Sons of Hunt escrita por Scar Lynus


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo para vocês queridos.



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— Isso é entediante. – Max reclamou antes de bocejar. O local que se encontravam era o centro da cidade, dessa vez ninguém estava ali como indivíduo, estavam ali como caçadores, em um treinamento especial desenvolvido pelo Harry.

— Entediante ou não. Nós só vamos embora depois que ao menos um ser vivo não nativo deste mundo seja marcado por um de vocês três. – O mais velho respondeu ao seu lado.

— E como é que espera que a gente os identifique? Não vão parecer exatamente com qualquer pessoa normal! Independente de sabermos a teoria. – Tânia estava incrédula, ela abria um pacote com salgadinhos claramente desobedecendo Harry que havia dito para não comerem nada e em seguida ela ofereceu aos outros dois.

— Bom você já parece estar bem confiante Tânia. Está até quebrando as regras! – Ele respondeu, mas não deixou de pegar um punhado de salgadinhos. – Lembrem com carinho daquela pequena aula que dei mais cedo!

 

[Mansão Sul – Quatro horas antes]

 

— Basicamente existem os “Refugiados”. Eles saíram de seus mundos originais e vieram se esconder no nosso. – Explicou Harry enquanto circulava a palavra no quadro branco.

— Está falando de quais raças exatamente? – Sofia perguntou.

— De quase todas eu acho. Anões, elfos, gigantes e poucas fadas. Basicamente temos quase um de cada. Mas o foco aqui está em ensinar vocês a identificar essas pessoas.

 

— Vamos ganhar algum amuleto ao aparato magico para fazer isso? – Tânia foi quem perguntou agora.

 

— Ainda é cedo para vocês conseguirem lidar com peças metálicas desse tipo. – Ele Apontou o Relógio. – Mas, posso ensinar algumas coisas que vão ajudar por enquanto. Primeiramente, tenham em mente que nada estético irá entregá-los; anos de esconderijo os fez perfeitos camaleões. Mesmo assim, eles não podem disfarçar a energia de seus corpos! – Ele revezava entre explicar e desenhar no quadro os exemplos, no momento havia um homem pequeno ao lado do outro, mas um deles tinha uma aura em volta. – Vejam, esse corpo pode emanar calor ou frio, é um principio dos gigantes estar conectado a um desses, os gigantes de pedra e de gelo causam uma sensação mais fria no ambiente. Enquanto os gigantes de fogo e tempestade deixam tudo mais quente. A nível pessoal, a maioria das pessoas pensa que foi apenas um acaso, mas vocês passaram pelo treino dos sentidos, seus corpos estão adaptados e sensíveis o suficiente para que uma leve mudança seja um “choque térmico”.

 

— Foi pra isso que quase congelamos ou quase suamos até cair! – Max estava entre o aluno empolgado e o perplexo. – Genial.

 

— Exatamente! Eu não dou pontos sem nó. – Ele disse orgulhoso e fazendo um novo desenho. Dessa vez era um homem robusto ao lado do outro, mas, muitos “brilhos” circulavam esse homem robusto. – Anões são conhecidos por usa habilidade nas forjas e em minerar metais raros e pesados, graças a isso quando eles estão no nosso mundo é como se o resíduo desses metais permanecesse em seu corpo então eles te causam a sensação de observar alguém brilhando mesmo sem ostentar nenhuma joia.

 

— Falta um. – Pontuou Sofia.

 

— Bom com os elfos será mais difícil. Elfos que estão em nosso mundo são grandiosos demais, lideres da moda, chefões de empresas, pessoas com destaque midiático. Eles gostam de ser adorados e admirados. É extremamente comum as mais belas modelos e atrizes da terra serem na verdade elfas refugiadas, em sua terra natal eles são todos normais, mas aqui, eles são reis e rainhas da beleza e da adoração.

 

— Quer dizer que nada de elfos para nós hoje? – Perguntou Max desanimado.

 

— Não. Dificilmente iremos interagir com eles, casos muito isolados. – Explicou Harry. – Vão se trocar e saímos em uma hora, roupas normais, não iremos para lutar.

 

 

[Centro da cidade – Presente]

 

 

— Podemos isso! – Max tomou a frente com as duas, abandonando Harry. – Vamos nos separar pra cobrir terreno. Sofia você entra em algumas lojas de departamento e variados, Tânia você já desafiou o Harry de cara então pode ir olhar nos restaurantes e lanchonetes. Enquanto isso eu vou fazer uma caminhada no exterior e torcer para cruzar com algum deles, de vez em quando também irei interagir com os comerciantes locais.

 

— Okay. – Responderam as duas juntas e foram para suas próprias missões.

 

Sofia começou passando por uma loja Riachuelo, dedicou varias caminhadas entre sessões, verificando cada área e cada cliente, um com cabelo raspado bem alto, uma moça bonita ruiva usando sapatos estranhos, um casal que provavelmente procurava roupas infantis. Tudo infelizmente continuava normal tanto entre os clientes, quanto entre os vendedores o que fez ela desistir depois de passar meia hora la dentro, entrando na loja em frente, Sofia sentiu o contraste de um lugar para o outro, aqui estavam mais desorganizados entre todas as categorias de roupas e idades. Os clientes tão normais e monótonos que os anteriores. – “Eu nunca mais quero ser obrigada a fazer esse tipo de coisa”. — Pensou sem parar de andar.

 

Depois de se frustrar em duas lanchonetes diferentes Tânia resolveu mudar a estratégia e entrou em um Pub que parecia “aceitável” para os padrões dela.

 

— Uma porção de batata rustica com pimenta por favor. E capriche na pimenta! – Ela pediu a um dos atendentes e ficou sentada no balcão enquanto assistia o publico ao seu redor.
   Algumas pessoas acompanhavam a musica movendo suas cabeças no ritmo, um grupo de homens provavelmente aproveitando o happy hour após um dia cansativo, um ou outro lobo solitário bebendo. Era um local normal demais para sua missão, a deixando com mais tedio do que as outras duas visitas. Aguardou pacientemente até que sua batata chegasse e agradeceu por estar bem apimentado, comida apimentada influencia na circulação do seu corpo, deixa o tato, paladar e olfato ainda mais sensíveis. Uma ferramenta perfeita para agilizar o processo.
  Depois de pagar ela foi discretamente caminhando próxima a todas as mesas, novamente um fiasco sem resultados, a opção de sair e procurar em outro lugar era facilmente a melhor opção a seguir.
Andando até o próximo estabelecimento possível, não podia deixar de notar que a noite amena de antes estava gradualmente ficando mais gelada, devagar, como se começasse a sentir a locomoção ficar pesada, não o suficiente para deixar isso afetar seu ritmo que ainda era o mesmo, mas, a sensação era completamente nova. Rapidamente ela pegou o celular e enviou uma mensagem no grupo avisando Max e Sofia pra encontrar com ela, que não demoraram muito a chegar.

 

— Já achou ele ou ela? – Max perguntou parando ao seu lado.

 

— Ainda não. Vamos ter que procurar mais um pouco conforme a sensação forem nos afetando.

 

— Já é melhor do que antes. – Sofia pontuou.

 

Não foi muito difícil de encontrar o responsável pela sensação com os três trabalhando juntos. Uma vez que descobriram a direção onde o fria aumentava gradativamente, acompanharam o mesmo ate uma mulher que estava na fila de um restaurante. Ela tinha olhos grandes e azuis, a pele muito clara e lisa, estava usando roupas normais para uma noite fresca e seus cabelos quase brancos se destacavam entre o escuro da noite, ela provavelmente os notou ali já que começou a olhar o trio.

 

— Eai quem vai lá? – Tânia perguntou no momento em que os três juntaram as cabeças para pensar juntos.

 

— Bom ela provavelmente sabe do que se trata e nos notou a poucos segundos, por que não vamos todos de uma vez? – Falou Sofia revezando seu olhar entre os outros dois.

 

— Acho que não temos muita escolha nessa situação. – Disse Max e se virou indo na direção da mulher com ambas o seguindo. – Com licença moça.

 

— Pois não criança. – Ela olhou as duas garotas atrás dele. – Crianças desculpe.

 

— Somos meio grandinhos para crianças, mas... – Como explicar a alguém que ela precisava ser marcada e que eles eram caçadores. – “Isso estava mais fácil na teoria”. – Max pensou ainda sem continuar sua frase.

 

— Precisa me marcar certo? – Ela falou com uma feição gentil.

 

— Então você sabia quem nós somos? – Sofia tomou a frente.

 

— Naturalmente criança. Seu mentor não disse isso, mas, se vocês podem sentir minha presença eu garanto que posso sentir a sua. É uma via de mão dupla!

 

— Quer dizer que não teríamos como pegar você de surpresa? – Sofia fez mais uma pergunta.

 

— Claro que há chances querida. – Ela ajeitou o cabelo de Sofia. - Vocês apenas não treinaram o suficiente ainda.

 

— E como é que marcamos você? – Tânia finalmente falou.

 

— Qual dos três me achou? – Tânia levantou um dedo quando ela perguntou. – Tudo bem mocinha me dê sua mão.

 

Ambas tocaram as palmas enquanto a mulher pronunciava algo em uma língua desconhecida, menos de um minuto foi necessário para que um leve brilho fosse notado entre suas mãos que se separavam gradativamente. Quando se separaram havia uma pequena pedra com uma Runa na mão de Tânia.

 

— Pronto crianças, já podem voltar ao seu mentor. – Ela se despediu e voltou sua atenção para a fila. O trio havia se afastado um pouco dela enquanto encaravam a pequena pedra.

 

— Missão cumprida certo!? – Tânia não sabia se deveria comentar ou perguntar enquanto brincava com a pedra. – Max? Sofia?

 

— Acho que sim. Vamos voltar pro Harry, provavelmente ele já deve estar pronto para zoar a gente por causa do tempo. – Falou Max tomando a frente.

 

 

[Quarto da Sofia – em torno de meia noite]

 

 

 

As armas dos caçadores foram forjadas no coração de Midgard, em Nidavellir pelos anões. Cada uma dessas armas tinha sua particularidade, seja em forma de uso quanto nome ou até em suas excêntricas formas.
Há um encanto nelas que as faz escolher a que for mais adequada para a personalidade do caçador, dessa forma ela poderá ser utilizada com todo seu potencial. As bençãos permitem que a maioria delas se “atualize” caso seja necessário, algumas estão em constante mudança estética em decorrência do tempo e do seu portador.
Em teoria todas elas são indestrutíveis, mas, no passado uma delas foi quebrada e jamais reparada e então o numero de caçadores foi reduzido após tal evento.
Caçadores não podem trocar de arma a seu bell prazer, é necessário que a arma aceite que o caçador a utilize, geralmente isso só poderá acontecer como um último recurso.
Caso a arma de um mentor escolha um aprendiz como novo portador o mentor não será mais digno de utilizar este equipamento.
Duas das nove armas são conhecidas por escolherem quase exclusivamente por predadores devido a suas naturezas mais agressivas são elas as Garras de Fenrir e as Presas de Jörmungandr. Uma delas somente escolhe o portador predador desde a criação e assim se mantem os Martelos de Níðhöggr.


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Notas finais do capítulo

gostaram? Eai criticas, duvidas, perguntas, ideias... Tudo é sempre bem vindo.

Montei algo para vocês. Deem uma olhada lá.

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