Nascer de um carvalho de ferro escrita por Gabriguel123


Capítulo 1
Nascer de um carvalho de ferro


Notas iniciais do capítulo

é um prólogo de um rpg narrado no canal de twitch.
Link:https://www.twitch.tv/mrolhinho

Espero que goste



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Eu nasci numa família Yudeniana que era focado na parte política do reino, nunca fui aceito na família, mesmo sendo primogênito, porque nasci com visão e audição prejudicada. Vivi como os outros, mas nunca fui colocado como membro necessário como meu pai disse:

— Eu prefiro ter um elfo como filho, porque ele serve para carregar uma bomba e se matar pelo reino.

Eu fiquei muito triste nesse dia, quando fiz quatorze anos fugi de casa para ir para Valkaria, a capital do reino vizinho. Após andar e pegar carona com carreatas para outro reino que ao chegar lá era estranho pois havia várias raças e idiomas que nunca havia visto e pelo meu sobrenome Ironwood ser um pouco conhecido algumas pessoas não gostavam tanto de mim.

Um dia, eu estava na chuva que lavava a sujeira de um dia de feira na capital, naquele dia não tinha para onde fugir ou dormir, eu aceite que iria dormir na rua, mas como se o mundo estivesse me testando ouvi uma voz masculina e som abafada de alguém se sentando ao meu lado e dizendo:

— O que um jovem de dezoito anos está largado na sarjeta?

— Eu estou só tentando arrumar um local para dormir. —Cansado e tremendo de frio.

— Eu posso te ajudar, tenho uma igreja próxima que eu faço parte, quer se repousar lá? — Escutei o barulho de se levantar.

— Eu adoraria, mas não posso pagar. — Tentei me levantar, mas quase escorreguei.

— Me pague lavando a calçada. — O propôs com uma grande gargalhada. — Ainda não me apresentei, me chamo Tai Nishimara.

— Prazer, me chamo Thamir Ironwood

Quando disse meu nome, eu senti medo por causa da fama de minha família, que eu perderia mais uma oportunidade, então no lugar de escutar uma negação, escutei ele dizendo:

 — Belo nome, bom me siga. — Som dos passos indo para frente. — Irei mostrar o caminho.

— Posso segurar sua mão? — Pedi com voz trêmula. — É que eu não enxergo.

— Claro que não, me siga pelo som. — Negou parando de emitir sons. — Eu também não enxergo, mas aprendi a ver o mundo através dos espíritos das pessoas, venha, siga os sons dos meus passos.

Eu o segui com muita dificuldade, mas desde muito tempo me senti sendo tratado como igual, não com pena ou com rancor pelo meu sangue. Ao chegar na igreja, escutei várias vozes numa língua que parecia rugidos, naquele momento não sabia, mas esse homem era um dos sacerdotes por assim dizer de o deus do poder.

Alguns anos depois...

Mesmo sem enxergar, o som da cidade de manhã é tão belo. Bom, estou indo para outro reino tentar uma vida nova, longe de Yuden e do nome de minha família, vou poder criar uma bela raiz nessa nova terra. Tai me disse:

— Seu nome ainda vai ser reconhecido, mas bom quem faz nossos destinos são nossas escolhas, né? — Gargalhando e dando uns tapas nas costas. — Me mande cartas de lá.

— Obrigado por me ensinar como lutar e ver um mundo pelo Ki. — Agradeci com um grande sorriso. — Eu vou criar um mundo onde cada um de nós podem brilhar como quiser

— Adeus, meu amigo. — Estendi a mão ao Tai. — Irei mandar correspondência de lá.

— Adeus, meu discípulo, que Kallyadranoch te leve em segurança! — Disse em alto e bom som e apertando minha mão.

Naquele momento senti inveja do que ele tinha, mas sei que vou ter isso também, pelo menos espero isso.

Eu cheguei no reino com um misto de sentimento, sentia felicidade por poder fazer uma nova vida, mas receoso pois o Tai havia me alertado sobre o preconceito com estrangeiros. Tentei encontrar emprego, mas era difícil, até que um dia, um dono de um feudo me contratou para junto de uma caçadora fossem resolver um caso de Lefeus e Lefous que estavam roubando os mantimentos.

Eu sabia um pouco sobre esses tipos de guerreiros que usavam a tormenta para combatê-la, certo? Eu esperei por algum tempo, até que senti um fluxo de Ki belo, mas ao mesmo tempo louco que parecia uma tempestade, então uma voz diz:

— Você ser o monge que vai mi ajudar? — Pergunto a voz rouca e baixa.

— Sim, você é a tal caçadora? – Sentia ela andando a minha volta, seu Ki parecia curioso ao me ver. – Algo de errado?

— Você parecer diferente dos outros, que símbolo é esse? — Ela se aproximou de mim e colocou seu dedo que parecia uma garra contra minhas costas. — Árvore diferente.

— Esse é o símbolo da minha família que é um carvalho, bom, eu sou de Yuden. — Expliquei colocando um grande sorriso no rosto. — Prazer, me chamo Thamir Ironwood, um mestre do fluxo divino.

Um pequeno silêncio ficou na bela entrada do feudo, só podia se escutar o som do vento batendo nas copas das árvores e levando as folhas e então ela disse:

— Me chamo Nari, a destruidora. — Respondeu se afastando de mim. — Vamos até o local da missão.

Nós andamos por alguns dias, eu tentei falar com a Nari, mas ela parecia na defensiva quase a todo momento, até que na noite antes de chegar ao local, ela perguntou:

— Por que me trata tão bem? — Perguntou mexendo na fogueira. — Você não me julga por ser kaijin e ser uma onimusha.

— Você me tratou bem, então por que te traria diferente? — Retruquei apontando para o céu. — Espero um dia criar um mundo onde cada um possa escolher seu caminho, ser como quiser e brilhar como uma estrela.

— Se eles brilharem assim, eles não iam morrer? — Ela perguntou com um tom tão ingênuo.

Eu ri ao escutar aquilo e não foi por mal, mas sim porque aquela simples pergunta foi algo que eu não estava preparado, então respondi:

— O que vai brilhar é o nosso espírito que brilha dentro de cada um de nós que diz quem nós somos. — Eu bati a mão no peito e logo após no dela. — Todos podem dizer que é impossível, mas com minha vontade e espírito sei que eu posso fazer isso.

Após dizer aquilo, com a mão ainda contra seu peito, eu senti o Ki carmesim dela ficar rosado como estivesse com vergonha, até que caiu a ficha de onde a minha mão estava e imediatamente voltei a me sentar tentando ignorar o ocorrido, eu pense: “Eu sou muito cabeça de vento, ela é uma kaijin e uma onimusha, então ela podia ter me matado antes...Pera ela não era uma caçadora e Lefou”. com aquele pensamento em minha mente, perguntei:

— Você não é uma Lefou e caçadora? — A confusão que veio em minha mente era grande.

— Ah, é que minha mãe me chama de Kaijin e de Onimusha, pois ela é Tamuraniana e vamos dizer que a gente não se dá bem por eu ser assim. — Explica com tristeza na voz e seu Ki se apaga em cada palavra que ela diz. — É porque sou mais aberrante que uma Lefou normal, nem pareço tão humana.

— Entendi, mas bom, você tem o Ki mais belo que já senti. — Disse da forma mais sincera que pude. — Fico feliz de ser seu companheiro nessa missão.

Nós terminamos várias missões para o dono do feudo, nesse tempo, eu e Nari começamos a ficar mais próximos ao ponto que após uma missão, a gente comprou um terreno para vivermos juntos como um casal que nos tornamos.

No começo da primavera daquele ano, eu fui até o feudo para pegar uma encomenda que pedi à senhora Mashido, era um cachecol para Nari que era para ser um objeto para ela lembrar de tudo que fizemos e que ela não era um monstro, mas sim uma bela mulher. Na ponta do cachecol, eu pedi para escrever:

"Faça seu espírito brilhar

como as mais belas estrelas que brilha ao luar

Se lembre enquanto estiver isso contigo

Eu sempre estarei lá com você,

Para minha bela e única flor carmesim".

Eu a agradeci, segui caminho pela colina até minha casa, ao andar lembrei que o médico do feudo iria em minha casa para vê-la, Nari estava se sentindo enjoada e sem fome. Cheguei em minha casa, coloquei as ervas que havia comprado e peguei o presente dela.

Ao entra no nosso quarto, estranhei que havia 2 Kis, mas por hora não liguei, me sentei ao lado da cama, escutei ela dizer:

— O doutor saiu faz alguns minutos. — Comentou com voz trêmula e o Ki mais inquieto que o normal. — O que é isso atrás de você?

— Esse item é uma coisa para você se lembrar sempre quando estiver na beira de se tornar um monstro da tormenta, toque nele e se lembre que você é uma pessoa boa e que sempre há um caminho para luz. — Expliquei mostrando o cachecol a ela. — Não é muito, mas é um símbolo de nossa união.

— Obrigado, eu amei Thami. — Agradeceu pegando o item e apos colocando algo de palha em minha mão. — Eu fiz esse chapéu, nele tem vários papéis escrito, sonhador, mestre, amor e guia.

Eu abri um sorriso ao colocá-lo em minha cabeça, então senti algo cair na minha cabeça, me virei tentando procurar outro Ki que estivesse à minha volta, após alguns instante de silêncio, a risada da Nari se espelha pela nossa casa e então eu pergunto:

— Qual a graça? — Sem entender o porquê das risadas.

— Tira o chapéu e pega o que caiu na sua cabeça. — Explicou em meios aos risos, o Ki dela estava sereno, mas algo ainda me incomodava de onde vem esse terceiro Ki.

— Então você colocou algo no chapéu, por quê? — Questionei um pouco contrariado, coloquei a mão por debaixo do objeto e peguei algo que eu senti ser de um formato de um boneco feito de palha ou algo assim. — Um boneco de palha!?!

— O doutor constatou que meus enjoos vieram de uma nova árvore que nascera na nossa floresta. — Explicou segurando minha mão, eu não estava entendendo, até que ela levou minha mão a seu abdômen rugoso e duro e então senti o terceiro Ki mais nítido em seu útero, aquele jovem Ki que mudava a cada instante como estivesse aos poucos criar sua própria identidade.

— Eu...eu...— Não conseguia falar, sentia as lágrimas caindo na minha mão, se o bebê nascer como eu, sem visão e com problema na audição, a felicidade com o medo se uniram e a única coisa que pude fazer foi chorar e abraçar Nari.

Mesmo sem enxergar, o som do mar é tão belo. Bom, estou indo para Tamu-ra tentar uma vida nova, longe de Arton e do nome de minha família, vou poder criar uma bela raiz nessa nova terra com a Nari e o Taiga. Eu estava em frente ao barco e então Tai se aproxima me dizendo:

— Meus pais diziam que estrangeiros não são bem aceitos, mas bom quem faz nossos destinos são nossas escolhas, né? — Gargalhando e dando uns tapas nas costas. — Me mande cartas de lá.

— Obrigado por vir se despedir. — Agradeci com um grande sorriso. — Ei, por que não vem junto?

— Meu filho ainda está treinando na ilha amazona, então devo esperá-lo e sem contar que minhas raízes são em Arton, não Tamu-ra como meus pais.

— Adeus, meu amigo. — Estendi a mão ao Tai. — Irei mandar correspondência de lá, assim como mandei quando me mudei para o leste.

— Adeus, meu discípulo, que o Deus do poder te leve em segurança novamente! — Disse em alto e bom som e apertando minha mão. — Espero um dia ir com o Sora para te visitar lá.

— Eu e a Nari estaremos ansiosos

Naquele momento senti medo de como minha família iria viver lá, mas eu sei que não importa o caminho, eu vou abri-lo para esse mundo mudar.

Alguns anos depois...

Nem percebi que já se passaram mais de vinte anos que o Taiga nasceu, hoje em dia, eu e a Nari estamos vivendo de vender verduras para o feudo que trabalhávamos quando chegamos em Tamu-ra que agora meu filho trabalha para eles, ontem fui pegar uma arma que pedi para fazerem para o Taiga, a arma é uma chuan, ele treinou tanto em como usar as duas mãos como eu na luta, então vou dar isso a ele.

“Desse momento em diante, vocês terão que ver os acontecimentos pelo meu ponto de vista.”

Eu estava voltando de missão, escoltar uma carga até uma vila vizinha, ao me aproximar do feudo, eu observei uma coluna de fumaça vindo de lá. Antes que eu perceba, já estava correndo desesperado pensando: “Um ataque ou incêndio? será que meus pais estavam lá?”. Todo esse pensamento some ao chegar na entrada do feudo.

As casas estavam no chão pegando fogo, todos nas vilas estavam queimados ou decepados, aquela visão me fez vomitar, então escutei um grito:

— Nari, não! — Gritou o meu pai.

Eu corri até onde o som veio, quando cheguei próximo, vi minha mãe caindo ao chão com seu peito aberto com um corte limpo e seus olhos sem vida. o homem encapuzado que estava à frente de meu pai pergunta:

— Devemos matar esse estrangeiro também, mestra? — Olhando para trás que estava uma outra figura menor de capuz.

— Claro, devemos limpar todas as impurezas de Tamu-ra. — Responde abrindo um grande sorriso. — Pelo bem do Império.

O homem levanta sua nodachi para cortar meu pai, mas antes que ele ataque, eu me coloquei na frente com minha armadura rubra e braços em X para aguentar o golpe, mas assim como a minha esperança, minha armadura de quebra nos braços quando entrou em contato com a lâmina, senti o corte e toda a dor, mas antes que pudesse mudar a postura, a nodachi voltou num corte de baixo para cima que destruiu o resto da armadura e abriu um talho no meu tórax.

 

 Meu corpo se deitou no chão molhado pelo sangue das pessoas que viviam ali, escutei passos rápidos até mim, enquanto pensava: “Eu não quero morrer, ainda tenho sonho para alcançar”. Eu senti algo colocado contra meu peito e meu falando:

— Até meu filho, espero que meu espírito e de sua mãe te guiem até se sentir pronto para seguir só. — Disse se levantando. — Espero te encontrar de novo, filho.

— Você irá encontrá-lo no outro lado, eu garantirei. — Comenta o homem encapuzado.

Minha última visão do meu pai, foi ele emanando um Ki dourado e tossindo sangue, logo após correndo até o homem em toda a velocidade e gritando:

— Décima terceira técnica do fluxo divino, Cólera do Deus Dragão. — Atravessando o peito do homem e seu Ki queimou tanto que até queimou o braço da mestra do homem.

 Depois desse dia eu vivi atrás das pessoas que fizeram isso para matá-las, mas isso aos poucos me fez esquecer de quem era o Taiga, eu era um monstro que matava para ter prazer momentâneo que estou fazendo o certo? Ou estou atrás de justiça? Eu sou o que?

Todos aqueles questionamentos rondavam minha mente enquanto mais a carapaça rubra aumentava, até que um dia me encontrei no meu antigo vilarejo ou que existia dele, eu entrei minha casa que era afastada então não havia sido destruída, ali encontrei um quimono em trapos com uma mensagem:

“Filho, esse é um presente para te lembrar o quanto que você evoluiu e se tornou um homem forte e até que fim tenho uma família para chamar de minha, uma bela árvore de ferro que deu um fruto que cresceu para uma bela árvore carmesim, espero que você possa fazer o inimaginável, pois sei que para nós o impossível é só questão de visão, lembre-se de levar a chuan que pedi para você, essa arma é para ser usada como símbolo para mostrar aos outros que todos podem ser algo além dos estereótipos e que você não é um monstro, mas sim meu filho e da Nari”.

                                                                                                            Ass: Thamir Ironwood.

Quando li aquilo, eu chorei as lágrimas que guardei a anos desde que tudo aconteceu, a cada lágrima e grito, a carapaça se quebrava e mostrava uma nova que era menor, mais fina e verde como eu era antes, após aquela última lição dada pelo meu pai, coloquei o kimono, peguei a arma, o cachecol de minha mãe e segui a capital.

“Vocês podem se perguntar por que terminou a história aí? Mas isso ainda está sendo escrito e esse conto ainda terá seu final, mas eu acho que o título será: O nascimento do sentai revolucionário, ficou legal, né? bom, mas isso é para outro conto”.

                                                                     Ass: Taiga Ironwood.


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Notas finais do capítulo

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