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Cheguei na escola já estressado, logo vi Reira, senti meu animo subir. Entrei na sala, sentei ao lado de Reira, Aoi ainda fazia cara feia para Reita, o fazendo rir, no meio da aula Reira e eu riamos de coisas bobas, a professora as vezes chamava a nossa atenção, mas isso não nos impedia de continuar rindo. E assim foram o resto das aulas, já na saída foi diferente.
— Mas o que vocês riam tanto na sala? - perguntou Aoi;
— A culpa é dela, ela fazia besteiras e me fazia rir, ai ela ria de mim - expliquei, rindo;
— Mentiroso! Você que ficava fazendo graça e me fazia rir! - disse Reira, me empurrando e rindo;
    Todo dia perto do portão da escola, ficavamos conversando até que meu irmão chegasse, sempre que estou com eles, tenho motivo para rir, e acabo até tendo motivo para fazer graça. Estava conversando, olhei para o portão, vi meu pai, rosto sério, olhava dentro da escola, meu animo desceu novamente, ele tinha que vir me busdar? Sério?
    Me despedi e fui em sua direção, olhei para trás e vi todos olhando para mim, pareciam atentos, Reira estava preocupada, percebi de longe, voltei meus olhos para meu pai, quando vi, já estava no carro.
— O que veio fazer aqui, pai? -
— Te buscar na escola -
— Mas e meu irmão? -
— Pedi que ficasse em casa, eu queria te pegar na escola - ainda bem que não cabulei hoje;
— E por que você veio me buscar? -
— Quero falar com você -
— Sobre... -
— Sobre o seu comportamento, seu... - o interrompi, já imaginava o que ele queria;
— Pai, eu já disse, eu não tenho culpa por não ser o filho que você tanto quer -
— Eu só quero que você se forme em algo que preste, que te leve a algum lugar, algum trabalho que preste -
— Se quer que eu me forme, pare de me atormentar tanto! Você sabe que eu detesto ser pressionado, e você faz isso toda hora! - decidi pegar pesado, ele sempre faz isso mesmo;
Ele continuou o sermão, decidi ignorar, até que chegamos em casa, ele continuava falando.
— Você precisa se esforçar para tirar notas boas o bastante pra passar de ano... -
— Você quer notas? Quer? Então tá, espera ai! - me irritei, peguei minha bolsa e peguei um papel, era o meu boletim;
    Entreguei meu boletim a ele, vi sous olhos ficarem sérios de repente, e eu sabia o motivo, minhas notas estavam muito boas, se ele achar algo errado nele, eu me mato! Minha mãe saiu da cozinha, sorrindo, viu meu pai com um papel na mão, logo preocupada, pegou o papel e começou a ler, já imaginava sua reação, e acertei de novo, ela colocou a mão sobre a boca, sorrindo, olhou para mim e logo me abraçou.
— Ah Querido! Parabéns! Está muito bom! Olha essas notas! Tirou A em quase todas!! Estou tão feliz!!! - disse, ainda me abraçando;
— Arigato -
    Retribui o abraço, diferente de meu pai, ela fica feliz com o meu esforço na escola, que na verdade nem me esforço muito, ela sabe que eu sou inteligente a ponto de fazer tudo o que é necessário no tempo certo, ainda mais quando se trata de escola, mas meu pai, só sabe dar sermão, logo logo ele vai falar " Bom, continue assim então" com voz meio irritada porque saiu perdendo!
— Ótimo, continue assim então - disse meu pai;
    O que eu disse? Da última vez foi assim e ele disse o mesmo, conheço ele muito bem, agora que minha mãe fala mais algo e no final diz "Estou orgulhosa", sempre assim.
— Está de parabéns filho, tô orgulhosa! - disse ela, voltando para a cozinha;
    Ela muda sempre, mas sempre fica orgulhosa, pelo menos ela se sente orgulhosa, assim fico mais feliz. Peguei meu boletim e subi, me sentindo o vitorioso, eu sou muito bobo!
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