Astoria Greengrass's Day Off. escrita por Jones


Capítulo 5
incomodando trabalhadores em sua lida diária.


Notas iniciais do capítulo

Hola! Mais tarde volto com mais capítulos! ♥



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— Mesa para dois. – Astoria disse assim que chegaram ao Parker’s.

O restaurante datava dos anos 80 no século anterior, 1885 como eles gostavam de se vangloriar. Fora o lugar onde inventaram a famosa Boston Cream Pie, onde Ho Chin Minh – o revolucionário vietnamita com vários livros, foi um dos padeiros. No hotel onde Malcom X era um ajudante de garçom, no restaurante onde Kennedy pedira a mão de Jackie em casamento.

Não é um local para crianças” sua mãe vivia dizendo.

— Eu não sou mais uma criança. – Astoria refletiu para o vazio.

— Como, senhorita? – a recepcionista, que tinha mais ou menos vinte e alguns anos, mas esticava os olhos para Draco, perguntou.

— Nada, só pedi nossa mesa para dois. – ela sorriu, enquanto Draco mexia com a barra de seu suéter.

— Reservas?

— Estão no nome de Malfoy. – Astoria respondeu.

— Com licença, Barbra, eu os atendo. – um recepcionista mais alto, mais esquisito e mais arrogante tomou o lugar da universitária. Ele olhou para os shorts e os jeans, a jaqueta de franjinha e a camiseta do nirvana, o nike nos pés dela e os all star nos pés dele e disse:  – Crianças, vocês deveriam estar na escola e não incomodando trabalhadores em sua lida diária.

— Nós só viemos almoçar, senhor...

— Hoover.

— Então, Sr. Hoover, nós só viemos almoçar. – Astoria disse, já irritada. – Temos reservas, estão sob o nome de Malfoy.  

— E eu devo acreditar que esse é o Sr. Malfoy, dono das empresas Malfoy, de uma das famílias mais tradicionais de Boston, quiçá dos Estados Unidos.

— O Senhor deseja ver meus documentos? – Draco falou pela primeira vez, com um tom de voz que não era dele e sim um dos registrados da família Malfoy, com o nariz em pé até lá em cima. – Ou vocês precisam de um exame de DNA?

— Eu sinto que deveríamos ligar para a polícia.

— Ligar para a polícia? – o recepcionista disse consternado.

— Eu sinto que estamos sendo maltratados nesse restaurante tradicional de Boston. – Astoria fez seu drama pessoal. – Estou me sentido lesada, prejudicada, ferida pessoalmente.

— Se acalme, senhorita...

— Greengrass.

— Um Malfoy e uma Greengrass. – o recepcionista engoliu seco.

— Malfoy, me passa o telefone. Vou ligar para alguém. – Astoria disse em seu tom Meryl Streep. – Nunca fui tão humilhada em toda minha vida, impedida de me alimentar em um restaurante em Boston! Em Boston de todos os lugares, o berço da minha existência... De onde sou uma das filhas da revolução americana! Eu acho que vou desmaiar. Acho que deveríamos ir para o L’Espacier.

— Para o L’Espacier? – o recepcionista repetiu ultrajado. – Srta. Greengrass, Sr. Malfoy, isso foi apenas um mal entendido.

— Vamos querida, nunca fomos mal atendidos no L’Espacier. – Draco puxou Astoria pela mão.

— Vamos, meu bem.

— A mesa de vocês está pronta. – Barbra, a recepcionista anterior apareceu, gesticulando para os dois a seguirem. Astoria não pode deixar de notar o rosto decepcionado da moça quando viu os dedos entrelaçados do “casal”. Quis dizer algo como “se enxergue, você tem mil anos”.

Draco e Astoria se sentaram numa mesa bonita, separada e de frente um para o outro.

— Eu sempre quis comer a torta daqui e minha mãe dizia que só quando eu fosse mais velha. – Astoria confidenciou. – Esse não é um restaurante para crianças.

— Por isso passamos por todo esse problema? – Draco riu, um riso bonito que veio do fundo de seu peito e Astoria simplesmente apoiou a cabeça em sua mão.

Pediram aperitivos, entradas, pratos principais e sobremesas, todas em dois tipos completamente diferentes para que pudessem dividir e experimentar de um tudo.

— Você me visitaria se eu fosse para alguma faculdade longe daqui? – Draco perguntou enquanto dividiam um pedaço generoso da Boston Cream Pie.

— Claro que sim, você é meu melhor amigo. – ela disse com toda a sinceridade de seu coração. – Eu não gosto de pensar em você indo para a faculdade e eu não poder vê-lo todos os dias, para ser honesta.

— Ah é?

— Não deixe isso subir sua cabeça.

— Anotado. – ele sorriu, brincando com o dedo indicador dela que repousava sobre a mesa. – Eu estava em dúvida se queria ir para Harvard por ser algo que eu queria fazer ou algo que meus pais queriam que eu fizesse e então me inscrevi para Yale, para Stanford, para Brown... Até para a NYU. De qualquer modo, Harvard me chamou. Algo sobre ser um legado.

— Eu iria te visitar até mesmo em Stanford lá do outro lado do país, na California. – ela sorriu. – Mas Harvard facilita um pouco mais as coisas.

— Um lado bom de ir para Harvard é poder te ver quando eu quiser. – ele parecia vermelho olhando para a mesa, envergonhado.

— Você não esqueceria de mim, quando você conhecesse aquele monte de gente legal e mais bonita que eu?

— Como eu poderia esquecer a pessoa que me tira da cama em um dia aleatório e me leva para almoçar no restaurante onde JFK pediu Jackie em casamento?

Como eu poderia esquecer a garota que eu mais amo no mundo inteiro?   


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Notas finais do capítulo

esses adolescentes que não se beijam logo.