Querida Diana escrita por Lilium Longiflorum


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse conto sobre um dos casais que mais amo na DC: Steve Trevor e Diana Prince.

Boa leitura!



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Nunca pensei que a luta que tivemos contra Darkside seria tão árdua. Sinceramente pensei que não íamos vencê-lo, mas conseguimos. Pode parecer mentira, mas eu podia sentir meu corpo dolorido devido a batalha que tivemos que foi bem ferrenha.

Quando voltamos para a torre de controle a primeira coisa que procurei foi uma cadeira para me sentar. Ao sentar tirei minhas botas e estiquei meus dedos que estavam bem avermelhados.

— Está cansada mesmo Diana! - disse J'onn J'onzz encostando-se em uma pilastra onde eu estava próxima.

— Você não tem noção como estou cansada - falei esticando minhas pernas.

J'onn riu, cruzou os braços e disse:

— Seria interessante que você tirasse uma dias de folga.

— Como? Eu não posso, tenho deveres...

— Tenho certeza que não aparecerá outra missão tão cansativa como essa.

J'onn estava certo. Fazia um bom tempo que eu não tirava um tempo só pra mim e era o que eu estava precisando no momento. Olhei para ele e disse:

— Acho que é isso que vou fazer.

— Superman está no segundo piso conversando com Kara. — J'onn disse enquanto olhava em direção a uma janela.

Sinceramente eu queria ficar por um bom tempo sem aquelas botas, mas eu tinha que subir e falar Kal. Mas não foi preciso, Kara e Kal desciam as escadas conversando. Chamei-o e ele logo veio com sua prima atrás.

— Me chamou, Diana?

— Sim, preciso falar com você. - falei enquanto me levantava com meus pés descalços.

— Estou todo ouvidos - o kriptoniano disse com um olhar atento.

— Bem, eu sei que não sou de pedir essas coisas, mas acho que preciso de uns dias de folga - falei encostada com o meu braço em uma pilastra - essa missão que tivemos me deixou muito cansada.

Kal olhou para um lado e para o outro e disse com seu sorriso de sempre:

— Não vejo problemas em você tirar uns dias de folga. Mesmo sendo heróis precisamos de descanso. Quantos dias você pretende pegar folga?

Agora essa era a minha dúvida. Tinha medo de pegar muitos dias e desfalcar o time caso venha alguma missão. Respirei fundo e fiquei em silêncio por alguns instantes. Olhei para Kal e perguntei:

— Quantos dias você acha que devo tirar?

Kal deu uma risada e respondeu:

— Uns dez dias está bom pra você?

— Não é muito? — rebati.

— Para quem trabalha como você aqui merece mais. Mas é apenas uma sugestão, se quiser tirar mais...

— Está ótimo dez dias. — o interrompi me endireitando.

(...)

Chegar em Londres sempre foi algo especial para mim, pois me remetia a lembranças primordiais em minha vida. Londres foi a primeira cidade que vivi depois que saí de Temiscera e fui trazida pelo primeiro homem que vi na vida: Steve Trevor.

Eu não sabia sua origem, apenas sua missão e foi através dela que nos conhecemos, através dela que nos apaixonamos. Tenho propriedade em dizer que nossa história de amor foi uma das mais conturbadas comparada a outras que conheci, li ou assisti em alguns filmes. Mas acabou de uma forma que eu nunca imaginaria. Steve foi arrebatado de minhas mãos de uma forma tão dura. De vez em quando eu me pegava chorando com saudades dele e quando eu lembrava as últimas palavras que ele me disse antes de entrar naquele avião, sentia meu coração apertado, como se estivesse sendo colocado em uma urna muito pequena. O tempo me ajudou a superar a dor da perda, mas nunca esquecerei Steve. Nunca!

Era por volta das três da tarde. O hotel em que eu costumo me hospedar estava lá. Mesmo com algumas reformas o dono gostava de manter a arquitetura antiga e era isso que me atraia a ficar ali. Quando a recepcionista me viu chegar, sorriu e disse:

— Seu quarto está lhe esperando.

— Como sabia que eu estava vindo? — perguntei depois de um abraço que dei nela.

— Eu evito de indicar o seu quarto para outros hóspedes.

Soltei uma risada e disse:

— Você é bem esperta!

Subi para o quarto e a primeira coisa que fiz foi deitar na cama. Olhei para o teto e disse a mim mesma que aproveitaria cada dia naquele lugar. Acabei adormecendo.

Quando acordei o céu já estava escuro e me deparei com a roupa toda amassada. Não era do meu costume fazer isso, mas estava tão cansada que não aguentei e dormi ali mesmo. Levantei-me e fui tomar um bom banho. Depois que saí notei que batiam insistentemente na porta. Abri e era a recepcionista que segurava um envelope.

— Está tudo bem? - perguntei atônita.

— Desculpe incomodar - ela disse - estou a alguns dias com esse envelope endereçado para você. Parece ser uma carta.

Peguei o envelope e perguntei quem o havia entregado, pois não tinha selo e só estava escrito a caneta: Para Diana.

— Foi um menino, bem franzino. Só jogou o envelope no meu balcão e se foi.

Agradeci e ela se despedindo se foi. Fechei a porta e sentei-me no sofá deixando o meu pente de madeira em uma mesinha ao lado do sofá. Estudei o envelope para ver se não havia nada de anormal e o abri. Era uma carta com uma letra de mão muito bonita e me recostando no sofá comecei a ler.

Querida Diana,

De antemão quero lhe pedir perdão por demorar em escrever essa carta, era para eu ter escrito antes, mas as circunstâncias não me permitiram. Você deve achar estranho eu lhe escrever essa carta, pois todos acham que morri, mas não. Eu estou vivo e tenho acompanhado seus passos mesmo de longe.

Tenho visto os seus feitos pelos noticiários, o seu trabalho com a Liga da Justiça tem feito as pessoas acreditarem mais na vida, a ter mais esperanças e você não imagina o orgulho que tem me dado. Nunca me arrependi de ter te trazido ao "mundo dos homens" é assim que você costumava chamar.

Não sabe a falta que você faz em minha vida. Até hoje tento entender porque o destino nos separou de forma tão cruel. Será que era para provar os nossos sentimentos? Para fortificá-los? Se for isso tem surtido um bom efeito.

Lembro de cada momento que tivemos juntos com muita alegria e saudade. Sinceramente a sua presença em minha vida fez com que eu me tornasse um ser humano melhor e mais otimista. Isso me ajudou a sair daquele lugar em que fui parar depois da explosão do avião. Todos os sentimentos que você me transmitiu me ajudou a voltar e não sabe como anseio em sentir seu abraço e ouvir sua voz.

Mas vou respeitar você se caso tenha encontrado outro homem em sua vida. O que desejo é que saiba que nunca me esqueci de você e estou a sua espera caso venha a me procurar.

Bem, acho que não consigo mais expressar em palavras o que ainda sinto por você. Só espero que essa carta chegue a você.

Com amor,

Steve

Eu não estava acreditando no que eu acabara de ler. Steve estava vivo! Uma imensa alegria tomou conta do meu coração fazendo com que eu chorasse emocionada. Peguei o envelope e notei que havia um papelzinho ali dentro, tirei-o e vi um endereço. Eu tinha certeza que aquele era o endereço onde Steve estava morando. Pensei em ir naquele exato momento, mas decidi que iria na manhã seguinte para assim passarmos o dia inteiro juntos, se fosse possível.

(...)

Quase não havia conseguido dormir devido a ansiedade que fui tomada desde o momento em que li a carta. Aquela manhã de sábado estava nublada, mas podia ver o sol bem tímido entre as nuvens. Tomei um banho rápido, me arrumei, tomei um café bem simples que serviam no próprio hotel e fui ao endereço que estava indicando o papelzinho que tinha vindo com a carta.

Andei a passos rápidos pelas ruas de Londres e fiquei aliviada por ninguém me reconhecer na rua, pois por mais que eu andasse com meu lenço em minha cabeça as pessoas conseguiam me reconhecer. E tudo o que eu precisava era encontrar Steve e não ser interrompida no caminho. E não fui interrompida. Cheguei no endereço e era um sobrado modesto no estilo das construções do século XIX, mas parecia que foi restaurado. Não encontrei campainha, nem um sininho para tocar e acabei batendo palmas. Logo saiu uma senhora que aparentava seus setenta anos.

— Quem a moça procura? — perguntou a senhora.

— Procuro Steve Trevor. — falei com um sorriso tentando ser o mais gentil possível.

Ela tinha um brilho nos olhos e sorri quando falei o nome Steve. Umedeceu os lábios secos e fez um sinal afirmativo com a cabeça completando:

— Ele é um rapaz tão bom e sempre ajuda algumas crianças pobres que passam por aqui.

— Quem está aí, senhora Valley? — ouvi a voz inconfundível de Steve que fez com que meu coração estremecesse.

A senhora Valley sorriu para mim e respondeu:

— É uma moça bonita que está lhe procurando.

Logo ouvi os passos de dentro da casa e quando vi Steve tive um misto de sentimentos. Sou suspeita em dizer, mas Steve estava lindo como sempre foi com sua simplicidade que me encantava. A senhora Valley notou como nos olhávamos e disse:

— Deixarei vocês a vontade.

Quando ela entrou eu não hesitei em largar a minha bolsa e abraçá-lo. Ele retribuiu o abraço e pude ouvir o seu choro contido, nisso o abracei com mais força. Nos separamos e nós dois em prantos estávamos. Limpei suas lágrimas e ele as minhas.

— Não sabe como senti sua falta. — falei olhando-o diretamente nos olhos - aquela carta mudou todos os planos que tinha traçado em minha vida.

— Espero que tenha mudado para a melhor — falou Steve com um sorriso encantador.

Sem titubear beijei-lhe os lábios apaixonadamente.

Agora sim minha vida mudou completamente de uma forma inesperada. Meu amor estava de volta e ansiava deixá-lo a par de tudo o que aconteceu. Ansiava também em ouvi-lo nas peripécias que havia passado em um mundo desconhecido.

 

 

 

 

FIM


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