Naquela Festa. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 32
Uma surpresa nada agradável.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal sei que estou em dividas com vocês, mas estou tentando postar os capítulos assim que escrevo, por isso esses erros de português. Por favor continuem a acompanhar a nossa história, tem muitas surpresas ainda por vir.



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Armando se vira e dá de cara com Gloria.

—Nossa doutor, vejo como o senhor está animado! Ela fala com um sorriso no rosto.

—O que você quer dizer com isso? E outra como você fica ouvindo a conversa dos outros. Sua mãe nunca te disse que isso é falta de educação?

—Sim ela me disse, mas nunca pensei que tivesse suas vantagens, nossa, doutor isso tudo é seu mesmo?

—Olha aqui garota, se eu estou desse jeito é pela minha noiva. Não me obrigue a fazer um escândalo aqui.

—Escândalo? Não gosto muito disso, mas se o senhor gosta... Gloria fala passando a mão no braço de Armando.

—Olha aqui garota (Armando segura no pescoço da moça) Não me obrigue a contar ao seu chefe o que você está fazendo, não quero nada com você e nem com qualquer outra mulher. Eu sou homem de uma única mulher e ela está me esperando em Bogotá. Armando empurra a moça e sai andando.

Na casa dos Pinzón:

Betty depois de tomar banho se senta na sala, ela liga a tv pra se distrair, quando a campainha toca.

—Deixa que eu atendo mamãe. Betty corre para a porta.

—Oi Nicolás entra!

—Oi Betty, onde você se meteu hoje, não voltou pra empresa.

—Sai a tarde com a dona Catalina...

—Betty, deixa eu ver (Nicolás fala segurando a cabeça de Betty) olha você tirou o aparelho.

—Sim, o que você acha?

—Ficou muito bom, me fala o cabeção já sabe?

—Ainda não, eu preciso da sua ajuda com uma coisa.

—O que Betty?

—Vamos para a sala e eu te explico tudo.

No aeroporto de Montevidéu:

Marcela estava na esteira pegando sua mala, ela pega o celular e liga para um hotel.

—Hotel Aloft boa noite.

—Olá boa noite, gostaria de fazer uma reserva.

—Sim pois não, em nome de quem?

—Marcela Valência.

Na Loja Doya:

Armando andava para a porta da loja quando alguém grita seu nome.

—ARMANDO! AONDE VAI? Paulo o chama sem entender.

Armando segue em direção a Paulo e fala. _ Desculpe Paulo preciso ir embora, não estou me sentindo muito bem. Armando fala fechando a cara para Gloria que estava vindo na direção dos dois.

—Nossa, então pode ir. Vamos continuar aqui organizando tudo. Precisa que eu o acompanhe? Se quiser eu peço pra alguém ir com você...

—Eu posso levá-lo senhor! Gloria logo se oferece.

—NÃO... obrigado, mas eu posso ir embora sozinho, Paulo amanhã nos falamos! Armando segue para rua.

—Nossa o que deu nele? Paulo fala sem entender.

Armando anda alguns passos e logo vê um taxi, ele dá sinal e entra dentro do taxi.

—Boa noite senhor! O motorista de taxi fala quando Armando entra no carro. 

—Oi boa noite, me leve para algum bar da cidade por favor.

—Sim senhor.

Em Bogotá.

—Betty tem certeza de que isso vai dar certo?

—Certeza não... mas mesmo assim preciso da sua ajuda Nicolás, por favor!

—Tá você sabe que sempre pode contar comigo.

A porta se abre e Hermes entra reclamando.

—Não dá pra acreditar como as pessoas são gananciosas...

—O que foi querido? Julia pergunta colocando pratos na mesa.

—O mecânico me cobrou uma nota pra arrumar a bomba d’água. Sem falar que o carro não vai ficar pronto a tempo.

—Oi papai! O que foi? Betty cumprimenta seu pai, ela vinha da sala com Nicolás.

—Aí filha problemas com “Juventude”.

— Hermes porque não vamos com o carro da Betty?

—Pode ser! Hermes responde fazendo seu famoso barulho com a boca.

—Falando nisso papai temos que conversar.

—Sobre o que? Hermes fala enquanto puxa a cadeira pra se sentar.

—Papai eu não vou poder ir com vocês nessa viagem.

Em Montevidéu.

Armando estava sentado em uma cadeira no balcão de um bar, ele estava tomando whisky e assistindo a uma banda cover de Franco de Vita. A banda tocava a música “Louis”. Armando olhava para a banda quando uma mão toca seu ombro.

—Boa noite Armando.

Armando se vira pra olhar e não acredita em quem seus olhos veem.

Em Bogotá:

—Mas como assim filha você não pode ir...

—Papai, tem muito trabalho na empresa, e sem falar que eu tenho dois coquetéis pra ir...

—AH ENTÃO É POR ISSO, VAI FICAR DE RUMBA POR AI.

—Não papai, esses coquetéis são muito importantes para a empresa, são de empresas de insumos, sem o Armando por aqui eu tenho que ir representando a Ecomoda.

—E POR QUE ESSE SACO SEM FUNDO NÃO PODE IR NO SEU LUGAR?

—Aí papai, porque eu como presidente oficial devo ir, se eu não for, quem deveria ir era o Armando, mas ele está no Uruguai. Esses fornecedores de insumos são muito importantes, não posso fazer essa desfeita com eles. 

—CLARO, MAS PODE FAZER COM A SUA FAMILIA!

— Papai, as tias Pinzón não vão vir ao meu casamento? Podemos nos encontrar...

—BETTY, COM QUE CARA VOU FALAR DO SEU CASAMENTO COM AS TIAS PINZÓN, SEM VOCÊ LÁ?

—Seu Hermes, a Betty tem que ir nesses coquetéis. A Ecomoda precisa muito desses fornecedores. Afinal não é o senhor que sempre fala que o trabalho é de extrema importância, e que o diabo é porco.

—Está bem, mas me diga uma coisa mocinha. Onde pensa em ficar? Você não pode ficar aqui sozinha, vai me dizer que vai ficar no apartamento do doutor Mendonza...

—Não papai, eu falei com a dona Catalina e ficarei no apartamento dela.

—Sim seu Hermes a dona Catalina é aquela moça que levou a Betty pra Cartagena...

—Eu sei imbecil. Está bem, eu deixo você ficar, mas vai me prometer que vai ligar todos os dias pra falar como você está.

—Sim papai!

No bar:

—Alexandra! Oi. Armando se levanta e dá um abraço carinhoso em sua amiga.

—Quanto tempo, nunca pensei em te encontrar aqui! Me conta o que está fazendo aqui em Montevidéu? Alexandra fala com um grande sorriso.

—Longa história, sente-se, bebe alguma coisa?

— Uma taça de vinho. Mas quero saber de tudo vamos me conte como está a sua vida.

—UMA TAÇA DE VINHO POR FAVOR! Eu estou aqui a trabalho, vim para a inauguração de uma loja, Doya modas e você o que faz aqui?

—Eu também estou a trabalho, estamos fechando um grande negócio em insumos para a nossa empresa. E eu também vou participar dessa inauguração, também temos negócios com eles.

—Nossa então de qualquer jeito iriamos nos encontrar. Armando fala com um grande sorriso.

—Sim. mas agora me conte. Dá última vez que nos vimos você estava passando por um dilema amoroso. Me conta conseguiu resolver?

—Sim, você não faz ideia como eu estou feliz! Finalmente a minha Betty e eu estamos juntos e logo vamos nos casar, pra ser mais claro assim que eu voltar para Bogotá. Armando fala com um grande sorriso.

Alexandra ao ouvir que Armando e Betty desfaz o sorriso que tinha no rosto, ela se vira pois sente que uma lagrima que sair de seus olhos.

—Alexandra. O que foi?

A moça com muita agilidade limpa a lagrima que queria correr em seu rosto e responde. _ Nada Armando, nada! 

—Alexandra o que foi? Armando fala virando o rosto da moça para olha para ele.

—Aí Armando... você sabe o que eu sinto por você, e mesmo que não tenha acontecido nada conosco eu ainda tenho sentimentos por você!

—Alexandra, você é linda e eu teria muita sorte em ter uma mulher como você, como te disse naquele dia, a alguns meses atrás eu teria beijado a sua boca com violência e teríamos feito amor como loucos. Mas hoje eu sou um novo homem, um homem que vive e pensa em uma única mulher, a minha mulher. Betty sempre vai estar no meu coração. Eu a amo, não consigo me imaginar com mais ninguém, e sei que logo você vai encontrar alguém que seja tão louco por você como eu sou pela minha Betty.

Alexandra limpa os olhos e fala. _ Tomará, mas me conte com detalhes como vocês se acertaram.

No hotel Aloft:

—Boa noite senhora!

—Boa noite, eu tenho uma reserva, meu nome é Marcela Valência.

A recepcionista digita algumas informações e logo encontra a reserva de Marcela. _A sim, quarto 402. Ela se vira pra pegar a chave do quarto, quando Marcela faz uma pergunta.

—Me diga uma coisa, em que quarto Armando Mendonza está hospedado? É que eu sou noiva dele!

—A sim, o doutor Mendonza está no quarto 457!

—E ele está no quarto?

—Não, ele saiu já faz algum tempo!

—Entendo, será que você não tem uma cópia da chave, é que eu quero fazer uma surpresa pra ele!

—Sim senhora! A moça se vira e pega a cópia da chave ela entrega a Marcela que agradece e depois segue para seu quarto.

No bar:

—Então você teve ajuda do Ricardo Montanier?

—Sim! ele me ajudou muito! Risos.

—Sim, nós venezuelanos temos um grande coração para ajudar as pessoas no amor! Mais risos.

—Você não faz ideia de como eu estou feliz, de como me sinto finalmente completo. Até agora não acredito que ela me disse sim!

—Mas isso estava na cara, te disse que quando ela falava de você um brilho diferente brotava dos olhos dela Armando, o mesmo brilho que brota nos seus olhos!

—Só sei de uma coisa! Sou o homem mais feliz do mundo Alexandra.

—Fico muito feliz em saber disso Armando, vocês merecem toda a felicidade do mundo.

Em Bogotá:

Betty estava colocando seu pijama, quando olha para a cama e vê o ursinho panda que Armando deu pra ela. Ela o abraça e fala. _Aí que saudades de você doutor!

Depois ela pega seu diário e começa a escrever.

—Hoje é a primeira noite que vou passar sem ele aqui comigo, e já sinto sua falta. Tudo aqui me lembra de nossas noites juntos.

—Até agora não acredito que logo vamos nos casar, e que vamos constituir uma família juntos, quando ele me fala de filhos sinto que estou tocando o céu com as mãos, mas ao mesmo tempo tenho medo. Medo de não saber o que o destino pode nos trazer, medo da família dele, medo da ameaça que dona Marcela fez ao descobrir que estávamos juntos. Aí meu Deus, não permita que nada e ninguém estrague a nossa felicidade, não permita que nos separemos outras vez, pois não sei mais como viver sem o Armando. O meu Armando!

Em Montevidéu:

Depois de se despedir de Alexandra, Armando pega um taxi, em poucos minutos ele chega ao hotel e vai direto para seu quarto.

Ao chegar, tira o palito joga em uma poltrona e se joga na cama, pega o celular de seu bolso e liga para sua Betty.

—Alô?

—Mi amor! que saudade de você minha pequena!

—Oi doutor, também estou com saudades.

—O que está fazendo?

—Coloquei o pijama, e agora estou deitada, abraçada ao meu urso! Betty fala soltando sua risada de sempre.

— Hum... já disse que não gosto desse urso!

— Mas por que doutor? Se foi o senhor que me deu!

—Porque era pra você está me abraçando, não a esse urso bobo.

Betty ri e fala. _Mas ele me ajuda a sentir o seu cheiro doutor, ele me ajuda a matar um pouco da saudade que eu estou sentindo.

—Eu também estou morrendo de saudades de você mi amor! Até passei em um bar pra tomar alguma coisa, pois sabia que se tivesse vindo direto pra cá iria ficar chorando sentindo a sua falta.

—Hum, e o senhor bebeu muito?

—Não, eu tomei um whisky, mas encontrei com uma pessoa lá!

—Quem?

—A Alexandra Zing! Lembra?

Betty sente seu coração quase sair pela boca, pois lembra de como as meninas do quartel falaram que Armando e Alexandra se abraçaram quando ela esteve na Ecomoda. Também se lembrou de como Armando ficou ao lado dela no desfile. Betty sofria só de lembrar como Alexandra era bonita, ela se sentia a mulher mais feia do mundo ao lado de Alexandra, afinal Alexandra era uma mulher 90,60,90. O tipo de mulher que Armando gosta. Os pensamentos e ciúmes de Betty voam longe e Betty nem percebe que Armando continua a falar ao telefone.

—Mi amor? você está aí?

—A sim doutor desculpe o que dizia?

—O que foi mi amor, por que ficou quieta de repente?

—Nada doutor, eu me distrai por um segundo, o que o senhor dizia?

—Dizia que ela ficou feliz em saber que estamos juntos, e saber que logo vamos nos casar.

—Como? Ela sabe de nós dois?

—Mi amor, ela sabe que eu te amo! Ela sabe como eu sou louco por você...

—Mas ela é uma mulher muito bonita...

—O que você quer dizer com isso mi amor?

—Que ela é uma 90,60,90. O tipo de mulher que o senhor gosta!

—O tipo de mulher que eu gosto? Mi amor, a única mulher que eu gosto nesse momento está distante de mim, mas mesmo distante ela está com meu coração nas mãos. Mi amor eu só gosto de você!

—Aí doutor, ninguém pode culpá-lo de olhar para uma mulher como Alexandra, ela é o tipo de mulher que...

—BETTY! Meu Deus, escuta a bobagem que você está falando. Mi amor por Deus o que eu preciso fazer para provar que eu te amo, que eu só quero ficar com você e mais ninguém?

—Aí doutor, me desculpe, me desculpe, é que eu fiquei...

—Com ciúmes! Mi amor não precisa ter ciúmes, eu Armando Mendonza só tenho olhos pra você! Te amo mais que a minha própria vida!

—Aí doutor que lindo!

—Não vejo a hora de estar com você mi vida, quero tanto te beijar te abraçar...

—Eu também doutor... A porta do quarto de Betty abre.

—Filinha... a desculpe! Dona Julia fala ao perceber que Betty estava ao telefone.

—Doutor eu tenho que desligar, minha mãe está aqui!

—Tá mi amor, mande um beijo pra minha sogra.

—Pode deixar!

— Mi amor, eu te amo!

—Também te amo mi doutor!

—Sonhe comigo, eu vou sonhar a noite inteira com você!

—Sim mi doutor, eu vou sonhar. Beijo!

—Beijo mi amor, te amo!

Armando desliga o celular, ele joga em cima do criado mudo e depois pega a fotografia de Betty.

—A mi amor, tão linda, e tão ciumenta...(sorriso) jamais vou trocar o calor de seus braços, por quaisquer outros braços, mi vida você jamais vai me perder.  Armando dá um beijo na foto de Betty, coloca em cima do criado mudo, tira os óculos, ele se senta na cama tira os sapatos, a gravata, a camisa e as calças joga tudo no chão e depois se deita para dormir.

—Quanto mais cedo eu dormir, mas cedo essa noite acaba, mais cedo acabando vai ser um dia a menos sem minha Betty.  

Armando fecha os olhos e aos poucos cai no sono.

Passado uma hora a porta do quarto de Armando é aberta.

Marcela entra dentro do quarto, ela segue para a cama e vê Armando deitado apenas de box. Coloca uma garrafa de vinho em cima do criado mudo e tira suas roupas ficando apenas de lingerie.

Armando dorme tranquilo na cama, Marcela sobe por cima de Armando. Armando ao sentir o peso em cima de seu corpo fala. _ Betty, mi Betty!

—Meu Deus, ele está sonhando com aquela sapa. Uma lagrima escorre de seus olhos. _Mesmo que seja pra ele me confundir com outra eu vou aceitar. Afinal eu o amo! Marcela fala em pensamento.

Armando que dormia, passa a mão pela cintura de Marcela. _Mi amor, eu te amo!

Marcela começa a rosar os lábios, nos lábios de Armando. Até que ele abre a boca e Marcela consegue beijá-lo.

Armando beija aquela boca com vontade, mas não era a boca de sua Betty, o gosto não era doce como os beijos de sua amada, ao contrário, tinha um gosto amargo, um gosto de vinho, um vinho horrível, e os lábios. Não era os lábios macios de sua amada, eram lábios duros como pedra.

Armando abre os olhos é vê quem estava beijando, ele estava beijando Marcela.

Continua...    


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Notas finais do capítulo

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