Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao último capítulo! UAU! Claro, o último dessa primeira fase de COL. E eu vou deixar alguns assuntos para as notas finais. Aqui eu gostaria de deixar dois recadinhos:

Primeiro, a postagem de COL2, ela será na sequência, mas não posso prometer uma periodicidade tá? Eu estou com muito trabalho, essa época do ano de férias e feriados são a época que mais trabalho e eu realmente não tenho quase tempo livre (na realidade é por isso que eu acabei atrasando a postagem, e peço mil desculpas por isso, geralmente não prometo algo que não posso cumprir). Tem dias que meu dia começa as 5h e termina as 2h. E se eu ficar publicando por dever e não por prazer, a escrita perde o propósito pra mim. Então, tenham paciência, haverá semanas que postarei 3 ou até mais capítulos e semanas que não postarei nenhum. É difícil prever.

Segundo, mas não menos importante, gostaria de agradecer por terem me acompanhado nessa história cheia de reviravoltas, eu gosto mesmo de um drama mexicano com muito sofrimento né? E vocês aguentaram firme, aguentaram o Roberto (há quem amou como a autora haha), a morte do Noah, tantas derrotas e um relacionamento que demorou a acontecer. Caraca, vocês permaneceram aqui, fiéis a história, sem saber se eu ia cumprir o que prometi e que GSR ia terminar junto. Bom, isso descobriremos no capítulo a seguir.
Mas também gostaria de agradecer os 14k de visualizações e os vários comentários, sejam aqui ou nos grupos de whatsapp (ou até nas outras redes sociais). Sério, isso é extremamente motivante.

Pela última vez na primeira parte de Coincidence Of Love: Desfrutem ♥



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Estava ansioso, caminhava de um lado para o outro pelo quarto enquanto arrumava os últimos detalhes da sua roupa. Pegava uma loção e passava. Que saudade que sentia de sua amada, depois de praticamente duas semanas sem vê-la. Arrumou a gravata mais uma vez diante do espelho, fitou o terno preto sob a camisa branca, impecável. Tudo tinha que estar perfeito. Ele não parava de analisar-se, para confirmar que estava com ela merecia. 

— Papai. – A pequena invadiu o quarto sem bater.

Ela analisou o pai arrumado, o modo que ele se olhava no espelho e soltou um assobio longo. 

— Onde você vai tão gato assim sem a mamãe? – Colocou a mão na cintura.

—E-eu tenho que ir numa reunião de negócios. – Mentiu descaradamente. 

A realidade é que havia mentido para as filhas, disse que a mãe delas só voltaria no outro dia. Isso porque tinha planos para o retorno da amada, planos que não incluíam duas meninas de oito anos saudosas da mãe. Elas poderiam ficar mais um dia longe de Sara, ele não podia ficar nem sequer mais um segundo.

Ele havia convencido Sara, um dia antes, a mentir a data do retorno para as filhas. A ideia era dizer que chegaria somente um dia após, assim poderia fazer uma surpresa para elas. A realidade? Ele precisava de uma noite a sós.

Jujuba havia entrado no quarto em seguida. Se separou com a irmã analisando o pai, e então fez o mesmo. 

— Onde o Gil vai? – Perguntou a irmã como se Gilbert não estivesse presente.

— Reunião de negócios. – Respondeu, descrente, ainda analisando o adulto que já ignorava as duas.

— Sorte que a mãe não tá aqui. Ela nunca deixaria ele ir assim em uma reunião. – Ela ergueu a sobrancelha. – Não tem nenhuma mulher nessa reunião, não é?  – Disse desconfiada.

— Hey, pestes. – Ele olhou para as duas. – Para fora, já. – Ele riu. – Jantem cedo e vão dormir. Nada de televisão, tablet ou internet esse horário. Amanhã vocês têm aula.

— Você vai dormir em casa, né papai? – Ju cobrou ignorando as ordens.

Ele teve que rir. Não, ele não ia.

— Eu vou chegar tarde. – Nem ele sabia porque dava explicações para as filhas. – E espero que já estejam no segundo sono quando eu chegar aqui. – Ele fitou-as com seriedade.

Ele não queria ser duro com as meninas, mas estava nervoso, e também odiava mentir para elas. Era uma mentirinha boba, ainda sim, não gostava. Não estava acostumado com isso e sentia que tropeçaria nas mentiras hora ou outra. Elas eram espertas. Muito espertas.

...

Tudo já havia sido planejado há dois dias. Ele apenas aguardava a conversa com sua namorada que ocorrera na segunda-feira. Ela o chamou por chamada de vídeo, ele estava no escritório quando o smartphone tocou. Atendeu rapidamente, ansioso até. 

— Hey Sar. – Disse assim que estabeleceu a conexão.

— Hey Griss. – Ela sorriu para ele ao ver a imagem nítida. – Estava falando com as meninas agora, e elas me falaram que estava trabalhando. É uma boa hora?

— Pra você? Sempre é uma boa hora. Como estão as coisas aí?

— Hoje é a reunião final. Vamos saber se o projeto fora aprovado ou não. E eu estou tão ansiosa. Eu nem sinto que vai dar certo. 

— Você trabalhou duro para isso. Durante meses. Abdicou de muita coisa. Tenho certeza que será recompensada. – Ele disse com confiança. 

— Obrigada. – Ela disse sem graça, não tinha a mesma confiança. – Eu estou com saudades. – Ela disse por fim. – Ficar longe de você é torturante. 

— A cama fica vazia sem você nela. – Era sua forma de dizer que sentia falta.

— E quieta… – Falou lasciva.

— Muito quieta. – Ele rebateu no mesmo tom. – Quando você volta? 

— Depende dos acionistas e investidores. Se meu software de segurança for aprovado, tenho que assinar alguns papéis e volto. Se precisarem mostrar para mais gente, é capaz que eu leve mais uma semana aqui. – Disse desanimada. – Ou pode ser que não aprovem. 

— Vão aprovar! – Ele mantinha a confiança por ambos. 

— Queria ter em mim toda a fé que você tem. – Ela sorriu sem graça. – Sabe quantas últimas reuniões eu já tive ao longo de dez dias?

— Bom, mas agora a coisa muda de figura. Não havia uma concorrente com interesse no seu código?

— Tem, mas a proposta deles não é boa.

— Ainda sim, é uma proposta. 

— Amor, eu tenho que desligar agora. Me organizar. Mas te ligo assim que terminar a reunião.

— Tudo bem. 

Ela não mentiu que ligaria. Fora a primeira coisa que fez ao chegar no quarto de hotel. Gilbert atendeu rapidamente, porém ao invés de ver a doce Sara, vou alguns papéis.

— Adivinha! – A voz alegre, como de uma criança que acabara de ganhar um presente desejado, surgiu de trás das folhas. – Eu fui aprovada. E o contrato está assinado. – Ela estava feliz.

— Parabéns querida! – Ele disse animado, principalmente após os papéis saírem da frente da câmera e o rosto feliz dela aparecer na tela.  Era possível ver o brilho nos olhos dela, tamanha realização. – Eu sabia que conseguiria.

— É, você sabia. – Ela tinha uma voz de agradecimento, pelo apoio do namorado a ela. – E tem mais…

— Mais?

— Passagens compradas! Volto para casa na quarta à noite. Estou louca para contar as meninas. Que saudades delas.

— Você podia dizer que volta na quinta. – Ele sugeriu. – Assim, poderíamos fazer uma surpresa pra elas com você chegando de surpresa um dia antes. O que acha?

— Claro. Pode ser sim. Um jantar em família no restaurante preferido das meninas?

— Como você quiser.

Estava tudo planejado. Ele apenas precisava ter certeza que ela voltaria feliz. Então poderia finalmente pedir ela em casamento. Queria fazer de um jeito romântico e tradicional, havia escrito algo, mas depois decidiu que o melhor seria ele abrir seu coração com espontaneidade, como raramente fazia. Com palavras e não em um pedaço de papel. Ela precisava saber que era real, e apesar do medo de ela não estar pronta e dizer que não, ele mal podia esperar a chance de ouvir ela dizer sim, e repetir aquele sim na sua cabeça pelo resto de sua vida. Se ela dissesse sim, aquelas lembranças seriam um loop de felicidade em sua mente e coração. Se ela dissesse não, no entanto, já havia se preparado, conhecia Sara e sabia que isso não queria dizer que ela não o amava, apenas que ainda não estava pronta para o próximo passo. E ele estaria disposto a esperar até que estivesse.

Por favor Sara, diga sim. Ele queria que ela estivesse pronta. Precisava disso. 

Chegou no aeroporto cedo. Carregava uma rosa vermelha e um papel escrito "Sara Sidle". Ficou de costas para o portão de desembarque, segurando o papel em suas costas com uma mão levemente torcida para trás na altura do quadril. A rosa carregava na outra mão, à frente de seu corpo, escondida de quem se aproximasse por trás dele.  

Estava ansioso. Quanto tempo ela demoraria. Ela o veria?

Assim que saiu carregando uma bagagem de mão, e arrastando outra mala de rodas. Ela logo o notou, reconheceria aquele homem de corpulento e de cabelos grisalhos há quilômetros de distância. Sorriu. Percebeu o traje formal. Teria vindo ele de uma reunião? Era tão tarde.

O sorriso fora instantâneo. 

Ela caminhou até ele, mas percebia que ele não virava. Carregava um papel com seu nome, mal havia notado já que focava em seus ombros largos e sua nuca. Se não estivesse em um local público poderia mordê-la naquele instante, pensou.

— Gil? – Perguntou agora há poucos metros dele.

Ele se virou mostrando a flor. Ele também sorriu, não apenas com os lábios, mas também com os olhos. 

— Sar… Senti tanta saudade. 

Ele se aproximou imediatamente e deram um beijo suave e rápido. 

— Deixa eu te ajudar com isso. – Ele pegou a bagagem de mão e a outra de rodas também.

— Estou morrendo de saudades de você e das meninas também. – Ela disse animada.

Seu semblante era de realização. E como não? Jamais havia tido tanta coisa boa em sua vida. Suas filhas estavam saudáveis e se amavam, finalmente namorava com Gilbert o homem que amava, estava realizada profissionalmente, havia fechado um contrato maravilhoso. O que mais ela queria? O que mais poderia querer?

Enquanto iam para o carro, a morena contava sobre a viagem, sobre as reuniões, e perguntava sobre ele e as filhas.

Sara segurava a rosa, cheirando algumas vezes. Não podia deixar de reparar o quanto estava lindo o homem que estava ao volante. Ainda sim, não havia perguntado do porquê daquela roupa tão formal. Em seguida percebeu que não estavam indo para casa.

— Gil, acho que você errou o caminho. 

— Sar, meu amor, você acha mesmo que depois de tudo que conquistou, a gente não ia comemorar? Estou te levando para jantarmos em um local bem especial para comemorar isso. Você trabalhou duro, conseguiu e isso é incrível. Não podemos deixar em branco.

— Meu Deus Gil, você está todo formal e eu estou de jeans e baby look. Como vou entrar no restaurante assim? – Disse preocupada.

— Eu já pensei em tudo, fique tranquila. – Ele sorriu para ela. – E acho inclusive que você pode pagar o jantar hoje… – Ele brincou. – Agora você tem dinheiro de sobra. – Riu.

— Opa! Pode deixar, tudo por minha conta. – Ela respondeu no mesmo tom de brincadeira.

Chegaram a um grande hotel.  Ainda na entrada eles desceram do carro e deixaram a chave com o valet. Na recepção, Grissom pegou o cartão do quarto de hotel e foram ao elevador. 

— Gil, achei que a gente só ia jantar. – Ela falou um pouco confusa.

— E a gente vai, o restaurante deste hotel é maravilhoso. Mas como você disse, não está com roupa adequada. Tinha que ter um local para se trocar. 

— Eu não tenho nem roupa para um local como esse, muito menos aqui. – Ela riu.

— Acredite, eu sei. Vasculhei seu guarda roupas atrás de algo adequado e não encontrei. Então tive que providenciar.

A porta do elevador abriu, Sara ainda estava estupefacta. Ainda sim, nem passava pela sua cabeça o que Gilbert realmente planejava para essa noite. Chegou ao quarto, e ele estava realmente lindo, algumas velas, algumas pétalas, meia luz, um ar bem romântico.

— Eu não sabia que o jantar era eu. – Ela falou com malícia.

— Na realidade você é a sobremesa. – Ele piscou. – Sua roupa está sobre a cama, espero que sirva. 

Ela olhou para a cama, era um vestido social e ao mesmo tempo sensual e lindíssimo. 

— Nossa Gil, ele é lindo! – Ela disse assim que o pegou nas mãos. Ele era realmente magnífico. – Eu só não entendo por que tudo isso?

— Por que eu quero mimar a minha namorada. – Ele disse por fim. – Sar, você conseguiu assinar esse contrato, e eu acho que isso merece uma comemoração. Por que ao invés de ficar assim, você não se apronta? Vou estar te esperando para jantarmos, e eu estou com bastante fome.

— Eu tenho que confessar que também estou com bastante fome. – Ela não conseguia parar de sorrir, estava completamente boba diante de toda a surpresa que ele havia feito para ela.

— Então se apronte, eu vou ficar aguardando aqui enquanto se veste.

Sara se despiu ainda na frente de Grissom, se ele não estivesse tão compenetrado na surpresa, tinha que admitir que esqueceria tudo e a agarraria exatamente naquele momento. Ela fora no banheiro da suíte e tomou um banho rápido, ela gostaria de tomar um banho relaxado, havia banheira, sais de banho e muitos utensílios dignos de um hotel cinco estrelas. Ainda sim, não queria se demorar muito e deixá-lo esperando. Após o banho rápido, ela secou o cabelo e colocou o vestido. Havia um estojo de maquiagem na bagagem de mão que havia trazido consigo, ela se maquiou brevemente, uma maquiagem para noite, porém não muito carregada. Gilbert havia providenciado até mesmo os sapatos, não havia errado a numeração, e apesar de serem altos, que ela não usava de costume, eram bem confortáveis.

Olhou-se no espelho, o vestido vinho, era muito elegante. Ele tinha um degote comportado, mas era mais justo ba parte superior, a saia era mais solta e ia até a altura do joelho. Com um sapato preto fechado de bico fino e salto alto. Havia ficado lindo. A maquiagem completava e colocou um colar fino foleado a outro com um pingente de borboleta muito delicado, para finalizar. Levava os cabelos soltos. Estava pronta.

Saiu do banheiro e Gilbert não pode conter a surpresa. Aquele vestido havia ficado ainda mais bonito nela do que havia imaginado. Ela estava simplesmente perfeita.

— Nós precisamos sair desse quarto. – Fora a primeira coisa que ele disse.

— Por que? – Ela perguntou achando graça.

— Por que você está tão maravilhosamente linda que eu vou pular a refeição se seguirmos aqui. – Ele riu. – Você está divina meu amor.

— Você está me deixando sem graça. – Ela corou.

— Bem, vamos jantar?

— Vamos.

Eles entraram no elevador. Sara estranhou somente quando ao invés de apertar os botões para descer, já que o restaurante parecia ser no térreo, ele colocou para cima. No último andar mais especificamente.

— Tem outro restaurante no hotel? – Ela perguntou com dúvida.

— Hoje tem. – Ele sorriu para ela.

Após desceram no último andar, Grissom a guiou por um lance de escadas, chegando por fim ao topo daquele imenso hotel. A cobertura. Podia-se ver praticamente toda cidade dali. Havia uma mesa para duas pessoas, Gilbert tinha pedido um ambiente simples, apenas flores e luz de velas, nada de extravagâncias como pétalas e corações. A vista e o local já tornavam o ambiente romântico o suficiente. Ele queria que ela não suspeitasse de nada, não até o momento do pedido, por enquanto era apenas um encontro especial de um namorado cheio de saudade que queria comemorar a conquista da namorada.

— Nossa Gil, tudo isso… – Ela disse quase sem fôlego. – É lindo demais.

— Nós nunca tivemos um momento só para nós, algo nosso. A gente sempre estava distante ou envolvido com as meninas, e eu gostaria que hoje fosse especial. – Ele levou a mão ao rosto incrédulo de Sara e o acariciou.

— Isso é muito mais do que eu imaginei.

Um homem então se aproximou de Grissom, ele vestia um smoking formal, do mesmo estilo que usavam os garçons do restaurante.

— Os senhores podem se acomodar a mesa. – Ele convidou gentilmente.

Ainda extasiada pela vista e toda surpresa, Sara se sentou a mesa, assim como Gilbert. O garçom entregou os cardápios. Eram os mesmos do restaurante. Gilbert já havia ajustado tudo, eles pediriam o que queriam comer e eles trariam sessenta andares para cima.

Sara e Grissom escolheram rapidamente o que queriam comer. E não demorou mais que quinze minutos para que o pedido fosse realizado, preparado, e subido do primeiro andar até a cobertura para eles. Durante esse tempo e enquanto comiam, eles conversaram sobre tudo um pouco, assim como no carro a caminho do hotel.  

Quanto mais perto eles ficavam do final do jantar, mais nervoso Gilbert ficava. Na realidade ele lutava consigo mesmo para não deixar transparecer tamanho nervosismo que sentia. Assim que terminaram de comer, o garçom recolheu os pratos, deixando somente a champanhe e duas taças. E assim que se assegurou que não precisavam de mais nada, ele se retirou juntamente com os utensílios que havia recolhido da mesa. 

— Bom, agora que estamos sozinhos, eu preciso te contar uma coisa Sara….

Ela estranhou. Contar alguma coisa? Ele havia preparado tudo isso para lhe contar algo. Ela não entendeu direito, ela apenas estranhou e por um momento sentiu que segurou o ar por alguns segundos.

— O que foi? – Ela questionou.

— Eu quero contar sobre quando nós nos conhecemos, há dois anos atrás. – Ele sorriu.

— Eu me lembro disso.

— Sim, e eu também como se fosse ontem. Quando nós nos conhecemos eu disse que você estava louca. – Ele riu com a lembrança.

— Eu acho que nunca voltei ao normal. – Ela riu brincando.

— Talvez. – Ele deu os ombros. – Mas na realidade, eu tinha tanto medo daquilo ser verdade, de Ju não ser minha filha biológica, que eu realmente não imaginava o que estava por vir. Através desse erro, o destino me deu uma filha maravilhosa que eu pude acompanhar crescer, e que mesmo não tendo meu sangue, ela tem meu coração. Na realidade meu corpo inteiro. – Ele riu. – E então, quando a verdade veio a tona, eu ganhei outra filha, uma que talvez não me queira tanto como pai, mas que eu amo e que eu vou passar todos os dias tentando conquistar. – Ele suspirou. – Por fim, ele me trouxe você, e eu não posso negar, foi difícil. Você não tem idéia do quanto eu quis não te amar, eu nem sabia como era amar após Laura, eu tinha medo de perder, eu tinha medo de você estar aqui e amanhã não estar mais… E esse medo te afastou de mim, e eu tenho consciência que eu quase te perdi, na realidade, por um tempo eu te perdi, teu coração não era meu, mas agora é. – Ele sorriu emocionado.

Sara também estava, ele podia ver isso nos olhos dela. Ela sorria, seus olhos estavam mareado, ainda sim, ela não falava nada, apenas deixava que ele falasse.

— E eu me sinto completo novamente, não somente como pai, como família, mas como homem. Eu sinto que eu recuperei algo em mim que eu havia perdido há muito tempo, eu recuperei uma parte do meu coração que eu pensava estar morto, recuperei minha fé. Você restaurou minha fé. – Ele deu uma pausa, tateou os bolsos, mas ainda sim, não pegou nada, apenas precisava se lembrar onde estava. – E nós passamos tantas coisas juntos esses últimos anos, momentos ruins e bons. A gente superou muita coisa junto. O que aconteceu entre nós não foi algo que simplesmente surgiu, foi algo que a gente criou e que a gente deixou crescer e fortalecer. Você entra na adega, rouba meu vinho, se senta no meu sofá como se fosse seu, e fica lá pensando na vida. Eu, desço as escadas, as vezes na esperança de te encontrar lá, as vezes te encontro lá de surpresa. Você divide meu vinho comigo, e as vezes conversamos em silêncio, outras em palavras. Mas nos comunicamos. – Ele agora finalmente pegava a caixa do bolso. – Mas as vezes, durante a noite, eu desço as escadas e eu não te encontro lá sentada de lado no sofá, distraída. O mais engraçado é que eu sei que não está em casa, que está no seu apartamento, ainda sim, eu desço aquelas escadas e tenho a esperança de te ver ali... E quando isso ocorre, eu me sinto vazio.  

Ele então se levantou da cadeira, se posicionou a frente de Sara e se ajoelhou, ficando com um joelho no chão e o outro para frente. A caixa ainda estava fechada, mas estava de frente para ela. Finalmente Sara entendia do que tudo aquilo se tratava, estava emocionada com as palavras, mas agora, sabendo a pergunta que viria, ela se sentiu sem ar. Ela não tinha voz.

— Eu achei que tinha perdido a capacidade de amar, e então eu te conheci e descobri que eu estou pronto. Pronto para amar incondicionalmente e pronto para dividir integralmente a minha vida com você. Você está pronta para dividir a vida comigo? Sara Ann Sidle, você aceita se casar comigo? – Ele então abriu a caixa e novamente colocou a frente dela.

Meu Deus. Ela estava emocionada demais. Ainda antes de dizer qualquer coisa as lágrimas começaram a escorrer de seu rosto. Seu coração estava acelerado demais. E ela tinha que lembrar que tinha que respirar, se não ela simplesmente parava.  Ela olhou tudo em volta, a cidade brilhava e voltou a olhar para ele, ali ajoelhado. Ainda não tinha voz, ela queria dizer algo, mas não conseguia.

— Sar… – Ele disse após alguns segundos de espera. – Eu preciso de uma resposta.

Ele também estava ansioso. Havia planejado aquilo durante dois dias inteiros. Ele havia pensado muito sobre a possibilidade de um não, de ela não estar pronta para o próximo passo assim como ele. Eles nem estavam juntos a tanto tempo. Um local sem publico sem ninguém olhando para eles durante a resposta havia sido pensada meticulosamente, não queria colocá-la a pressão de um publico que teria a atenção toda atraída para ela. Ainda sim, pareceu não ter resolvido a questão, pois ela estava igualmente nervosa. E agora, ele não conseguia mais pensar nisso, ela não poderia dizer não, ela tinha que estar pronta. Ela precisava estar pronta.

Seu rosto estava alegre e ansioso. Ainda sim, ele estava nervoso, ainda não tinha dito nada.

— Meu Deus Gil, tudo isso foi tão perfeito. – Ela sorriu para ele. – Eu te amo tanto. – Ela tremia. – Eu estou nervosa… – E estava mesmo. Não sabia o que pensar, era uma resposta tão simples, ela sabia qual era, ainda sim, parecia não sair.

— É somente dizer se você aceita ou não aceita casa comigo. – Ele aguardava na mesma posição.

— Eu…


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Notas finais do capítulo

Aiii gente, e esse final? Tão clichê, tão novela mexicana. Me desculpem, mas eu não podia terminar de outra forma, era isso ou o próprio casamento, não? hehehe. E o que será que a Sara responde ein? Guardei esse momento especial para um flashback de Coincidence Of Love 2.

E eu tinha MILHARES de ideias para um quiz aqui. Podia perguntar qual foi a resposta de Sara. Ou quantos anos vão passar de COL1 para COL2. Enfim, o que não faltam são dúvidas e pontas soltas que COL2 PROMETE fechar. E agora, a pergunta que fica (pode ser um reflexão mesmo). Em torno de que vocês acham que será o plot de Coincidence Of Love 2? E quais são as pontas soltas que não podem ser esquecidas?

Espero que apesar da minha maldade final de não mostrar a resposta da Sara, vocês sigam comigo e fiquem tão ansiosos quanto eu para a parte 2. E será postado aqui, nesse mesmo livro/link.

Tô aguardando vocês então!



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