As palavras que não refletem seu coração escrita por Kogoe Mimiuchi


Capítulo 2
Capítulo 2 - Ninguém quer abrir o jogo


Notas iniciais do capítulo

Nene, Matsuri e Harumin dão de cara com Himeko e acabam sabendo de uma péssima notícia. Shiraho-senpai encontra Yuzu no mercado e desconfia que algo ruim está acontecendo com as irmãs Aihara, mesmo que a gyaru negue. Mei combina de se encontrar com o noivo e definir todos os detalhes do enlace. Duas pessoas entram na história e terão papeis importantes nos próximos capítulos.



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Algumas quadras distantes da escola, Nene, Matsuri e Harumin estão se dirigindo ao arcade, prestes a gastar o dinheiro obtido pela garota de cabelo rosa em um de seus trabalhos obscuros.

— Vamos, meninas, aproveitem que hoje a rodada é por minha conta. Consegui um boa grana com um dos meus trabalhinhos. Incrível como os velhotes de hoje gastam rios de dinheiro com algo que consigo achar tranquilamente na internet. Bom pra mim!

— Poxa, Matsuri, você nunca me contou que tipo de trabalho é esse que você faz! Parece que eu sou sempre a última a saber das coisas no nosso círculo de amizades! — reclama Nene.

— Nene, não queira saber o que esse demônio de cabelo rosa faz no tempo livre! De mente suja, já basta uma! — Harumin pega na cabeça de Nene e tenta fazer com que a garota volte a atenção para a direção do arcade.

— Harumin-senpai, como pode ser tão cruel comigo? Justo eu, que sempre crio as melhores oportunidades para passarmos o tempo juntas! Você anda mais rabugenta que o usual, e isso pode fazer mal para o seu lindo rostinho, sabia? Aposto que se Yuzu-chan estivesse aqui, você seria um pouco mais gentil comigo. — Matsuri sorri de modo malicioso, piscando para a garota mais velha.

— Já estou sendo paciente demais com você, garota, mesmo você não merecendo! — resmunga Harumin. — E falando na Yuzucchi, eu a convidei hoje, mas ela estava abatida, decidiu ir direto pra casa e focar nos livros. Aaahhh... Assim como vocês, eu sinto muita falta dela, mas não sei o que fazer, nós temos conversado pouco, mesmo durante os intervalos. Eu suspeito o motivo por trás da tristeza dela, mas quero que ela diga pessoalmente pra mim, não quero saber pela boca dos outros!

— Meu ship HaruYuzu não pode afundar! Sinto falta da Yuzu-senpai interagindo com a Harumin-senpai! — Nene lamenta.

— Senpai, tenho a mesma suspeita, ou melhor, uma quase certeza sobre o porquê da Yuzu-chan estar tão distante da gente ultimamente. Eu já estou disposta a cair no soco quando me encontrar cara a cara com o tal do motivo, é só vocês me apoiarem! Se duvidar, vou amanhã mesmo até a sala da desgraçada da Me... EI! OLHA PRA ONDE ANDA, SUA DESASTRADA! — Matsuri berra assim que alguém esbarra com ela, quase a empurrando para o chão.

 

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Alguns metros atrás do trio de amigas problemáticas, a vice-presidente Himeko caminha com uma feição triste no rosto, absorta em seus próprios pensamentos. Mei está no centro de suas preocupações, como de praxe; ao pensar que a amiga aceitou um anel da delinquente loira enquanto o presidente do Grupo Aihara arranjava, por trás dos panos, um novo pretendente para a neta, a herdeira dos Momokino acabour por visualizar um futuro ingrato para a ojou-sama.

Com olhos marejados e a boca fazendo um bico de choro, Himeko está alheia ao seu redor. De repente, um esbarrão com alguém à frente faz a vice-presidente acordar para a vida.

— Ah! Mil perdões! Eu estava distraída, foi sem que... MIZUSAWA? E com a Taniguchi e a Nomura! Vocês estão desobedecendo às regras da escola e podem ser expulsas, suas irresponsáveis! É terminantemente proibido entrar em algum estabelecimento utilizando o uniforme da escola!

— Ora, vejam só! É a Sobrancelhas-chan dando o ar da graça por aqui! Não sabia que a herdeira dos Momokino era chegada em joguinhos no meio da ralé! — Matsuri provoca Himeko.

— Não caia na provocação da Matsuri, vice-pres! Aliás, o que você está fazendo aqui? Achei que o conselho estudantil sairia mais tarde hoje. — Harumin fala a Himeko.

— Na condição de vice-presidente, cabe a mim zelar pelo nome da Academia Aihara e cuidar para que a imagem da nossa instituição não seja manchada por algumas delinquentes, e isso inclui verificar nas proximidades se as alunas estão em algum local inadequado, como este aqui! Esperem só, que assim que eu virar a kaichou na próxima semana vocês sofrerão nas minhas mãos! — Himeko ergue o queixo se achando vitoriosa.

— Ah, você está nos ameaçando, é isso? Vamos ver quem está manchando de fato a honra da Academia Aihara. Nene! — Matsuri desafia a vice-presidente e chama Nene para ajudar.

— Sim, Matsuri!

— Pegue seu celular e tire fotos da Sobrancelhas-chan! Faça o máximo possível para que a vice-presidente seja fotografada com os jogos do arcade ao fundo! Vamos, Harumin-senpai, você também pode nos ajudar a derrubar essa ditadura! Eu consigo invadir o computador da escola e mandar as fotos para todos! — Exclama a garota de cabelo rosa. — A gente espalha que a Sobrancelhas-chan estava no arcade depois do expediente!

Para azar de Matsuri, Harumin não quer saber de confusão para o lado dela, pois a tristeza de Yuzu é o que mais a aflige no momento. Ela então notou que Himeko vai virar a próxima kaichou da escola, o que significa que algo muito ruim está para acontecer.

— Ei, parem vocês todas! Vice-pres, você vai assumir a presidência do conselho estudantil, eu ouvi certo? O que vai acontecer com a Mei-san, ela desistiu do cargo? Conte pra gente o que você sabe! — Harumin pergunta, meio desesperada, colocando as duas mãos nos ombros da vice-presidente Momokino.

— Eu não deveria comentar isso com vocês, mas... é verdade, serei promovida a nova kaichou. Infelizmente, Mei-mei decidiu seguir o caminho desenhado pelo avô e deverá deixar a Academia Aihara nesta semana. Sexta-feira será o último dia dela como estudante. Depois disso, ela deverá pensar apenas nos preparativos para o casamento, que está cada vez mais próximo de se concretizar. — Diz Himeko, desviando o olhar de Harumin.

Matsuri começa a sentir muita raiva e se exalta com a informação da vice-presidente.

— O QUÊ?! Quer dizer que Mei-san preferiu tirar Yuzu-chan da vida dela, depois de todo o sacrifício que a minha onee-chan fez? Desde aquela viagem para a casa de campo do gerente Udagawa eu já não queria mais olhar para a cara daquela traidora, mas agora já é demais!

— A kaichou, com aquele ar todo sisudo, não teve coragem de dizer não para o avô dela? Por que aceitar se casar com uma pessoa que ela nem conhece, que ela nem escolheu, deixando a felicidade e o futuro dela em segundo plano? — Indigna-se Harumin.

— Taniguchi, assim como Mei-mei, eu também estou prometida em casamento a uma pessoa que eu não pude escolher como marido. Sendo herdeira dos Momokino, é meu papel prosseguir com os costumes dos meus pais. No meu caso, porém, é diferente, pois conheço o meu noivo desde que éramos crianças, e nos damos super bem. Com os Aihara, é tudo mais complicado...

— Droga! E o que será da Yuzucchi? A kaichou e ela possuem uma relação muito forte, esse afastamento das duas acabou afetando negativamente a todas nós! Sinto que ela não vai receber bem essa notícia! — Com as duas mãos no rosto, Harumin começa a chorar pelo futuro da loira. — Eu não aguento mais ver a Yuzucchi triste e não poder fazer nada a respeito! Eu sei que tem tudo a ver com a kaichou, mas como vou poder ajudar se nenhuma das duas abre o jogo?

Reagindo à emoção demonstrada por Harumin, Himeko desaba no choro e começa a soluçar, chamando a atenção de todos ao redor do arcade. Nene abraça as duas veteranas na tentativa de consolá-las. Matsuri, por sua vez, sente o sangue ferver e decide pensar em algo para ajudar Yuzu a impedir Mei de seguir adiante com o casamento.

 

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A alguns quilômetros dali, Yuzu vai ao mercado comprar os ingredientes para o jantar. A porção de cada ingrediente diminuiu e é suficiente para alimentar ela e sua mãe, e, de vez em quando, ainda sobra para o bentô no dia seguinte. Entre freezers e seções de produtos, a loira acaba por encontrar Shiraho-senpai, sua amiga que havia se formado no ano anterior.

— Yuzupon, há quanto tempo!

— Shirapon-senpai! Que raridade encontrar você no mercado!

— Ah, além de ingredientes para o jantar, alguma força estranha me impeliu a vir para cá, e por coincidência, acabei vendo você fazendo compras. E pelo visto, alguma coisa deve ter acontecido para que nos encontrássemos aqui. Seria algo relacionado a Mei-san?

Assustada com a descoberta de Shiraho-senpai, Yuzu tenta tranquilizá-la, mas pelo jeito não consegue.

— Ah, hahaha, não é nada, senpai! Mei está bastante ocupada com assuntos de família, por isso faz tempo que não nos falamos. Não tem nada de errado, pelo menos não que eu saiba. Eu não quero ser um estorvo na vida dela, então é melhor ficarmos um tempo longe uma da outra até tudo se acalmar.

— Yuzupon, você está emitindo um sentimento que não condiz com seu ajeito alegre e extrovertido de ser, dá para ver no seu olhar. Mesmo que não estejamos frequentando mais a mesma escola, sabe que pode contar comigo quando precisar.

— Ah, obrigada, Shirapon-senpai! Eu sei que posso contar com sua amizade! Não se preocupe comigo, uma leonina como eu sempre dá um jeito de superar qualquer obstáculo!

— Minha família conhece o avô de Mei-san, inclusive frequentamos os mesmos eventos sociais. Se eu encontrá-la, vou perguntar o que há com ela e se posso ajudar.

Shiraho-senpai sabe que algo de errado está acontecendo entre as duas irmãs Aihara. A força que unia Mei e Yuzu sofreu algum tipo de interferência, como se uma pessoa de fora estivesse prestes a cortar o fio que liga o destino das duas. Talvez seja o caso de ligar para Himeko e perguntar sobre o casamento arranjado, sobre o qual elas conversaram na época em que foram passar um final de semana na casa de campo do gerente Udagawa.

Cerca de meia hora depois, com as compras já feitas, Shiraho-senpai oferece uma carona de carro a Yuzu. Já em casa, a gyaru deixa as compras sobre a bancada da cozinha, e vai até o quarto para trocar de roupa antes de preparar o jantar. A receita vai ser o curry apimentado preferido da Mei.

 

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No Canadá, uma jovem prepara suas malas, já que está prestes a voltar para casa depois de cinco anos. Megumi Sakamoto é uma garota japonesa de 22 anos, dona de cabelos pretos cujo comprimento passavam dos ombros, pele alva e olhos castanhos. Ela havia acabado de concluir a faculdade de Jornalismo em Toronto, onde estudava como bolsista estrangeira. Suas excelentes notas no ensino médio numa escola pública japonesa e sua facilidade em aprender um novo idioma abriram o caminho para a educação no exterior. Apesar da tentação de poder construir uma carreira na América do Norte logo após a formatura, Megumi decidiu viajar ao Japão por conta da saudade de casa, dos pais, da culinária, entre outros fatores.

— Joyce, não vejo a hora de surpreender meus pais, chegando de surpresa em plena sexta-feira! Sinto que chegou a hora de voltar ao meu país, rever todo mundo, minha família e meus amigos. Só que ainda estou em dúvida entre ficar por lá de vez, ou voltar ao Canadá e tentar uma carreira por aqui, sabe...

— Relaxa, essa dúvida é normal para uma pessoa como você. Saiba que qualquer que seja sua decisão, estarei aqui para te ajudar. Se decidir voltar para Toronto, me liga, você passa um tempo na minha casa até encontrar um canto para você!

— Nem preciso dizer que já aceito, não é mesmo? Mas vamos curtir um pouco o pouco tempo que resta antes de nos despedirmos, porque na sexta à noite já estarei bem longe daqui.

Pelas ruas da cidade, as duas jovens caminham e revisitam os points que frequentavam quando eram apenas estudantes. Recém-formadas, elas não possuem planos prontos para o futuro. O pensamento agora é seguir a maré, deixar a vida moldar o caminho. Como dizem, just go with the flow.

 

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Mei está enfurnada em seu quarto na mansão do avô, pensando na noite de sexta-feira, quando irá se encontrar com o Udagawa-san para discutir detalhes sobre o casamento: lista de convidados, organização, local da festa, bufê. Pelos poucos encontros que tiveram, a herdeira dos Aihara pôde perceber a natureza calma e gentil do noivo, muito diferente do golpista Amemiya sensei. Após ter visto a falta de caráter do ex-noivo, Yasuo Aihara fez uso do seu bom relacionamento com as famílias mais ricas de Tóquio para encontrar o homem perfeito para sua única neta.

Satoshi Udagawa era o segundo filho da família Udagawa, proprietária de uma rede de restaurantes de Tóquio. Com 30 anos de idade, já era dono de seu próprio estabelecimento, uma pequena cafeteria numa cidade vizinha. Contrariando os desejos de seus pais, Udagawa-san não era a favor de ter um casamento arranjado; ele queria ter a liberdade de tocar seu próprio negócio, de se casar quando encontrasse a pessoa amada, de não estar atrelado aos negócios da família. Ele já havia escapado uma vez de um casamento arranjado, porém isso não significava que ele estava livre - seus pais continuavam pressionando o filho a arranjar um esposa oriunda de uma família tradicional, na esperança de que Satoshi ajudasse o irmão mais velho a tocar os negócios.

Nos dias em que se manteve afastada de Yuzu, Mei não queria que ninguém tocasse no nome da irmã. Embora quisesse, e muito, saber como a gyaru estava, ela não ousava perguntar e nem procurar a mãe, Ume, e as amigas do colégio para saber a respeito. O pouco que Mei sabia da Yuzu pós-separação era através de olhares de longe, geralmente da janela da sala do conselho ou dos corredores. A kaichou via a loira geralmente descendo ao térreo para passar um tempo sozinha ou trocar algumas palavrinhas com o trio Harumin, Nene e Matsuri.

Ver Yuzu de longe e não poder sentir o entusiasmo e o calor da gyaru estava causando um sofrimento intenso para Mei, mas ela tinha que aguentar, para o bem do avô e do Grupo Aihara. Então, numa medida drástica, para cortar de vez a relação com sua irmã mais velha e tentar seguir em frente, Mei achou melhor adiantar o casamento com Udagawa-san. Nem ela e nem o noivo estavam animados para o compromisso, mas as famílias de ambos não aguentavam mais esperar pelo enlace.

Me perdoe, Yuzu... eu não queria que isso acontecesse, mas não tive a coragem necessária para contrariar meu avô, não depois de tudo o que ele fez por mim enquanto meu pai esteve fora por todos esses anos. Talvez você não queira mais ver minha cara depois disso tudo, e eu vou entender, tenho que entender. Fui estúpida e injusta em aceitar manter uma relacionamento com você, escondendo o fato de que já estava prometida para outra pessoa. Acho que é melhor não nos vermos mais, esquecer que somos da mesma família. Você é livre para escolher seu próprio caminho, enquanto eu... Vou pedir a Udagawa-san apressar o nosso casamento... quem sabe assim, cada uma de nós segue em frente sem necessidade de prolongar o sofrimento, disse Mei para si mesma. Ela havia comunicado o avô das suas intenções, e agora era o momento de falar com o noivo.

Udagawa recebeu o telefonema de Mei com surpresa, já que ele pensou que teria pelo menos um ano de preparativos pela frente, na esperança de que talvez alguma das famílias mudasse de ideia e cancelasse o casamento. Vendo que não poderia escapar por conta própria desta vez, ele concordou em receber a herdeira dos Aihara na mansão da família na noite de sexta. Repentinamente, teve de fechar a cafeteria, mas pretendia voltar ao próprio negócio futuramente, dependendo da situação.

— Eu entendo sua preocupação. Vou esperar por você e seu avô na hora e na data marcada, aproveitando que meus pais estarão aqui. Pessoalmente, não vejo motivo para apressarmos as coisas, mas se você decidiu que é o momento certo, então tenho de concordar. Nos vemos, então! Até mais!

Udagawa desligou e respirou fundo, soltando depois um longo suspiro. Não era o que ele queria, mas herdeiros de famílias ricas e tradicionais não costumavam ter a palavra final em uniões arranjadas.

 

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Takashi Amemiya foi expulso da Academia Aihara na frente de todas as alunas e funcionários da instituição, tendo sido desmascarado por Yuzu Aihara, irmã de sua ex-noiva. Para não lidar com escândalos na mídia, Yasuo Aihara decidiu abafar o caso, não sem antes avisar a toda a sua rede de contatos sobre o golpista. Desde que perdera o emprego como professor, Amemiya não havia conseguido emprego fixo em nenhum local, tendo sobrevivido a base de trabalhos escusos e morado com a namorada, outra pessoa de caráter duvidoso, que dava golpes em homens ricos com quem se encontrava.

Amemiya jurou que um dia se vingaria dos Aihara por ter sido escorraçado em público e, por consequência, não ter conseguido arrancar nenhum um tostão da família. Parece que seu dia de sorte havia chegado: num de seus encontros com um ricaço, a namorada do golpista obteve a informação de que Mei iria se encontrar com os Udagawa antes do final de semana, para acertar os detalhes do casamento. Uma ligação aqui e outra lá, Amemiya decidiu que iria até o local e esperaria até que a reunião acabasse para surpreender os Aihara. Arranjaria um carro com um de seus contatos e assim daria o troco contra o presidente e a neta.

— Escuta aqui, Amemiya, meu carro não está em boas condições pra rodar por aí. E não estou dizendo isso para não emprestar para você, não é isso. Já tem um tempo que meu companheiro de viagem anda apresentando uns ruídos estranhos, o pedal está mais duro, o carro balança na hora de frear. Até dá para andar com ele, desde que não ande numa velocidade alta...

— Não se preocupe com seu amigo de quatro rodas aqui, vou precisar dele apenas por algumas horas na sexta à noite. Vou trazer ele do jeito que você me entregou, quem sabe até melhor, dependendo da situação. É apenas para resolver um problema, nada de mais, relaxa.

— Conhecendo você, não confio muito na sua palavra. Mas como tenho uma dívida contigo, vou emprestá-lo apenas por uma noite. Se eu reparar que algo estiver errado com o meu carro, você vai estar morto. Escuta bem o que eu estou dizendo!

— Eu vou cumprir minha promessa, pode deixar com o Amemiya aqui. 

Com o carro emprestado, o golpista agora pensa no que pode fazer contra os Aihara, qualquer estrago considerável está bom. O importante é sair vitorioso.

Eu poderia matar aquele velho Aihara desgraçado, o que causaria o caos nos negócios da família dele. Poderia matar a Mei, aquela riquinha exemplar, acabar com os planos de sucessão do velho. Ou poderia causar um estrago no corpo dela, a ponto de ninguém querer se casar com uma ojou-sama desfigurada... No melhor dos casos, poderia matar os dois de uma vez, acabando com o Grupo Aihara! Preciso acabar com todos eles, nem que para isso eu tenha que sair morto!, Amemiya aparenta enlouquecer com as ideias.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo está maior que o anterior, já que ele estava com a maior parte pronta antes de eu decidir acrescentar mais detalhes. Espero que não esteja cansativo para vocês! Se acharem que devo dar uma diminuída na extensão dos capítulos, por favor, deixem um comentário de feedback!

Agradeço a tod@s pela leitura desta fanfic!



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