pelo horário minha chefe provavelmente já teria acordado a algum tempo.

Subo até o Segundo andar dando batidinhas na porta da suíte presidencial. Um quarto enorme com uma decoração aconchegante, tons que destoassem de qualquer cor que não fosse neutra não faziam o gosto de Diana quando se tratava de decoração, então ali, como o resto da casa, era decorado com cores claras. As paredes eram creme e no momento apenas os pendentes de cada lado da cama estavam acesos.

—Srtª. Montserrat?

—Winston pode entrar - a voz vinha do closet que nesse momento estava com a luz acesa. O quarto estava impecavelmente arrumado mesmo sendo àquela hora da manhã. A cama no centro do quarto, encostada em uma parede de frente a uma janela perfeitamente arrumada em um edredom preto destacando se com a decoração praticamente monocromática do quarto. Uma parte muito cansada de mim, queria muito deitar naquela cama apenas para confirmar se era tão confortável e quentinha quanto parecia. Logo uma mulher de cabelo castanhos usando roupas formais e saltos altíssimos aparece da porta do closet.

—bom dia, está tudo bem? Eu gostaria de saber se precisa de algo. Marcamos de chegar às 6 horas.- pergunto.

—bom dia, esta sim, eu já estou descendo não vou demorar muito, preciso apenas terminar a maquiagem e pegar uma pasta de documentos. Brett já chegou eu imagino?

—ainda não, mas com certeza não irá demorar muito. Precisa de algo?

—na verdade, sim, leve minha mala la para baixo tudo bem? Esta, perto da porta.- diz enquanto colocava um par de brincos.

Ao alcançar as escadas algum tempo depois o barulho vindo da cozinha da máquina de café expresso denuncia que Brett já havia chegado. Nos duas havíamos nos tornado boas colegas, bom definitivamente não éramos próximas, mas a convivência com ela era bem fácil. Ela era bem-humorada grande parte do tempo.

—bom dia Winston. Conseguiu descansar final de semana?- Diz enquanto colocava o café em um copo térmico.

—sim, foi um excelente descanso, mas você sabe nem 24h seguidas dormindo seria capaz de colocar meu sono em dia e você?

—precisei passar o final de semana inteiro aqui. Organizado a agenda da viagem, fazendo reservas enfim, trabalhando. Passei a noite em casa apenas por que precisei buscar roupas.

—fiquei o fim de semana todo fazendo faxina, arrumando meu apartamento e eu definhei num sofá com o tempo que sobrou não tenho nada a reclamar- digo casualmente checando o relógio no meu pulso. Então um familiar bip no meu ouvido. Atendo a chamada e um dos seguranças me avisam estarem prontos. Apenas aguardando para sair.

—Bom, vejo vocês duas na garagem.- Pego a mala levo até ao carro e vou até à sala de segurança para me certificar que está tudo certo. Escuto uma risada alta vindo da garagem, Brett provavelmente havia acabado de fazer alguma piada. Nos meus poucos meses trabalhando para Srta. Montserrat notei que as duas eram muito próximas e que Brett era única capaz de arrancar uma risada genuína da minha chefe. Me encontro com elas e me sento no banco do motorista enquanto as duas se acomodavam no banco de trás.

—tudo certo Winston?

—tudo certo podemos ir? - Ligo o carro e ao sairmos na rua ativo o sistema de segurança da mansão.

— você quer falar sobre os detalhes agora ou prefere fazer isso no avião?- diz Brett tirando o seu tablet da bolsa.

—podemos fazer isso agora, pretendo apagar naquele avião e só acordar lá.

—como quiser. Bom, assim como você sabe será uma viagem de 3 dias. Hotel está devidamente reservado. Por volta das 19h você tem um jantar marcado com o presidente da empresa nada muito importante apenas uma formalidade de boas-vindas. O segundo dia você passara o dia na filial da empresa... parei de prestar atenção nas duas quando meu fone apitou.

"Estamos a postos" - escutei a voz de Luca do outro lado do comunicador.

"Positivo. trinta minutos e estamos aí."

Algumas horas de voo depois chegamos no hotel. Foi um voo tranquilo sem muitas preocupações. Michelle ficaria com as duas no hotel até o horário da noite quando eu assumira para levar Diana até o jantar.

Eu e Luca fomos buscar os carros que foram alugados. Luca me conhecia dês da época em que eu trabalhava ativamente para a polícia e foi ele que me indicou para esse trabalho na segurança. Eu confiava nele a minha vida, não era atoa, o mesmo já havia levado um tiro por mim alguns anos atrás. Buscamos os carros, duas BMW, uma que ficaria a serviço da Srta.. Montserrat e a outra com os dois seguranças que não tivessem escoltando as duas.

De noite vou buscar Diana no quarto. Andando pelos corredores vejo o quanto o hotel era bonito bem decorado, luxuoso. Ando pelo corredor de suítes presidenciais até o quarto em que Diana estava hospedada. Michelle  estava em frente a porta já me esperando.

—Boa noite michelle, ela já está pronta? - Pergunto.

—acredito que sim-ela responde.

—Luca já está esperando lá em baixo, logo estaremos a caminho pode ir- falo me posicionando ao lado da porta no lugar que Michelle estava quando cheguei. Ela acena com a cabeça e se despede.

Estávamos descendo o elevador do hotel. O elevador era todo espelhado e bem iluminado com um carpete azul-marinho. Ajeito o comunicador no meu ouvido. Luca e Michele estavam esperando nós no carro no lado de fora do hotel. Aviso para os dois que estávamos a caminho. Diana está radiante usando um vestido preto de cetim e o cabelo preso atrás, seu cheiro havia tomado conta do local era um cheiro bom quase amadeirado. Era apenas um jantar simples de boas-vindas a cidade com o diretor da empresa parceira. Amanhã teria um jantar beneficente e hoje seria apenas mera formalidade.

—Winston, quando chegarmos, eu gostaria que você entrasse no local comigo. Normalmente você aguardaria do lado de fora do mezanino, mas eu prefiro dessa forma.

—como quiser.

Sua postura muda quando entramos no restaurante, cabeça erguida, confiante, intimidadora. Claramente superior a qualquer um ali. Eu olhei para aquele lugar e tive a certeza que o prato mais modesto ali seria um mês inteiro do meu salário.

Entramos e apenas de escutar o sobrenome Montserrat o garçom mudou de postura, por um segundo achei que iria beijar o chão apenas para a minha chefe passar. Após toda a bajulação fomos para o mezanino reservado para o jantar. Caminhamos e estava apenas a dois passos de distância. Na mesa o diretor da empresa já estava nos esperando. Um homem que parecia ser apenas alguns poucos anos mais velho que eu, cabelo curto penteado para trás.

—se não me falham os olhos, senhorita Montserrat em pessoa!- Ele se levanta e se coloca na lateral da mesa para que possa comprimente lá. Esticou a mão para beijar sua mão, mas ela a puxou mantendo tudo em apenas um aperto de mão. Aquilo foi mais que o suficiente para me deixar alerta. Me repreendi mentalmente por deixar aquilo acontecer.

—boa noite, Alencar. - diz

—boa noite senhorita Montserrat. É um prazer receber la novamente na cidade.- ele reponde em um tom cordial e se senta novamente em sua cadeira. Eu afasto a cadeira para minha chefe se sentar e me posiciono próximo à parede atrás dela.

—o prazer é todo meu. Além disso, temos muito assuntos para serem tratados essa semana."

—sim. Todos os concelhos de diretoria ficaram muito felizes com a sua colaboração. Me encanta que uma moça tão jovem possa ter um talento tão grande para os negócios.- ele parecia meio confuso por ela ter recusado seu comprimento, mas logo se recompõe.

—Sim sei o quanto é importante. Ainda mais a empresa entrando nessa nova fase a parceria da nossa empresa. Confio muito em seu trabalho para gerenciar as coisas enquanto meu sócio.- Ela diz calmamente, mas com o ar de superioridade sempre presente.

—faremos desse novo projeto um sucesso milionário, não cera o primeiro que comando, minha família é sócia de muitas empresas igualmente grande. Sem dúvidas será um grandioso negócio.- O prato de entrada logo é servido. Alencar começa se gabar sobre a fortuna de sua família como se isso pudesse surpreender alguém ali. Eu estava acostumada a passar horas em pé, mas o cansaço da viagem estava querendo começar a cobrar seu preço e a bajulação fantasiada de conceptualização do senhor Alencar parecia tortura. Me questiono se para Diana está sendo tão ruim o falatório quanto está sendo para mim. Toda vez que o garçom trocava de prato uma parte de mim se alegrava em saber que aquele jantar estava mais próximo ao fim. Minha experiência em jantar refinados me dizia que seriam 7 pratos ao todo. O fato dele falar coisas obvias de mais sobre o trabalho da Diana com um tom se superioridade me fazia querer interromper a conversa ali mesmo. Mas, enquanto a segurança dela não estivesse ameaçada eu não poderia fazer nada a não ser ficar ali calada fazendo meu trabalho. Mas algo na mudança de tom de resposta de Diana me fez voltar a prestar atenção na conversa.

—...levando tudo que aconteceu no início do ano eu acreditei que iria recuar em aceitar essa proposta. Supus que não estaria com disposição para lidar com tamanha responsabilidade.- Ele diz em tom de desdém.

—bom, mas eu me comprometi. Eu estou segura do que estou fazendo. Independentemente do que aconteceu comigo no início do ano. Afinal começamos a movimentar a papelada para esse negócio em dezembro, semanas antes do ocorrido. Eu sinceramente não vejo motivos para essa insegurança, de qualquer forma eu ficarei mais do que contente em responder qualquer uma de suas perguntas se isso for te tornar menos inseguro.- Ela não se deixa abalar apenas responde uma resposta ensaiada não deixando espaço para que ele argumente contra. Um garçom passa na mesa retirando da mesa e logo servindo um prato com camarões, de acordo com as minhas contas o quarto prato. O próximo prato era a sobremesa restando apenas o café e as frutas cristalizadas.

—admiro a sua confiança e determinação. Depois do ocorrido eu mesmo achei necessário aumentar a minha segurança.- Uma bip no meu ouvido e então a voz de Luca. Perguntando se estava tudo certo e eu apreciava de algo. Apenas múrmuro um negativo rápido. O jantar segue bem amistoso uma vez que ela Montserrat começou a conduzir a conversa, o jantar tomou um ar mais descontraído e mesmo que tudo falado ali fosse relacionado a empresa, investimentos e momentaneamente algum comentário sobre a gastronomia refinada dos restaurantes nova-iorquinos.

Os últimos pratos chegam e não demora para que finalmente levantarem da mesa. Diana se despede dele com um aperto firme de mão e eu a acompanho para fora do restaurante até o carro. Saio primeiro olhando brevemente a rua então ela desce os degraus da porta do restaurante.

Estava dirigindo a BMW de volta para o hotel enquanto ela estava no banco de trás olhando pela janela. Parecia alheia em seus pensamentos, notei que ela estava mais tranquila agora que tinha menos um compromisso na lista de afazeres. No rádio tocava uma música calma que ela parecia apreciar bastante imaginei que ela iria pegar no sono antes mesmo de chegarmos no hotel. Volto a prestar atenção na pista. Luca estava logo atrás em outro carro. Michele havia ficado cuidando de Bret a pedido de Srta.. Montserrat.

—senhorita Montserrat estamos quase chegando ao hotel.- eu falo alguns minutos depois.

 


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