Entre as Ondas.. escrita por Liz Blanc


Capítulo 1
One-




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Os últimos tempos andavam a mostrar muitas coisas aos exploradores, e  atingia a cada um de uma forma diferente.

Desde que Veronica descobriu sobre sua mãe estar em Avalon, e a morte de seu pai, ela mudou muito seu jeito de pensar e agir. Marguerite também estava diferente depois que o peso de Parcival já não era somente dela a preocupação diminuiu é ao mesmo tempo aumentou.  Não era somente mais um segredo dela mas as pessoas em volta dela não podiam saber o que descobriram de forma brusca.

Então para tirar todo esse peso na casa da arvore os exploradores combinaram um dia na praia.

Porém como tinham algumas tarefas a fazer eles se dividiram em dois grupos. Roxton e Marguerite iam a frente e na hora do almoço o restante levaria os alimentos.

O dia em si contribuía muito para a praia tendo céu limpo e sol brilhante. A areia era branca em contração com a água do mar que era de um azul cristalino. O som dos ondas era deliciosamente relaxante e a brisa fresca que rondava a praia deixava tudo perfeito.

O caçador e a herdeira gostaram de ir a frente pois desde a caverna estavam cada vez mais e mais íntimos e momentos sozinhos era difícil para os dois.

Marguerite enrolou a saia até certa altura acima do joelhos, para tomar um pouco de sol nas pernas claras, abriu a blusa e a tirou ficando só com o bustie, já que somente Roxton estava ali presente.

O caçador também estava mais a vontade, apenas com as suas calças e o suspensório caído, sua camisa e colete guardados juntos com os demais pertences.

Não podia deixar de admirar a beleza da mulher, sentada à beira mar, o sol reluzente tocando sua pele e a brisa acariciando-lhe o rosto, um breve sorriso de satisfação desenhava em seus lábios. Mas John também havia percebido que depois daquela caverna, quando acontecia estes poucos momentos a sós, Marguerite cada vez mais se mostrava perto de si desprovida de toda e qualquer camada de auto preservação, e ele claro apreciava cada segundo ao seu lado.

M - Vê algo interessante Lord Roxton?

Havia um sorriso escondido em sua voz, um tom de brincadeira e provocação também, ela continuava de costas, mas o sentiu observando.

J - Vejo sim, vejo alguém que outro dia me prometeu um banho de mar.

M - Um que fomos abruptamente interrompidos, mas que não acontecerá dessa vez eu devo pensar?

J - Não minha Marguerite, a menos que você decida fugir de mim.

M - Hamm... depende, porque eu deveria fugir você? Eu prometi o banho de mar e você prometeu ser um cavalheiro e não olhar.. – os lábios já estavam mostrando um sinal de malicia.

Com uma reverencia digna de um lorde ele se virou para começar a despir as próprias roupas, mas a cabeça estava tao nas nuvens que não reparou que em poucos minutos ela já estava sem nada e o abraçou por trás, em uma caricia suave, que o arrepiou inteiro.

Se ele se virasse agora ele perderia o controle, Marguerite era uma mulher sem igual e ele chegava a duvidar se ela não era uma feiticeira criada especialmente para tira-lo de si.

Somente o toque de seus delicados dedos em suas costas já estava insuportável.

— por quanto tempo você vai me evitar lorde roxton?- no tom de voz dela se notava a malicia e o riso, ela sabia que ele estava ansioso- neste momento um lorde não é bem o que eu espero.

Respirando fundo ele se virou e não queria ter respirado, pois o ar saiu rápido demais, Marguerite tinha os olhos brilhantes, os cabelos longos e negros estavam soltos e cobriam levemente seus seios, mas ele podia nota-los ali, o sorriso em seus lábios deixava tudo mais bonito, e as curvas de sua cintura fina e delgada eram surreais.

Ele tinha medo de toca-la, como se tudo não passasse de uma miragem, mas quando ela se pos nas pontas dos pés e o beijou delicadamente no queixo, ele sorriu, e a agarrou no colo, fazendo ela soltar uma gargalhada, e correu em direção ao mar, a agua estava levemente fresca mas não sabiam se era o calor do dia ou o calor deles mesmos tornou tudo perfeito.

Quando olharam um para o outro, Marguerite não conseguia parar de sorrir.

— esta feliz minha rainha ?

— sim, meu lorde, como nunca pensei que estaria, o platô foi algo inesperado e novo, e mesmo que a cada dia procuremos uma saída, cada vez me sinto mais e mais em casa, aqui encontrei uma família, encontrei sentido.. encontrei amor- ele sorriu mais quando ela disse isso.

O beijo no começo foi lento, delicado, como para selar uma promessa, porem nada entre eles era calmo e delicado e logo as mãos não pararam quietas, e em meio a caricias e beijos, eles não viram o tempo passar e logo perceberam que os amigos da casa da arvore estariam chegando para o almoço.

Ao saírem da agua e começarem a se secar com o calor do sol que já estava bem quente por ser meio dia, roxton admirou mais uma vez sua grande joia.

O destino de sua vida era encontrar e amar aquela mulher ? Amar Marguerite era algo muito mais profundo do que estar apaixonado. Não que não fosse apaixonado por ela, ele era louco por ela, mas amar era olhar alem do que a pessoa oferecia em aparência, e Marguerite possuía tantas camadas que ele se considerava um vencedor por estar derrubando cada uma delas.

Não podia negar que no começo a olhava como um simples trofeu, com uma luxuria carnal que a bela morena oferecia só de o olhar de lado, mas depois, ah depois o choque de saber que era algo mais o desmoronou…

Seus pensamentos foram interrompidos com o movimento que a herdeira fazia com os cabelos, deixando o pescoço delicado as vistas, ela se virou sorrindo para ele e o olhou com olhar interrogativo.

— algum problema jhon ?

Piscando surpreso ele lhe lançou o melhor sorriso, quem se importava com o passado, o importante é que ela o amava, e o futuro deles estava bem ali, ao alcançar de suas mãos, atras de si as folhagens revelavam os amigos que traziam cestas e cadeiras, rindo de algo que finn dizia.

Malone estava bem próximo de Verónica, e mostrava algo a ela que estava do outro lado da praia, charlenger como sempre estava em seu próprio mundo observando algo que deveria ter encontrado na floresta, e roxton sorriu mais, Londres nunca ofereceu a ele algo como isso, a paz que ele sempre buscou depois da morte do irmão, ele encontrou ali, naquela família peculiarmente diferente, ao caírem em um mundo perdido e esquecido pelo resto da sociedade ele finalmente se encontrou… e olhando para a morena que ajudava Verónica a estender as coisas para comerem, ele pode perceber que ele encontrou muito mais do que poderia desejar.


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