The Dead´s Generation (LIVRO I) escrita por Yuri Costa


Capítulo 1
Passado Condenado




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Book Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=QQafTDh9JsA&feature=emb_title

Abertura: https://www.youtube.com/watch?v=RaXjZM9KkwQ&feature=emb_title

A humanidade já sofreu com muitas epidemias durante toda a sua história, porém, essa que atualmente está devastando tudo por onde passa pode ser o grande fim da espécie humana, isso porque a epidemia em questão compromete o indivíduo totalmente, o transformando em outra coisa, entretanto seu corpo se degrada cada vez mais, como se estivesse morto. Além disso, a tal doença é viral, se manifestando muito rapidamente, além de tornar as pessoas muito agressivas. Depois de um certo tempo do início do surto, grandes cidades permaneceram no silêncio com um aspecto de solidão de dá calafrios, como a cidade de Charlotte no estado da Carolina do Norte, Estados Unidos, que se destaca por ser uma das maiores do país norte-americano. No entanto, quanto mais próximo de um centro urbano maiores são as chances de adquirir o vírus. Nesta mesma cidade havia um homem adormecido no chão que estava próximo à um lugar cercado por cercas. Ele tinha pele branca, cabelo médio castanho liso, olhos castanhos, usava uma jaqueta verde, possuía uma barba pequena, nariz um pouco afilado e apresentava arranhões no corpo.

O homem havia desmaiado e acabara de acordar.

— Ha... mas o que...

Ele se levantava lentamente com dificuldade e gemendo de dor um pouco.

— Ha... merda... o que diabos aconteceu aqui?

Ao se levantar, ele caminhou para uma das cercas que estava destruída mas com dificuldades.

— Oh meu Deus! O que houve... aqui?

Olhava para todos os lados sem saber para onde ir. Ao entrar no lugar cercado, ele percebe que o mesmo se parecia com uma base. O lugar possuía uma torre com caixa d'água, uma espécie de depósito no canto, duas casas mais na frente e alguns contêineres mas nenhum sinal de alguém. Ao andar mais um pouco, ele percebe que parte do chão estava sujo de sangue.

— Caramba. O que houve aqui?!

Sua respiração e batimento cardíaco aceleraram. Ele olhava para várias direções tentando encontrar alguém ou por uma razão da presença de sangue no local e da destruição. Realmente é de se entrar em pânico com tal situação, não havia nenhuma pessoa naquele local, ele estava ferido e o chão coberto de sangue. Todos esses fatores influenciavam no desespero desse homem.

— Tem alguém aqui?! - gritou o mais alto que podia.

   

O tempo estava ensolarado e se aproximava de meio dia. Ele continuava a andar, entretanto indo em direção às casas.

— Droga... Olá! Alguém em casa? - grita novamente enquanto caminhava um pouco atordoado.

Após caminhar mais um pouco, é encontrado um avião de médio porte caído entre as árvores tendo derrubado parte da cerca. O avião aparentava ter caído faz um tempo e não apresentava chamas.

— Mas o que houve?

Se aproximando de uma das casas, ele nota que a porta estava aberta, então decide entrar batendo na porta.

— Olá. Alguém em casa?

Ao entrar um barulho de água caindo é escutado.

— Olá! Desculpe por invadir assim a casa... - disse enquanto se direcionava ao local do barulho mas ainda gemendo de dor.

Ao se aproximar mais, ele percebe que o barulho vinha de um banheiro e a porta estava parcialmente fechada.

— ...mas eu só quero entender o que aconteceu aqui.

Ele bate na porta e a abre lentamente.

— Olha, eu só...

Não havia ninguém no banheiro e partes dele estavam sujas de sangue também.

— Mas que merda aconteceu aqui?

O homem fecha o chuveiro e se retira do banheiro. Em seguida se senta no chão de um corredor da casa ainda sentindo um pouco de dor.

— Argh... O que foi que aconteceu comigo? O que aconteceu com tudo? Haa... não consigo entender... o que aconteceu. Que lugar é esse?

Ao ficar alguns minutos sentado e quase adormecendo, o homem decide revistar todos os compartimentos da casa. Feito isso, percebeu-se que realmente não havia encontrado ninguém. Apesar disso, ele decidiu revistar a outra casa que no final das contas não havia encontrado ninguém também. Nessa casa havia uma garrafa de água no chão e alguns suprimentos jogados no mesmo. Ele pega desesperadamente a garrafa e a bebe completamente, além de comer uns cereais que havia por lá. Em um dos compartimentos da casa, havia uma mensagem na parede escrito com sangue: "Cansei de lutar, vou me juntar a eles agora."

— Lutar? Lutar contra o quê? Estamos em uma guerra? ...Oh Deus...

Nesse instante, o medo tomou de conta dele. Estava realmente confuso quanto a tudo.
Havia uma pistola (glock 17) em cima de uma estante, então decidiu pegá-la para si.

— Ainda não sei o que tá acontecendo, então tenho que me prevenir. Espero que não seja obrigado a usar.

Ao observar o lado de fora das cercas através das janelas da casa, que possuía dois andares, ele percebeu que havia uma estrada razoavelmente destruída com buracos, tinha algumas árvores em ambos os lados dela e havia um jeep militar. Então o homem reuniu alguns suprimentos em uma bolsa e saiu da casa. Ao sair notou-se que uma fumaça estava vindo de trás do lugar.

— Eu vou cair fora daqui.

Ele passa por algumas cercas destruídas se cortando levemente.

— Ha...droga...argh...só pra piorar.

Devido a isso, ele rasga parte da camisa e amarra no local do ferimento.

— Ah...tomara que não infeccione.

Feito isso, o pobre homem continuava a sair daquele local com dificuldades devido às cercas destruídas e buracos na estrada. Ao finalmente conseguir, ele se aproxima do jeep militar.

— Ainda estou tentando entender o que tá acontecendo aqui. Por ora estou apenas pegando emprestado essas coisas. - pensou consigo ao abrir a porta do veículo e notar que havia a chave do mesmo.

Ele entra no carro jogando a bolsa com suprimentos no outro banco da frente e liga o veículo.

— É... vou atrás de respostas agora mesmo.

Finalmente foi possível sair daquele lugar dirigindo o jeep militar que acabara de encontrar. Passando por algumas estradas, ele não encontrava ninguém mas via um cenário de solidão e destruição que era predominante onde passava. Haviam grandes buracos nas estradas, rastros de sangue, carros abandonados e lojas e casas com janelas quebradas.

— Caramba. Cadê todo mundo? Não é possível. Tem que haver alguém aqui.

Ao entrar em outra estrada ele para o carro e resolve sair. Andando mais um pouco ele observa tudo ao seu redor.

— Olá! Tem alguém aí?! - gritou.

Olhava para várias direções e nada avistava, a não ser o ambiente apocalíptico.

— Por favor... alguém...

Ao olhar na direção em que estava dirigindo, avistou alguém se aproximando de longe.

— Finalmente. Aqui! - gritou novamente demonstrando estar feliz por não está sozinho.

Já era meio dia e os raios de sol dificultavam a sua visão que ao mesmo tempo se aproximava um pouco da suposta pessoa.

— Eu queria saber o que aconteceu aqui.

Colocou a mão acima dos olhos para enxergar a pessoa. Ela se aproximava cada vez mais. Ele já podia a ver parcialmente.

— Então... sabe o que aconteceu aqui? Porque eu estou muito apavorado e confuso.

O indivíduo se aproxima mais um pouco de forma desordenada.

— Você está bem?

Ele corre em direção ao indivíduo e se assusta.

— Nossa! Você tá péssima. Mas o que...

A pessoa estava um pouco pálida, andando estranhamente e fazendo um barulho estranho.

— Ah meu Deus. O que é isso?!

O homem começa a andar para trás duvidando do que seria aquilo.

— Por acaso isso é uma pegadinha ou algo assim?

O indivíduo se aproximava mais.

— Não estou gostando nada disso. Por favor, eu só quero uma ajuda.

O indivíduo em questão, que era uma mulher de vestido, tropeça e cai no chão repentinamente.

— ...

A estranha se levanta e continua a andar mas com um dos pés quebrados e rastejando.

— O que é isso? - disse assustado.

A mulher não falava nada mas emitia sons assustadores como uma fera.

Ele corre para dentro do carro e acelera dando a volta.

— O...o que aconteceu com aquela mulher? Não é um trote...ou será que...não. Ai o que tá acontecendo aqui droga?!

Virando em outra rua, acaba se surpreendendo. Naquele local haviam várias pessoas se comportando da mesma forma, algumas estavam sujas de sangue e outras estavam em um estado físico crítico.

— Oh não...

Os indivíduos perceberam a presença dele no lugar e começaram a andar em sua direção.

—Ai não...ai não. 

Ele dá a volta novamente e pisa fundo no acelerador para fugir daqueles indivíduos estranhos retornando para o lugar onde havia avistado a mulher. Desesperadamente ele não consegue desviá-la e acaba a jogando para cima com a colisão do carro. Sangue é derramado no para-brisa e o homem se desespera mais ainda.

— Ai meu Deus! E agora?! E agora?! Para onde eu vou?!

Passando por outras ruas em um bairro, percebeu-se que estavam interditadas.

— Não não não! Só faltava essa!

Ele para o carro e uma dessas criaturas se aproxima da porta direita do jipe, então ele sai rapidamente do veículo e foge. Para onde ia, haviam pessoas agindo do mesmo jeito e com aspectos diferentes. Ao andar para um lugar com menos presença de ameaça, viu-se duas dessas criaturas devorando um corpo de uma pessoa morta. Estavam retirando órgãos do corpo que estava exposto e os comendo como animais selvagens, haviam moscas no lugar também e um forte odor de decomposição. Ao testemunhar tal cena, ele vomita no chão e corre rapidamente para uma lanchonete. Ao chegar em frente ele abre a porta correndo desesperadamente e a fecha em seguida. Logo depois, algumas das criaturas tentavam entrar no lugar através das janelas, com isso o homem recuou indo em direção à cozinha.

— Isso só pode ser um pesad...

Uma das criaturas aparece atrás dele e rapidamente ele corre para o banheiro da lanchonete. Entretanto viu-se uma possibilidade da porta ser aberta já que não tinha a chave para trancá-la, então ele resolve pegar uma das cadeiras do local e usar para impedir que a porta fosse aberta. Ao fazer isso, o homem pega sua pistola e revista o banheiro abrindo cuidadosamente cada porta das divisórias sanitárias. Para cada porta que abria, sua mão com a pistola tremia e seu coração acelerava. Ao chegar em outra, ele percebia que o chão estava sujo de sangue.

— Não há ninguém aqui. Não há ninguém aqui! - repetia para si demonstrando medo.

Ele abre a porta lentamente pronto para atirar caso houvesse uma ameaça. Sua mão estava trêmula. Continuando a abrir, podia ser sentido um odor. Então o homem começa a ficar nervoso e fecha os olhos.

— Não há ninguém aqui!

Entretanto, decide abrir os olhos e toma coragem para abrir completamente aquela porta. Ao abri-la, encontra-se um braço no chão e rapidamente ele fecha a porta.

— Droga...

Ao vê aquilo, ele vomita na pia do banheiro.

Ao se recuperar um pouco, ele abre a torneira mas se decepciona por não haver uma gota d'água.

A criatura da lanchonete bate na porta. Era como batesse a si mesmo contra a porta. O homem pega sua arma e se aproxima da porta, em que havia uma cadeira impedindo de ser aberta. A criatura continuava a tentar abrir a porta de forma estranha, pois ao que parece não havia raciocínio lógico na mesma. Ao perceber que a porta não poderia ser aberta, ele fica mais relaxado e senta-se no chão do banheiro se encostando na parede.

— Eu só quero esquecer... isso por um momento.

Ainda estava muito assustado e confuso, tentando se controlar aos poucos. A criatura não parava de insistir em abrir a porta. Depois de muito tempo esperando, ele percebeu que o barulho havia acabado. Já estava anoitecendo quando começou a sentir fome.

— Ah não. Deixei tudo no carro. - disse socando a mão no chão.

Ele esperou alguns minutos e resolveu tirar a cadeira cuidadosamente e abrir a porta lentamente observando se havia uma dessas coisas bizarras na lanchonete.

— Aqui vou eu.

Saindo do banheiro notou-se que a porta de entrada da lanchonete estava aberta, em seguida ele a fecha e arrasta uma mesa para impedir que fosse aberta.

— Certo. Tenho que revistar tudo.

Ele vasculha todas as partes da lanchonete e não encontra ninguém e nenhum suprimento. Observando o lado de fora através das janelas, percebe que havia ainda muitos desses seres misteriosos.

— Essa não... Não vou poder ficar aqui pra sempre. Tenho que achar outro lugar que haja alguma coisa e que eu possa ficar por enquanto. Eu...eu preciso fazer isso. É agora ou nunca.

Ele finalmente toma a iniciativa e sai pela porta de trás. Então o assustado homem corre para longe dessa área que havia maior concentração dessas criaturas, pega a arma e tenta entrar em um restaurante, todavia acaba sendo bloqueado por dois desses seres.

— Droga! Me deixem em paz! - grita.

Ele decide atirar mas erra acertando na janela do restaurante. O barulho atraiu a atenção dos outros que estavam próximos daquele local. O homem dispara novamente em direção ao peito do primeiro e em seguida em direção à barriga do outro. Mesmo tendo feito isso, nada adiantou e eles continuaram a se aproximar dele como se nada tivesse acontecido. Outro se aproxima pelas suas costas e ele se vira atirando no braço com dois tiros. No entanto, o homem acaba caindo no chão e disparando próximo ao pescoço do estranho ser. Infelizmente ao tentar atirar outra vez, a munição acaba.

— Me deixe em paz!

Ele se arrasta rapidamente para trás e joga sua arma na cabeça do tal indivíduo, fazendo este cair no chão. O desesperado homem se levanta imediatamente e foge o mais rápido que podia. 

— Socorro! Socorro! - gritava o mais alto que podia.

Uma criatura pela metade é avistada em uma calçada. Ele corre desesperado por várias ruas enquanto atraía cada vez mais as aberrações que encontrara. Ao ficar um pouco longe deles, ele entra em uma casa e fecha a porta, entretanto mais um aparece em sua frente, era um menino com parte do rosto arrancado.

Então abre a porta e continua a correr.

— Por favor! Alguém! - grita chorando de medo por tudo aquilo que estava acontecendo.

Repentinamente uma voz vindo de um homem foi possível escutar.

— Ei! Por aqui! - disse um indivíduo, que corria em direção à uma casa.

— Espere por favor! - disse o assustado homem correndo o máximo que podia.

— Vamos! Vamos! Entre rápido!

Felizmente ele consegue entrar na casa e em seguida o homem também. A porta é fechada por uma mulher.

— Obrigado! Obrig...

— Calado aí seu miserável! - grita um idoso que apontava uma espingarda em sua direção. - Revista ele!

O homem que o ajudou então o revista e nada encontra.

— Nada. - afirmou.

— Seu idiota! O que tem na cabeça?! Correndo e gritando por aí como um maluco, atraindo todos os zumbis.

— Zumbis... - disse o confuso sobrevivente que tivera sorte apesar de tudo e que estava confuso sobre a realidade.

O que será que aguarda para esses sobreviventes? O que está acontecendo é de enlouquecer qualquer um. Um possível fim está prestes a acontecer e deletar toda a nossa história do universo?

"Um dia a humanidade irá pagar por toda sua maldade, por todos seus crimes e crueldades."

Railton José da Silva Santos

 

 


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