Amy Sandoval e o passado que retorna - TDA escrita por Mrs Belly


Capítulo 13
Capitulo 13




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Teriam que explicar agora, como ainda não haviam tido a oportunidade de explicar a filha sobre a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha. Victoria tinha certa reserva em relação a reação de Amy que era ciumenta mas pensou que logo se acostumaria porque adorava conhecer e brincar com novas crianças.

— Heriberto... - Victoria o olhou - acho que ela já pode saber - disse baixinho e ele fez que sim com a cabeça.

Amy estava com fome olhou a mãe ergueu as mãozinhas para ela que a pegou no colo com amor e ao lado de Heriberto voltou a preparar a mamadeira da filha, explicando a ele como se faz, conversariam sobre aquele assunto depois.

— Presta atenção meu amor, eu vou mostrar como se faz e da próxima vez você prepara sozinho.

— Eu tenho mesmo que saber dessas coisas meu amor? - ele fez bico se aproximando do fogão para observar o que Victoria fazia e ela riu.

— Tem sim meu amor. Lembra que eu não fiz essas crianças sozinha? - ela disse as últimas palavras baixinho em tom de ironia.

— Eu sei... - Heriberto chegou mais perto e cheirou o pescoço dela e com uma das mãos apertou o bumbum. Victoria sentiu todo o seu corpo se arrepiar com o toque e segurando a filha em um dos braços ainda, mordeu a ponta dos lábios era um gesto automático.

Amy estava com a cabeça encostada nos ombros da mãe e em uma de suas mãozinhas segurava com o maior carinho do mundo o seu ursinho de pelúcia Teddy. Victoria preferia evitar esses tipos de comportamentos íntimos com Heriberto quando estava perto da filha porque ela era ainda muito pequena e não entendia certas coisas e nessa idade poderia pensar que o pai estaria machucando a sua mãe.

— Não faz isso! - o leite mornou e Victoria fez a mamadeira indo para a sala com a filha sentar-se no sofá e apoia-la em seu colo, Heriberto a seguiu vindo logo atrás com um riso travesso.

Sem demora Victoria apoiou a filha em seus braços e ela cheia de fome gulosa começou a mamar, teve sono e fechou os olhinhos enquanto sugava o leite agarrada a pelúcia.

— Nossa menina é tão linda, Victoria! - Heriberto sorriu sentando-se ao lado dela todo orgulhoso passando com carinho os dedos nos cabelos da filha.

— É sim... vem cá! - ela o puxou para mais perto e tocando em seu rosto lhe deu um beijo na boca. Heriberto sentiu o seu corpo responder e correspondeu o beijo saboreando os lábios dela e aproveitando muito daquele momento juntos, ele intensificou o beijo e tocou a barriga dela sorrindo, o bebê ainda não mexia mas ele podia sentir todo o amor do mundo por ele também o seu menino como Heriberto tanto queria.

A pequena Amy abriu os olhinhos quase terminando o seu tão amado mamá, como ela mesma dizia. Olhou os pais ali se beijando intensamente e estranhou, cerrou os olhos e reclamou em um murmurinho de completo ciúmes pegando com cuidado nos cabelos da mãe.

Victoria sentiu a mão dela e se separou de Heriberto dando nele vários beijinhos, sorriu e voltou a sua atenção a filha.

— O que foi ciumentinha de mamãe? - beijou a ponta do nariz dela a fazendo sorrir com todo o seu jeitinho sapeca e doce de ser. Heriberto a pegou no colo assim que terminou o leite e encheu sua menina de cócegas arrancando dela muitas risadas.

— Ahh! papai ama essa ciumentinha igualzinha a mamãe! - ele beijou muito a filha e viu Victoria sorrindo feliz.

— Eu te amo! - ela diz e Amy vira o corpo para olha-la - a mamãe ama você também e o seu irmãozinho. - chegou a hora de contar.

Heriberto ajeitou Amy melhor em seu colo e a colocou sentada de frente para a mãe, Victoria o olhou e seus olhos já marejavam de emoção e felicidade, agora a filha não se sentiria mais tão sozinha e poderia brincar com mais alguém quando não estivesse com João.

— Filha... - chamou e a pequena olhou pra ela - a mamãe tem uma coisa pra te contar e você vai gostar muito. - enquanto ela falava Heriberto aconchegava a filha nos braços para transmitir amor e segurança a ela.

Victoria segurou a mão dela e com carinho pousou sobre a sua barriga ainda quase sem volume e Amy ainda sem entender bem o que aquilo significava pois a ideia de um novo bebê ainda era muito abstrata para ela, fez um carinho no ventre da mãe passando ali os seus pequenos dedos.

— Tem um bebê aqui! - ela disse.

— Bebê? - ela questionou fazendo uma expressão confusa.

— Sim minha filha, você vai ganhar um irmãozinho e quando ele crescer um pouquinho, vocês dois vão poder brincar juntos! - Heriberto completou a fala de Victoria e ela respirou fundo.

— Cadê o imãozinho papai? - olhou o pai

— Está aqui guardadinho na barriga da mamãe, meu amor. Ele vai crescer e vocês vão poder brincar juntos! Você, ele e João!

— Oba, eu quelo binca! - Amy sorriu na mesma hora, adorava brincar principalmente com João o filho de Antonieta.

Com certeza Heriberto e Victoria teriam que conversar mais com a filha sobre o que seria de verdade ganhar um irmãozinho. A menina teria ciumes o que seria natural, mas logo ficaria feliz com a nova companhia.

Duas horas depois...

Victoria estava no quarto sentada em sua cama revendo alguns contratos para o desfile que estava próximo e falava com Pepino ao telefone. Os óculos de grau no rosto, cabelos presos em um coque mal feito encostada na cabeceira ela estava e Heriberto da porta a observou chegando com Amy no colo.

— Chamou, amor? - ele perguntou assim que chegou ali e Amy achou muita graça naquilo.

— Não é mor é mamãe! - ela disse um tanto séria como se ouvir o pai chamar Victoria de amor fosse estranho.

Victoria ao ouvir a repreensão da filha a Heriberto, caiu na gargalhada e Pepino na linha telefônica não entendeu o riso porque falavam de algo sério.

— Só um minuto Pepino, se acalma! - riu mais - Amor, você pode dar um banho na Amy? Eu já liguei para Antonieta e nós vamos passar a tarde com ela e João!

Na mesma hora Amy deu pulinhos nos braços do pai e ele a colocou no chão, daria seu primeiro banho na filha e cuidaria dela porque Victoria nesse momento precisava resolver assuntos pendentes da casa de modas.

— Claro, Vicky! - ele respondeu e sentiu as mãos da filha o puxarem pelas pernas para ir até o banheiro.

— Vamo papai toma bainho - o puxou - eu quelo i na casa do João!

Victoria sorriu da filha e voltou a atenção ao telefone. Heriberto foi ao quarto da menina e pegou as coisas que ia precisar. a principio pegou uma banheira cor de rosa que havia ali guardada em um cantinho mas novamente ouviu a filha o corrigir como se já fosse adulta. Imitava a mãe, exatamente como Victoria.

— Não pecisa quiatula de banhela, eu já sou gande!

Ele não aguentou ao vê-la em pé ao seu lado com os bracinhos cruzados e fazendo bico igual Victoria quando se zangava.

— Meu Deus do céu hein Amy, tá bom, vamos lá grandona! - ele foi até o banheiro e ela veio atrás segurando um patinho de brinquedo.

Heriberto tirou com cuidado as roupinhas que a filha vestia, foi cuidadoso ao extremo pois era a primeira vez que tinha a oportunidade de fazer isso e teve medo de machucá-la com suas mãos grandes e pesadas. Ligou o chuveiro e deu o sabonete a Amy pegando a esponja para limpar o corpo dela, depois passou shampoo nos cabelos castanhos da menina e sorriu com o pedido dela.

— Faz um topetinho, papai!

— Um topete no cabelo, minha filha? - riu

— É!

— Mas o seu cabelo é grande e o papai não sabe fazer topete! - ligou a água novamente para tirar a espuma.

— A mamãe sabe! - fez bico e ele a pegou no colo para enrolar a toalha.

— O papai vai pedir pra mamãe ensinar então como se faz esse topete e da próxima vez eu faço um bem grande no seu cabelo, ta bom minha florzinha?

— Uhum... - ela concordou e Heriberto foi com ela para o quarto para colocar roupas limpas.

Victoria ainda estava ocupada e Heriberto cuidou de Amy nesse tempo. Teve seu momento a sós com a filha e aproveitou para conversar e conhecer mais a sua menina. Brincou com ela e a fez sorrir como nunca antes, vestiu um vestido cor de rosa com lacinhos e uma sandalinha, depois sentou-se na cama e com ela em pé na sua frente começou a pentear os cabelos dela.

— Eu quelo um cavalo!

— Cavalo? o que é isso minha filha? - ele não entendeu.

— No cabelo papai! - ela pegou seus cabelos com a mão e jogou para cima bagunçando tudo.

— Amy! - Heriberto reclamou porque passou um tempão alinhando os fios, mas logo sorriu, amava muito a sua bebê e entendeu por fim o que ela quis dizer. - é rabo de cavalo, filha! eu não sei fazer mas vamos lá.

Vinte minutos depois...

Amy entrou correndo no quarto de Victoria com um monte de brinquedos nas mãos para levar a casa do amiguinho João. Ela estava feliz porque sairia para brincar com ele e Heriberto veio atrás com uma cara exausta. Victoria já havia tomado banho e estava quase pronta usando um vestido de tecido mais leve porque estava calor e riu alto quando viu a filha.

— O que foi amor?

— Olha o cabelo dela, Heriberto! - não conseguia segurar o riso e Amy correu para a frente do espelho onde ela estava.

— Aaaah! - ouviram a pequena gritar assustada e Victoria a pegou no colo já chorando.

— Eu não entendo, o que deu nela?

O cabelo de Amy estava torto, um tanto para cima demais do que deveria ser, definitivamente Heriberto não havia se saído bem como cabeleireiro e o penteado estava horrível mesmo, bem engraçado!

— Eu vou dar um jeito nisso aqui! - ela riu e tirou do cabelo da filha o lacinho, a acalmou e foi com ela para a sala enquanto Heriberto se arrumava para poderem sair.

Não demorou muito e a família estava pronta, Amy já estava ficando impaciente porque queria ir para a casa de Antonieta para brincar com o amiguinho João. No caminho dentro do carro Heriberto dirigia e Victoria estava ao seu lado falando com Antonieta ao telefone enquanto a filha brincava com uma boneca que ganhou do pai, sentada em sua cadeirinha no banco traseiro.

— Estamos chegando amiga! - Victoria disse sorrindo para Heriberto que piscou pra ela.

— Venham logo! - Antonieta praticamente gritou com o telefone na mão ao mesmo tempo que corria pela casa tentando alcançar o filho que pegou a lingerie que estava em cima da cama e que ela ia vestir naquele momento depois de ter tomado o seu banho. Tudo era brincadeira para o pequeno e, inocente ao ver a sua mãe correr atrás dele enrolada na toalha enquanto falava com alguém, pareceu bastante divertido.

— Devolve isso pra mamãe agora, João!

— O que houve Antonieta? - perguntou Victoria ao notar que a amiga ficou "estranha" de repente.

— João pegou a minha calcinha que deixei na cama enquanto tomava banho e agora danou a correr pela casa! eu não aguento mais esse menino! - ela estava nervosa e finalmente conseguiu o alcançar.

João deu vários gritinhos e caiu na gargalhada quando a mãe o pegou distraído enquanto jogava a peça de roupa para todos os lados. Victoria ao ouvir aquilo riu alto e Heriberto quis saber o que era mas ela não disse porque estavam perto de Amy.

— Calma, ele é só uma criança - Victoria riu mais - se arruma porque já estamos chegando, beijo amiga!

— Tá bom Vicky, beijo!

A ligação encerrou e alguns minutos depois Victoria, Heriberto e Amy já estavam na porta da casa de Antonieta. Ele tocou a campainha e Victoria pegou Amy nos braços quando ela pediu colo, foram recebidos pela babá de João que foi seguida por ele vindo correndo e gritando assim que viu a amiguinha.

— Amy! - o pequeno sorriu feliz agarrando as pernas de Victoria e a menina quis ir até ele. Victoria a colocou no chão e com todos já dentro da casa, os pais puderam ver o menino tão docemente abraçar a filha e quase derrubá-la no chão de tanta felicidade.

Heriberto veio atrás de Victoria e a abraçou com carinho olhando aquela cena das crianças se cumprimentando e logo saindo correndo para irem brincar.

— Só observo esse João todo "atirado" para minha filha! - ele fez uma cara de zangado só para ver o que ela ia dizer e ficou de frente a ela segurando sua cintura.

— Ele só tem três anos, Heriberto! eu não acredito que está com ciúmes de Joãozinho com nossa filha! - Victoria arregalou os olhos e riu junto a seu amor quando ele gargalhou em resposta.

— Não estou com ciumes, ainda. Mas Joãozinho vai crescer e virar Joãozão que vai querer tirar a pureza da minha princesa! - a beijou na boca e ela riu dele.

— Quando eles crescerem vão ser namorados, então se acostume com João na vida de Amy, viu? papai careta!

— Eu não sou careta! - ele protestou e foram interrompidos por Antonieta que desceu as escadas e veio até eles.

— Como estão? - ela abraçou e beijou a amiga e cumprimentou Heriberto também. - Imagino que Amy já esteja na brinquedoteca com João, acertei? - sorriu e levou os dois para a sala oferecendo a eles uma bebida para Heriberto e um suco de frutas para Victoria.

— Seu filho já raptou minha filha, Antonieta. - Heriberto disse sentado ao lado de Vicky no sofá.

Antonieta riu e completou a fala dele com uma verdade:

— Se prepare doutor! - eram amigos e ela e Victoria amavam dar risada de tudo e sabiam bem que mesmo depois que Amy já for uma mulher, sempre será para ele a sua princesinha. Os pais são assim mesmo com suas filhas.

Na brinquedoteca...

As crianças estavam felizes e brincando em um tapete de borracha todo colorido e cheio de muitos brinquedos, a menina também havia trazido de casa alguns de seus brinquedos que gostava muito para dividir com ele e brincavam de Casinha, Amy era a mamãe e João quis ser o papai que saia para trabalhar de bombeiro enquanto ela ficava em casa cuidando do filhinho, o ursinho Teddy favorito de Amy.

— Tau mulé eu vou tabalá com meu camião! - João segurava um caminhãozinho de bombeiros vermelho que piscava algumas luzes amarelas e vermelhas, ele ficou em pé e abraçou Amy se despedindo em sua brincadeira.

— Taize o mamá do Teddynho e não queima ele não ti é você ti vai faze! - Amy mandou, ficando em pé também com um aventalzinho segurando o ursinho com uma das mãos enquanto colocava a outra mão em sua cintura para fazer o gesto de "brava" que ela via sua mãe fazer quando estava zangada e ao leite queimado ela associou da cena que viu dos pais pela manhã na cozinha, quando Heriberto se distraiu brincando com ela enquanto fazia a mamadeira pra ela.

Crianças tendem a repetir o que vivem em casa e aprendem com suas experiencias diárias.

João andou pelo comodo fazendo barulhos de carro com a boca e Amy colocava o filhinho para dormir, ela dizia:

— Dome nenê, ti papai vai cegá, ta bom Teddynho? o seu papai não foi bola ele vai voltá pra te vê!

— Ponto, já tabalei Amy. Agola que ti eu faço? - João deixou o carrinho no chão e chegou perto dela que estava de joelhos em frente a uma caminha de tecidos que ela mesma fez estendendo roupinhas no tapete, a pequena fazia carinho no ursinho assim como Victoria fazia com ela e olhou o amiguinho.

— Agola você tem que dá mamá pro filhinho! vai faze o leitinho dele na cozinha, quiatula!

João vai até um cesto de brinquedos e dali tira algumas panelinhas de plástico, coloca no chão e ao lado de Amy ele liga o "fogo" para esquentar o leite do seu filhinho. Ela cuida do ursinho com todo o amor que cabe em seu pequeno coração e assim tão pequena já podia ser tão amorosa e cheia de manias como a sua mãe Victoria e ninguém poderia duvidar de que ela era mesmo uma legítima Sandoval.

As crianças continuaram brincando e na sala os adultos conversavam animados enquanto a empregada trazia em uma bandeja três xícaras de café.

— Victoria - Heriberto a olha, a mão esquerda dele está sobre a perna dela e discretamente fazia um gesto de carinho - As crianças estão quietas demais, você não acha melhor dar uma olhada neles?

Antonieta bebe um gole de café e sorri olhando os dois.

— Está tudo bem, João sabe cuidar de Amy, Heriberto. - ela olha Victoria que ri, sabia o quanto ele era um pai ciumento com a menina - Mas vamos lá ver como os dois estão.

Heriberto, Victoria e Antonieta andaram pelo corredor da casa e ficaram ali em pé olhando os pequenos brincarem animados, da porta da brinquedoteca.

— Agola você tem ti dá o mamá! - Amy pega o ursinho de pelúcia das mãos de João e mostra a ele como se faz. A pequena sorri mas fica nervosa porque o menino não soube como segurar direito o brinquedo e seus pais os olham brincar.

— Olha ela amor! - Heriberto ri do jeito da filha - parece você me dando ordens! - Victoria sorri emocionada.

— Eles são tão lindos! - ela diz e beija ele, Antonieta concorda - Parecem uma miniatura de nós dois!

— Ownn, que lindos vocês! - Antonieta abraça os dois e Amy por um momento desvia a sua atenção e os vê ali parados, ela corre na direção de Victoria e Heriberto e João vem atrás mas a pequena se desequilibra e cai no chão.

Ela não chorou e quando Heriberto pensou em correr para ajudá-la, Victoria segurou no braço dele quando viu que a filha estava bem e rindo de novo com o amiguinho que se abaixou ali ao lado dela. O pequeno olha com atenção o joelho de Amy e pergunta se ela se machucou, Heriberto se afasta e fica apenas olhando os dois.

— Maçucou Amy? ffffuuuu... - João sopra a perna dela e Amy começa a rir sentindo cócegas, Victoria e a amiga riem da cena e Heriberto fica sem reação com o que o seu amor diz sobre aquilo.

— Acho que Amy Sandoval não precisa dos cuidados do pai médico dela. Olha só como Joãozinho está cuidando dela! - Victoria o olha e provoca só para ouvir mais um ataque de ciumes - Imagina amor, quando eles crescerem e forem namorados? Amy não vai querer você perto quando estiver com João! - a cara que ele fez foi tão hilária que nem mesmo Antonieta segurou o riso, Heriberto fechou a cara e pegou a filha nos braços enquanto a amiga pegava o filho também e os três foram para a sala de estar. No corredor ele andou atrás de Victoria e sussurrou em seu ouvido.

— Eles não vão ser namorados! até parece que a minha menina vai namorar! - ela só ri e não diz nada.

A empregada vai até a sala recolher as xícaras e Heriberto deixa Amy com Victoria e elas ficam ali conversando enquanto ele vai a cozinha para falar alguma coisa com a empregada, voltando minutos depois com um sorriso de orelha a orelha, o médico chama as crianças em um cantinho enquanto as mães ficam curiosas observando, de certo alguma os três iam aprontar!

— Crianças, o que vocês acham da gente fazer um bolo de chocolate e juntos fazermos uma surpresa pra Victoria e pra Antonieta? - Heriberto diz baixinho só pra João e Amy escutarem e os dois começam a pular e dar gritinhos de felicidade, pela primeira vez fariam aquilo juntos e seria bastante divertido.

No sofá, vendo a carinha dos bebês e o sorriso de Heriberto pra eles, Victoria teve certeza de que ele estava convidando os pequenos para aprontar alguma e ela riu daquilo achando graça, ansiosa pelo resultado daquela conversa particular dos três.

— Amiga, Heriberto está chamando os dois pra fazer alguma travessura! - Victoria riu e a olhou.

— Pela carinha do meu filho, com certeza! João ama aprontar! - Antonieta sorriu mais e as duas viram eles indo para a cozinha.

Na cozinha...

— Quem quer fazer bolo!? - Heriberto diz animado e a empregada seria cúmplice dele para ajudar com os ingredientes porque na verdade nem ele mesmo sabia cozinhar, mas queria dar aquele momento de alegria para as crianças. Já estava tudo ali na bancada e a mulher ia dando uns toques a ele sobre a sequencia dos ingredientes para que tudo desse certo.

— Euuu!! - Amy e João gritaram juntos, dando pulinhos pela cozinha toda.

— Mas pra isso nós temos que colocar aventais e toucas... - A empregada trouxe um avental pra ele e dois pequenininhos para as crianças, colocaram toucas e já podiam se sentir uns verdadeiros chefes de cozinha.

— João, me ajuda a colocar a farinha na batedeira e filha, você pega ali o chocolate!

— Ta bom, papai! - ela subiu na cadeira e a empregada a ajudou a colocar o chocolate enquanto João e Heriberto juntam a farinha e depois cada um quebra um ovo e coloca na tigela... João pega um pouco de farinha e joga na amiguinha, Amy revida e em segundos os três bagunçam toda a cozinha fazendo uma guerra de comida, mas o bolo por sorte fica pronto e Amy e Heriberto colocam o recheio de leite condensado e depois João "joga" granuladinhos por cima... até que ficou bonito!

— Pronto! agora vamos, acho que as mamães estão lá na piscina. - Heriberto pega o bolo e os dois correm na frente.

Um tempo depois...

Victoria e Antonieta estavam na piscina e nem viram o tempo passar. Elas estavam conversando sobre as suas vidas amorosas e Victoria aconselhava a amiga a arrumar um namorado porque desde que o pai de João morreu, ela não abriu seu coração para mais ninguém.

A casa toda cheirava a bolo e a bagunça, elas ouviam risos e Amy e João vinham andando na ponta dos pés até a beira da piscina, enquanto Heriberto segurava o bolo vindo atrás.

— Você está ouvindo alguma coisa, Victoria? - Antonieta piscou pra ela e Victoria entrou na brincadeira.

— Não amiga... - ela encostou na borda ainda de costas para as crianças e Amy ajoelhou e com as mãozinhas tapou os olhos da mãe enquanto o amiguinho fazia o mesmo com Antonieta.

Heriberto parou ali e esperou os dois fazerem a surpresa.

— Quem ti é? - Amy disse rindo e a mãe segurou as mãos dela cheia de amor.

— É a minha princesa? - beijou a mãozinha dela e sorriu, Amy olhou João que fazia a mesma coisa com a mãe dele.

— Tem uma supesa mamãe! - o menino disse.

— Ah, amo surpresas! Eu fiquei curiosa filho, o que é? - Antonieta riu dele com os olhos também fechados.

Os pequenos começaram a contar e Heriberto que ajudou a preparar tudo, acompanhou.

Amy e joão estavam brancos de farinha e fazer o bolinho da tarde foi uma festa, eles estavam felizes de dar esse presente e essa surpresa as mães deles e estava sendo muito divertido todo aquele momento. Heriberto sorria por ver como estavam e amava crianças mas estava babando mais ainda em sua filha pelo jeitinho doce e sapeca dela de ser. Ele amava demais aquele pinguinho de gente!

— Um, doise, teis, cato.. e já!! - eles gritam e as duas viram de frente, Victoria ri das crianças sujas de farinha e Antonieta cobre a boca com as mãos, Heriberto sorri e pisca pra elas trazendo o bolo e colocando em uma mesa que estava ali na beirada com algumas cadeiras.

Elas saem da piscina e sentam a mesa, cada uma pega seu pequeno no colo e Heriberto beija Victoria e vai a cozinha pegar uma bandeja com suco, volta e eles ficam ali olhando aquele bolo de chocolate delicioso.

— A gente ti feize mamãe! - Amy conta toda feliz e João completa.

— Eu coquei chocolatinho aqui! - ele mostra a cobertura do bolo.

— E o papai fez o que, filha? - Victoria pergunta olhando seu amor ali sentado ao seu lado.

— Papai feize bagunça na cozinha, mamãe! - Amy mostrou a língua e riu da cara dele.

— Nem vem Amy, foi o João quem jogou a farinha primeiro!

Elas riram e aproveitaram muito aquele doce bolinho da tarde.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Continua....



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