Os Segredos dos Malfoy escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 4
Capítulo 04




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Três meses depois

— Amor, vem cá! - falei e ri meio boba. Draco se aproximou rápido e segurei sua mão, colocando sobre minha barriga. O neném mexeu mais uma vez e ele sorriu todo bobo.

— Isso é tão… - ele sussurrou e me deu um selinho. 

— É maravilhoso, amor… - sussurrei, deixando algumas lágrimas caírem.

Três meses se passaram, a marca de Draco já não ardia mais e ele já não tinha mais pesadelos. Igor não descobriu nada, mas ficou de me avisar caso descobrisse. Quanto à mim, os enjoos melhoraram, mas eu estava mais fraca e sonolenta, e não podia fazer esforço. Mas nesses últimos três dias, estava me sentindo melhor. 

— Estou ansioso para saber se vai ser menino ou menina. - Draco disse.

— Eu também e… apesar de tudo, pensei que, se for menina, poderia se chamar Bella, em homenagem à sua tia… - sorri. - E é um nome lindo.

Ele sorriu e me deu um selinho. - Achei lindo, amor… e se for menino?

— Hmm, ainda não pensei… 

— Então pensa, o que você preferir, eu vou querer. - me deu um selinho e se afastou, ajeitando a gravata. 

— Você tem mesmo que ir?

— Tenho, amor… essa audiência é importante, e já vou tentar descobrir mais algo sobre… - ele suspirou.

— A maldição da minha família. Eu sei… - suspirei.

— Nós vamos dar um jeito, amor.

— Eu já não acredito mais que tenha jeito… - olhei para baixo.

— Mas vamos dar um jeito… - ele levou a mão suavemente em meu queixo, me fazendo olhá-lo. - Nós somos Draco e Astória Malfoy, nós damos um jeito para tudo! 

Sorri e roubei um selinho dele. - Você é incrível…

Ele sorriu e me deu mais um selinho. - Eu preciso ir, amor, mas qualquer coisa, me liga e eu venho correndo.

Balancei a cabeça concordando. - Se cuida também, vida… 

E ele saiu. Suspirei e me virei na cama, me encolhendo e logo adormecendo.

》》♡《《

Draco

Após a audiência, fui até a ala de maldições e procurei mais sobre a maldição dos Greengrass. Li mais alguns livros, conversei com algumas pessoas e resolvi tentar fazer uma poção. 

Chamei alguns mestres de poções e, conversando e vendo o melhor a se fazer, fizemos uma poção poderosa contra a maldição dos Greengrass. 

— Mas pode ser arriscado enquanto ela estiver grávida, senhor Malfoy… - um dos rapazes me disse.

— Eu sei. - me sentei olhando o frasco em minha mão. - Mas não sei se Ast consegue aguentar até o fim da gravidez. 

— Ela é uma mulher forte, senhor Malfoy, vai aguentar. 

— E se a poção não der certo? É minha única esperança. Uma segunda gravidez pode ser o fim de Ast… - balancei a cabeça ao pensar nisso. O fim da minha esposa. Isso não pode acontecer! 

— Vai dar certo… - o rapaz disse e apertou meu ombro levemente, me dando apoio.

— Obrigado… - sussurrei e me levantei, indo para minha sala. Peguei minhas coisas e saí do Ministério, aparatando na Mansão. 

— Senhor Malfoy, sua mãe quer vê-lo… - um elfo disse assim que entrei na Mansão, já me deixando preocupado. 

Fui até a biblioteca, onde o elfo informou que minha mãe me esperava. Ela sorriu quando me viu e deu um beijinho no meu rosto.

— Como você está, filho? - ela perguntou e se sentou no sofá. 

— Preocupado. - suspirei e me sentei ao seu lado, deixando minhas coisas sobre a mesinha. - Estou com medo, mãe… 

— Astória, não é? - balancei a cabeça levemente concordando. - Eu sei que está preocupado, filho, mas sua mulher é forte. E você precisa ser forte por ela. 

— Eu sei, mãe, mas às vezes é difícil… 

— Encontrei ela chorando no jardim hoje. Não sei como conseguiu sair, mas ela precisa de você do lado dela, filho.

Fechei os olhos e suspirei. Ast não podia ficar andando por aí sozinha, era perigoso, principalmente nas escadas. Me senti mal por não estar cuidando dela como deveria, eu não deveria sair. Ela precisava de mim, e ela era mais importante do que qualquer coisa. 

— Eu não vou mais sair… - sussurrei e olhei para minha mãe. - Eu vou cuidar dela como devo.

Me levantei e saí antes que ela dissesse qualquer coisa, indo para a cozinha. Preparei um jantar leve mas algo que Ast gostaria, fiz um suco natural e coloquei tudo na bandeja, colocando algumas frutas picadinhas também. Levei a bandeja até nosso quarto e entrei devagar em silêncio, vendo que ela estava assistindo série no celular - esses trouxas até que são bons em algumas coisas, como tecnologia e filmes -, suspirei um pouco mais aliviado. 

— Amor… - ela disse naquele tom doce que me deixava mais apaixonado, como se fosse possível. Se sentou na cama e desligou o celular, me olhando. 

Sorri e me aproximei, deixando a bandeja na mesinha de cabeceira, me sentando na frente dela e dando um selinho demorado nela. 

— Oi, meu amor… como você está? - sussurrei, acariciando seu rosto delicadamente. 

— Melhor agora… - ela sussurrou e deitou sua cabeça em meu ombro. - Você que fez…? 

— O que? - percebi que ela olhava para a bandeja e sorri. - Fiz com muito amor para a melhor esposa do mundo.

Ela riu baixinho, aquela risadinha fofa envergonhada. - Você é perfeito, sabia? Agora até me deu fome… 

Sorri. - Então vamos comer, vida.

Ela me soltou relutantemente e deu um beijinho no meu rosto. Coloquei a bandeja na cama e entreguei seu prato, pegando o meu. Como devagar, mais para agradá-la, porque ela não iria comer se eu não comesse também. Ela comeu bem, parecia realmente com fome e sua cor foi melhorando aos poucos, isso me tranquilizou muito. 

Após jantarmos e comermos algumas frutas entre brincadeiras e provocações, levei ela para tomar banho e depois vesti uma camisa minha nela, como ela sempre fazia - perdi algumas camisas, mas por uma ótima causa. Nos deitamos abraçados e fiquei acariciando seu cabelo, mais quieto, pensando.

— No que você está pensando? - ela sussurrou. 

— Acho que encontramos uma cura… 

Ela se apoiou no cotovelo e me olhou. - Vocês o que?! Como?

Suspirei. - Pesquisas, os melhores pocionistas, especialistas… mas não é cem por cento certo, amor.

— Mas é uma esperança! - seus olhos encheram de lágrimas e acariciei seu rosto. - Como isso funciona?

— Você vai esperar o neném nascer e logo depois tomar a poção. 

Ela suspirou e balançou a cabeça concordando. - E se… - balançou a cabeça e voltou a se deitar, escondendo o rosto em meu pescoço. 

Suspirei e me virei um pouquinho, o suficiente para olhá-la, ainda acariciando seu rosto. - Vai dar certo, Tori. Nós vamos fazer dar certo.

— Obrigada… - ela sussurrou entre lágrimas e me beijou delicadamente. 

》》♡《《

Finalzinho da gravidez

Astória 

Não poder, aliás, não conseguir sair da cama sem ajuda do Draco nessas últimas semanas estava me deixando muito mal emocionalmente, além dos hormônios ajudarem muito.

Draco continuou preparando cada refeição para mim, e me mimando muito. Scorp vinha dormir com a gente às vezes e passava algumas horas comigo.

Eu estava muito mais cansada também, mas não estava tão pálida, porque Draco me convencia a comer e eu não queria preocupá-lo mais. 

No dia 08 de abril, já perto de Bella nascer, eu estava ainda mais enjoada de manhã, Draco ficou ao meu lado o tempo todo, me ajudando a pôr pra fora entre lágrimas e falta de ar, escovar os dentes, voltar a me deitar e fazer isso mais três vezes, até eu conseguir dormir novamente. 

— Amor, vamos para o hospital… - ele disse delicadamente alguns minutos depois de eu ter acordado. - Já está perto do parto e você está passando muito mal…

— Tudo bem… - sussurrei. Eu odiava hospitais, mas precisava garantir a segurança da minha filha. Já não estava pensando tanto em mim, mas nela. E em Draco. 

Ele me ajudou a vestir uma roupa e pegou a bolsa que preparamos para o parto, me pegou no colo e desceu as escadas, indo até o carro. Nada de aparatar ou pó de flu durante a gravidez. 

Draco dirigia com cuidado, mas rápido. Encostei minha cabeça no vidro gelado da janela e fechei os olhos, com muito sono.

Chegamos no hospital e Draco me pegou no colo novamente, entrando comigo e explicando a situação. Minha médica veio e nos levou até um quarto, me examinando e pedindo para que uma enfermeira ficasse de olho em mim.

Me virei na cama e suspirei. Draco estava sentado numa cadeira bem próxima da cama, segurando minha mão e acariciando meu cabelo. 

— Eu te amo tanto… - sussurrei e dei um sorrisinho leve.

— Eu te amo muito… - ele sussurrou e deu um beijinho na minha testa. Fechei os olhos, bem mais calma, e dormi. 

》》♡《《

Senti pontadas na barriga e acordei rápido, ofegante. Já era madrugada, ou o dia estava amanhecendo, não consegui identificar nem me importei. Draco me olhou preocupado e soltei um gemido de dor, me encolhendo e sentindo um líquido nas minhas coxas. 

— A bolsa… - sussurrei e ele entendeu. Se levantou rápido e chamou a enfermeira. Dessa vez, a dor era maior. Eu me contorcia na cama e chorava com a dor, que foi um pouquinho aliviada com uma poção que me deram ao me levarem para a sala de parto.

O parto ocorreu bem, Draco ao meu lado segurando minha mão o tempo todo. Ouvi o chorinho dela e chorei ainda mais, vendo Draco olhando para ela com aquele sorriso bobo e emocionado, mas logo senti minhas forças diminuindo e desmaiei sem nem ao menos ver o rosto da minha filha pelo menos uma vez.





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Notas finais do capítulo

N/A: oii, gente, como vocês estão? Esse capítulo ficou tenso, né? O que estão achando? E o que vai acontecer com Ast, será que a poção vai mesmo funcionar?
Vocês são muito importantes para mim ♡



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