Naquela Festa. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 34
Buque de flores.




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Em montevidéu;

Armando estava com o celular não mão, ele liga para Betty, mas cai na caixa postal.

—Meu Deus, ela não atende. Vou ligar mais uma vez.

Em Bogotá:

Betty termina seu café, estava de saída para a Ecomoda quando lembra que se esqueceu seu celular no quarto.

—Filha você já vai? Dona Julia pergunta.

—Sim mamãe, a que horas vocês vão sair hoje?

—Assim que você chegue, como vamos com o seu carro filhinha...

— Tá mamãe, e o papai onde está? Não o vi hoje!

—A ele se levantou bem cedo, disse que ia levar o carro para outro mecânico.

—Pra que? Vocês vão ficar com o meu!

—Sim filhinha, mas você sabe como ele é com aquela porcaria dele.

—É verdade, mamãe vou no meu quarto, preciso pegar o meu celular...

—Sim filinha... Betty, onde está o Nicolás? Ele não veio tomar café hoje!

—A mamãe ele ia tomar café com uns investidores da empresa. Betty fala enquanto sobe as escadas correndo.

Ao chegar no quarto escuta o celular a tocar, ela corre pra atender, sabia exatamente quem era aquela hora.

—Alô?

—Mi amor até que enfim, eu já te liguei mais de 10 vezes...

—Aí doutor, bom dia, desculpa, mas eu esqueci o meu celular no carregador. Eu estava tomando café. Betty dá uma risadinha.

—Sei, e eu aqui morrendo de saudades, e você tomando café!

—Aí doutor, não exagere...

—Como não exagerar, eu estou aqui, morrendo de saudades de você, do seu cheiro, dos seus beijos, do seu corpo...

—Aí doutor....

—Mi amor, já vai para a empresa?

—Sim, eu só vim pegar o celular, estou saindo... e você mi doutor?

— Eu acordei agora...

—Hum, e isso porque disse que não poderia dormir sem mim ao seu lado.

—Quem disse que foi fácil pegar no sono? Pra conseguir dormir eu tive que tomar algumas doses de whisky.

—Claro, e muito bem acompanhado por sinal.

—Mi amor, não começa... você sabe que não aconteceu nada!

—Sim sei...

—Betty, está com ciúmes?

—NÃO!

—Está sim.... Armando solta uma risada.

—Tá e seu eu estiver, afinal eu estou cuidando do que é meu!

—Sim mi vida, todo seu! Mas eu não esperava que você tivesse ciúmes de mim...

—E por que não?

—Não sei, só não esperava! Mas eu gostei, achei fofo.

Betty ri e fala. _Bom tenho que desligar, preciso ir para o escritório.

— Eu também preciso ir à loja, hoje vamos reinaugurar, e amanhã volto para Bogotá.

—Pena que eu não vou poder te ver.

—Não me fala isso, eu fico ainda mais louco! Mi amor, preciso desligar, vou tomar um banho.

—Hum... vai ficar cheiroso para a Alexandra!

—Betty, não começa. Eu vou porque eu preciso, sem fala que vou tomar esse banho pensando em você!

—Pensando em que? Betty pergunta mordendo o dedo.  

—Não queira saber. E o que minha doutora vai fazer hoje?

—Agora pela manhã não tenho muita coisa pra fazer, mas a tarde tenho uma reunião com o doutor Valência...

—O QUE? Armando fala furioso.

— Calma doutor, temos uma reunião hoje, ele disse que quer falar comigo...

—NÃO ME INTERESSA O QUE ELE QUER COM VOCÊ, PODE CANCELAR ESSA REUNIÃO BEATRIZ.

—Mas doutor...

—MAIS NADA! Mi amor, será que você não entende que esse crápula quer tirar você de mim! Betty eu te amo, tenho medo de você... de você, de você se apaixonar por ele!

—Doutor, por favor. Eu também te amo e jamais te trocaria por ninguém nesse mundo.

—Promete?

—Claro doutor. Mas agora eu preciso desligar, vou para o escritório.

—Tá mi amor, eu te amo muito!

—Eu também te amo mi doutor.

Os dois desligam os celulares e cada um segue para um lugar. Betty para a empresa, e Armando para a loja Doya, tinha que terminar algumas coisas para a inauguração.

Na Ecomoda:

As meninas do quartel estavam fofocando perto do elevador, quando a porta se abre e Daniel sai de dentro.

—Bom dia!

—Bom dia doutor! Todas respondem

—A Beatriz está aí?

— Ela ainda não chegou doutor...

—Não chegou? Ele olha a hora no relógio de grife e fala. _Bom quando ela chegar diga que a espero no ateliê do Hugo.

—Sim doutor! Respondem todas do quartel

— A e Patrícia?

—Essa, doutor demora a chegar!

Patrícia desse do elevador xingando Freddy que estava com ela no elevador.

— Já disse que depois eu pago!

—Mas minha dama de cabelos de ouro, essa já é a 3 vez nessa semana que eu tenho que pagar o seu taxi.

—Aí Freddy, não seja mão de vaca.

Daniel observa Patrícia que saia do elevador, ele vê que as meias e a saia de Patrícia estavam rasgados.

— O Freddy pode não ser mão de vaca, mas você? Patrícia como a secretária da vice-presidência dos pontos de venda, vem com as meias e saia rasgadas? 

Patrícia fica totalmente sem graça. As meninas do quartel começaram a rir sem parar.

—Nossa nem tinha percebido!

—Patrícia. Passe na copa lá elas te dão um uniforme, pelo menos não vai ficar com as roupas rasgadas, essa é uma empresa de moda, não uma instituição de caridade.

—Daniel, não me ofenda!

—Não Patrícia, quem ofende aqui e você, ofende a imagem da empresa, uma empresa de modas que se preze não pode ter seus empregados como mendigos de rua.

A porta do elevador se abre e Betty sai de dentro.

—Bom dia!

—Doutora Pinzón...

—Doutor Valência, como vai? Betty fala esticando a mão para Daniel.

—Não tão bem como a senhora, está radiante essa manhã.

— Obrigada, mas acredito que nossa reunião fosse hoje à tarde, o que faz aqui?

—Vim lhe pedir, para cancelarmos a nossa reunião de hoje à tarde, tenho um compromisso. Por isso vim convidá-la pra jantar.

—Jantar?

—Sim! Meu motorista vem pegá-la hoje as 19:00.

—E onde seria esse jantar?

—No meu apartamento!

Em Montevidéu:

Armando paga o taxi e entra dentro da loja Doya.

—ARMANDO!

—Oi! Armando abre um grande sorriso ao ver que era Alexandra.

—Oi! Beijo na bochecha. Como passou a noite?

—Nem te conto!

—O que aconteceu?

—A Marcela se infiltrou no meu quarto ontem à noite.

—O que?

—Longa história...

—Já tomou café Armando?

—Não.

—Então eu convido você, vamos e você pode me contar o que está acontecendo. Alexandra puxa Armando pelo palito.

Em Bogotá:

—Agradeço o convite, mas não!

—Beatriz, e por que não? Não vamos fazer nada que você não queira.    

—Doutor, o que quiser me falar, podemos conversar na minha sala. Aura Maria sem nenhuma ligação por favor!

—Sim doutora!

— Ah Patrícia! 

—Sim Betty!

—Passe no ateliê do seu Hugo, peça pra Inezita roupas, somos a empresa número um do mercado não fica bem uma secretária com roupas rasgadas.

As meninas do quartel começaram a rir mais uma vez.

Betty e Daniel seguem para a presidência.

Em Montevidéu:

—Meu Deus Armando, ela fez isso com você?

—Pra você ver, essa mulher é louca!

—Não a culpo, uma mulher apaixonada faz qualquer coisa!

—Mas eu amo a minha Betty, só ela é mais ninguém!

— Eu sei Armando... e como ela está?

— Ah minha Betty... nos falamos hoje de manhã, ela estava indo para a Ecomoda!

—E pelo que eu vejo, vocês estão muito apaixonados.

—Sim. Muito, não vejo a hora de nos casarmos.

—Bom, mudando de assunto, o que você acha, como será que vai ser a reinauguração da loja.

—Olha espero que dê tudo certo, não quero ter que voltar pra cá.

—Aí Armando(risos). Vamos voltar logo, assim terminamos mais rápido.

Na Ecomoda:

—Pois não doutor Valência?

—Beatriz, por que me trata tão mau?

—Estou tratando o senhor com educação!

—É? E o Armando? Como você o trata?

—Por que o senhor quer saber?

—Vamos dizer, que quero que me trate igual a ele! Daniel tenta segurar a mão de Betty.

— Por favor doutor! Betty fala puxando a mão.

— Beatriz, até quando você vai, fingir que não quer transar comigo?

—O QUE? Betty fala ao se levantar

—Beatriz, você não é a primeira a me falar “não”, mas sempre acaba na minha cama me pedindo mais, eu não estou pedindo exclusividade, quer ficar com o Armando, por mim tudo bem, sei que quando terminarmos não sei se você vai conseguir me esquecer.

—Doutor Valência, vou pedir para que se retire!

—As 19:00 horas meu motorista vem buscá-la!

—Já disse que não vou a lugar nenhum com o senhor, muito menos no seu apartamento.

O celular de Betty começa a tocar.

—Beatriz, o que eu tenho que fazer pra te ter na minha cama?

Betty pega o celular, ela aperta o botão do telefone sem perceber.

— Já disse que não quero nada com o senhor, faça o favor de se retirar da minha sala.

—QUEM ESTÁ AI COM VOCÊ BETTY? Armando grita ao telefone. 

—Mi amor, eu...

—Armando, como estão as coisas no Uruguai? Me diga quem são as suas novas conquistas? Daniel fala tomando o celular da mão de Betty.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AI?

—Nada de mais, só estou convidando a doutora Pinzón para jantar hoje comigo no meu apartamento.

—O QUE?

— Tome, ele quer falar com você! Nós vemos hoje à noite as 19:00. Daniel fala ao entregar o celular par Betty, depois ele sai da sala.

— BEATRIZ! BEATRIZ!

Betty passa a mão no rosto e fala. _Doutor!

—ME DIGA QUE VOCÊ NÃO VAI... QUE NÃO...

—Doutor, por favor se acalme!

—COMO ME ACALMAR? ESSE IDIOTA ESTÁ DANDO EM CIMA DE VOCÊ, E EU NÃO ESTOU AI PRA QUEBRA A CARA DELE.

Betty se senta em sua cadeira, ela respira fundo e fala.

—Doutor, eu não vou ao apartamento desse idiota, por favor se acalme!

—Não consigo mi amor, só consigo me acalmar em seus braços! Betty eu te amo!

— Eu também doutor!

No fim do dia:

Betty estava concentrada, quando o telefone começou a tocar.

—Alô?

—Filinha, a que horas você vai chegar, já estamos prontos! Fala dona Julia.

—A sim mamãe eu já estou de saída.

—Me dê esse telefone aqui! Seu Hermes fala tomando o telefone de dona Julia.

— Betty, onde você vai ficar? Não pode dormir aqui sozinha!

— Fique tranquilo papai, eu vou dormir na casa da dona Catalina.

— Olha Beatriz... o diabo é porco!

— Tá papai!

Betty desliga o telefone e Aura Maria entra com um lindo buque de flores nas mãos.

—O que é isso Aura Maria?

—Betty, essas flores chegaram pra você!

—Quem mandou?

Aura Maria olha dentro das flores e encontra um cartãozinho rosa. Ela lê e responde. _ Doutor Valência.

—JOGUE ISSO FORA!

—Mas Betty!

—É UMA ORDEM!                     

Aura Maria sai com as flores nas mãos.

Betty bufa e se senta na cadeira, ela pega sua bolsa e começa a guardar suas coisas.

O telefone começa a tocar.

—Alo? Oi, dona, Catalina.

—Betty, boa noite a que horas você vai lá pra casa?

—Eu vou passar na minha casa preciso deixar o carro para os meus pais, e depois pego um taxi e vou para a sua casa dona Catalina.

—Não precisa Betty, eu vou te buscar na sua casa.

—Certo, eu estou saindo daqui e depois nos vemos.

Em montevidéu:

A loja Doya estava pronta, tinha ficado exatamente como Armando tinha planejado. Ele estava no hotel, ele estava se arrumando para a noite de reinauguração. Para a noite ele escolheu um terno preto, sapatos pretos, camisa azul escura e gravata vermelha. Armando estava terminando de pentear os cabelos quando o interfone do quarto tocou.

—Sim?

—Doutor Mendoza a senhora Alexandra Zing está a sua espera! Disse a recepcionista.

— Obrigado, diga a ela que eu desço em 2 minutos.

Armando desliga o interfone, passa sua famosa loção, pega seus óculos, e seguia para a porta quando se lembrou que esqueceu seu celular.

—Preciso ligar para a Betty!

No terceiro toque ela atende.

—Oi mi amor!

—Oi mi doutor!

—Estou indo à inauguração da loja Doya!

—Que bom mi doutor, eu estou saindo da Ecomoda, tenho um convite para jantar....

—O QUE? NÃO ME DIGA QUE ACEITOU O CONVITE DO DANIEL VALÊNCIA? MI AMOR VOCÊ ME PROMETEU!

—Não, mi doutor, eu vou sair com a dona Catalina. Ela me convidou pra jantar.

—Mi amor me perdoe eu, eu...

—Teve ciúmes?

—Sim!

—Não o culpo, eu também tenho de você, mi doutor!

—A mi amor eu te amo tanto!

Continua.....                      


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