Saint Seiya: O Rugido do Camaleão escrita por Anderson Luiz


Capítulo 67
Deserto de Gelo




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[Rozan, China]

— Oh! Essas são nossas armaduras de bronze!? Elas parecem diferentes! - Falou Shiryu surpreso.

— Elas estão transmitindo uma força vital incrível! - Comentou Hyoga.

— Vamos! Porque vocês não as vestem? - Questionou Kiki estalando os dedos mais uma vez e as armaduras se desmontaram e voaram para acoplar-se nos corpos dos seus respectivos cavaleiros.

— Não posso acreditar! Elas estão brilhando com ainda mais intensidade do que antes. - Comentou June.

— Não só isso… elas parecem ter se encaixado perfeitamente em nossos corpos, como se fossemos uma coisa só. - Comentou Shiryu.

— Isso é devido ao Sétimo Sentido que vocês despertaram durante a batalha das doze casas. As suas novas armaduras estão ainda mais poderosas devido ao nível em que vocês estão agora. - Explicou o Mestre Ancião.

— Elas parecem que vão além de simples armaduras de bronze… - Comentou Hyoga maravilhado.

— Bem, o que vocês esperavam? Afinal elas foram revividas com sangue dourado.

— Sangue dourado? O que você quer dizer com isso, Kiki? - Questionou Seiya.

— Como vocês devem saber, para reviver uma armadura é preciso muito sangue de cavaleiro e o sangue usado para reviver as suas armaduras de bronze foi dos cavaleiros de ouro. - Respondeu o Mestre Ancião.

— Ah! Não posso acreditar… o Aiolia e os outros cavaleiros de ouro… - Falou Seiya com a voz embargada.

— Mestre Ancião, isso quer dizer que o senhor também… - Perguntou Shiryu.

— Exatamente. Isso era o mínimo que nós, cavaleiros de ouro, podíamos fazer para agradecê-los.

— Obrigado pelo reconhecimento Mestre Ancião. - Agradeceu Hyoga, emocionado, assim como todos os outros.

— No entanto… uma nova batalha está prestes a iniciar.

— Não se preocupe Mestre Ancião, com essas novas armaduras, os Marinas nem conseguiram nos tocar! Não é pessoal!? - Falou Seiya animado ao ter seu espírito revitalizado pelo presente dado pelos cavaleiros de ouro. - Nós salvaremos Atena e vingaremos Aldebaran.

Todos os outros sorriram e acenaram com a cabeça confirmando as palavras de Seiya.

— Isso! Acabem com todos os Marinas! - Gritou Kiki eufórico.

Do lado do Mestre Ancião havia uma pequena bengala, que ele pegou e bateu contra o chão, naquele instante parecia que toda montanha tremeu.

Além disso, aquela “simples batida” gerou uma poderosa onda de choque que derrubou todos os cavaleiros de bronze, até mesmo Kiki não escapou.

— Mestre… urgh… eu não entendo… - Perguntou Shiryu confuso no chão.

— Por-porque fez isso Mestre Ancião… - Perguntou June estirada no chão.

— Crianças tolas! Acham mesmo que só porque estão usando armaduras novas, vocês são superiores aos seus inimigos? Esqueceram que apenas um deles foi o suficiente para derrotar um cavaleiro de ouro!? Lutar por vingança!? Vocês estariam desonrando o sacrifício de Aldebaran e dos outros cavaleiros de ouro. Se vocês pretendem seguir assim é melhor que deixem as armaduras aqui e voltem para o hospital! - Falou o Mestre Ancião, seu tom era pesado e severo. 

Depois de ouvir aquilo, todos se levantaram e ficaram de joelhos perante o velho mestre.

— Mestre… por favor nos perdoe. - Suplicou Shiryu.

O Mestre Ancião suspirou. - Jovens sempre são impulsivos, não importa a geração, não é mesmo Shion? Nós não agimos diferente daquela vez, não é meu amigo? - Pensou o velho mestre.

A aura tensa que envolvia o Mestre Ancião, começou a diminuir e ele ficou de pé apoiando-se na sua bengala.

— Poseidon é o primeiro grande rival de Atena. As Guerras Santas contra o deus dos mares vem se repetindo ao longo de inúmeras gerações, ele não é um inimigo que deve ser menosprezado, entenderam!?

— Sim! - Responderam em coro.

— Mestre, o senhor disse que o Templo de Poseidon está localizado no mar mediterrâneo, mas como chegaremos lá a tempo de salvar Atena, sem a localização exata? - Questionou Shiryu.

— Se nem o senhor conseguiu localizar o paradeiro de Atena, o que faremos? - Questionou June.

— Hehehe, agora é a minha vez! - Sorriu o garoto.

— Como assim Kiki? - Questionou Seiya.

— Eu consigo sentir o cheiro daquela Marina.

— Cheiro!? - Perguntou Seiya confuso.

— É estranho… mas ela e o cosmo dela tem um forte odor de peixe e maresia. - Fungou Kiki, procurando pelo cheiro de Thetis. - Será que ela é uma sereia de verdade!?

— Você tem certeza disso Kiki? - Questionou Hyoga.

— Absoluta! Vamos logo! Ou ele vai sumir completamente. - Gritou o garoto saltando para o fundo da cachoeira.

— Por mais jovem que seja, o pupilo de Mu claramente ostenta habilidades afiadíssimas. - Comentou o Mestre Ancião apontando na direção de Kiki pulou com sua bengala.

— Certo! Então não vamos mais perder tempo! Vamos pessoal! - Gritou Seiya pulando atrás de Kiki.

— Acreditar nesse moleque é a nossa melhor chance. Então vamos lá! - Falou Hyoga pulando em seguida.

— Shun… Eu não sei onde você está… gostaria de estar ao seu lado, mas sinceramente... fico mais feliz sabendo que você não está aqui. - Pensou a amazona pulando logo em seguida.

— Shiryu… - Chamou o Mestre Ancião com um pesar na voz.

— Mestre, quando a Shunrei acordar e souber que partimos para outra batalha, ela não irá me perdoar… Então por favor, cuide dela. Até breve. - Disse Shiryu pulando atrás dos outros.

— Mais uma vez… terei que usá-los, bravos cavaleiros de bronze… sinto muito. - Sussurrou o velho mestre com uma profunda tristeza estampada em seu semblante.

 

[Bluegraad, Extremo Leste da Sibéria]

Bluegraad era completamente diferente dos outros locais da Sibéria, possuía uma arquitetura predominantemente grega, parecia que o Santuário de Atena, só que coberto por neve.

Mas assim como nas outras localidades, a vida em Bluegraad parecia muito difícil, só que ainda mais rústica do que Oymyakon que carrega o recorde de local habitado mais frio do mundo, chegando quase aos impressionantes 70 graus negativos.

Ao chegarem à Bluegraad, o Jabu, Shina e Igazen foram recebidos e escoltados até um salão dentro do castelo onde a governante daquelas terras gélidas os aguardava. Ao entrarem no salão real, os três retiraram das costas as urnas e as alinharam no chão horizontalmente no meio do salão e depois avançaram até ficarem de frente com Natássia.

— Atena e o Grande Mestre do Santuário agradecem, por sua cooperação, senhora Natássia. - Disse Igazen fazendo reverência.

— Quê? Essa garota é a soberana dessas terras? Mas ela deve ter minha idade… - Pensou Jabu surpreso.

— É o mínimo que podemos fazer, não podemos permitir que o deus dos mares vença esta guerra. Precisamos pôr um fim a essa chuva, antes que seja tarde demais e a humanidade desapareça. - Respondeu Natássia.

— Por onde podemos começar? - Questionou Shina.

— Existem muitos documentos para pesquisar, vocês desejam alguma informação específica? Ou desejam fazer uma busca mais ampla?

— Acho que podemos começar pela localização do templo de Poseidon. - Disse Igazen.

— Templos, na verdade. - Corrigiu Natássia.

— Existe mais de um? - Questionou o prateado.

— São sete templos submarinos, espalhados pelos sete mares.

— Então como vamos descobrir aonde Poseidon está? - Questionou Jabu.

— De acordo com os nossos registros, há quase 500 anos, durante a última guerra santa contra Poseidon, ele utilizou o Templo Submarino localizado no Mar Mediterrâneo, então nós suspeitamos que deve ser lá que ele está atualmente.

— Mas porque? - Questionou Shina.

— Pelo o que nós sabemos, após ser derrotado, o deus dos mares foi selado, depois ele foi entregue aos cuidados dos Guerreiros Azuis, contudo, os Marinas remanescentes invadiram nosso reino e conseguiram roubar a Ânfora Sagrada onde Poseidon estava preso. Imaginamos que o local mais seguro para ocultar a Ânfora naquele momento seria o templo do Mar Mediterrâneo já que ainda estava sendo usado pelos Marinas.

— Não seria mais seguro guardar essa Ânfora no Santuário? Assim o deus dos mares estaria sob controle. - Questionou Jabu.

— Você acha mesmo que o Santuário conseguiria controlar um dos mais poderosos deuses do Olimpo? A Ânfora Sagrada consegue prender um deus, mas não completamente, daquela vez Poseidon enfurecido por sua derrota desaguou a sua fúria sobre Bluegraad, quase a destruindo completamente, aquela foi a maior tempestade de neve que a humanidade já viu, milhares morreram, inúmeras cidades e povoados desapareceram, foi naquele dia que a Sibéria se tornou o deserto de gelo que hoje vocês conhecem.

Jabu engoliu em seco aquela informação. - Mesmo selado, Poseidon foi capaz de fazer tudo isso?

— Imaginem a destruição que ele causaria estando dentro do Santuário. - Comentou Igazen.

— Então foi isso que aconteceu com Bleugraad? Ela quase foi extinta por uma fúria divina. - Pensou Shina assustada e preocupada com os rumos dessa iminente guerra santa.

— É por causa disso que certos inimigos não podem permanecer no Santuário ou próximo dele, o risco é muito grande. Desta forma, Atena prefere mantê-los longe, mas sob constante vigilância. - Explicou Natássia.

— E o que mais sobre esse incidente você pode nos contar? - Indagou Jabu.

— Por favor, já é o bastante, perdoe a falta de empatia do meu companheiro. - Lamentou Igazen.

— Q-quê? O que foi que eu fiz?!

— Se não sabe, é melhor ficar calado. - Advertiu Shina.

— Esse desgraçado sempre me colocando pra trás. - Pensou Jabu irritado com Igazen mais uma vez.

— Está tudo bem. Infelizmente não possuímos muito mais informações sobre esse incidente, já que os nossos registros foram coletados de forma oral, que foi passada ao longo das geração pelos poucos sobreviventes.

— E sobre a localização do Templo Submarino que fica no Mar Mediterrâneo? - Indagou Shina.

— É está aqui. - Natássia fez um gesto com a mão e um dos seus servos caminhou até a amazona e a entregou em um pergaminho.

— E sobre a estrutura dele? Vocês têm algum registro? Alguma planta do templo? - Perguntou Igazen.

— Normalmente as batalhas entre os exércitos de Atena e Poseidon não acontecem nos domínios de submarinos por causa da dificuldade de serem acessados. Então, por esse motivo apenas três dos sete templos tiveram algum tipo de mapeamento, contudo todos os três têm uma constituição arquitetônica quase idêntica, o que nos faz suspeitar que os sete templos possuem o mesmo tipo de estrutura. - Disse Natássia.

— Podemos dar uma olhada nesses registros? - Questionou Igazen.

— Sem dúvida. - Respondeu Natássia fazendo outro gesto com a mão, vários servos entraram no salão carregando inúmeros pergaminhos.

Igazen, Shina e Jabu começaram a analisá-los, a informação estava bastante quebrada, parecia um quebra-cabeças. Mas depois de algum tempo eles conseguiram encaixar algumas peças.

— Pelo que entendi, esses tais pilares sustentam o céu do templo, não é? Mas o que isso quer dizer? - Comentou Jabu.

— Pelo que sabemos, o templo submarino é envolto por uma poderosa barreira, então imaginamos que os oito pilares sustentam essa barreira, e acima dela está o oceano, que para os Marinas seria como o nosso céu. - Explicou Natássia.

— Então basta derrubarmos esses pilares, que todo o templo vai ser destruído? - Indagou o bronzeado.

— Na teoria sim. - Respondeu Natássia.

— Este é o plano! Sem os pilares o templo de Poseidon já era!

— Entretanto, existem algumas menções que dizem que esses pilares são quase indestrutíveis. E que até mesmo a elite do exército de Atena, os poderosos cavaleiros de ouro, tiveram dificuldades para realizar tal façanha.

— Ou seja, mesmo que haja certo exagero sobre a resistência deles, por sustentarem essa barreira, devemos presumir que esses pilares são extremamente resistentes, já que são a base do Templo Submarino. Então destruí-los não seria uma tarefa fácil. - Comentou Igazen.

— Exatamente. É nisso que acreditamos. - Concordou Natássia.

Jabu bufou irritado, ele olhou pra Igazen como se quisesse dar-lhe um coice.

— Agora, sobre o número de Marinas… - Disse Shina apontando para uma anotação em um dos pergaminhos. - Achei várias menções falando sobre sete Marinas ou sete Generais, sete Comandantes… Mas não um número específico e custo acreditar que no exército de Poseidon existam só sete guerreiros.

— Na verdade, são cinquenta e seis Marinas ao todo. A hierarquia dos Marinas é diferente da dos Cavaleiros, ela se divide apenas em Generais Marinas e Marinas. Os Generais Marinas são a elite  de Poseidon, sendo equivalentes aos cavaleiros de ouro, cada General Marina protege um dos sete pilares do Templo Submarino e possui um grupo de sete Marinas sob suas ordens. Dentro deste grupo, existe um Marina que recebe o cargo de Primeiro Comandante, que servirá como substituto do General Marina, caso este esteja incapacitado de lutar ou precise se ausentar, contudo, apenas um Marina com o nível próximo de um General pode ocupar tal cargo. E ainda temos os Soldados Marinas, que são os soldados rasos do exército de Poseidon.

De repente um guerreiro trajando uma estranha armadura de cor azulada entrou no salão, interrompendo a reunião.

— Senhora Natássia… preciso falar com você!

Rapidamente os soldados que estavam no salão correram na direção dele e apontaram suas lanças, mas o guerreiro não reagiu, apenas abaixou a cabeça.

— Seu desgraçado, como ousa entrar aqui dessa forma!? - Disse um dos soldados.

— A Senhora Natássia está em uma reunião importante! - Bradou outro.

— Ter sobrevivido é um pecado ainda mais grave do que aquele que você cometeu! - Disse outro.

Os três cavaleiros trocaram olhares preocupados, se bem que era difícil ler as emoções da Shina, encarar a máscara de uma amazona esperando alguma expressão é uma situação estranha.

— Detenham-se! Vamos ouvir o que ele tem a dizer! Vamos, Alexer, o que você deseja? - Perguntou Natássia ficando de pé e o encarando.

— Mais algum cavaleiro foi enviado até Bluegraad? - Perguntou Alexer sem levantar a cabeça.

— Quê? Como assim? - Questionou Igazen confuso.

— Bem, por sua reação imagino que não. - Disse ele virando as costas. - Presenças suspeitas estão se aproximando de Bluegraad. Como era de se esperar, Poseidon deve ter enviado seus servos, eles chegaram em breve, devemos nos preparar para um possível ataque. - Disse Alexer saindo em seguida.

Por alguns instantes um silêncio constrangedor tomou conta do salão real, até que a voz de Natássia o quebrou.

— Soldados, ajudem Alexer a reforçar as nossas defesas. Preparem os civis para uma evacuação de emergência.

— Mas minha senhora, ele é um traidor… - Protestou um dos soldados rasos.

— Ele é um criminoso! - Disse outro soldado.

— No momento precisamos assegurar a segurança do nosso povo. E para isso usarei todos os recursos disponíveis. Vão e ajudem Alexer, isso é uma ordem!

— Sim, senhora! - Responderam os soldados em coro, saindo em seguida do salão.

Mesmo sendo forçada a assumir o trono tão jovem, Natássia tentava seguir os passos do seu pai, antigo governante de Bluegraad que foi assassinado por seu irmão, Alexer.

— Mas nós não fomos seguidos!? Como eles nos descobriram!? - Questionou Jabu frustrado.

— O deus dos mares deve ter percebido a movimentação do Santuário e mesmo que eles não saibam qual a intenção de Atena, não é muito difícil imaginar o que cavaleiros estariam fazendo no extremo leste da Sibéria. Já estávamos preparados para isso. - Disse Natássia suspirando e sentando pesadamente em seu trono.

— Tsc… Ainda não terminamos de investigar todos os registros. - Reclamou Shina.

— Não se preocupem, vocês podem levar todo o material, são cópias, contudo acredito que o acervo do Santuário deva possuir muito mais informações que Bluegraad atualmente. - Comentou Natássia.

— Em nome do Santuário e de Atena, nós agradecemos profundamente a sua ajuda. – Disse Igazen tomando a frente e fazendo uma reverência diante de Natássia.

— Eu fico contente em poder ter ajudado, mesmo que um pouco. - Respondeu Natássia, soltando um tímido sorriso.

— Precisamos nos preparar para a luta. - Disse Shina.

— Acho que precisamos de um plano. Nossa missão era coletar informações, deveríamos evitar lutas.

— Não acho que dê pra evitar essa luta. E também não seria justo simplesmente ir embora e deixar esses invasores em Bluegraad. - Comentou Jabu.

— Agradeço a sua preocupação. Por vivermos isolados o poder militar de Bluegraad está bastante defasado, então se unirmos forças devemos conseguir deter essa investida.

— Tenho um plano, que deve funcionar para ambos os lados, Eu e a Shina ficaremos e ajudaremos no combate, assim protegermos Bluegraad e ganharemos tempo para que Jabu volte para o Santuário e…

— Me recuso! - Falou Jabu interrompendo. - Porque tem que ser eu? Porque você está me tratando como se fosse frágil!? Só porque eu sou um cavaleiro de bronze!?

— O quê? Do que você está falando?

— Eu já tô de saco cheio de você, desde aquele dia! Já to cansado das pessoas não me levarem a sério!

— Não, é exatamente o contrário. - Tentou explicar Igazen, mas foi interrompido por Jabu novamente.

— Não me vem com essa! Eu vou ficar e um de vocês dois volta pro Santuário!

— Já chega dessa criancice! Você levou uma surra do Igazen, eu levei uma do Seiya… a única coisa que nos sobrou é superar as nossas fraquezas e seguir em frente!

Jabu bufou, foi quase um relincho, parecia estar se preparando para chifrar a amazona de prata.

— Não importa quem de nós três tente voltar para o Santuário, pois ele será perseguido. Provavelmente o Igazen também imaginou a mesma coisa, e ainda assim confiou que você daria conta do recado. - Continuou a amazona.

Jabu ficou confuso e olhou incrédulo para Igazen.

— Não me entenda mal, preferiria que vocês dois voltassem para o Santuário, mas por não saber o nível dessa ameaça preciso de ajuda para proteger as pessoas inocentes que vivem aqui, contudo, é muito provável que ao verem um “mero cavaleiro de bronze” indo embora, eles continuem o focando o ataque em quem ficou e assim garantiríamos que as informações que coletamos fossem entregues e mesmo que você fosse perseguido, tenho certeza que você não iria falhar.

E mais uma vez um silêncio constrangedor tomou conta do salão, até que foi quebrado pelo bronzeado.

— T-tá bom. - Bufou Jabu tentando disfarçar o seu constrangimento e em seguida foi em direção aos pergaminhos para recolhê-los e colocá-los dentro da urna de bronze.

— Muito bem, está decidido! - Disse Igazen com um sorriso de canto de boca.

Depois de alguns minutos, Jabu colocou a urna de bronze nas costas e Shina e Igazen vestiram suas armaduras.

— Antes de vocês irem, tem algo que eu gostaria de perguntar. - Falou Natássia se aproximando deles.

— O que a senhora deseja saber? - Perguntou Igazen.

— O que aconteceu com o cavaleiro de Cisne? - Perguntou ela sem jeito.

— O Hyoga? - Questionou Jabu surpreso.

— Ele está hospitalizado por causa da batalha das 12 casas. - Explicou Igazen.

— Ah… mas ele está bem? - Perguntou ela apreensiva.

— Sim, ele e todos os outros cavaleiros de bronze, estão estáveis, mas sem previsão de alta. - Respondeu Shina.

— Fico feliz em saber que ele sobreviveu. Eu gostaria de poder ir visitá-lo algum dia e agradecê-lo pessoalmente por salvar a minha vida e Bluegraad.

— É mesmo! O Hyoga treinou aqui na Sibéria. - Comentou Jabu.

— Sim, eu e esta nação temos uma dívida eterna de gratidão com ele.

Nesse momento um soldado entra no salão real.

— Minha senhora… - Disse o soldado fazendo reverência. - Eles chegaram!

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pronto, espero que gostem. No próximo termos os três lutando e talvez a chegadas dos bronzeados no templo submarino.

Agradeço aos leitores que aqui chegaram e até o próximo capítulo ^^



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