Amy Sandoval e o passado que retorna - TDA escrita por Mrs Belly


Capítulo 11
Capitulo 11




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— Heriberto? - ela o olha nos olhos.

— Sim...

— Me diz a verdade, como Amy está? - Heriberto suspira, mas decide não esconder aquela verdade ou se sentiria pior depois.

— Meu amor, eu não vou esconder nada de você, mas quero que se mantenha calma porque a nossa filha já está se recuperando e em breve poderá ir para casa.

— Não me esconda nada, por favor, eu preciso saber o que realmente aconteceu com ela. - as lágrimas já banhavam os olhos de Victoria prevendo escutar dos lábios dele o pior.

— A nossa menina foi vítima de tortura e teve algumas partes do corpo lesionadas com alguma coisa quente, quem a levou certamente a queria morta, mas eu não consigo entender o porquê e muito menos tenho ideia de quem teria sido capaz de fazer uma coisa dessas com uma criança. - ele embalou Victoria em seus braços demonstrando todo o seu apoio e amor, ela chorava e tremia e ele sabia que algo mais tinha ali que a fazia se sentir daquela forma, mas não quis perguntar apenas ficou dando-lhe o carinho e a força que nem ele mesmo tinha, mas dava a ela.

— Meu amor, não deixe que ela morra, por favor, salve Amy! - suplicou agarrada a ele e sentiu o seu estomago revirar tudo o que comeu.

Heriberto ao ver que Victoria não se sentia bem, a levou depressa ao banheiro e ficou atrás dela apoiando seu corpo e segurando os seus cabelos enquanto ela colocava para fora aquela sopa. Para ele também não estava sendo fácil, queria que tudo fosse diferente, mas estaria ali com as duas por todo o tempo de sua vida, para sempre.

— O que está sentindo Victoria? - ajudou a se levantar.

— Eu não sei de repente aquela comida não me fez bem, você sabe que eu nunca gostei de hospitais...

— E mesmo assim se apaixonou por um médico. - ele completou tocando o rosto dela que se limpava na pia.

— Pois é, uma exceção... - Victoria sorriu de lado.

— Vamos, eu vou chamar uma das enfermeiras para te ajudar a tomar um banho, vai se sentir um pouco melhor e mais relaxada depois disso.

Heriberto pega Victoria nos braços e a leva até a cama indo em seguida para fora do quarto chamar uma enfermeira para auxilia-la porque como se sentia um pouco tonta poderia se machucar se ficasse sozinha, mas quando a mulher entra ela a dispensa olhando fixamente para ele que estava em pé rente a porta.

— Não precisa muito obrigada, mas pode ir, eu posso fazer isso sozinha.

— Tem certeza? - Heriberto questiona olhando a enfermeira que saia dali indo aos seus afazeres.

— Sim. - Victoria devagar foi até ele e fechou a porta - não preciso de enfermeiras para cuidar de mim porque tenho a você. Cuida de mim Heriberto? - entrelaçou seus braços no pescoço dele.

— Victoria, nesses casos as enfermeiras são encarregadas de auxiliar as pacientes e os médicos somente examinam, você sabe como é, não quero que se sinta incomodada.

— Por favor, cuide de mim, fique perto de mim Heriberto eu só confio em você, não quero ficar sozinha nesse quarto escuro porque tenho medo que...

— Que?

— Nada... bobagem minha, estou te atrapalhando não é mesmo? Pode ir então e chame de volta a enfermeira.

— Tudo bem Vicky, você não atrapalha e não pense essas coisas hum? Eu não tenho mais plantão agora a noite mas se assim se sente melhor, posso ficar aqui com você até que pegue no sono. Vamos. - ele a pega no colo e vai com ela para o banheiro que havia ali, lá dentro encosta a porta e a coloca no chão, alcança uma tolha e roupas limpas e põe ao lado em um cabide em seguida ajudando Victoria a desatar o laço da bata hospitalar que vestia.

Por baixo ela estava praticamente nua com apenas uma pequena calcinha de renda que cobria a sua intimidade. Virou-a de frente para ele e olhou bem no fundo de seus olhos esverdeados descendo o olhar para os seios intumescidos de beleza natural que ela tinha, Heriberto respirou fundo porque teria que se manter profissional pois estavam em um hospital e não em casa, ela era seu amor mas naquele momento estava como paciente, lutou contra todos os seus instintos esperando apenas pela reação dela.

— Victoria, eu acho melhor ir chamar alguém. - ele se afastou um pouco dando apoio para que ela ficasse embaixo do chuveiro já com a água ligada.

— Por favor... - ela pediu segurando em sua mão para impedir que ele fosse.

Diante daquele pedido ele ficou ali observando Victoria tomar seu banho com atenção, seus instintos de homem gritavam dentro de si e ele sem conseguir segurar aquilo tudo mediante aquela visão de sua mulher nua, já começava a se excitar o que não era certo e todo o seu profissionalismo estava indo por água a baixo ele se xingava internamente por ser fraco em um momento tão difícil como aquele em suas vidas mas todos os seus sentimentos pareciam bem maiores que qualquer outra coisa e Victoria que estava de costas se ensaboando vira para frente e vê aquela excitação bem aparente e percebe o emone esforço que Heriberto estava fazendo para evitar essa situação, ela ficou com o rosto corado quando olhou para baixo e depois encarou o rosto dele e sentiu-se ficar molhada também... é tão difícil quando se ama muito uma pessoa e isso acontecer como uma tentação...

Heriberto ao ver que Victoria percebeu como se sentia se afastou mais indo até a porta, mas ela escorrega ao tentar impedir sendo rapidamente apoiada pelas mãos ágeis e fortes dele sobre a sua cintura, trocaram olhares e ela segurou firme no jaleco dele aproximando seus rostos e o beijo aconteceu naturalmente como os dois desejavam, calmo e avassalador cheio de paixão, exploravam as suas bocas ali, ela estava toda molhada pela água do chuveiro, mas Heriberto não se importou se agarrando nela e colando seus corpos apenas deixando que aquele momento acontecesse sem interrupções, Victoria o beijou mais e mais e o ajudou a tirar as suas roupas deixando-o nu foi sendo levada aos beijos até o chuveiro novamente, agora os dois embaixo da água morna que mais parecia pegar fogo, com muito carinho e amor se amavam mais uma vez.

— Eu.. te.. amo... - ele disse erguendo Victoria em sues braços e grudando o corpo dela na parede para apoiar melhor.

Encheu-a de beijos por toda a face e pescoço, ombros e colo, desceu até os seios e beijou também ali com carinho e sem pressa, Victoria gemeu baixinho o nome dele apaixonada e entregue a tudo, era como estar no céu.

Logo ele entrou nela com cuidado e imenso prazer e sorriu quando olhou o ventre ainda plano, mas lembrou que ali crescia mais um filho fruto do amor dos dois e o coração de Heriberto transbordou ainda mais de amor dando a Victoria ainda mais prazer movendo-se dentro dela entrando rápido e saindo lento e ele amava estar assim dessa forma.

Quando ela gozou e ele também teve prazer, Heriberto envolveu Victoria em um roupão depois de se vestir e a levou para o quarto ajudando-a a por as suas roupas. Colocou Victoria deitada e a encheu de beijinhos com todo amor e se recompôs para retornar ao seu posto de médico verificando se ela estava mesmo bem.

Amanheceu...

Assim que o sol brilhou iluminando o quarto, Heriberto e o doutor Estevan foram ver Victoria e a pequena Amy que estava cada vez melhor e reagindo bem aos cuidados, ela acordou e foi para o quarto esperando e pronta para receber a visita e o carinho de sua mãe e foi isso que os dois médicos fizeram levando Victoria para ver a filha antes de ter a sua alta.

Heriberto foi caminhando na frente e atrás vinham andando Victoria acompanhada pelo doutor Estevan. Os corredores estavam cheios e o dia já demonstrava o quão seria difícil naquele hospital apesar de ainda ser tão cedo.

Os três entraram no quarto de Amy e viram ali a menina dormindo com o rostinho mais calmo e sereno parecia estar sonhando longe de todo aquele monte de coisas que estavam acontecendo em sua vida, Victoria olhou Heriberto nos olhos como quem pede permissão para ir até a filha e ele com um olhar e um sorriso de lado permite que ela o faça, que esteja ao lado da sua filha para dar a ela todo o amor e carinho que necessita.

Victoria senta ao lado de Amy na beirada da cama hospitalar e observa a menina dormindo, ela com todo amor e carinho de mãe se abaixa para dar um beijinho na testa da filha e sem aguentar chora sofrida por toda aquela situação enquanto se lembrava das palavras de Bernarda na noite anterior. A sua vida agora estava voltando a ser o inferno de tormenta que era quando ela e Heriberto eram namorados, mas precisava muito ser forte para enfrentar isso, senão por ela então por Amy que culpa nenhuma tinha sobre o ódio e vingança que a mãe e a avó tinham durante anos antes dela nascer.

Heriberto se aproxima das duas e Victoria fica em pé para receber um abraço dele, os dois ali ao lado da filha se deixam levar pela dor e pelo medo de tudo o que estavam vivendo desde que se reencontraram. Ele queria reconstruir a as vida com elas e deixou isso bem claro ao afirmar naquele momento que não as deixaria por nada no mundo e que a criança ficaria bem, mesmo que para isso ele teria que enfrentar algo ou alguém que nem mesmo sabia quem era, mas que não deixaria impune. Alguém raptou e trouxe Amy para aquele hospital porque certamente conhece tanto Victoria quanto ele e se esse fato for mesmo verdade, mais cedo ou mais tarde Heriberto iria descobrir.

— A nossa filha está bem mesmo, Heriberto?

— Sim Victoria, está! E eu te garanto que logo ela estará completamente recuperada. Agora não chore mais, por favor, olhe como Amy dorme tranquila... você já está de alta e pode ir para casa, ela estará segura aqui.

— Eu não sei, eu não tenho certeza. Alguém pode vir aqui e fazer mal a ela enquanto não estivermos perto, Heriberto, por favor não deixe que Amy fique sozinha nesse quarto nem um minuto sequer. Peça para que alguém confiável a acompanhe enquanto você ou o doutor Estevan não estiverem por perto durante a noite. - Victoria pediu com o coração aos pedaços por ter que sair do hospital e ir para casa, ela tinha muito medo mas no fundo sabia que a pequena ficaria mesmo bem pois não estaria sozinha, ela confiava em Heriberto.

Horas depois...

Antonieta recebeu uma ligação de Victoria e foi ao hospital para busca-la e ficaria no apartamento com ela até que a amiga se sentisse completamente bem e que a filha estivesse ali com ela novamente.

As duas chegaram em frente ao prédio e o porteiro se ofereceu para ajudar a levar os pertences de Victoria para dentro e logo as duas estavam sozinhas conversando enquanto Antonieta preparava um chá de cidreira para as duas tomarem.

— Toma minha amiga, vai te fazer bem! - Victoria estava na cama sentada com as pernas esticadas e Antonieta se aproximou dela com a xícara nas mãos sentando-se ao seu lado.

— Obrigada Antonieta, eu não sei o que seria de mim agora se não tivesse você ao meu lado em todas as horas... - sorriu fraco.

— Imagina Victoria, eu sei que você faria o mesmo por mim. Agora me diz como se sente com tudo isso? eu sei que não está sendo fácil e... - Victoria a interrompeu.

— A mãe do Heriberto está viva!

— O que disse?

— Isso mesmo Antonieta. Quando finalmente eu achei que teríamos paz e justo quando estou tentando conversar e me acertar com Heriberto, isso acontece! Bernarda está viva e esteve na noite passada no meu quarto de hospital. Eu estava jantando e ela entrou, quase enfartei achando que estava vendo coisas, mas ela me mostrou o contrário quando me fez derramar aquela sopa quente encima de mim.

Antonieta estava atônita mais uma vez com o que andava acontecendo na vida da amiga, era impossível não se assustar e não ter medo por ela.

— Victoria... ela não estava morta? Como isso pode ser possível?

— Estava, bom, pelo menos foi o que eu achava que estava, mas pelo que percebo até mesmo Heriberto aquela cobra foi capaz de enganar!

— Ele não sabe que a mãe está viva?

— Não. E o pior é que foi ela quem pegou a minha filha na escola, ela raptou e fez mal a própria neta! Eu não sei como é capaz de fazer uma coisa dessas com uma criança, amiga! - seus olhos já estavam cheios de lagrimas outra vez e isso ela não podia evitar.

— Calma Victoria, você não disse que agora Amy está bem? E Heriberto está lá para cuidar dela... o que mais aquela megera te disse?

— Ela disse que vai fazer de tudo para que a minha vida volte a ser um inferno... - Victoria tomou o chá e começou a contar tudo o que aconteceu no hospital para Antonieta. Pelo menos assim acreditava ela, que se alguma coisa acontecesse a ela, alguém de confiança estaria a par de tudo e poderia ser testemunha, dessa forma ninguém melhor que a sua amiga para confiar esse segredo.

Enquanto isso no hospital, Heriberto e Estevan que de tempos em tempos passavam no quarto de Amy para checar com ela estava, saiam do quarto da menina e foram em direção a lanchonete do Hospital para comerem alguma coisa, já se passavam das quatro da tarde e os dois mal tiveram tempo de parar para comer, mas tinham os passos vigiados por alguém que os olhava de longe por algum tempo.

— Finalmente vou poder ver como está a minha pirralhinha! - ele pensou alto, indo para o almoxarifado de funcionários e saindo de lá minutos depois vestido com uma roupa de médico.

Juan Pablo estava ali e disfarçado para que não o reconhecessem, entrou no quarto em que a pequena Amy estava, ficando ali ao lado dela fazendo mil planos maquiavélicos e dizendo coisas sem muito sentido até que alguém entra e o surpreende ali.

Heriberto colocou a mão sobre os ombros do "médico" e se assustou com quem viu, era ele, o mesmo que esteve com Victoria em frente ao prédio em que ela mora, o mesmo que o trouxe da praça quando ele estava bêbado e também o mesmo homem que sequestrou Amy na escola e depois a deixou no hospital com sinais aparentes de tortura!

— Você! - Juan Pablo nem teve tempo de dizer nada e logo foi acertado com um soco bem no meio da cara e quando conseguiu revidar, os dois já estavam travando uma luta corporal no chão do quarto.

— Que isso, ficou louco doutorzinho? - Juan estava apanhando embaixo dele.

— Seu desgraçado! O que você fez com a minha filha? - Heriberto estava vermelho de ódio e queria matar aquele monstro.

— Eu ainda não fiz nada, mas vou fazer assim que colocar as minhas mãos nela! - Heriberto se levantou e empurrou Juan com toda a sua força quando ouviu aquelas palavras, aquele homem não seria capaz de tocar em um fio de cabelo de Amy ou de Victoria com ele por perto delas, não seria louco!

— O que está dizendo, seu maldito?! - bateu mais nele que conseguiu se soltar e foi pego pelo doutor Estevan que entrou ali e mesmo sem entender nada, quando olhou para Juan o reconheceu na hora.

Heriberto foi para cima de Juan de novo e eles continuaram a discutir enquanto Estevan aproveitou rapidamente para ligar para a policia, mas quando Juan se deu conta disso, se soltou de Heriberto e empurrou o outro médico abrindo rápido a porta, porém antes de fugir disse:

— Você vai se arrepender por isso - Juan mostrou a marca de sangue no rosto devido aos socos que levou de Heriberto - eu vou pegar a sua filhinha da mesma forma que peguei a vagabunda da mãe dela! Aquela piranha, como chama mesmo? Victoria! - gritou e Heriberto foi para cima dele, mas Estevan não deixou. - A sua mulherzinha não reclamou de dar pra mim como uma vadia enquanto você estava fora, ela gemeu no meu ouvido a noite toda!

— Cala a boca! Eu não acredito em você, Victoria não faria isso comigo! - Heriberto vociferou horrorizado com aquilo que ouviu de Juan. Não seria possível acreditar em uma só palavra que aquele homem dizia porque Heriberto sabia que não era verdade, conhecia Victoria muito bem e se caso tivesse feito mesmo isso, ela mesma o teria dito porque toda a vida fora uma mulher muito sincera.

O doutor Estevan que assistia a toda aquela discussão resolveu por de uma vez um fim naquilo antes que a situação em que os dois se encontravam naquele quarto de hospital se tornasse ainda pior, tanto para eles quanto para a pequena que estava ali e só não acordou porque estava sob efeitos de remédios que a faziam dormir. Ele avançou para cima de Juan Pablo que na mesma hora saiu porta a fora correndo pelos corredores do prédio entre as pessoas que aguardavam por serem atendidas.

O médico voltou ao quarto e olhou por alguns segundos para Heriberto que começou a andar de um lado a outro em completo nervoso e confusão. Aquelas palavras "ela gemeu no meu ouvido a noite toda!" ecoavam em sua mente causando uma avalanche de sentimentos e emoções. Heriberto sentiu ódio, uma raiva que nunca antes havia sentido e quis sair dali para acabar com a raça daquele canalha mas Estevan não permitiu, lembrando-o que estavam em um hospital, o seu ambiente de trabalho e mais ainda, que ele estava diante da sua filha.

Pareceu se esquecer por alguns instantes daquilo tamanha a desordem que estava fervendo em sua cabeça, Heriberto então foi para perto da cama e olhou Amy ali, passou com carinho os dedos no rostinho dela e pediu-lhe desculpas por tudo aquilo que ela presenciou.

— Me perdoe minha filha, o seu pai é um fraco! - ele respirou fundo e Estevan parou ao seu lado.

— Não diga essas coisas a sua filha, Heriberto. Ela precisa de você como exemplo de força e de determinação para ela... Mas e agora o que você vai fazer?

— Sinceramente não sei meu amigo, mas preciso falar com Victoria. Eu tenho certeza que ela não me trairia nem com esse aí e nem com ninguém, ainda mais depois de tudo o que vivemos antes da minha viagem. - pensou mais um pouco, se despediu de Amy com um beijo na testa e olhou o amigo.

— Pode ir, eu seguro as pontas aqui hoje e qualquer coisa ligo em seu celular, não se preocupe. - Estevan o tocou no ombro.

— Obrigado.

Heriberto foi depressa até a sua sala e disse a secretaria que não estaria de volta mais naquele dia, pedindo que remarcasse os seus atendimentos para outro dia. Ele pegou suas coisas e as chaves do carro e sem avisar mesmo foi até a casa de Victoria, mais tarde passaria por lá de qualquer forma, mas para adiantar as coisas e também a sua ansiedade, ele decidiu ir de uma vez para - mesmo sabendo a verdade - tirar toda aquela historia a limpo.

Algum tempo depois ele foi anunciado pelo porteiro que já estava em frente ao prédio e Victoria permitiu que entrasse. Antonieta estava arrumando algumas roupas de Amy para deixar no hospital de acordo com o que Victoria havia pedido, quando Heriberto chegou e ela saiu de perto para deixar os dois sozinhos. Ele bateu a porta e Victoria foi abrir, mas antes respirou fundo e quando o viu colocou em seu rosto um lindo sorriso.

— Heriberto, meu amor! - ela o puxou para dentro recebendo-o com um abraço gostoso de amor e saudades.

Heriberto apenas fechou a porta atrás de si e correspondeu ao beijo que ela deu nele, encostando seus lábios com amor e carinho em um beijo calmo que se tornava intenso e quente, um beijo de paixão, de toda a confiança do mundo.

— Oi. - ele disse quando pararam de se beijar - como você está, se sente melhor?

— Sim, obrigada! Vem senta aqui - levou ele até o sofá - quer uma água, um suco... chá? - sentou-se ao lado apoiando sua mão na perna esquerda dele.

— Não, obrigado. Eu só vim mesmo saber como você está e ... eu também estou um pouco cansado, então me liberaram por hoje.

— Que bom você mal dormiu desde que chegou e precisa mesmo descansar! - Victoria olhou bem nos olhos dele e notou algo diferente ali - mas está tudo bem, você quer me dizer alguma coisa, como está Amy?

— Ela está bem e ainda essa semana terá alta e poderá vir para casa. - ele ficou sério, mais calado que o normal de quando estava com ela.

— Graças a Deus Heri! A nossa menina estará de volta e vai poder morar com a gente! - Victoria sorriu de alegria, o seu coração ganhava esperança de novo e ela estava agora feliz, abraçou e beijou Heriberto novamente na boca e ele correspondeu mas ela sabia que algo o estava incomodando então resolveu perguntar - Heriberto...

Ele a puxou para que ela se sentasse em seu colo e depois de mais alguns beijinhos esperou que ela falasse.

— Hum? - quis saber.

— O que está acontecendo? Parece que desde que chegou tem alguma coisa aí para me falar mas até agora não disse nada...

— Me desculpe tudo bem. Na verdade eu quero te fazer uma pergunta e quero que seja muito sincera comigo.

— Sim amor, o que é? - Victoria fez carinho "bagunçando" os cabelos dele.

— Se você me ama mesmo, me diz... seria capaz de me trocar por outro caso eu não te desse prazer?

— O que você quer dizer com isso, Heriberto? - ela saiu do colo dele e ficou de pé aguardando uma resposta.

— Calma Victoria, eu te conheço muito bem e eu te amo, mas estou inseguro...

— Inseguro por quê? eu achei que já tivesse me perdoado e que você tinha certeza do meu amor, do nosso amor... por acaso está duvidando que esse bebê aqui - ela passa a mão sobre o ventre - seja seu?

Heriberto não diz nada, apenas fica olhando para ela...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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