Don't Forget escrita por YuukiS2Chan


Capítulo 34
I Choose my Way


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem >3



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No dia seguinte, parece que eu acordei com uma bomba na minha porta.

— Takanori! Levanta filho! - as batidas na porta me acordaram;

Levantei a cabeça devagar, olhando para o lado e pegando meu celular, eram 10:40, tinha esquecido completamente que era Sábado, levantei e fui para o banheiro, escovei meus dentes e ajeitei a juba que meu cabelo estava, depois de alguns minutos penteando o bendito, me troquei e desci.

— Ohayooo Taka - disse minha mãe, beijando minha testa assim que sentei na mesa;
— Ohayooah - falei entre um bocejo;
— Que fofo mãe, por que eu não ganho beijinho? - disse meu irmão, com um sorriso de deboche;
— Deixa de frescura Toru, ele é o caçula - disse ela, com um sorriso vencedor;
— Haha - zombei, vendo ele mostrar a língua para mim;

Olhei para onde meu pai costumava sentar para tomar café, mas o lugar estava vazio.

— Nee, Oka-san, cadê o pai? - perguntei;
— Seu pai? Ele foi na reunião de pais da sua escola - disse ela da porta da cozinha;

Quase cuspi o café, virando imediatamente para a ela.

— Que foi? Esqueceu que era hoje? - disse ela, voltando para a cozinha;
— Éh... Esqueci... - falei;

O problema não era esse, era o que ele diria depois que voltasse... E isso me preocupa demais...
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— Takanori! - eu não disse?

Eu já tinha me preparado psicologicamente para o que vinha agora, minhas defesas, meus ouvidos, tudo, porque hoje tem...

Abri a porta do meu quarto devagar, presenciando o silencio que se fazia no andar de baixo.

— Taka desça aqui, filho - agora era minha mãe;

Me aproximei das escadas, respirando fundo e descendo o primeiro degrau, descendo, na metade da escada, espiei as expressões na sala, meu pai estava sério, minha mãe... Nem sei que cara era aquela, mas ao menos não era de reprovação, parecia de preocupação, e meu irmão ao fundo, parecia curioso para saber o que aconteceria a seguir, e era exatamente o que eu não queria ouvir.

— Taka, venha cá - disse minha mãe, o rosto preocupado dela já não me agradava muito;

Desci o resto da escada, encarando meu pai que me olhara com certo desprezo.

— O que foi? - perguntei;
— Pode me explicar por que raios você faltou em tantas aulas de biologia sendo que você não faltou quase nenhum dia? - meu pai começou;

Então ele me chamou pra falar das aulas que eu cabulei? Tá falando sério?

— Você cabulou aula? - perguntou meu irmão, um tanto surpreso, mas pude ver um sorriso meio estranho ali;
— Sim, cabulei sim - falei, observando a cara de espanto de minha mãe;
— E você acha bonito cabular aula, garoto? - disse meu pai, cruzando os braços;
— Bom, ao menos eu sabia a matéria, então achei que eu não precisava ver as aulas, já que eu já sabia tudo - comentei;

Mas não é verdade? Pra que ficar ouvindo o professor chato de biologia falar 40 mil vezes a mesma coisa sendo que eu já sei do que se trata a porra da matéria? Perda de tempo, não?

— O fato não é esse, Takanori, o fato é que você tem que ir ás aulas, tem que fazer as tarefas... - ele ia começar com o sermão;
— Eu já fiz - falei antes que ele continuasse;

Fui ate minha mochila no pé da escada, pegando um de meus livros e abrindo em uma página qualquer, o entregando á minha mãe, que passava as páginas com calma. Pude ver um breve sorriso em seu rosto enquanto olhava o livro.

— Eu fiz tudo - terminei, fitando meu pai;

Ele olhara para minha mãe, com um olhar como se perguntasse se era verdade, ela sorriu e assentiu, mostrando o livro para ele, mas ele nem deu atenção ao livro, voltnado a me olhar com desprezo.

— E quanto ao tempo que você passa fora de casa, ou no caso fora das aulas? Seus amiguinhos também cabulam aula? - ele perguntou, com um olhar desafiador;

Foi ai que comecei a me irritar.

— Por que não diz á sua mãe o que você e seus amigos andam fazendo ultimamente? -

Gelei, do que ele falava? Ele sabia de algo?


— O que? - perguntei, desconfiado;
— Conte á ela sobre o que vocês fazem quando cabulam aula, ou você achava que ele cabulava aula sozinho? - ele se virou para minha mãe, que logo tirou o sorriso do rosto;
— O que... - disse ela, olhando estranho para ele;

Quase gritei para que ele não falasse, eu já entendi, ele sabia de algo, mas será que sabe sobre...

— Enquanto nós pagamos caro para ele aprender a ser um menino bom, ele cabula as aulas pra ir pra bandinha dele! -
— O que? Que história é essa Takanori? - perguntou minha mãe, preocupada;

Não consegui responder.

— Você te uma banda? - perguntou ela;
— Tem, eu já ouvi algumas músicas, são boas... - meu irmão se levantou;
— Quieto Toru! - meu pai o interrompeu;

Meu irmão ficou quieto, ele provavelmente também estava ficando irritado.

— Você não pode formar uma banda achando que isso irá te levar a algum lugar, Takanori! Isso não dá dinheiro, não te trás um futuro... -
— Quem você pensa que é pra decidir o meu futuro?! -

Ele arregalou os olhos.

Nem tinha percebido que acabei gritando, mas fiz bem, pois ele parou de falar na hora

Agora você vai me escutar!

— Quem disse que você decide o que eu quero ser?! Quem eu quero ser?! -

Minha mãe ficou espantada.

— EU descido o que eu quero ser! Qual vai ser o meu futuro! Não você! -
— Eu aprendi muita coisa com a banda, coisas que aquela merda dauqela escola nunca me ensinaria! E se eu quero formar uma banda é porque esse é o meu sonho! É o MEU sonho! É o sonho deles! O NOSSO SONHO! E eu não vou ficar que nem você que escolheu o dinheiro! Eu quero seguir o meu sonho e EU VOU! -

Assim que terminei, o encarei com tanta confiança que nem eu acreditei, eu estava decidido.

Depois de um tempo curto, sua expressão mudou.

— Se você quer acabar com a sua vida, faça o que quiser, mas não quero ver você apodrecer na minha frente - disse ele;

Eu entendi direito?

— Pode sair dessa casa quando quiser, mas não se considere mais meu filho - disse ele, seguindo em minha direção;

Ele passou por mim, trombando em mim, que acabei indo alguns passos para trás, ele subiu as escadas e apenas ouvi o som da porta batendo com força, olhei para minha mãe, que corava baixo, logo ela levantou o rosto, também seguindo até as escadas, parando ao meu lado, vi sua mão subir até meu rosto, leve e macia, passando pelo meu cabelo, logo parando subindo as escadas, ainda chorando.

— Taka - meu irmão chamou;

Baixei minha cabeça, cerrando os punhos, correndo porta a fora.

Não tinha muito o que fazer, ele deixou bem claro, ele vai me abandonar nee?
Não se eu o fizer primeiro!

Olhei para a casa de Reira, quando vi um carro preto parado em frente á ela, estranhei e decidi ir vê-la.
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— Não! Me solta! Eu não quero voltar! -
— Você vai! Cansei de você! -
— Yaaa! Não! -
— Reira? -
— T-Taka... -

Assim que cheguei, vi o pai de Reira a arrastando para o carro, ele puxava seu braço, segurando uma mala com a outra mão, Reira tentava se soltar, mas não conseguia.

— Vamos Reira! Chega! - disse o velho, a puxando;
— Y-Yeee! -
— Hey! - chamei;
— Cuide dos seus problemas, moleque! - disse o velho;
— Deixe ela em paz! - falei;
— Esse assunto não é com você moleque idiota! -

Ele soltou Reira e veio em minha direção, me empurrando, me fazendo cair no chão.

— Pai não! - gritou Reira;

Assim que cai, ganhei um chute no estomago, me fazendo tossir em seguida.

O velho se afastou, não consegui levantar, meu estomago doia.

— Agora vamos! - disse ele, colocando Reira dentro do carro;
— Taka! Não! Espera! -
— Re... - tentei;

Ele logo fechou a porta, a trancando e entrando no carro, dando partida.

— Reira... - consegui ficar de joelhos, tentando levantar por completo, mas sem muito sucesso;
— Taka - apenas vi ela sussurrar quando o carro começou a andar;
— Reira - falei, me colocando de pé e correndo atrás do carro;

Não tive como alcançar o carro, corri o mais rápido que pude, mas o carro já sumia de vista, apenas via Reira no banco de trás, olhando para mim.
Quando não pude mais correr, me ajelhei, no meio da rua vazia.

REIRAAAAAAAAAAAA— gritei o mais alto que pude;
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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Gostaram ou odiaram? >.
Vejo vcs no próximo e último capítulo >u



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