Small Pieces escrita por Alice


Capítulo 1
01. Inspiração


Notas iniciais do capítulo

Sei que muitos detestam esse casal, mas quase sempre vou na contramão e me apaixonei completamente por eles após ler o livro.
Então, para aqueles que torcem por eles e os que são indiferentes a com quem Laurence termina no fim, dedico esses pequenos pedaços à vocês.

Resumo: Em tempos atuais, Amy busca uma inspiração.



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Amy March era conhecida por seu sonho de grandeza, sua imensa capacidade de perseverar quando lhe era propício e propriedade de julgamento invejável. Para a mais nova dos March era tudo ou nada, não existia meio termo e naquele instante, enquanto olhava para a tela em branco onde algo extraordinário deveria residir, estava inclinada ao nada.

Frustrada, parou com a mão estendida no ar, o pincel a milímetros da tela como se à espera de uma inspiração mágica. Sua testa franziu, sua boca se retorceu e seu rosto foi palco de uma careta que deixaria sua tia furiosa, porém era o retrato da irritação que dominava seu corpo.

— O que foi, pequena Raphaela? Fred esgotou todo o seu talento?

Fechou os olhos desgostosa ao ouvir a voz risonha, resolveu ignorá-lo, tudo o que ele queria era atenção e sem tê-la talvez voltasse logo para onde quer que estivesse residindo no momento.

— Estou falando com você, Amy Pocket.

Cerrou os dentes quando o sentiu se aproximar, estava de costas para a porta, mas a presença dele nunca passava despercebida. Não demorou muito para vê-lo de relance, o quê era impossível de não acontecer já que ele se colocou ao seu lado e inclinou a cabeça até estar com o rosto quase colocado ao seu.

— Ele sugou mesmo toda a sua energia criativa?

Bufou impaciente, a risada tranquila que ele soltou pareceu ressoar por todo seu corpo.

— Até onde sei, ele é um dos seus amigos mais próximos. - relembrou, levantando-se rapidamente.

A proximidade entre eles estava fazendo seu coração saltar de maneira inconveniente. Começou a organizar suas tintas e pincéis, qualquer coisa para não ter que encarar os olhos brilhantes e o sorriso atrevido.

— E por ser um dos meus amigos é que posso falar com argumentos.

— Ele não é tão ruim. - sentiu a necessidade de defendê-lo. - O Fred é muito inteligente e viajou para vários lugares, achei atencioso da parte dele vir passar o Natal comigo.

— Você sabe muito bem porque ele veio.

Deu de ombros tentando parecer desinteressada, sabia muito bem porque Fred insistia tanto em manter contato, estaria enganando a si mesma se dissesse o contrário.

Amy.

Laurence. - o nome saiu com uma certa dose de sarcasmo. - Por favor não comece, o que eu possa ter ou não com o Fred não lhe diz respeito.

— Mas...

— Mas nada. - o cortou firme, virando-se de frente para ele, cruzou os braços meio defensiva quando o notou tão perto. - Não vamos ter essa conversa de novo. Só. - balançou a cabeça como se para espantar o que sentia, Laurence deu um passo para trás, as mãos abertas como se estivesse se rendendo.

— Tudo bem. Vamos mudar de assunto então. - propôs, voltando sua atenção para a tela em branco, seus olhos se estreitando a medida que olhava dela para Amy. - Você nunca fica com uma tela vazia.

Se mexeu inquieta, caminhando para olhar através da janela; o céu começava a ganhar tons de laranja e rosa, crianças brincavam na rua aproveitando que a mesma era sem saída, apoiou a testa no vidro, seus olhos grudados na cena à sua frente.

— O que houve? - Laurence perguntou preocupado, não se convencendo quando ela sussurrou que não era nada. - Amy, somos amigos apesar de tudo e você pode confiar em mim.

Estendeu a mão para ele, a sentindo ser envolvida rapidamente e um aperto carinhoso a fez virar o rosto na direção de seu amigo. Abriu a boca para contar que não sabia muito bem o que estava acontecendo consigo, talvez fosse o fim de seu colegial, a pressão de ser perfeita em sua arte que ela mesma a aflingia ou até mesmo a confusão de sentimentos que a tomava a cada vez que o via, porém nada disso saiu de sua boca já que o que via fez seu mundo parar.

A luz do fim de tarde refletia os contornos de Laurence, cada curva de seu rosto, pinta mínima de charme, fazia seus olhos brilharem de coisas não ditas em uma imagem tão única que fez seu coração ter um sobressalto.

— Não se mexa. - pediu, soltando sua mão da dele e correndo para se preparar. - Fique imensamente parado, nem ouse falar.

— Nem uma única...

— Nada, Theodore Laurence. - seu tom de aviso o fez rir, provocando assim um sorriso na loira.

— Como mandar, minha senhora.

Amy quis revirar os olhos para o tom galanteador e começou a eternizar animada a imagem de Laurence. Talvez tudo o que precisasse para se afastar da desistência era a de uma inspiração e que Laurie nunca saiba, mas ele era uma de suas maiores.<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_210201_170239_649.sdoc-->


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