Naquela Festa. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 64
A Despedida de Solteira 2 Parte.




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Na boate boca do diabo:

 Betty se levanta e vai atrás do garçom, ela passa por algumas pessoas que estavam dançando, mas como sempre foi atrapalhada, quando se aproximava do garçom Betty tropica em um rapaz que dançava na pista.

—EIIII CUIDADO! Grita o rapaz.

Betty arruma os óculos que caíram do rosto.

—Desculpe senhor!

O rapaz bate a mão na camiseta pra se limpar, quando seus olhos pousam-nos de Betty.

—Não foi nada, você está bem? Ele fala segurando Betty pelo braço.

—Sim, obrigada por me ajudar, agora com licença eu preciso falar com o garçom!

—Aquele ali? O rapaz fala apontando para o garçom que se afastava. 

—Sim!

—EI GARÇOM! O rapaz grita.

O garçom olha, e o rapaz faz um sinal para que ele venha até eles.

—Sim senhor?

—Está linda jovem que lhe pedir...

—Sim, eu vou querer um suco de amora! E pode levar para a minha mesa?

—Sim senhora!

Betty agradece ao garçom e ao rapaz que lhe ajudou, depois volta para a mesa.

—Ei Brow. Quem era aquela gatinha que você estava conversando?

—Não sei, ela tropeçou em mim.

—E o grande Antônio Mercês vai deixar aqueles numerozinhos de felicidade passar assim em branco?

—Qualé, Ricardo... eu deixar aquela belezinha passar, só se eu jogasse no seu time!

—Pois vou lhe dizer uma coisa, se eu encontrasse mais mulheres como aquela hoje eu não seria gay! Mas você quem sabe.

—Espere meu amigo, até o fim da noite essa teteia vai estar na minha cama.

Nas ruas de Bogotá:

Armando e Nicolás chegam ao Lé Cheff. Um restaurante novo que Nicolás escolheu.

—Boa noite, o que vão querer? Fala o garçom se aproximando.

Nicolás pede metade do cardápio, já Armando um whisky puro e duplo.

—Ei cabeção, não vai comer nada?

—Não, eu estou se fome!

— O que é isso, amanhã é o seu casamento, e você não vai comer nada... olha que a Betty é péssima cozinheira, então é melhor aproveitar!

Armando dá uma risada e fala: _ A Betty cozinha muito bem Nicolás. Eu adoro a comida dela, mas pra falar a verdade, eu não quero comer, por que eu estou com medo!

—Medo? Do que?

—De amanhã! E se ela desistir, e se ela descobrir hoje que não me ama... não sei viver sem ela Nicolás, não sei mesmo!

—Olha cabeção, a Betty não vai fazer isso, ela te ama muito... e eu acho mais fácil você desistir desse casamento.

—Não, jamais! Eu a amo demais!

—Hum... isso é o que vamos ver!

Armando pega o celular e disca o número de sua amada.

—Está ligando pra quem cabeção?

—Pra Betty!

—Ora, mais por quê?

—Preciso dizer pra ela o quanto eu a amo! 

O celular toca várias vezes, mas Betty não atende.

—Ela não atende!

—Talvez não tenha ouvido.

—Betty sempre atendeu as minhas ligações. Eu vou ligar de novo. Armando encostou o telefone no ouvido, quando duas mãos tampam sua visão.

—Advinha quem é!

Armando passou a mão, pelas mãos que tampavam seus olhos e responde: _ Karina Larson!

—Hum... como adivinhou meu amor? Karina fala dando um beijo no rosto de Armando, que quase acerta sua boca, mas ele desvia. 

A moça puxa uma cadeira e se senta ao lado de Armando, nem ligando para Nicolás que estava sentado perto dos dois.

— O que está fazendo aqui meu amor?

—Jantando!

—Não é verdade, eu vim comer, você cabeção só veio tomar um whisky.

—E quem é esse aí Armando, onde está o Mario?

—O Mario eu não faço ideia por onde anda! E esse rapaz é meu cunhado, Nicolás Mora.

—Nossa, eu não sabia que a Marcela, tinha outro irmão além do Daniel, e tão feio né!

—Ele não é irmão da Marcela, é meio irmão dá minha noiva Betty!

—Betty? Então você não é mais noivo da Marcela? O que aconteceu, ela cansou das suas traições foi isso?  E essa Betty, até parece o nome daquela sua secretária feia.

—NÃO FALE DA MINHA BETTY!

—OI? Armando você está noivo daquela, mocinha que mais parece ser filha do conde drácula.

Armando puxa Karina pelos cabelos e fala:_ olha aqui sua oxigenada, ou você sai daqui agora, ou eu expulso você daqui a pontapés, você escolhe!

—Armando me solta...

—SOME DAQUI! Armando empurra Karina pra longe de sua mesa.

—O celular de Armando toca. _ ALÔ!

—Mi amor, desculpa eu não ouvi o telefone tocar. Risadas de Betty.

—Mi amor.... desculpa o grito, onde você está? por que tanto barulho?

—Eu estou em uma boate...

—Entendi, mi amor, você não está bebendo, lembre-se o bebê!

—Não mi doutor, eu estou bebendo suco de amora.

—Hum... que bom, que bom, mi amor, e onde vocês estão?

—Em uma boate, chamada “boca do diabo”.

—Hum, e você quer que eu vá te buscar?

—Não precisa, as meninas do quartel vão me levar em casa, só liguei pra dizer que estamos bem, e que estamos com saudades.

—Eu também mi amor, tô morrendo de saudades de vocês dois! Quando chegar em casa me ligue.

—Sim mi amor, beijos te amo... tchau!

—Também te amo, cuidado com o grãozinho, beijos... tchau!

Armando desliga o telefone, e olha para Nicolás que está com cara de assustado.

—O que foi baboso?

—Eu entendi direito? A Betty foi boca do diabo?

—Sim, as meninas do quartel a levaram pra lá! Por quê?

—Nada, nada... só porque é um dos bares que o Roman e sua turma costumam ir.

—Como... com você sabe?

—Eu fui uma vez com eles, bom não foi assim ir com eles como convidado, eles me levaram pra que eu pagasse tudo que eles consumiram.

—Entendi, e você pagou?

—Sim, sim... eu pagava ou apanhava!

—Entendo, Nicolás...

—O que?

—Você se lembra onde fica esse bar?

—Sim por quê?

—Porque vamos pra lá!

Na boate boca do diabo.

As meninas do quartel estão bêbadas e dançando na pista, Sandra dançava com um homem bem alto, que a convidou pra dançar. Não era bonito, mas pelo menos era alto.

Mariana estava dançando com um rapaz lindo moreno que tinha lhe convidado pra dançar.

Sófia, dançava com Bertha e o Gordinho, o marido de Bertha deixou as crianças com a vizinha e foi encontra a esposa com as amigas.

Do quartel, as únicas que estavam sentadas era Betty e Inezita, que por causa da idade ficou sentada.

Betty se divertia e ria com as palhaçadas de Aura Maria e Freddy, os dois dançavam juntos, mas quando Freddy olhava para as outras moças que estavam na pista, não escapava e tomar alguns tapas e beliscões de sua namorada. 

O garçom trouxe mais um suco de amora para Betty.

—COM LICENÇA, EU NÃO PEDI ISSO! Betty grita, mas o garçom não ouve e vai atender outras mesas.

—Filha, eu já volto! Vou ao banheiro.

—Quer que eu te acompanhe Inezita?

—Não, fique aqui na mesa pra que ninguém a roube de nós sim.

Inezita sai, e de repente uma pessoa puxa uma das cadeiras e se senta ao lado de Betty.

—Oi!

Betty olha e vê que é o rapaz que ela tropeçou a algum tempo atrás.

Betty balança a cabeça como um cumprimento.

—Prazer, meu nome é Antônio Mercês, e o seu?

—Prazer Beatriz Pinzón Solano!

—Hum... Você faz parte da família Solano, que veio da Espanha no século XVII?

—Não, minha família está localizada no interior....

—Entendo, por que como os negócios da minha família são moveis rústicos, achei que seu pai era um velho cliente nosso! Mas deixa isso pra lá, e me diga o que faz uma moça tão linda aqui sozinha nessa boate tomando suco de amora?

—Despedida de solteira!

—Hum, e quem é a coitada que vai se casar?

—Eu!

—Não... você é tão linda e jovem pra entrar num compromisso como esse.

—Eu me caso amanhã...

—E quem é o felizardo?

—O nome dele é Armando Mendonza! Conhece?

—Claro que sim, o maior mulherengo de Bogotá, como não saberia que é ele.

— Não fale assim dele...

—Olha gatinha, eu não sei o que você viu nele, e nem por que você vai se casar com ele, mas já que é a sua despedida de solteira, o que acha de tornarmos isso interessante?

—Como assim, o que quer dizer com isso?

— Que já que você vai amarrar a sua vida com o Mendonza amanhã, tem que aproveitar o hoje. Antônio cochicha no ouvido de Betty,

—Vamos sair daqui...

—Pra onde?

—Pra um lugar que você vai gostar, e muito.  

—Olha moço, eu estou aqui pra me divertir com as minhas amigas...

—Ei gatinha, calma vamos só nos divertir!

Aura Maria vê Betty conversando com um rapaz, ela e Freddy resolvem se aproximar.

—Oi Betty... Fala Aura Maria.

—Como vai cavaleiro? Freddy fala se aproximando ao lado de Betty e Antônio.

—Quem é você? Antônio pergunta olhando para Freddy com a cara feia.

—Descupe-me mais perdoe-me. Meu nome é Freddy Suart Contreras, sou responsável pela comunicação da maior empresa de modas do país, a Ecomoda. E vejo que o senhor está incomodando a minha presidente.

—Olha aqui rapaz, é melhor sair daqui antes que eu me irrite com você! Antônio se levanta ameaçando Freddy.

—Eu insisto, que o senhor está...

—Freddy! Pode deixar. Betty fala colocando a mão na frente de Freddy, pois ela temia que o rapaz agredisse seu amigo.

—Você ouviu a moça! Saia daqui. Antônio fala fechando a mão. 

—Vamos meu grilinho! Aura Maria fala puxando Freddy. 

Na entrada da boca do diabo:

Armando e Nicolás descem do carro.

—Nossa, está igualzinho o que eu me lembrava. Nicolás fala olhando para os lados.

—Vamos entrar logo, quero achar a minha Betty e sair daqui.

Armando e Nicolás entram e seguem para a pista de dança. Depois de alguns passos, Armando e Nicolás encontram com as meninas do quartel, que estão sem Betty.

—Meninas, agora o que vamos fazer? Fala Aura Maria com certo desespero.

— Eu sabia que uma coisa dessa podia acontecer, afinal olha o lugar que você nos trouxe Aura Maria. Fala Inezita cruzando os braços.

—Meninas coitada da Betty, esse cara não vai sair do pé dela! Fala Sandra.

—Mas essa Betty, é uma sortuda mesmo! Pra onde vai chama atenção de todos, primeiro do doutor Armando, e agora desse moço. Fala Sófia. 

—De quem você está falando Sófia? Armando fala se aproximando do quartel.

—SEU ARMANDO? O QUE FAZ AQUI? Falam as meninas assustadas.

—Bom como eu me caso amanhã, hoje é minha despedida de solteiro. Então resolvi dar uma volta por aí, e tive a felicidade de encontrar vocês...

—Ahhh que bom doutor....  falam as meninas do quartel.

—Onde está a Betty?

—A Betty? falam tentando desconversar.

—Sim, a Betty, onde ela está?

—A Betty....

—ONDE ELA ESTÁ? Armando grita, assustando a todos.

As meninas do quartel, abrem caminho, e Armando vê Antônio sentado ao lado de Betty, ele tenta segurar a mão de Betty que puxa a mão se mostrando incomodada com aquilo.

Armando passa pelo quartel furioso sem dizer nenhuma palavra.

—Então gatinha, vamos sair daqui eu quero te levar a um lugar que com toda a certeza você vai adorar.

—Olha senhor, por favor pode me deixar, eu quero ir embora, quero encontrar minhas amigas e ir pra minha casa.

—Ir pra casa? Não à noite está só começando...

—BOA NOITE! Armando fala irritado chamando a atenção dos dois que estavam sentados.

—Mi amor... Betty ao reconhecer Armando se levanta e se joga em seus braços.

—Ora, ora, ora... quem diria Armando Mendonza, o que faz aqui? Antônio fala ao se levantar.

—Vim buscar a minha noiva...

—O que é isso Mendonza, não me diga que você é o noivo dessa linda pequena.

—Sim, sou eu, por quê?

—Porque eu não entendo, como nós dois podemos nos apaixonar duas vezes pelas mesmas mulheres.

—Olha aqui, Antônio eu não tenho culpa que a Marcela e eu nos apaixonamos...

—Sim, você me tirou a Marcela, e agora eu vou te tirar a Beatriz, muito justo não acha?

Betty sente as mãos de Armando lhe apertando cada vez mais.

— Se você tocar em um único fio de cabelo dela...

—Assim? Antônio passa a mão os cabelos de Betty, nesse momento Armando tenta avançar em Antônio, mas Betty o segura.

—Mi amor não...

—Deixe Beatriz, vamos ver do que ele é capaz, VENHA!

As meninas do quartel, Nicolás e Freddy seguram Armando.

Alguns seguranças vendo aquilo se aproximam e as meninas contam o que está acontecendo. Antônio é expulso da boate.

Armando continua visivelmente nervoso, ele anda de um lado para o outro.

—Betty, desculpe, não queríamos que a sua despedida de solteira terminasse assim! Fala Aura Maria.

—Tudo bem meninas, vocês não tinham como saber que isso iria acontecer, agora eu vou levar o Armando pra casa e amanhã nos encontramos na igreja, certo?

—SIM BETTY. As meninas falam sorrindo.

—Nicolás, fique com meu carro, leve as meninas em casa, eu vou embora com o Armando.

—Claro que sim Betty, e amanhã, não se esqueça. Vou estar te esperando do lado esquerdo do altar. Risada de Ganso.

—Claro que sim meu amigo. Betty dá um abraço apertado em seu amigo, e depois vai encontrar Armando.  

Betty puxa Armando pela mão e fala. _Mi amor, pode me levar pra casa?

—Claro que sim mi doutora. Armando puxa Betty para um beijo. E depois os dois seguem para o carro.

No carro:

—Armando?

—Sim mi amor?

—Eu estava pensando, no que aquele rapaz falou...

—Sim, eu imaginei isso, ele sente ódio de mim, porque ele era apaixonado pela Marcela, quando éramos jovens, mas ela escolheu a mim.

—Entendi, e se por acaso eu tivesse aceitado o convite dele? O que você faria?

— Eu iria te implorar, suplicar, fazer de tudo pra que você se lembrasse de tudo que vivemos.

— Ow que lindo. Betty dá um beijo no rosto de Armando.

Em pouco minutos Armando para o carro na frente da casa de Betty.

Os dois descem e seguem para a porta da frente.

—Queria que você dormisse comigo! Armando fala fazendo cara e menino carente.

—A partir de amanhã vamos dormir todas as noites juntos doutor Mendonza. Beijo.

A porta abre e Hermes sai de dentro de casa.

— Ora até que enfim mocinha, você chegou em casa! Você veio dormir em casa não é mesmo!

Armando sorri e fala. _ Eu só vim deixar ela em casa.

—Sei... sei. Hermes resmunga indo para dentro.

Armando e Betty se beijam mais uma vez na porta.

—BETTY!

—Já vou papai! Betty sorri, ela dá mais um selinho em Armando. _Tenho que ir!

—Tá bom mi amor! Beijos.

—Te vejo amanhã doutor Mendonza?

— Claro que sim, doutora Pinzón! Eu vou estar no altar ansioso pela sua chegada.

—Eu vou ser a de branco! Sorrisos bobos.

Mais um beijo e Armando vai para seu carro, enquanto Betty fecha a porta.

Continua....


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