Naquela Festa. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 43
Colocando tudo em pratos limpos.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799223/chapter/43

Na cabana:

— Vamos jantar, minha pequena princesa?

Betty ri e responde. _ Vamos, meu pequeno príncipe!

Betty se levanta com ajuda de Armando. Ele puxa a cadeira para que Betty se sente e depois se senta em sua cadeira.

— Nossa doutor, isso está tão perfeito.

— Mi amor, isso aqui não é nada... Sei que em Cartagena você teve dias maravilhosos e noites incríveis.

— Como?

— Deixa pra lá. Vinho?

— Aí doutor, eu não bebo!

— Mi vida, é um jantar especial...

— Tá doutor, pode servir.

Os dois jantam tomam vinho, Armando tem uma ideia.

— Mi amor, vamos dançar?

— Doutor, não se cansa das minhas pisadas nós pés?

— Quais?

— As que eu te dou, todas as vezes que dançamos.

— Isso é um “Não”? Armando fala fazendo cara de coitadinho.

— Vamos sim, mi Doutor!

Armando se levanta, estende a mão pra Betty e os dois seguem para a sala.

Armando liga seu aparelho de som, ele coloca um cd e a música começa.

Armando se aproxima de Betty, coloca as mãos pela cintura de Betty. Betty passa suas mãos pelo pescoço de Armando, e os dois começam a dançar.

— Isso é real? Ou só mais um de meus sonhos?

— Claro que não, isso é realidade, nossa realidade! Armando segura o queixo de Betty e lhe dá um beijo.

— Nunca pensei que fosse romântico doutor Mendonza.

— Só sou romântico com quem eu amo! Mais um beijo.

O casal dança algumas músicas, até cansar.

— Mi amor que tal o filme agora?

— Sim Doutor. Betty

Betty se senta no sofá, Armando liga a tv e escolhe um filme pra passar no vídeo k7.

Ele olha e só encontra filmes de terror.

— Perfeito. (Sexta-feira 13).

Coloca o filme e depois se senta ao lado de Betty, passando o braço pelo ombro da moça.

— Doutor, que filme vamos assistir?

— Sexta feira 13!

— Terror?

— Sim mi vida.

— Aí doutor, podemos assistir outra coisa?

— Por quê? Está com medo?

— Pra falar a verdade sim, eu não gosto desse tipo de filme, da última vez que eu assisti. Foi no cinema com o Nicolás, e eu nem assisti inteiro, nas cenas assustadoras eu fechava os olhos e encostava em seu peito.

—Quer dizer que você se escondeu no peito do dentuço? E ele te abraçou?

— Sim, acho que ele estava com mais medo do que eu! Betty fala rindo muito.

—E qual era o filme? Armando pergunta fechando a cara.

— Madrugada dos mortos.

— E àquele dentuço se aproveitou de você, pra te abraçar.

— Doutor (Risadas.) Vai me dizer que tem ciúmes do Nicolás?

— Claro que sim, quem ele pensa que é, pra te abraçar... Ele estava se aproveitando da situação, e você ingênua não percebeu.

— Doutor, claro que não, Nicolas é meu amigo, meu melhor amigo! Betty fala abraçando Armando.

— Não gosto desse tipo Beatriz, não gosto.... Vamos assistir ao filme!

Betty balança a cabeça, depois ela encosta a cabeça no peito de Armado.

O filme começa, Betty se sentia segura, protegida no peito de Armando.

Mas depois de 20 minutos de filme, Betty já não aguenta mais e começa a chorar e pedir para que Armando tire o filme.

— Doutor, por favor tire esse filme eu não quero assistir mais.

— Qual é o problema?

— Eu estou com medo!

— Claro, comigo você sente medo, mas se fosse com o dentuço tinha aguentado o filme inteiro.

Betty se levanta e corre para o quarto. Mas antes de fechar a porta ela fala.

— Não consigo acreditar, que os seus ciúmes é tão grande que pensa mesmo que teve algo entre eu e o Nicolás. Betty bate à porta do quarto.

—CLARO, VOCÊ É INGÊNUA, AGORA AQUELE DENTUÇO É ASTUTOS, SE APROVEITOU DE VOCÊ. TE ABRAÇOU COM AQUELAS MÃOS SUJAS...

Armando desliga a televisão, coloca as mãos na cabeça e fala. _ Burro, burro, burro!

Passa alguns minutos, Armando continua sentado na sala, ele começa a pensar em tudo que aconteceu naquela noite.

— Estava tudo tão perfeito, estava tudo tão gostoso. O como sempre eu e minha boca grande e meus ciúmes maior ainda faço besteira, será que a minha Betty me perdoa?

— Vou até lá, não podemos ficar assim!

Ele segue para a porta do quarto, abre devagar.

Betty estava mexendo em sua mala, ela estava guardando algumas coisas dentro.

—Mi amor? Armando fala entrando no quarto.

— Mi vida, vamos conversar!

Betty olha para Armando e responde. _ conversar sobre o que?

— De como eu sou um idiota, ciumento... Mas que não consegue ficar um dia sem você!

Betty olha para Armado, ela abre um sorrisinho, e responde. _ Quer dizer, que me ama doutor Mendonza?

Armando se aproxima de Betty, ele segura na cintura de Betty a puxa dá um beijo e fala. _ Mais que a minha própria vida.

Betty abraça Armando com força. _ Eu fiquei com medo.

— Medo? Do filme mi amor?

— Também.

— Como assim, também? Teve medo de mim?

— Sim!

— Betty, medo de mim? Mi amor eu não entendo, por que com medo de mim? Armando fala olhando assustado pra Betty.

— Doutor, hoje quando começou a falar daquele jeito do Nicolas, me fez lembrar do dia da briga, quando vocês brigaram, vi nos seus olhos o mesmo brilho de quando bateu nele, e o filme... Aí doutor não sei eu fiquei muito assustada.

— Mi vida, eu sei que eu não deveria ter batido no seu amigo, mas quando vejo ele, quando vejo qualquer homem perto de você, não sei perco o controle, não quero ninguém se aproximando da minha Betty.

— Mas nós nunca tivemos nada doutor.

Armando respira fundo e fala. _ Pra mim não pareceu mi vida, cada vez que você me evitava, ou saia com ele... Isso me deixava louco.

Betty se solta dos braços de Armando, ela tira a blusa os sapatos e puxa a coberta e se deita na cama.

Armando arranca os sapatos a blusa encosta a porta do quarto apaga a luz e se deita ao lado de Betty.

— Doutor, eu sei que o que fizemos foi errado...

— Betty, mi vida, eu fiquei louco. Eu pensei que vocês estavam juntos, que você tinha me trocado por ele, Betty você saia com ele todas as noites, me deixava sozinho, não queria fazer amor comigo e nem me beijar! Naquele dia, eu perdi o controle. Primeiro se negou a me beijar no escritório depois, quando eu cheguei na casa da Inezita ele estava lá esperando por você.

— Doutor, pergunta... Pra onde o senhor queria me levar naquela noite, por que me beijou no escritório.

— No escritório eu só queira sentir o sabor do seu beijo, eu estava tão louco que queria te amar ali mesmo!

— Armando...

— É verdade, você ia sair com aquele dentuço, ia me deixe sozinho mais uma vez!

— Então não era por causa do balanço?

— O balanço era só uma desculpa pra enganar o Mario e a mim mesmo! Betty quando eu te beijei, mesmo que a força senti o seu sabor mais uma vez na minha boca, senti como se tocasse o céu. Você se soltou dos meus braços. Pensei que tinha falado que alguém tinha entrado na sala, era só pra que eu te solta-se.

—Eu não menti, a pessoa que abriu a porta foi...

— A Catalina!

— Como sabe doutor?

— Ela me contou, no dia em que eu te pedi em casamento.

—Nossa, ela contou?

— Sim mi vida. Quando você foi embora eu fiquei bebendo e bebendo, conversei sozinho na sua sala, eu me abrir falei que eu não sabia o que sentia por você, mas que eu não merecia o que estava fazendo comigo, e que eu não merecia àquilo.

— Enquanto eu estava contando para o Nicolás, o que tinha acontecido, sobre o relatório e o beijo.

— O dentuço sabe de tudo que aconteceu conosco?

— Sim doutor. Eu contei tudo pra ele. Como o senhor fazia com o seu Mário.

— Mi amor, tem muita coisa que eu não contei para o Mário.

— Como assim doutor?

— Por exemplo, não contei o que senti quando fizemos amor pela primeira vez, como senti toda a sua sensualidade, seu sabor de como me senti no céu, quando te toquei. Mi amor, depois que fizemos amor pela primeira vez, aconteceu algo comigo, eu só consigo fazer amor com você.

— Sim doutor, eu sei...

— E respondendo a sua segunda pergunta, eu queria te levar para o meu apartamento, te pegar de jeito e te fazer minha! Armando fala passando a mão pelo rosto de Betty.

Betty dá um selinho em Armando.

— Que delícia...

Betty coloca a mão na frente de Armado e fala. _ Doutor, o que sentiu quando bateu no Nicolas?

Armando respirou fundo, ele passou a mão no rosto.

— Quer que eu seja sincero?

— Sim doutor!

— Eu me senti realizado, eu soquei, soquei, soquei... Aí aquilo foi uma delícia. Eu queria quebrar todos os ossos da cara dele, e depois te pegar no colo te colocar no meu carro e te amar como se não ouve-se amanhã.

Betty nos olhos de Armando. E falou _ doutor o senhor bateu tão forte nele, que eu pensei que ia matá-lo, por isso lhe dei a bofetada.

— Isso foi a única coisa que me fez acordar pra vida! Armando passa a mão no rosto.

Betty deu um beijo na bochecha de Armado.

— Armando puxou Betty pra cima de si.

— Doutor, eu tive medo naquela noite, pensei que ia matá-lo, pensei que tudo aquilo era por causa do balanço maquiado...

— Não mi amor, aquilo foi por ciúmes eu estava morrendo de ciúmes de você com ele, na hora que disse que te amava que morria por você fui o mais sincero possível, quando cheguei no meu apartamento, pensei em tudo quentinha feito... E tive medo!

— Medo de que?

— Medo de você não voltar para a empresa, medo de que você nunca me perdoa se, pensei em ir à sua casa, mas não tive coragem.

Betty se deita em cima do peito de Armando e fala. _ Doutor, como nos enganamos todo esse tempo, se o senhor tivesse me falado do plano... Eu, eu teria perdoado.

— Se você tivesse me falado da carta, eu teria te confessado a verdade, teria dito que sou louco por você, e quem sabe teríamos fugido juntos!

Betty se levanta e fala. _ Fugido?

— Sim mi amor, fugido. Imagina só hoje estaríamos casados.

— E a Ecomoda?

— Betty, só você me interessa. Beijo quente.

Depois de trocarem alguns beijos, Armando olha para Betty e fala.

— Mi amor, eu queria te perguntar uma coisa que está me incomodando.

— O que doutor?

— Por favor não fique brava, mas quero que me conte tudo que aconteceu em Cartagena!

Betty se levanta do peito de Armando e pergunta. Por quê?

— Isso é importante pra mim, eu sei que quase te perdi pro francês.

— Está bem doutor eu vou contar.

Continua....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixe seu comentário



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Naquela Festa." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.