Acordei de madrugada com muito enjoo e corri para o banheiro. Descobrir a gravidez fez os sintomas aumentarem e ficarem mais fortes. Eu mal conseguia dormir ou comer, estava enjoada demais. 

— Amor? - ouvi a voz sonolenta do Draco e senti ele segurar meu cabelo. Chorei baixinho e suspirei, sem falar nada. Ele me ajudou a levantar e escovou meus dentes, me pegando no colo em seguida e me levando de volta para a cama. - Vou chamar a médica de manhã, vida. Você não pode continuar assim.

Balancei a cabeça levemente concordando e me encolhi na cama, ainda chorando baixinho. 

— Você quer alguma coisa? - acariciou meu cabelo delicadamente. 

— Eu preciso de água, amor…  

Ele deu um beijinho na minha cabeça e sussurrou: - Eu já volto… - e saiu do quarto. 

Suspirei e fechei os olhos. Na gravidez do Scorp não fiquei tão enjoada assim, mas a maldição da família Greengrass devia estar piorando com a segunda gravidez. Pensar nisso só me fez ficar ainda mais preocupada.

Draco voltou pouco tempo depois com um copo de água e umas frutinhas cortadas num pratinho. Sorri e me sentei, adorava quando ele me mimava e precisava demais disso. 

— Tenta comer só um pouquinho, amor, você não comeu nada o dia todo ontem… 

— Vou tentar… 

Roubei um selinho quando ele se sentou perto de mim e peguei o copo d'água primeiro, bebendo um pouco. Draco pegou um morango e levou na minha boca. Ri baixinho e mordi.

— Eu amo quando você me mima.

— E eu amo te mimar.

Me deu um selinho e continuou levando as frutas até minha boca, e isso facilitou bastante para que eu conseguisse comer.

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— Obrigado, doutora. - Draco disse e levou a médica até a porta do quarto, onde um elfo a esperava. Me olhou e suspirou. - Agora vai ficar ainda mais manhosa, né?

Ri baixinho e me encolhi na cama. - Um pouquinho… mas preferia não ter enjoos e não precisar ficar em repouso por algumas semanas. E muito menos ter que tomar essa poção ruim.

Ele suspirou e se sentou na cama, acariciando meu cabelo. - Eu também, meu amor, mas é para o seu bem. 

— Fica comigo hoje? - pedi manhosinha. 

— Fico… - sussurrou e se deitou ao meu lado, me abraçando um pouquinho forte. Me encolhi ao abraçá-lo e escondi meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheirinho gostoso que não me causava enjoos. 

— Canta pra nós…? - sussurrei e levei minha mão até minha barriga, mais sensível e sentimental agora.

Ele colocou sua mão sobre a minha e cantou baixinho. Fechei os olhos e suspirei, uma das coisas que eu mais amava era ficar ouvindo sua voz, me trazia muita paz… tanta paz, que acabei adormecendo.

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Acordei assustada sentindo um aperto no peito. Pensei imediatamente no Scorp e comecei a chorar. 

— Amor, está tudo bem? - Draco perguntou sonolento ao acordar. 

— Scorp… eu tive uma sensação ruim… - olhei para ele chorando e me levantei, mas fiquei muito tonta e sentei na cama novamente. 

— Eu vou vê-lo, amor… - ele suspirou e deu um beijinho no meu ombro. Se levantou, saindo do quarto. 

Me encolhi na cama, me encostando na cabeceira, chorando mais. Draco voltou com Scorp alguns minutos depois.

— Mamãe! - correu até a cama e me abraçou forte.

— Meu amorzinho, como você está? - apertei ele, mais aliviada agora que ele estava aqui comigo.

— Eu estou bem, mamãe. Não chora… - me olhou e acariciou meu rosto delicadinho, secando minhas lágrimas com sua pequena mãozinha.

Sorri meio boba, ele era tudo para mim. Ele, Draco e agora nosso bebezinho também. 

— Agora a mamãe está mais tranquila, Scorp… - sussurrei e enchi seu rostinho de beijinhos, fazendo ele rir.

— Vocês são lindos… - Draco falou e sentou ao nosso lado, sorrindo bobo.

— E você é babão… - ri e fingi secar a baba dele, fazendo Scorp rir ainda mais. 

— Sou mesmo. - ele riu e abraçou nós dois. Nos deitamos na cama com Scorp entre nós dois e suspirei mais calma. Olhei para os dois e sorri. Minha vida não poderia ser melhor… ao menos enquanto ainda havia tempo para mim, iria aproveitar o máximo possível.