Nossa canção escrita por mjrooxy


Capítulo 7
Capítulo 6




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Passo o endereço do apartamento, Darcy coloca no Iphone, liga o carro e saímos. Até o celular dele é esnobe, o meu é um Moto G5s e está ótimo, Iphone? Quem precisa de um desses! O silêncio permanece e ele não liga o rádio, eu já estou me sentindo oprimida aqui. Tanto que começo a cantarolar uma música do Tiago Iorc, não me julguem, devem ter percebido que eu gosto.

— Você gosta dessa cara. - Ele afirma como que para puxar assunto. 

Só ignoro e continuo a cantarolar, ouço Darcy suspirar dessa vez e depois o silêncio retorna. Só de raiva vai me ouvir cantarolar até em casa, quem manda ser idiota.

Alguns minutos mais e então ele para o carro.

— Obrigada pela carona. - Digo sem olhá-lo nos olhos.

— Por nada, Elizabeth. - Se digna a responder.

Desço e Darcy não arranca de imediato, deve estar esperando eu entrar, até acharia fofo se ele não tivesse sido um babaca, esnobe a noite toda.

Entro e em seguida Darcy vai embora.

Sobrevivi.

Nem sei a hora que Jane chegou porque eu apaguei, sério. Não sirvo mais para dormir tão tarde, minha cama fica chamando descontroladamente.

No outro dia pela manhã, torço para ter tirado toda a maquiagem do dia anterior, acho péssimo dormir sem limpar o rosto direito, isso deve nos envelhecer uns dez anos. Jane ainda está dormindo, geralmente feriados de sábado são irrelevantes, pelo menos para quem não trabalha de final de semana. Como eu e Jane trabalhamos de sábado, esse feriado foi bem-vindo, hoje é domingo e eu vou ficar de preguiça o dia todo.

Darcy

Não dormi nada essa noite, fiquei pensando se fiz bem ao indicar Wickham para trabalhar no Instituto do Sr. Carlos. Eu não aguentava mais ele me ligando pedindo dinheiro, jogando na minha cara o desejo do meu pai de vê-lo estabilizado na vida. Ele sempre retornava pedindo mais e mais, isso nunca teria fim.

Não sei nem como conseguiu se formar em música, pelo menos isso ele fez, agora que está empregado não deve me importunar mais! Espero que não cause problemas também, sei que é um mulherengo incorrigível e isso me preocupa, tenho receio que importune as garotas da escola de música. Céus, por que eu o indiquei se não confio nele? No fundo, não conseguiria deixá-lo na sarjeta devido ao carinho que meu pai nutria por ele. Se bem que isso foi há muito tempo, se meu pai soubesse o que Wickham se tornou, com certeza não o apoiaria.

Ontem mesmo o vi dançando e depois conversando com Elizabeth, George tem um caráter duvidoso. De qualquer forma, ela foi tão seca comigo, não imagino quando voltaremos a nos ver, então, nem teria como eu alertá-la, espero que Elizabeth não seja tão tola de cair na lábia dele.

Confesso que fiquei com pena de vê-la sozinha, naquele frio esperando o Uber, claro que nenhum homem iria se oferecer para levá-la em casa, Jane logo ganhou a atenção de Bingley e a irmã ficou de escanteio.

No caminho para o apartamento, Elizabeth não me dirigiu a palavra em nenhum momento dentro do carro e, quando tentei conversar, ela me ignorou. Será que ouviu o que eu disse para o Charles sobre ela ser tolerável? Se ouviu até justifica o comportamento depois, com certeza estava com o orgulho ferido.

Pensando bem, quando a observei mais de perto fiquei um pouco confuso, não sei se fui justo chamando-a de tolerável. Com certeza aqueles olhos são muito belos, parecem duas jabuticabas. Bom, com relação a voz, nisso eu fui maldoso realmente, disse ao Bingley que não vi nada de extraordinário, porém, a verdade é que achei a voz dela extremamente doce e gostosa de se ouvir. Mas, por que estou pensando nessa mulher que acabei de conhecer se tenho tantas coisas a resolver hoje?

Elizabeth

Jane me contou tudo o que descobriu dos dois bonitões da festa, Bingley, claro, é um dos filhos do Sr. Carlos, parece que a caçula dele, Caroline, não pôde ir à festa. Pelo que ela me descreveu, ele é um fofo, atencioso e super humilde, tem vinte e oito anos e ajuda o pai na administração dos negócios. Já o arrogante Darcy, tem vinte e sete e também tem uma irmã mais nova, Georgiana. Eles são órfãos, parece que os pais sofreram um acidente há bastante tempo, até ficaria triste por ele. Entretanto, esse tal de Darcy não merece minha solidariedade. Bom, pelo que Jane me disse ele administra com a tia, a empresa que o pai deixou, por incrível que pareça, Jane não soube precisar. Só a parte do Charles foi conveniente, também, quem queria saber? Eu certamente não. Por falar em Charles, eles vão sair para tomar um sorvete daqui a pouco e eu vou ficar abandonada. Muito bom.

Como tudo que é bom dura pouco, o domingo veio e passou, hoje é segunda-feira e eu estou a caminho do trabalho. Jane também já saiu, estava nas alturas, disse que Charles a tratou muito bem e que vão se ver de novo ainda essa semana.

Chegando ao Instituto, tem isso também, agora não é mais escola de música. Voltando, assim que chego avisto George, ele está bonito, mais simples, claro. Quem vai vir todo trabalhado no glamour dar aulas?

— Bom dia, George. - Cumprimento educada.

— Bom dia, Elizabeth. - Ele responde sorridente.

Não tivemos muito tempo para conversar, já está na minha hora, só lhe desejo boas-vindas e entro para a sala.

 


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