Rosa é a Cor Mais Quente escrita por CecySazs


Capítulo 1
Presente de Grego


Notas iniciais do capítulo

Oiê, como vão? ♡

Trago uma oneshot com fluffy, slice of life e momentinhos boiolas entre os KiriBaku, pois são meu confort e eu amo demais esses dois! ♡

Boa leitura a quem ler! ♡



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Katsuki não aguentava mais o falatório e correria dentro de casa no decorrer dos últimos quatro dias. Eijirō teve a brilhante ideia de convidar os amigos do casal para passarem a véspera — e o Natal em si — com ambos. Não que Katsuki desgostasse dos amigos ou de crianças, óbvio que não! Porém, ele estava tão habituado a calmaria e liberdade dos momentos a sós com o marido, no silêncio que compartilhavam pela casa, na maioria das vezes, que ter duas crianças e quatro adultos tagarelando junto com Eijirō fora demais para seus ouvidos, e, principalmente, sua curta, quase inexistente, cota de paciência. 

Finalmente, Mina e Hanta, com os filhos pequenos, junto a Denki e o sonso do Hitoshi estavam indo embora! Privacidade, filmes natalinos, chocolate e lareira quentinha eram o combo perfeito para os planos que Katsuki tinha em mente para aproveitar o restinho do feriado entre os braços aconchegantes de Eijirō. 

Ele observava o burburinho dos envolvidos, com a cabeça entre o vão da cortina na janela, quando Eijirō virou para si, após a partida dos carros, sorrindo e jogando beijinhos com as mãos, enquanto andava pelo quintal esbranquiçado de neve em direção à porta de entrada — este que recebeu apenas um dedo do meio como resposta. Suspirando aliviado pelo momento de paz que teria, enfim, na própria casa, Bakugō terminou de tirar o restante da roupa do corpo, antes de adentrar o espaçoso banheiro da suíte. 

“— I'm a dangerous man with some money in my pocket! (Keep up)” — Embaixo da água quente, Bakugō cantarolava a plenos pulmões a música que "Alexa" tocava no cômodo. Distraidamente, ele pegou às cegas o shampoo no suporte para esfregá-lo no couro cabeludo, após fazê-lo de microfone. "Why you mad? Fix ya face... Ain't my fault y'all be jocking! (Keep up)”

24k Magic cadenciava o banho de Bakugō, que era acometido pela sensação da realização de um sonho — almejado ao longo das últimas 96hrs —, como se tivesse ganhado o melhor presente daquele dia. Bruno Mars ficaria com inveja dos passos de dança e reboladas que Katsuki sensualizava ao ensaboar-se dentro daquele blindex embaçado. 

Após o pequeno show particular, em comemoração a partida dos causadores da balbúrdia natalina, Katsuki pegou a toalha felpuda e começou a se secar, ponderando qual filme assistiria com Eijirō na sala. Saboreando a plenitude que a paz espiritual lhe trouxe no momento, Bakugō caminhou pelo banheiro em direção ao quarto, entretanto, antes que conseguisse sair do cômodo, de fato, um reflexo no espelho chamou sua atenção.

— Mas que porra é… — As palavras foram se perdendo em meio ao choque da constatação. Paralizado em frente ao armário que sustentava a pia dupla, Katsuki espalmava a mão na superfície polida, limpando rudemente o embaçado do espelho causado pelo vapor do banho, arregalando os olhos conforme a boca se abria em horror ao ver sua imagem refletida no mesmo. Nitidamente, agora. — Puta que me pariu! EU VOU MATAR ESSA ALIEN DESGRAÇADA! 

Bakugō não acreditava no que o espelho refletia; só poderia ser uma brincadeira de mal gosto do universo, não havia outra explicação plausível! Ainda dominado pela incredulidade, Katsuki virou lentamente o rosto na direção do box e deu alguns passos de volta para o mesmo, esticando o braço para pegar o frasco de shampoo de tampa rosa que estava, estrategicamente, emparelhado com o seu próprio shampoo. 

Alexa, desligue! — rosnou.

Respirando fundo três vezes, clamando paciência aos céus, Bakugō aproximou-se do armário mais uma vez, apoiando as mãos neste e virando a cabeça lentamente de um lado para o outro, avaliando o resultado que obteve após usar o shampoo tonalizante de Mina. Katsuki levou a destra até os cabelos, passando os dedos entre os fios macios — agora — róseos e ponderando que, no final das contas, não ficou de todo modo ruim…

— Katsuki Kirishima Bakugō, você é um puta gostoso mesmo! — elogiou-se, deslizando a destra pela nuca raspada do undercut, tencionando sensualmente o bíceps, enquanto despontava um sorriso malicioso nos lábios carnudos. — Hah. Só quero ver a cara de espanto do Eijirō…

[...]

Eijirō colocava os pequenos cubos de marshmallow dentro das fumegantes xícaras de chocolate quente na bancada, quando ouviu os gritos acusatórios de Katsuki no andar de cima. De cenho franzido, ele ponderou sobre o que teria acontecido para estressar o marido dessa vez. A ideia de chamar os amigos para passarem o Natal com eles havia sido repentina, mas Kirishima queria somente um pretexto para poder observar com os próprios olhos a forma como Bakugō lidava com os pequenos. 

Era tão fofo vê-lo fazendo biscoitos natalinos com o auxílio de mãozinhas estabanadas e ansiosas, que faziam uma pequena bagunça no cômodo sempre tão limpo e organizado — a cozinha era um local sagrado, e Katsuki morria de ciúmes dela —, e no final os três ficaram sujos de farinha até os cabelos! O bônus vinha com a cumplicidade do trio se lambuzando de doce que sobrava na vasilha; sempre ficava uma manchinha de chocolate no canto dos lábios de Katsuki, que Eijirō fazia questão de lamber. 

Mas o que aquecia o coração de Kirishima, e fazia-o desejar assistir àquela cena o restante do ano, era observar furtivamente Katsuki com um livro infantil em mãos, sentado na enorme cama king size, lendo e performando as vozes dos personagens para as crianças dormirem à noite. Eijirō poderia morrer de amor durante aqueles minutos preciosos para si, que não se importaria! Assim como acordar com braços ou pés infantis em seu rosto na manhã seguinte, também não o incomodava. Nem um pouco.

Katsuki seria um bom pai, e Eijirō aguardava com expectativa o dia em que teriam a resposta sobre o processo de adoção que deram entrada há poucos meses.

Bastou colocar cuidadosamente as xícaras na mesa de centro para Eijirō sentir um novo cheiro adocicado preencher o ar. Pela visão periférica, ele pode ver o par de pantufas e calça de moletom pretas que Katsuki usava, porém, o choque veio quando Kirishima levantou o olhar até o rosto levemente emburrado do marido.

— Su-Suki!? — De olhos arregalados, Eijirō sentiu o queixo cair. Estupefado.

— É tudo culpa da Mina! — Katsuki bradou, cruzando os braços antes de continuar: — Aquela idiota deixou a porra do shampoo no nosso box, Eijirō! Ela fez de propósito, tenho certeza!

— A-Amor, eu- — Kirishima não sabia o que dizer, seu marido estava com o cabelo... rosa? Porra, aleatoriamente rosa, sim! Porém, não era uma tonalidade chamativa, pelo contrário, era um bonito tom de rosa bebê e o resultado ficou fodidamente sexy nele. — Puta merda, Katsuki, você tá muito másculo!

Clicando a língua no céu da boca, Bakugō revirou os olhos teatralmente ao se deleitar com a mudança no olhar de Kirishima; do choque inicial para um olhar quente, desejoso. Eijirō não precisava dizer, Katsuki sabia que estava delicioso com a nova cor dos cabelos — apesar de estar puto de verdade com a sacanagem que Mina fizera consigo.

— Você acha mesmo, Ei? — perguntou em um muxoxo.

Deus que o perdoasse, mas Katsuki ficava a coisinha mais fofa do mundo ostentando aquele bico emburrado nos lábios. Eijirō aproximou-se, rodeando o marido entre seus braços e analisando de perto a novidade.

Suki… Mas é claro, amor! — Sem se conter, ele deixou alguns beijinhos estalados nos lábios cheios. Pouco a pouco, Bakugō relaxava no abraço. — Não sei qual era a intenção da Mina, mas que você tá gostoso pra caralho… Ah, Katsuki, você está!

Dando de ombros, como se fizesse pouco caso, porém, sendo muito bem-quista a adulação de Kirishima, Bakugō deu um pequeno sorriso de canto antes de rodear os braços pelo pescoço de Eijirō e roubar-lhe um beijo apaixonado. Com muito prazer, ele pensará em sua vingança, mas, por enquanto, aproveitaria ao máximo o marido e a exótica — e temporária — nova cor de seus cabelos.

Pensando bem, talvez, a nova cor dará um contraste interessante com a lingerie preta que ganhara de Natal… E Katsuki estava ansiosíssimo para usá-la, e descobrir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! ♡



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