Os Segredos dos Malfoy escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 3
Capítulo 03




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Astória

Acordei assustada, sentindo muita falta de ar. Draco me olhou ao acordar e pegou sua varinha, tentando usar um feitiço para me ajudar, mas não adiantava. Me sentei com a ajuda dele mas só piorou, então deitei novamente e virei na cama, tossindo muito, e então me assustei mais ao ver que tossi sangue.

— Ast… - Draco sussurrou assustado e me olhou. Pegou seu celular e ligou provavelmente para a médica.

Me encolhi na cama, chorando, ainda com falta de ar e um pouco de tosse. 

— Doutora, a senhora não está entendendo? - consegui focar no que Draco dizia. - Ela está grávida, com falta de ar e tossindo sangue! Não importa a hora, precisamos da senhora! E se não vier… - ele parou e suspirou. - Certo.

— O que…? - sussurrei.

— Nada, meu bem, a médica já vai vir… - ele disse ao desligar o celular. Acariciou meu rosto, tentando parecer mais calmo. 

Respirei fundo algumas vezes, conseguindo acalmar a respiração aos poucos, mas mais fraca. 

— Não deixa nada… acontecer… por favor… - sussurrei e levei minha mão sobre minha barriga, desmaiando logo em seguida. 

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Draco

Quando Ast desmaiou, fiquei ainda mais desesperado e gritei chamando minha mãe. 

— Draco? - ela disse ao entrar confusa no quarto, mas ao ver o sangue no travesseiro, se aproximou rápido. - O que aconteceu?

Expliquei entre lágrimas, assustado, preocupado e tremendo um pouco. Eu não podia perder minha Ast, não podia perdê-la assim. Nem nosso bebê.

— Respira fundo. Você precisa se acalmar para me ajudar… - minha mãe disse com seu tom de voz calmo e respirei fundo algumas vezes, tentando me acalmar. Minha mãe gritou chamando um elfo e pediu algumas ervas para ele.

Logo o elfo estava de volta com as ervas, junto com a médica. Ela examinou Ast e pegou as ervas da minha mãe, agradecendo e elogiando ela, mas isso pouco importava para mim, só queria minha mulher bem. 

Após alguns feitiços, Ast abriu os olhos e ofegou, me olhando imediatamente. Segurei sua mão e ela apertou um aperto leve e fraco. 

— Se ela sentir falta de ar ou tosse novamente, preciso que leve ela para o hospital. Vamos ter que interná-la e mantê-la sob observação. - a médica disse. Balancei a cabeça levemente concordando, olhando para uma Ast assustada.

— Tudo bem, meu amor… - sussurrei e acariciei seu rosto. Ouvi a médica falando com minha mãe, mas só consegui prestar atenção em Ast. 

— Por que, amor…? - ela sussurrou e deixou as lágrimas caírem. Me sentei ao seu lado e puxei ela para o meu colo, acariciando seu cabelo. - Eu só queria ser normal… 

— Você é perfeita como é, Ast…

— Não! Eu tô morrendo aos poucos, nem sei se vou conseguir…

— Não termina! - olhei para ela e suspirei. - Você é forte, amor, e nós vamos dar um jeito, como sempre demos.

— Eu… - ela suspirou. - Obrigada, amor.

Dei um beijinho em seu rosto e ela fechou os olhos, se escondendo mais em meus braços e colo, tão frágil e sensível, o que só me fez decidir ainda mais dar um jeito de resolver isso, fosse como fosse. 

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Assim que Ast dormiu, peguei meu celular e suspirei. Não estava acostumado com essas modernidades trouxas, mas às vezes era bem útil. Liguei para um dos meus contatos no laboratório do Ministério e conversei com ele sobre a maldição dos Greengrass, mas ele disse que não havia feito muito avanço. Suspirei e pressionei ele para que desse um jeito de achar um jeito de reverter isso. 

Olhei para Ast, tão frágil em meus braços, dormindo tranquilamente após melhorar. Eu não conseguiria viver sem ela, só de pensar já sentia meu peito doer. Ela foi uma das únicas pessoas que quiseram me manter por perto após tudo que aconteceu, e antes dos Malfoy retomar o nome de prestígio. 

Sorri ao me lembrar de como éramos em Hogwarts, nossas implicâncias e provocações, nosso primeiro beijo, nossos ciúmes, nossa primeira vez, tudo que passamos para ficar juntos, apesar de ambos sermos dos Sagados Vinte e Oito... fechei os olhos, sentindo uma lágrima cair pelo meu rosto. Ela era tudo para mim. 

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Astória

Acordei um pouco melhor. Suspirei ao perceber que ainda estava no colo do Draco. Dei uns beijinhos em seu pescoço e rosto, bem manhosa. Ele sorriu, mas continuo com os olhos fechados. 

— Bom dia, princesa… - sussurrou.

— Bom dia, meu amor. - dei um selinho delicado em seus lábios. - Não está com dor?

— Por você vale a pena… - e me olhou apaixonado, como sempre me olhava desde que assumimos nosso sentimento. 

Beijei ele delicadamente, acariciando seu rosto. Ele retribuiu o beijo mas parecia tomar cuidado para não me machucar ou forçar demais. Isso era fofo.

— Está com fome? - perguntou num sussurro após afastar nossos lábios.

— Não… - sussurrei e suspirei, escondendo meu rosto em seu pescoço. - Mas tenho que comer, né?

— Precisa, vida… - ele suspirou e deu um beijinho na minha cabeça. - Vou buscar algo para comermos e depois te dou um banho bem relaxante, o que acha?

— Perfeito… - sorri e sai do seu colo, me deitando na cama e me encolhendo.

Draco deu um beijinho na minha cabeça e se afastou, saindo do quarto. Suspirei e peguei meu celular, ligando para Igor. Conversei rápido com ele e ele me explicou o feitiço para fazer a marca do Draco parar de arder, mas ainda estavam tentando descobrir como parar os pesadelos e o motivo disso tudo. Agradeci e desliguei o celular na mesma hora que Draco entrou.

— Estava falando com alguém, amor?

— Estava… - suspirei e me sentei. Ele colocou a bandeja na cama e se sentou perto de mim. - Descobri como fazer a marca parar de arder… 

— Você o que? Como? - ele me olhou meio ansioso, animado e preocupado.

— Não importa… mas quero tentar. 

— Amor, seria melhor você não fazer magia… 

— Eu consigo, não é nada complicado demais, e você nao pode fazer.

— Tudo bem… - ele disse e suspirou. - Mas se você sentir qualquer coisa, para.

— Tá bom… - segurei seu braço e puxei a manga da blusa do pijama para cima, passei o dedo sobre a marca e fechei os olhos, me concentrando e falando o feitiço, sentindo a magia passar por minhas mãos. 

Draco ofegou, mas ficou em silêncio. Assim que terminei, abri os olhos e olhei para ele. - Não está mais ardendo… 

— Ótimo, funcionou mesmo. - sorri.

— Você é incrível… - ele sorriu e me deu um selinho. - Mas, amor, como?

— Igor… - falei baixo. Ele sabia muito bem quem era.

— Ast, você procurou um ex-comensal? 

— Eu precisei, era a única forma de entender o que está acontecendo com você, amor… 

— Mas, Ast, isso é perigoso. Não podemos ter contato com essas… - ele parou de falar e fechou os olhos, deixando uma lágrima cair pelo seu rosto. Sequei sua lágrima e suspirei. Ele sussurrou: - Quem sou eu para julgar…?

— Alguém que fez o que precisava pela família e que mudou assim que foi possível. 

Ele me olhou e me abraçou, escondendo seu rosto em meu pescoço e suspirando. - Só não faz nada assim sozinha de novo, amor, por favor… eu não posso… - me apertou mais, sussurrando: - Eu não posso te perder.

Fechei os olhos e escondi meu rosto em seu cabelo, chorando baixinho também. - Você… não vai… - sussurrei mesmo sabendo que não era verdade. Eu estava morrendo pouco a pouco e sentia isso. E ele sabia disso. Mas aceitar era difícil para nós dois.


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Notas finais do capítulo

N/A: não tá nada fácil para o casal, né?



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