Naquela Festa. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 44
lembranças de Cartagena.




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Na cabana:

—Bom doutor, quando eu saí da empresa, eu já tinha combinado com a dona Catalina que eu iria trabalhar com ela em um evento em Nova York. Mas não sei bem o que aconteceu, cancelaram esse evento e fomos para Cartagena. 

—O que me surpreende nisso é o seu Hermes deixar você ir para Cartagena. Armando fala dando um beijo no rosto de Betty

—Acredite, não foi nada fácil, mas no fim ele me deixou ir.

— Quando chegamos em Cartagena eu estava com medo, confusa, pois sabia que ali não era o meu lugar, tinha medo de não conseguir desenvolver bem o meu trabalho...

—Medo, ou saudades Beatriz?

—Pra falar a verdade os dois, mi doutor!

—Todos os dias eu queria voltar, a dona Catalina, as modelos (misses) e até mesmo o Michel, tentavam que eu me sentisse em casa, que eu ficasse à vontade entre eles. Mas eu não me sentia bem. Eu precisava que a dona Catalina soubesse o que tinha acontecido...

—Quando você diz o que tinha acontecido, quer dizer entre nós dois?

—Sim!

—Em contei tudo pra ela um dia em um veleiro.

Armando respira fundo. Betty continua a contar a história.

— Uma manhã eu estava sentada em frente ao mar, olhando as ondas que batiam nos meus pés, quando Taís Araújo uma atriz brasileira veio trotando em minha direção. Eu achei aquilo tão bonito doutor, ela parecia tão natural...

—Mi amor, quem você disse que veio na sua direção?

—A Taís Araújo, ela fazia a novela Chica da Silva.

—A sim!

—Ela é muito linda doutor, tem uma pele morena, cabelos lindos e é muito simpática. Ela é o seu tipo doutor!

—Mi amor meu tipo é você e ninguém mais! Armando abraça mais ainda Betty e lhe dá outro beijo doce na boca.

—Doutor, não quer que eu continue?

—Sim mi vida! Mas eu quero que você me conte tudo, sobre as festas que vocês foram, aos passeios pela praia com um conjunto de ritmistas a noite, a parte histórica, os passeios de carro conversível! 

—Espere doutor, de onde tirou tudo isso?

—Como de onde, suas amigas do quartel que me contaram!

Betty começou a rir muito!

—Qual é a graça mi amor?

—A graça é que elas mentiram, isso nunca aconteceu... quer dizer algumas coisas, como o conjunto de ritmistas e duas festas que fomos, ou melhor que trabalhei como uma louca, e quando o Michel me dava carona de um evento a outro, já que o carro dele é conversível. Mas foi só.

—E a foto que vocês tiraram juntos, abraçados na pracinha!

— Como sabe dá foto?

—Eu, eu, eu.... a vou falar a verdade, eu peguei a foto dentro da sua bolsa, no dia que eu peguei o seu diário! Armando faz cara de carente.

—Aí doutor! Betty ri sem parar.

—Betty, não ria... Armando faz biquinho.

—Ow mi amor, por que esse biquinho?

—A é que você fica aí rindo, você sabe que... sabe que... Armando se vira para o lado

—Que você tem ciúmes? Betty fala colocando a mão no ombro de Armando.

—Sim! ele se virá e beija seus lábios. Beatriz eu te amo, amo mais que a minha vida, não me imagino um único dia sem você nele. Preciso de você, do seu corpo da sua pele dos seus lábios, preciso de você pra continuar a respirar... por isso fico louco, louco quando vejo alguém se aproximar de você, fico louco com a ideia de te perder!

Betty olha para Armando, ela se levanta da cama e segue em direção a porta.

— Armando, acha mesmo que eu trocaria o seu amor por uma aventura qualquer?

—Não mi vida, acho que você estava machucada, machucada quando conheceu o francês, e que pensou em ficar com ele.

—Armando, eu nunca pensei nisso, pra falar a verdade, eu queria ficar sozinha e te esquecer.

—E você conseguiu?

Betty solta um sorrisinho e fala. _ Eu estou aqui, não estou?

Armando se levanta, se aproxima de Betty, pega ela no colo e dá um beijo doce.

—Você me devolveu a vida! Mas você me disse que o francês...

—Sim doutor, ele me beijou, mas não foi um beijo, beijo...

—A não... foi assim! Armando dá-lhe um beijo estilo de cinema.

—Claro que não, foi só um selinho!

—Mas ele tocou esses lábios doces?

—Sim!

—Maldito francês!

—Aí doutor... eu preciso descer! Betty fala balançando as pernas. 

—Pra que? Aqui tá tão bom! Armando fala beijando o pescoço de Betty.

—Eu quero fazer xixi! Me deixe descer!

—-Tá, mas não demora! Armando fala colocando Betty no chão.

Passados alguns minutos Betty volta, Armando estava sentado na lateral da cama.

—Que demora!

— Mentiroso!

—Vem, deita-se aqui, quero te fazer carinho!

Betty se deita e Armado a abraça Betty, os dois ficam de conchinha!

—Hum... que delícia!

—Exagerado!

—Mi amor, promete que não vai ficar brava?

—O que foi doutor?

— O que você sentiu quando o francês te beijou? Seja sincera!

— Me senti estranha...

—Estranha? Como assim?

—Na hora eu saí correndo do carro, e subi para o meu quarto, fechei a porta e comecei a chorar!

—Por quê?

—Me senti... como se estivesse traindo você doutor!

—Ow mi amor, então você estava pensando em mim?

—Sempre!

—Minha linda! Armando sobe seu corpo por cima do de Betty, os beijos ficam quentes.

—Doutor...

—Hum... (Beijos quentes no pescoço).

—Acho que agora é minha vez! O que aconteceu com o senhor quando eu fui pra Cartagena.

—Fiquei louco! Beijos no ombro.

—Doutor, é sério, me conta! 

—Tá, como eu disse eu fiquei louco, eu fiquei bebendo e te procurando em todos os lugares possíveis, teve uma noite que eu desisti de viver... Armando se levanta de cima de Betty e se senta na cama.

—Como assim, desistiu de viver?

—Sim mi amor, eu arrumei briga com uns caras e como eu estava bêbado, eles me bateram pra valer. Não sei como não me mataram.

—Meu Deus mi amor como assim?

—Sim mi vida, não me lembro agora quantos eram, mas eles me bateram pra valer, naquele dia eu só queria morrer, a vida não tinha sentido nenhum sem você, eu queria pagar com o meu sangue todo o mal que eu tinha feito a você!

—Mas Armando isso é loucura! Por que mi amor? por que fez isso!

—Culpa, eu queria expiar meus pecados, sentir sua dor, e pagar com meu sangue!

—Não... não me fale mais nada! Não quero ouvir! Betty se levanta e sai correndo do quarto.

—Betty, mi amor BETTY!

Continua....              


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