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Os dias passaram, e hoje era um dia especial, pelo menos para mim, vou fazer 17, em plena sexta-feira, que ótimo...
    Na escola, quase fui atropelado por Uruha, quase morri sem ar por Aoi, Reita foi o único que não tentou me matar, mas mesmo assim foi divertido.
— Happy Birthday Ru-san!!! - disse Uruha;
— Eita é hoje que eu mor... - Uruha pulou em mim e me abraçou, quase cai;
— Calma véi, assim você esmaga o baixinho! Parabéns vossa baixeza! - disse Aoi, me matando sem ar;
— Logo no meu aniversário meus amigos querem me mat... AAAH ME SOLTA! - eu disse, Aoi ainda me abraçando;
— É bem assim mesmo! Parabéns Ruki-san! - disse Reita, também me abraçando;
— Valeu galera - eu disse, respirando;
— E ai vai ter festa? - perguntou Reita;
— Nem sei -
— Vai ter... - eu sabia o que Uruha ia perguntar;
— Não sei Uru, talvez tenha umas bebidinhas, isso se tiver festa - seu bêbado idiota que tentou me atropelar!
    Na saída, meu irmão me esperava no portão, quando me viu, logo abriu os braços, mais um pra me matar sem ar!
— Aeeeee maninhoo!!! Parabéns! - disse meu irmão;
— Ugh... Valeu... Ah! Me solta!! AAAH EU VO MORRER!!! -
— Desculpa - ele disse, rindo;
    Fomos para casa, eu já imaginava que seria uma festa surpresa, mas estava triste por não ter visto Reira hoje na escola,entrei em casa e logo ouvi os gritos de "Surpresa", nem me assustei, sorri, cumprimentei todos, estavam meus parentes, primos, tios, tias, não esperava ver Kai e os outros também, ai sim eu me surpreendi.
— Haha achou que não viriamos na sua festinha baixinho? - disse Aoi;
— Achei, e não me chame de baixinho! - eu disse rindo;
— Você sabia que ia ter festa - disse Reita;
— Sim, só não que vocês chegariam primeiro que eu! E que seria uma festona assim! -
— Saimos primeiro que você, então chegamos a tempo - disse Uruha;
— Nee, falta uma pessoa - disse Kai, apontando para trás de mim;
    Olhei para trás, me deparei com um abraço, e o mais estranho, é que eu reconheci aquele abraço, era Reira, não tive tempo de ver seu rosto, mas senti o cheiro do perfume que ela usava enquanto me abraçava, quando me soltou, pude ver seu rosto e sua aparência, usava calça jeans preta, uma blusa roxa com mangas compridas, um colete preto e algumas presilhas no cabelo, preso para trás, usava maquiajem, estava linda.
— Parabéns Taka! - disse Reira, sorrindo;
— Arigato - retribui o sorriso;
— Aqui - me entregou uma caixa de presente;
— Arigatoo! -
— Abra! -
    Comecei a abrir a caixa, quando abri, tirei o que tinha dentro, era uma escultura pequena, de um microfone, dourado e prateado, muito bonito, adorei, olhei para Reira, ela sorria.
— Uooh! Arigato! - eu disse, a abraçando;
— Ah... De nada! Só uma lembrancinha, não sabia o que comprar até achar isso - ela riu;
— Mesmo assim eu adorei, vou colocar no meu quarto -
    Subi correndo, a puxando comigo, entrei no quarto, coloquei a escultura em uma das prateleiras da escrivaninha.
— Aqui tá bom? -
— Sim! - disse Reira;
    Olhei para Reira, a abracei, ela sorria para mim, quando a soltei, continuava sorrindo, sorri de volta e virei para a porta, Reira ficara no quarto.
— Nee... Essa é sua guitarra? - perguntou Reira;
— Sim... Ganhei do meu irmão - expliquei;
— É muito bonita -
— Ele escolheu bem a guitarra - eu disse rindo;
— Não tinha visto ela antes - disse ela;
— Deve ser porque estava no meu armário, ou sei-lá onde - rimos juntos;
— Toca um pouco - disse, sorrindo de leve;
— Mais tarde no estúdio eu toco um pouco -
— Okay - ela disse, ainda sorrindo de leve;
Descemos e logo minha mãe me chamou, hora do parabéns.
— Faça um pedido Taka! - disse minha mãe;
    Não fazia ideia do que pedir, pensando em várias coisas, enfim escolhi uma, mas não vai funcionar se eu contar não é?
    No fim do parabéns, fui obrigado a tirar foto com todo mundo. No fim da festa, fui para o jardim, vi Uruha, olhando para a rua, devia estar distraído, ou ele bebeu e tava tomando um ar, ou ele tava brisando, mas não tanto quanto Reita na sala! Reira saiu e a encontrei no portão da minha casa, algumas pessoas da família já foram, ficaram só Uruha, Kai, Reira, e mais alguns primos e parentes meus.
— Já vou, melhor não chegar tarde - disse Reira;
— Quer que eu vá com você? - ofereci;
— Não precisa, Ruki-san - disse ela, sorrindo;
— Tá -
    Me aproximei dela, logo recebi um abraço de tempo curto, seguido de um beijo no rosto, me deixando nervoso, me soltou e ficou me olhando, depois de um tempo, sorriu para mim e saiu. Fiquei observando ela se afastar, nem percebi o meu interesse, assim como não percebi minha mãe olhando da janela, só depois que vi, fiz uma cara de bravo, ela riu e saiu da janela, minha mãe é meio bobinha, mas tudo bem, todos já foram embora quando sentei no sofá com um pedaço de bolo.
— Por que tá comendo bolo agora? - perguntou meu irmão;
— Não comi a festa toda -
— Mas por que não? - perguntou de novo;
— Fotos, presentes, conversas e tudo mais -
— Entendi -
— Vou subir, estou morrendo de cansaço -
— Espera filho! Falta um presente -
    Ela trazia uma caixa não muito grande, olhou para meu pai, eu sabia que ele não iria querer entregar, por pura frescura. Meu pai nem olhou para o presente, subiu e provavelmente foi para o quarto, como sempre.
    Minha mãe então entregou para meu irmão, dei um abraço nele e peguei a caixa, peguei mais alguns presentes e subi, meu irmão pegara o resto e colocou em cima da minha cama, abri todos, eram roupas, roupas de cama, alguns enfeites e uns que eu nem sabia pra que iria usar. Tinha que ser das minhas tias doidas.
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