My Medical Romance escrita por Alina Black


Capítulo 1
Renesmee - Escolhas




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O tocar da campainha se misturou com os gritos de meu avô - Nessie, a campainha! Gritou ele do sofá da sala, eu apenas larguei os pratos cheios de sabão dentro da pia enquanto mamãe retirava a mesa.
Não é que vovô fosse do tipo preguiçoso, muito pelo contrário, ele tentava se movimentar o máximo possível após ter ganho sua aposentadoria, meu avô Charlie era chefe de polícia e depois de mais de trinta anos servindo honestamente aos cidadãos de Forks ele decidiu se aposentar e como eu esperava esperançosamente por uma correspondência eu havia proibido qualquer um de abrir aquela porta antes de mim.
Ao abrir a porta havia um envelope na caixa do correio próximo a entrada, eu sorri largamente pegando o envelope de forma apressada, por mais impossível que parecesse meu sorriso se alargou quando vi que se tratava do que eu esperava nos últimos dias.
— Finalmente! Eu sussurrei olhando o envelope e caminhei lentamente por nossa pequena sala, não havia percebido, mas minhas mãos estavam trêmulas, apesar de não querer aparentar meu nervosismo dentro daquele envelope estava o meu destino, tudo que eu faria na minha vida dependia daquele pedaço de papel, suspirei profundamente e quando olhei ao meu redor mamãe e vovô me olhavam sorrindo.
— É o seu resultado? Mamãe perguntou de forma carinhosa.
— É sim! Respondi abrindo o envelope.
Novamente o silêncio dominou a sala, eu tirei o papel de dentro do envelope o lendo atentamente.
— E então? Perguntou meu avô denunciando que ele estava tão ansioso quando a mamãe – Tenho certeza de que minha neta vai para Mayo Medical School ou Cleveland clinic, o que acha Bella?
Olhei para meu avô e sorri timidamente- Isso depende das opções que ela escolheu! Respondeu mamãe em um tom de animação – Você escolheu quais meu amor?
Um novo sorriso se formou em meus lábios – Bom eu tinha algumas opções e fui chamada em duas – respondi em um tom de felicidade, eu realmente estava feliz, eu era uma recém formada em medicina e já havia conseguido uma residência em um dos melhores hospitais do mundo.
—E conseguiu onde queria? Perguntou mamãe curiosa.
— Sim, eu tinha Johns Hopkins, hospital universitário da Universidade de Toronto, C.C medical...
— O que disse? Mamãe perguntou em um tom de surpresa e ao mesmo tempo parecia de reprovação, a expressão de meu avô também mudou ao ouvir a última opção que eu havia dito.
—Você disse C.C medical? Murmurou meu avô.
— Sim, é um hospital referência em atendimento infantil e como eu quero fazer pediatria eu...
— Você está pensando em ir para Portland? Perguntou mamãe em um tom um pouco exaltado.
Olhei para meu avô tentando compreender aquela reação – Mamãe eu disse apenas que era uma das opções e não que vou para Portland, além disso o que tem de mais em eu ir para lá?
Mamãe me olhou em silêncio.
—Sua mãe só ficou surpresa, não é Bella? Respondeu meu avô, mamãe caminhou pela sala e respirou profundamente.
—É claro – disse ela em um tom de voz menos elevado – Eu...só fiquei surpresa, mas por acaso você foi aprovada para essa clínica?
Olhei para meu avô e para mamãe, definitivamente aquela atitude era muito estranha – Não – eu murmurei guardando o envelope com o papel no bolso – Parece que não sou boa o suficiente para os médicos de Portland.
Você sorriu – É uma pena estão perdendo uma excelente médica.
— Com certeza – Mamãe concordou com um semblante de tranquilidade – Então para onde nossa médica irá? Estou curiosa.
— Johns Hopkins – respondi tentando disfarçar minha desconfiança.
Mamãe sorriu largamente e caminhou até mim envolvendo seus braços em volta do meu corpo – parabéns filha – disse ela dando um beijo em meu rosto – Estou tão orgulhosa.
— Orleans, muito bom! Disse vovô se aproximando para me parabenizar, sai dos braços de minha mãe e o abracei forte – Sentirei saudade de você baixinha – disse ele dando um beijo em meus cabelos.
— Eu também vou! Fiz uma carinha de choro e mamãe novamente me puxou para seus braços, apesar da desconfiança inicial eu tinha muitos motivos para me sentir feliz, em breve eu seria uma médica, aquele era apenas um passo para realizar meu sonho de me tornar uma grande e reconhecia pediatra.
Após o nosso momento de comemoração em família eu subi pra o meu quarto, precisava preencher o formulário e enviar os documentos necessários para o hospital, entrei em meu quarto e tranquei a porta em encostando na mesma e suspirei, em seguida tirei o envelope do bolso e novamente li a folha de papel – você foi aceita em Johns Hopkins e C.C medical – murmurei caminhando até a cama.
Abri o notebook e suspirei, eu não havia compreendido a atitude da minha mãe e do meu avô quando eu citei a C.C medical, Johns Hopkins era uma escolha excelente, mas a outra opção sempre havia sido meu sonho, olhei em silêncio para a folha e o notebook e então tomei minha decisão.
— Me perdoe mamãe mais são meus sonhos – eu sussurrei enquanto preenchia a ficha do hospital C.C medical, eu tinha vinte e quatro anos e não precisava de autorização da minha mãe para tomar minhas decisões, após preencher minha ficha eu me deitei na cama e olhei para o teto sorrindo.
— Doutora Swan, médica pediatra Swan – sussurrei rindo sozinha abraçando meu travesseiro.
O som do bip do meu celular interrompeu meu momento de comemoração solitária, olhei a mensagem e suspirei.
Nahuel – recebi minha carta hoje, me diga que também recebeu.
Nessie – Sim, eu recebi.
Nahuel – Pronta para o Johns Hopkins?
Nessie – É..claro.
Nahuel – Perfeito te encontro as vinte e uma para comemorarmos.
Nessie – Tudo bem.
Nahuel – até mais tarde amo você.
Deixei o celular sobre a cama e suspirei, apesar de amar Nahuel não compartilhávamos dos mesmos sonhos e eu sabia que de alguma forma naquela noite eu iria decepcioná-lo.
Passei o resto do dia trancada no meu quarto organizando minhas coisas para a viagem, como mamãe trabalhava no turno da tarde em Port Angeles e meu avô como sempre iria assistir seus jogos com alguns amigos da reserva eu tinha algumas horas de tranquilidade, o clima da cidade era úmido e nublado não muito diferente de Forks por isso não seria difícil me adaptar.
Eu já havia terminado de arrumar as malas quando olhei para o relógio, só então percebi as mensagens de Nahuel com o nome do lugar onde nos encontraríamos com os demais colegas de faculdade, corri apressada para o banheiro e tomei um banho rápido, vestido algo simples e confortável e após pegar a chave da caminhonete sai um pouco apressada de casa.
Eu com certeza chegaria atrasada.
Quando finalmente estacionei em frente ao Coyote BBQ Pub, Port Angeles já eram quase 22 horas, sai da caminhonete e caminhei até a entrada do bar, passei pela porta olhando a movimentação, alguns jovens jogavam na pequena sala de jogos e outros conversavam no balcão, em uma mesa um pouco a frente Nahuel gargalhava ao lado de alguns conhecido, sorri timidamente e caminhei na direção deles.
— Chegou a minha médica favorita! Disse Nahuel vindo ao meu encontro.
— Desculpe o atraso – sussurrei enquanto sentia seu lábio tocando os meus e um dos seus braços envolvendo minha cintura – Pessoal, minha parceira de especialidades clínicas chegou.
Todos os colegas aplaudiram.
Nahuel me puxou e nos sentamos em um dos sofás enquanto ele me servia uma bebida – Então vocês dois foram aprovados no Johns Hopkins? Um casal cdf.
Nahuel riu me entregando um copo – Um casal de futuro! Disse ele em um tom de empolgação.
Tomei um gole da bebida e aproveitei o fato dele ter puxado o assunto e o álcool me encorajou – Eu passei em dois hospitais na verdade.
Nahuel me olhou surpreso – Sério amor? Perguntou ele tomando um gole da sua bebida – Sei que já escolheu o mesmo que eu, mas qual o outro, sou curioso.
Sorri timidamente – C.C medical.
— Esse é melhor que o Hopkins, nossa Nessie você é fera – um dos garotos falou sorrindo.
— Eu não fui aprovado nesse! Disse Nahuel – Mas tanto faz vamos para o Hopkins.
Tomei minha bebida em silêncio enquanto Nahuel me olhava com um semblante de desconfiança – Ao menos eu acho que vamos não é amor?
Olhei para nossos amigos que conversavam e sorriam – Será que podemos conversar a sós lá fora?
Ele concordou com a cabeça – Claro amor – disse ele se levantando, sorri e segurei a sua mão o puxando para fora da casa noturna.
— Algum problema amor? Sussurrou ele.
— Nós precisamos conversar.
— Se é sobre nossa viagem, sei que temos que ir, mas ainda temos dois dias e...
—Eu não escolhi o Hopkins! Falei o interrompendo.
Nahuel me olhou com um semblante de incompreensão – Do que está falando amor? Você me disse no celular e estamos combinando isso a anos.
— Você está combinando isso a anos, você nunca me perguntou se eu queria o Hopkins.
—Eu acho que quisesse fazer tudo ao meu lado.
—Você achou isso, não precisamos fazer tudo juntos Nahuel, podemos fazer outras coisas e seguir caminhos diferentes e...
—Escolheu o C.C medical, é isso?
Concordei com a cabeça – Olha Portland não é tão longe, podemos nos ver aos finais de semana e...
— Você não pode estar falando sério!
— Eu estou! Respondi olhando nos olhos dele.
Nahuel sacudiu a cabeça e sorriu – Você ainda pode cancelar o C.C amanhã ajudo você.
Olhei para Nahuel totalmente cética com a atitude dele – Você enlouqueceu?
O semblante de Nahuel mudou, dei dois passos para trás e o encarei por alguns segundos – Se você mantiver essa escolha considere o fim da nossa relação Renesmee Swan.
Meus braços se cruzaram a frente dos meus seios e mantive minha posição – Tudo bem! Concordei com a cabeça.
— Você tem outro cara é isso?
Rolei meus olhos – Chega!
— Me responde Renesmee – Disse Nahuel em um tom mais alto, neguei com a cabeça e caminhei passando ao lado dele indo na direção da minha caminhonete, Nahuel me seguiu passando a minha frente e parando em frente da porta do veículo evitando que eu abrisse – Me responde!
— Você já bebeu demais, está até falando besteira!
— Eu achei que fosse diferente das outras mulheres, mas pelo visto é igualzinha a elas não passa de uma va...
—NÃO CONTINUE! O interrompi em um tom exaltado de voz – EU NÃO ADMITO QUE VOCÊ ME OFENDA ENTENDEU, É A MINHA VIDA SOU EU QUEM DECIDO – O empurrei fazendo com que ele saísse da frente a porta e a abri tentando entrar no carro.
Então senti sua mão segurando meu braço.
— Eu ainda não terminei.
—Me solta Nahuel – O empurrei novamente tentando entrar no carro, novamente ele segurava meu braço me impedindo e me puxando com força fazendo com que eu batesse com o rosto na porta do carro.
Eu gritei, um dos seguranças o puxou fazendo com que Nahuel se afastasse enquanto uma das garotas que nos acompanhavam tentava me ajudar – NESSIE EU NÃO QUERIA MACHUCAR VOCÊ – Nahuel gritou sendo segurando por um de nossos amigos e pelo segurança.
Dei alguns passos e me aproximei – Nunca mais chega perto de mim! Falei tentando controlar minhas lagrimas, Nahuell tentou sair dos braços dos dois homens, porém sem êxito, caminhei até a caminhonete e entrei ligando o carro com as mãos tremulas e sai cantando pneus.
Eu só queria ir para casa e esquecer aquela noite, eu não acreditava que o homem que eu havia namorado por tantos anos havia me agredido.


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