Os Segredos dos Malfoy escrita por Natty Duarte Chuka
Astória
— Onde minha mãe está? – Draco perguntou ao elfo quando ele trouxe nosso café da manhã.
— Ela saiu, senhor... – o elfo respondeu. Draco agradeceu e ele saiu.
— Está tudo bem, amor? – perguntei ao me levantar, abraçando-o por trás. Ele parecia tenso.
— Estou preocupado, Ast... – ele suspirou e se virou, me abraçando. – Ela estava estranha, mas não consegui conversar com ela direito, por causa do serviço e da Bella...
— Assim que ela voltar, você conversa com ela, eu cuido da Bella. – sorri e dei um beijinho em seu rosto, soltando-o e me sentando na cama novamente, pegando a bandeja. – Vem tomar café...
Ele suspirou e se sentou também, mostrando muita preocupação.
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Draco
— Ela o que? – perguntei incrédulo.
Meu pai suspirou e deu mais um gole em sua garrafa de whisky. – Ela foi embora, nos abandonou, desistiu de tudo! – me olhou exausto, seus olhos já com olheiras e o rosto mostrando cansaço, além de estar cheirando a álcool.
— Pai... como isso...? – comecei, mas ele me interrompeu.
— Caralho, Draco, chega de perguntas! – ele disse mais alto e nervoso, se levantando. Dei um passo para trás, tinha muito tempo que não via meu pai nervoso assim. – Eu não vou ficar falando sobre a puta da sua mãe! Ela quis nos abandonar, que seja! Que nunca mais apareça aqui! E não quero ouvir falarem dela, entendeu?
— Mas...
— Chega! – ele deu um passo em minha direção, ameaçador.
— Desculpa, pai... – sussurrei.
Ele segurou meu braço e abaixou a cabeça o suficiente para falar perto do meu rosto, me deixando enojado com o cheiro forte de álcool. – Não vamos mais tocar nesse assunto, entendeu? – apenas balancei a cabeça, com medo que ele fizesse algo como fazia quando eu era pequeno. – Entendeu, Draco?!
— Sim, senhor... – sussurrei e ele me soltou, saindo da sala e indo para seu escritório. – Merda... – sussurrei e me joguei no sofá, chorando baixo. Meu mundo estava desmoronando de novo.
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Astória
Desci as escadas após algum tempo que Draco havia descido, ele estava demorando muito. Encontrei ele chorando no sofá e me aproximei rápido, abraçando-o e apertando um pouquinho. Ele se encolheu ao me abraçar, sem dizer nada.
Suspirei, ainda mais preocupada. Draco estava parecendo indefeso e isso acabava comigo. Dei uns beijinhos em seu rosto e acariciei seu cabelo delicadamente, sem falar nada, dando um tempinho para ele.
— Minha mãe foi embora… - ele sussurrou.
— O quem?! - balancei a cabeça negativamente e apertei Draco ainda mais. A mãe era uma das pessoas mais importantes para ele. - Mas amor…
— Meu pai me falou, Ast. - ele me olhou, seus olhos bem vermelhos pelo choro. Acariciei seu rosto delicadamente. - Ela nos abandonou, foi embora. E meu pai virou um bêbado nervoso.
— Eu sinto muito, meu amor… - suspirei. Ele balançou a cabeça e voltou a esconder seu rosto em meu pescoço.
— Eu não entendo. Ela simplesmente largou tudo e foi embora… - ele sussurrou.
— Eu vou descobrir o que…
— Não! - ele balançou a cabeça negando e me olhou. - Se ela quis ir embora, que seja!
Suspirei e assenti. Ele precisava por tudo para fora, depois pensaria melhor. Ficamos abraçados por alguns minutos, até ele se acalmar um pouco e pedir para irmos para nosso quarto.
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Acordei assustada com um pesadelo e me sentei na cama, ofegante e com os olhos arregalados. Aos poucos, foquei no quarto e suspirei, olhei para Draco e ele dormia tranquilamente.
O que está acontecendo?, pensei e suspirei. Me levantei e vesti um robe, indo para a cozinha. Peguei uma taça de vinho e fui para a sala, me sentando após acender a lareira. Me encolhi no sofá e fiquei olhando para o fogo, na esperança de acalmar aquela sensação estranha dentro de mim.
Suspirei enquanto bebia e pensava, ficando com sono e adormecendo assim que terminei o vinho.
Acordei com Draco me pegando no colo. Pesquei algumas vezes e suspirei ao vê-lo.
— Amor… - sussurrei.
— Você dormiu no sofá... - ele suspirou, subindo as escadas comigo no colo. - Está tudo bem?
— Só perdi o sono… - sussurrei e bocejei, deitando minha cabeça em seu ombro e fechando os olhos, sentindo muito sono, mas devia ser efeito do vinho mesmo.
Ele assentiu e me deitou na cama, deitando logo em seguida e nos cobrindo. Me abraçou e suspirei mais calma, me encolhendo e dormindo rápido.
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Uma semana depois
Astória
— Para com isso! – gritei ao ver Lucius batendo no Draco na sala. Me aproximei e puxei ele pra perto de mim, assustada. – Amor...
— Astória, sempre se metendo onde não deve! – Lucius disse alto e puxou meu braço, me fazendo olhá-lo.
— Que merda é essa? Você está bêbado e louco?! – gritei e puxei meu braço tentando me soltar, mas ele só apertou ainda mais.
— Não grite comigo, garotinha... – ele falou mais baixo e ameaçador, me causando um arrepio. Nunca vi Lucius assim, só sabia que ele era tipo assim pelo que Draco me contou sobre quando era criança.
— Solta ela, pai… por favor… – Draco falou baixo, se aproximando.
— Vai pro seu quarto, Draco! Vou cuidar da sua esposa como você deveria fazer! – Lucius falou baixo e apertou ainda mais meu braço.
— Ai! – puxei automaticamente e respirei fundo, sentindo ainda mais raiva dele agora. Cuidar de mim como Draco deveria fazer? Quem ele pensa que é?, pensei com raiva.
— Pai, por favor... – Draco continuou, mas Lucius começou a me puxar para a biblioteca, mesmo comigo relutando, ele era forte demais.
— Me solta, Lucius! – gritei.
— Quieta! – ele ordenou e entramos na biblioteca. Ele fechou a porta antes que Draco entrasse e trancou usando magia. – Você está muito abusada!
Então ele me virou e me bateu forte. Gritei e fiquei sem reação, nunca achei que ele fosse capaz disso, mas desde que Narcisa foi embora, ele ficou estranho.
— Solta ela, pai! Para com isso! – ouvi Draco gritar desesperado enquanto batia na porta, sem conseguir abri-la. – Por favor!
Ele me batia cada vez mais forte, eu já estava chorando e sem conseguir reagir. Não apanhava assim desde que fiz 15 anos e meus pais desistiram de me punir dessa forma.
Depois de alguns minutos, ele parou e me jogou no sofá como se eu não fosse nada. – Nunca mais se meta nos meus assuntos, Astória. Ponha-se no seu lugar!
Só consegui balançar a cabeça, estava chorando demais para conseguir falar qualquer coisa ou até mesmo pensar. Me encolhi no sofá e fechei os olhos. Isso era humilhante.
Ouvi a porta abrir e logo senti os braços carinhosos de Draco me abraçando. Abracei de volta e já estava soluçando, com muita dor.
— Tudo bem, meu amor... – ele sussurrou e me pegou no colo com cuidado, me levando para nosso quarto. Me colocou com cuidado na cama e pegou sua varinha, diminuindo minha dor o máximo que conseguiu.
— Deita... comigo... – sussurrei entre lágrimas e soluços, tentando acalmar minha respiração.
Ele deitou e me abraçou um pouco forte, dando um beijinho em minha cabeça. – Eu não vou mais deixar ele encostar em você, amor...
— O que está acontecendo com ele? – sussurrei escondendo meu rosto em seu pescoço, ainda chorando baixinho. – Você... ele te bateu também...
— Eu estou bem, vida... – ele sussurrou e me apertou. – Ele ficou assim quando começou a beber, desde que minha mãe foi embora... – suspirou.
— E se ele não parar...?
— Não vamos pensar nisso, amor...
Suspirei e balancei a cabeça concordando, ficando em silêncio e pensando, até adormecer.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
N/A: oii, potterheads, o que estão achando? Lucius se acabando no álcool, Ast com sequelas do que aconteceu... me digam o que estão achando, vocês são muito importantes para mim ♡