Consequences escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 2
Capítulo 2




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Tasha e Reade após conseguirem colocar os pequenos para dormir, decidiram curtir o efeito do vinho. Os dois sempre que podiam tiravam um tempo para relaxar, muitas vezes a rotina do trabalho e cuidar dos filhos dificultava um pouco.

— Ei amor, vamos aproveitar que as crianças estão dormindo e tomar um banho juntos? — Sugeriu Reade.

— Sabe que eu pensei sobre isso o caminho inteiro?

— Me mostra o que mais você pensou. — Pediu Reade deslizando as mãos para a barra do vestido dela com a intenção de retirá-la.

Pov Tasha 

Os nossos movimentos eram urgentes e cheios de desejo, após retirar o meu vestido com delicadeza Reade me pôs sentada na bancada enquanto retirava suas roupas de forma maliciosa, eu estava adorando aquele strip-tease. A forma sexy como ele me encarava, a cada peça retirada revelava ainda mais aquele corpo definido que eu adorava, ele sorria sabendo que estava aumentando ainda mais o meu desejo por ele, eu o encarava mordendo o lábio inferior.

— Você é delicioso assim sabia? — Digo lhe provocando.

— Então quer que eu fique assim a todo momento? — Ele pergunta se aproximando.

— A todo momento não, porque você não vai trabalhar assim não é?

— Não poderia sair assim? — Reade fala se aproximando ainda mais, suas mãos vão até a minha cintura enquanto eu passo as pernas em volta dele com o intuído de colar os nossos corpos.

— Você nem ousaria fazer isso. — Distribuo alguns beijos e mordidas em torno da sua orelha. — Lembre-se que você é uma exclusividade só minha.

— Gosto de quando você quer dominar a situação. — Ele me coloca no colo e eu solto um gritinho por ter sido pega de surpresa. — Mas hoje não. 
 
Sinto Reade pressionar o meu corpo entre a parede e o corpo dele, soltei um gemido baixo pelo contato com a parede gelada, meu corpo todo formigava de desejo por ele. Reade me penetrou de vez o que me fez perder o ar momentaneamente, céus que homem incrível esse com quem eu me casei.  
 
Nos amamos ali mesmo enquanto a água quente caia sobre o nosso corpo, minhas unhas estavam cravadas dos ombros dele enquanto ele apertava ainda mais a minha cintura, como era maravilhoso ouvir dele o quão incrível era dividir a vida comigo, ouvir ele falar coisas desconexas enquanto se derramava de prazer por mim e dentro de mim. Eu sempre soube que tinha feito a escolha certa, ele era o homem que eu admirava e amava cada centímetro dele. Eu o admirava como homem, como profissional e como um excelente amante. E isso era rota recíproco. Dormimos abraçados, depois de um dia cheio de emoções eu só sabia agradecer por tudo.

Pov off

Meses depois — Pov Nathalie.

Era início do verão, as coisas estavam um pouco mais difíceis, eu tinha decidido ficar em tempo integral no colégio, receberia bem mais e com isso  conseguiria dividir com Patterson os gastos do novo apartamento, decidimos nos mudar para um maior depois de dar nome ao relacionamento que tínhamos, era uma rotina boa, saíamos  juntas pela manhã ela me deixava no colégio e ia direto para o sioc, só nos víamos a noite quando normalmente ela chegava em casa por volta das 22:00, isso quando não tinha algum caso no FBI e eles viravam a noite trabalhando, quando isso acontecia geralmente eu ia para casa dos meus pais ficar com as crianças não era muito longe de onde morávamos. 
 
Certa noite estávamos em casa assistindo ao telejornal, a notícia de que a polícia estava à procura de uma criança que desapereceu em um bosque após um acidente de carro estava circulando em todos os veículos de comunicação. Eu fiquei inquieta com aquilo, uma gatinha entre quatro ou cinco anos sozinha no meio do nada me deixava angustiada.

— Amor você tá bem? — Ela perguntou tocando o meu braço e me tirando do transe.

— Não, essa garotinha sozinha Patt, os pais não sobreviveram ao acidente, será que ela viu algo e se assustou? Será que alguém a levou?

— Ei calma, a polícia já está atrás dela. Eles vão encontrá-la. — Ele me abraçou até que eu em sentisse mais calma. 
 
Fomos interrompidas pelo toque do celular, era o meu pai chamando a Patterson de volta para o sioc, a ajuda do FBI foi solicitada para o caso, eu não conseguiria ficar em casa sem fazer nada, insisti até que a Patterson me deixou ir com ela. O time do FBI foi designado para as buscas devido a grande experiência com esse tipo de caso, ao chegarmos do sioc dou de cara com a minha mãe adiantando algumas informações.

— Nath o que faz aqui? — Ela me perguntou assim que me aproximei.

— Eu não estou bem desde de que vi a reportagem, eu quero ajudar, preciso ajudar a encontrar a garotinha.

— Você tem certeza? Vamos entrar numa floresta e sabe-se lá a hora que vamos sair de lá.

— Eu quero ajudar mãe. — Reade chegou e me deu apoio também.

— Tash, a Nathalie tem experiência com sequestro e resgate, com certeza vai ser uma boa ajuda.

— Tudo bem, mas se cuide lá é muito perigoso. 
 
Seguimos em carros do FBI até o local, uma faixa de vinte agentes treinados, mais o corpo de bombeiros e a polícia local, estava com muita neblina naquela noite o que dificultava bastante. Patterson e Rich davam os comandos pelos comunicadores, fui no carro com os meus pais, Weller e Jane que faziam questão de me explicar algumas técnicas para entrar na floresta sem me perder. 
 
Nos separamos na entrada da floresta, meu coração acelerava bastante conforme eu ia adentrando e me dispersando da equipe. Em um certo momento eu estava sozinha no meio da escuridão, apenas o canto das aves noturnas, eu ouvia o barulho dos galhos sendo quebrados mas não sabia explicar de onde estavam vindo. Caminhei mais um pouco e tentava iluminar ao máximo o local com a lanterna, por Deus eu estava assustada, nunca senti tanto medo de falhar como agora. 
Me concentrei nas minhas técnicas que aprendi na Cia, foi quando ouvi soluços baixos vindo de uma parte cheia de grandes pedras, caminhei até lá com dificuldades o terreno era todo irregular conforme me aproximava o som ficava ainda mais nítido, era o choro de alguém. 
 
Ela se assustou ao me ver, estava procurando um lugar para fugir, por sorte não tinha.

— Ei calma, eu sou da equipe de buscas. Estamos a horas te procurando.

— Como você se chama?

— Nathalie, eu posso me aproximar? — Ela permitiu que eu chegasse um pouco mais próximos. — Qual o seu nome?

—Grace.

— Grace você se machucou?

— Estou com sede. — Dei a água que estava na minha garrafa e expliquei a ela que iria soltar um sinalizador para avisar aos demais que tinha conseguido encontrá-la. Pedi que ela não se assustasse que tudo ficaria bem. 
 
Após isso segui até a saída da floresta com ela segurando forte a minha mão, ela estava assustada e com medo da multidão de pessoas que estavam às margens da pista. Corpo de bombeiros, médicos e  todo o restante do pessoal já nos aguardava, conforme íamos nos aproximando mais ela apertava a minha mão.

— Não precisa ter medo, ninguém vai machucar você eu prometo!

— Eu não quero ficar sozinha com pessoas que eu não conheço Nathalie. — Ela disse chorosa.

— Você não vai, eu vou ficar com você. 
 
Ouvi aplausos de toda corporação, logo meus pais vieram ao nosso encontro, contei como encontrei a Grace e acompanhei a garotinha até a ambulância para ser examinada. Ela não queria me soltar por nada, decidi que iria com ela até o hospital esperar um responsável.

Patterson nos encontrou lá, levou roupas limpas para mim e algo para comer. A notícia que ela me deu partiu ainda mais o meu coração, Grace era filha adotiva do casal que morreu no acidente, e ela não tinha mais ninguém, seria encaminhada ao serviço social para uma nova adoção. 
 
Eu não acreditava naquilo que estava ouvindo, ela tinha um lar e pais que a amavam, não imaginava aquela garotinha doce voltando a um abrigo para crianças. Olhei para a Grace novamente que estava dormindo após ter sido examinada.

— Eu não entendo porque fiquei tão mexida com essa criança, mas eu não posso deixá-la ir. — Digo um pouco nervosa.

— O que você está tentando me dizer Nathalie?

— Que podemos fazer a diferença na vida dessa garota. Ela não precisa voltar para um orfanato, já é traumático demais o que aconteceu.

— Seja mais clara amor, já passa da meia noite e eu não tomei uma gota de café.

— Vamos adota-la. — Digo de uma vez

— Nathalie é muita responsabilidade, eu sei que temos capacidade de adotar uma criança, mas precisamos pensar se realmente é isso o que queremos. É uma vida nas nossas mãos.

— Eu quero isso com você. — Digo segurando as mãos dela. — Você quer isso comigo? 
 
Patterson olhou aquela garotinha de cabelos loiros dormindo como se fosse um anjo, vi os seus olhos encherem de lágrimas, eu realmente não consegui descrever o que ela estava pensando. Ela segurou o meu rosto delicadamente e secou com o polegar as lágrimas que eu não consegui segurar.

— Eu estou pronta para isso! — Ela me deu um beijo calmo. — Eu só vou pedir para o Reade fazer algumas ligações, com sorte conseguimos levar a Grace para casa como lar temporário até que os papéis da adoção saiam. Vamos conseguir Nathalie!

— Eu quero dar a notícia para minha mãe primeiro, vamos pedir para que ela e o Reade venha aqui pela manhã e conversamos com eles. 
 
Dormimos lá mesmo no hospital, eu não ousaria deixar a minha garotinha sozinha.

Minha mãe que chegou bem cedo ao hospital com o meu pai disse que não ficou nem um pouco surpresa com essa minha atitude, que sentiu quando eu saí com a Grace da floresta que ela seria minha, instinto de mãe. 
 
Reade ficou muito feliz, mesmo dizendo que ele e a mamãe não tinham idade o suficiente pra serem avós, brincadeiras à parte ele amou a ideia da Grace ter um lar novamente e faria de tudo para que aquilo se tornasse real. E ele conseguiu, sim, meu pai conseguiu! 
 
Após quase uma hora entre telefonemas e e-mails trocados ele voltou dizendo que eu e a Patterson conseguimos a guarda provisória da Grace, levaríamos a nossa garotinha. 
 
Eu tremi quando falei isso pela primeira vez em voz alta, eu nem fazia ideia do quanto eu precisava disso, acho que eu precisava mais dela do que ela de mim. 
 
Contamos com calma para a Grace o que iria acontecer, vi os olhinhos dela brilhar na nossa direção ao ouvir tudo o que a assistente social dizia para ela. A minha menina era muito nova para entender algumas coisas, mas no futuro eu tenho certeza que ela vai entender que tudo acontece para uma finalidade, mesmo que doa no começo. 
Ela estava pronta, com um vestidinho rosa florido e o tênis branco que a vovó Tasha fez questão de comprar, eu não cabia em mim de tanta emoção, olhava para Patterson e ela estava na mesma sintonia. Estávamos começando a nossa família, nossa própria família.

     No dia seguinte, fomos levar a Grace para conhecer os outros membros da nossa família. A forma como ela foi aceita tão rápida deixou a Patterson e eu encantadas. O Ryan era tão cuidadoso com ela e com a Lily, e eu achava isso incrível. Sabemos que o Ryan é a cópia do papai só pelas atitudes dele. 
 
Fomos ao shopping com ela comprar algumas roupas e levá-la para se divertir um pouco. Foi preciso uma pequena reforma em um dos quartos, ela escolheu junto com a mamãe uma decoração lilás com borboletas e particularmente eu amei, minha mãe tem muito jeito pra isso, seria uma boa arquiteta se não fosse uma incrível agente federal.

Pov Nathalie off

     Anos mais tarde Natasha Zapata assumiu o cargo de diretora do FBI em NY, já que Reade deixou o cargo para ocupar a cadeira de chefe de segurança do Estado. 
 
A família decidiu viajar no final de semana para comemorar, Patterson organizou uma pequena viagem de quatro dias para sua família, eles iriam para a casa de campo dos Patterson’s. A família estava reunida em torno na piscina enquanto aproveitavam um maravilhoso churrasco, as crianças corriam e brincavam com bexigas de água, ideia da Nathalie que sempre inventava as brincadeiras mais divertidas para os irmãos e a filha.

Grace e Ryan tinha diferença de dois anos, eram muito amigos e faziam muitas coisas juntos, Lily era a garotinha da casa era paparicada por todos. Sempre que ela aprontava algo corria para o colo da irmã mais velha, sabia que Nathalie encontrava um jeito de livra-la da bronca dos pais. 
 
Reade dizia que a cada noite envelhecia mais dez anos com as trelas que a Lily organizava em casa, que ia desde de se esconder em lugares inusitados como fazer uma verdadeira bagunça na casa inteira. 
 
Tasha agradecia mentalmente a todo instante por pedir ao médico a colocação do DIU, não se imaginava com outra criança em casa, ao contrário do Ryan, Lily fazia uma enorme bagunça o que deixava a morena de cabelo em pé.

     Eram uma família unida cheia de altos e baixos, mas sempre que surgia uma oportunidade estavam juntos, colecionando histórias e compartilhando alegrias.


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