A Little Mine And a Little Yours escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 6
Capítulo 6




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Tasha estava cansada de tudo principalmente desse dia, tudo girava, seu estômago estava vazio e doía bastante por não ter se alimentado direito, mas isso para ela não era nada comprado ao desespero que sentiu mais cedo. Quando um dos seus funcionários lhe falou que Théo tinha caído de um tobogã e tinha se machucado Tasha esqueceu tudo o que estava acontecendo em sua volta. As bombas, Dabbour Zan, os terroristas, nada era mais importante que o seu filho.

Após o susto passado e ela constatar que Théo tinha apenas alguns pontos na testa e um dos braços machucados a morena se permitiu chorar. Seu filho dormia após ter sido medicado devidos a luxação no braço, o médico disse que em alguns dias a criança poderia tirar o gesso e estaria ótima, tranquilizou a mãe dizendo que essas coisas aconteciam, era normal, mas não para Tasha que sempre foi protetora ao extremo com o filho.

Ela observava Théo dormindo e logo as lágrimas começaram a molhar o seu rosto novamente, lembrou-se de todas as palavras que Reade tinha lhe dito mais cedo. Oh céus! Reade, ele estava a poucos metros dela e do filho. Seria esse o momento certo para que ele descobrisse sobre o pequeno Théo?

     Tasha estava com a cabeça apoiada na cama, segurava uma das mãos de Théo enquanto a criança dormia, ela até tentou fazer o mesmo mas o seu corpo tinha muita adrenalina, dormir era a única coisa que ela não iria conseguir naquela longa noite.

 

     Após Scarlett lhe passar endereço e ele dirigir acima do permitido, Reade chegou apressado ao hospital, pediu informações sobre o seu filho na recepção e seguiu a passos desesperados até o terceiro andar da ala infantil. Ao chegar no corredor ele se deparou com a porta entre aberta e com a cena que fez o seu coração acelerar de uma forma jamais vista, era Tasha com a cabeça abaixada e  Théo, a criança que ele viu no porta retrato e uma hora atrás Reade nem sabia da existência e agora seu coração ja acelerava só por vê-lo pessoalmente. 
O garotinho dormia tranquilamente abraçado a sua pelúcia e Reade não quis atrapalhar isso, mas queria explicações sobre o que levou Tasha a ter essas atitudes.. 
 
Durante o percurso as palavras de Scarlett estavam martelando na sua mente, ele necessitava ouvir a versão de Tasha, talvez fosse menos grave do que o que a sua mente imaginava. 
Ele não sabia o que falar ou o que fazer mas já sabia que queria protegê-los com todas as suas forças. Reade não percebeu mas Tasha estava estática lhe olhando séria, sem acreditar no que os seus olhos estavam vendo. Era real? Reade realmente estava na sua frente? Ou mais uma vezes seu subconsciente cansado estava brincando com ela?

— Reade? O que você está fazendo aqui? — Tasha sussurrou para não acordar o filho. — Como me achou? Eu... ah que pergunta idiota.

— Eu... Eu não sei Tash... — Ele falou com a voz embargada sem tirar os olhos do Théo. —  Ele está bem? O que aconteceu com ele?

— Foi uma queda do tobogã da escola. Ele ganhou alguns pontos na testa e no braço foi uma pequena luxação, mas não foi grave.

— Foi isso que o médico falou isso? Que ele está bem? — Perguntou Reade preocupado.

— Foi, amanhã ele vai receber alta. — Tasha tentou tranquilizar ele.

— Podemos? — Ele sinalizou para que os dois saíssem para conversar. 
 
Tasha lhe acompanhou ainda temerosa pelo que viria futuramente, o hospital não era o melhor lugar para conversarem, ela conhecia bem o seu temperamento difícil e sabia bem como Reade reagia sobre pressão. Eles precisariam muito controlar seus ânimos se quisessem seguir de forma tranquila. Os dois ficaram no corredor com a porta entre aberta para que ela pudesse ver caso Théo acordasse.

— Reade... eu nem sei por onde começar. — Começou ela não muito confiante.

— Talvez pelo início. — Ele falou um pouco seco. — Porque escolheu viver fugindo? Porque escondeu o nosso filho? São essas coisas que eu acho que tenho o direito de saber.

— Como descobriu sobre ele? — Ela pergunta sem encara-lo.

— Fui atrás de você, na sua sala e vi a sua foto com ele. De início pensei que você tinha seguido a sua vida, mas achei o seu filho... — Ele faz uma pausa balançando a cabeça de olhos fechados. — Nosso filho, ele é muito parecido comigo. E acabei obrigando a sua chefe de laboratório a me contar.

— Eu só soube da gravidez quando já estava trabalhando... 

— Você fala se fingindo de morta? — Ele alfinetou.

— Sim Reade, enquanto trabalhava me fingindo de morta. — Ela alterou a voz mas depois se recompôs. — Me desculpe. Como eu estava dizendo, eu precisava ir, era um bem maior, e já estava tudo planejado para isso, eu não me sentia bem com o que fazíamos.

— Ir no meu apartamento também estava planejado?

— Não, isso não! Eu fui porque eu queria ficar com o meu melhor amigo pelo menos aqueles últimos momentos de paz. Mas as coisas saíram do nosso controle não foi? — Reade não esperava por aquilo. — Você nem faz ideia do quanto me doeu ir embora no dia seguinte, abrir mão de tudo o que eu mais queria. 
 Deixar você depois de tudo aquilo que a gente viveu foi uma tortura, mas eu não me arrependo, aqueles instantes juntos meses depois meu deu a coisa mais importante da minha vida. Me fingir de morta não foi uma escolha Reade, se eu não fizesse isso nunca saberia os planos da Madeline e muitas pessoas inocentes estariam mortas. 

— A morte da Blake, o que aconteceu?

— A Madeline matou a Blake e todos os acionistas da HCI Global, e eu dei a ideia do avião, assim ela teria confiança em mim ou era isso ou ser morta pelos capangas dela. 
Depois disso veio a missão, eu precisava saber o que ela planejava e impedi-la, fiz o trabalho sujo dela e fiz coisas que hoje eu me arrependo. Eu estava ficando louca já, foi quando eu descobri do Théo, finalizamos o caso e eu me mudei para para Atlanta. — Ela fez uma pausa olhando para o quarto onde o garotinho dormia. — Ele salvou a minha vida, ele não é só parecido com você fisicamente, mas algumas atitudes suas ele também tem, principalmente o dom de me acalmar quando tudo parece não ter saída.

— Porque não me ligou? Não precisava passar por tudo isso sozinha Tasha. — A voz dele era suave.

— Eu tentei... Algumas vezes, mas em uma delas você estava acompanhado.

— Tá falando da Becca? — Ele questionou sem ter certeza.

— Não sei se esse é nomezinho dela. — Tasha optou por ironizar esse momento. — Ali eu entendi que você tinha seguido em frente, eu não me via no direito de me colocar no meio disso tudo. Eu decidi seguir com o Théo sozinha, eu cuidaria dele com todas as minhas forças. — Reade lhe olhava sério. — Você deve me odiar muito por isso não é? — Ela coçou a cabeça em nervosismo.

— Odiar? Não, impossível odiar a mãe do meu filho. Mas estou muito irritado com você. — Reade foi sincero. — Independente de qualquer coisa você deveria ter me ligado, eu poderia ter ajudado. O Théo não precisava crescer sem o pai ao lado dele, isso é traumático, você já passou por isso e eu também.

— Eu sei...

— Não, não sabe. Eu perdi cinco anos da vida do meu filho, eu poderia ter visto o nascimento e o crescimento dele. Você tem noção que desde o dia em que eu te conheci eu imaginava que seria você a mãe dos meus filhos? — Reade fez uma pausa ao observar a expressão surpresa de Tasha. — Eu sempre sonhei com algo nosso, e realmente aconteceu mas você me proibiu de viver isso com ele, infelizmente.

— Reade eu sinto muito, eu sei que eu errei bastante nessa parte, eu realmente sinto muito.

— Você tem ideia das noites que eu fiquei acordado lembrando de você? Tentando entender porque o destino me tirou a pessoa que eu tanto amava, eu pensava que tinha feito algo de errado é por isso você sumiu. Eu pensei que depois daquela noite ficaríamos juntos, teríamos a nossa família.

— Você tá falando como se fosse algo proposital Reade, e não foi.

— Não estou falando que foi proposital Tasha, mas se põe no meu lugar só por um instante, imagina você ter tudo o que sempre sonhou na vida e não ter noção disso. Você correu risco de vida lá fora, eu prometi que cuidaria de você com a minha vida se fosse preciso e você não me deixou fazer isso.

— Não existe nenhuma palavra que eu diga ou desculpa que vai amenizar isso tudo, eu sei. Eu não te procurei antes porque eu pensei que você estivesse construindo a sua família e outra... você não pediu um filho eu não tinha que te forçar a entrar nessa comigo.

— Pedi sim! — Os dois se encararam por alguns instantes. — Pedi isso em todas as minhas preces desde de que te conheci. — Tasha deixou algumas lágrimas rolarem, ela estava arrependida por ter adiado aquele momento por anos.

— Eu sei que nada que eu disser vai compensar esse tempo perdido. Mas eu quero muito que a partir de hoje as coisas sejam bem diferentes em relação a você e o Théo. Reade nós ainda temos muito o que conversar, temos muito mesmo. Mas ele vai amar saber que você está aqui e isso é tudo o que mais me importa.

— Vamos conversar sobre o passado depois Tasha, não aqui. Eu quero muito conversar com o meu filho, saber do que ele gosta, ser presente para ele, ser de fato o pai dele.

— Eu sei que eu não estou em condições de exigir nada, mas... você pode me deixar conversar com o Théo primeiro?

— Posso! Só me promete que não vai fugir de novo e nem levar o nosso filho. — Ele secou delicadamente com a ponta do polegar uma lágrima que insistiu em cair do olho dela. Esse contato fez Tasha estremecer por sentir o toque suave dele na sua pele. Reade sentiu isso mas não quis ser inconveniente, uma coisa por vez.

 

— Mamãe? Mamãe? — Théo tinha despertado e não tinha visto Tasha do seu lado.

— É minha deixa. — Disse ela um pouco sem jeito.

— Posso esperar aqui se quiser.

— Pode entrar, só me deixe falar com ele primeiro. — Reade concordou com ela.

 

— Oi mi amor! Como se sente? — Tasha perguntou ao se aproximar do filho dando um beijo na sua testa.

— Estou sentindo muita dor no meu braço. — Reclamou o garoto.

— Eu vou pediu um remédio ao médico, eu já volto. Você pode esperar um pouquinho? — O garoto acenou com a cabeça mas olhos estavam cheios de lágrimas. — Pode olhar ele por favor? — Ela se dirigiu a Reade.

— Claro, pode deixar!

 

— Dói muito o seu braço? — Reade perguntou se aproximando da cama.

— Agora está doendo, antes não estava. O médico disse que eu fui corajoso igual a minha mãe.

— Eu não duvido disso! Você é muito parecido com ela. — Reade admirava a criança.

— A mamãe diz que eu pareço muito com o meu pai, e que ele é muito legal. Eu queria conhecer ele. — Reade precisou segurar as lágrimas nesse momento.

— Ela te disse isso? — Ele falou com a voz embargada.

— Ela diz o tempo todo!

— Você gosta de dinossauros? — Ele perguntou ao ver a pelúcia que ele não largava, tentando desviar do assunto no momento.

— Gosto muito, a mamãe sempre compra os meus favoritos. Qual é o seu nome?

— Edgar. — Reade pensou por um tempo antes de responder.

— Eu sou o Théo, sou filho da minha mãe. — Reade sorriu com a forma que ele falou. — Ela é uma super heroína, você sabia? 

— Eu já desconfiava que ela tinha poderes mágicos. — Reade brincou.

— Você trabalha com a minha mãe? — Reade iria responder quando foi interrompido com a chegada de Tasha.

 

— Aqui Théo, é só tomar o remédio que a dor vai embora. — Tasha chegou e percebeu que os olhos de Reade estavam cheios de lágrimas.

— Tá tudo bem com você? — Ela se dirigiu a ele.

— Estar! — Ele disfarçou. — Vão passar a noite aqui?

— Sim, pela manhã o médico vai dar alta ao Théo. — Ela respondeu voltando a sua atenção para o garoto.

— Será que posso ficar com vocês? — Reade perguntou com cautela.

— Claro! O Théo vai gostar muito.

— Eu só vou avisar a Patterson e saber como está o andamento da missão.

— Nossa eu esqueci completamente disso, a Scarlett deve estar sozinha lá.

— Ela tem o time com certeza eles conseguiram, eu já volto.

Reade se afastou para falar ao telefone enquanto Tasha voltou para o seu lugar. Ela tentava fazer Théo dormir um pouco, porém o remédio ainda não fazia efeito. 
Reade aproveitou para falar com Patterson e atualiza-la sobre os últimos acontecimentos, a loira deveria está preocupada por não receber notícias sobre eles. 
Patterson ficou por um lado feliz em saber que os seus dois amigos tinham um filho juntos mas bastante apreensiva pelo que viria futuramente, ela não via a hora de poder conversar com eles pessoalmente e principalmente conhecer Théo. Reade pediu que ela explicasse aos outros amigos o que aconteceu e que assim que pudesse mandaria uma foto do filho, e ele já tinha adiantado que além de experto o seu filho era lindo. A loira explicou resumidamente como ela, Scarlett e o time tinham conseguido finalizar o caso de forma brilhante.

 

O garoto que estava de olhos fechados até alguns instantes atrás viu a sua mãe chorando em silêncio.

— Porque você está chorando mamãe? — Théo lhe fez despertar.

— Não é nada meu amor, a mamãe só tá um pouquinho cansada, é só isso. — Ela disfarçou. — Você melhorou?

— Um pouco. Cadê aquele seu amigo? O Edgar, ele já foi?

— Não meu amor, ele foi falar ao telefone com o pessoal do escritório.

— Vocês trabalham juntos?

— Já trabalhamos. Está sem sono?

— Estou, quando podemos ir para casa? Eu já estou melhor!

— Quando o médico vier assinar a sua alta. — Tasha respirou fundo e viu que aquele era o momento certo. — Théo a mamãe precisa te contar algo.

— O que foi mamãe?  É sobre o meu pedido, sobre o meu pai?

— É sim! — Tasha iniciou com calma, o momento era delicado.

— O que tem ele? Você vai me levar para conhecê-lo? — Tasha respirou fundo.

— Théo, a mamãe já disse que o papai trabalhava com ela no passado, você lembra? — O garoto acenou com a cabeça. — Então, papai veio para a Geórgia...

— O MEU PAPAI TÁ AQUI? — Théo gritou. — Ele veio para o meu aniversário?

— Calma Théo, você vai se machucar. — Tasha sorriu da empolgação do filho. — Você ainda é muito novo para saber da história toda meu filho...

— Porque é assunto de adulto?

— Também, mas sim, o seu pai veio para o seu aniversário.

— É o Edgar? O meu papai é o Edgar? — Reade até então já estava atrás da porta mas decidiu não atrapalhar a conversa entre eles.

— Sim, é o Edgar e ele está muito feliz em saber sobre você, eu tenho certeza que ele já te ama muito. Eu espero que vocês se deem super bem. — Tasha disse emocionada.

 

— Eu estou atrapalhando vocês? — Reade bateu na porta do quarto.

— Não, vem cá! — Tasha sinalizou para que Reade sentasse próximo deles. Ele sentou na cama, estava entre ela que estava numa cadeira e Théo. — Eu conversei um pouco com o Théo, já falei o mais importante, que você é o pai dele. 

— O que ele achou disso tudo? — Reade tentou controlar as emoções.

— Porque você mesmo não pergunta isso a ele? — Ela disse de forma doce. — Théo? Você gostou?

— Eu amei! Eu orei todas as noites por isso. — Théo nem imaginava o peso dessas palavras.

— Posso te dar um abraço garotão? — Reade perguntou.

— É claro! — Reade pegou o garoto com cuidado no colo para não machucá-lo. — Obrigada por vir papai! — O garotinho falou com a cabeça apoiada no ombro dele.

— Eu que agradeço por você existir na minha vida. — Reade estava muito emocionado, Tasha assistia aquilo tudo com lágrimas nos olhos. Mas no fundo ela se sentia tão feliz e grata por tê-los ali.

— Esse é o meu melhor presente de aniversário! — Comemorou o garoto.

— Hoje é o seu aniversário? — Reade perguntou surpreso.

— É sábado! — O garotinho respondeu. — Você vai adorar, a mamãe vai decorar a casa com dinossauros e a tia Scarlett vai fazer um bolo delicioso de doce de leite. — O garoto falou empolgado.

— Com certeza vai ser incrível! — Reade falou feliz pelo filho. — Você é como sua mãe que adora bolo de doce de leite?

— Sim! — Théo e Tasha responderam juntos.

— Eu vou deixar vocês dois conversando um pouquinho. Acho que vocês tem muito do que conversar. — Ela ia levantar mas foi interrompida carinhosamente por Reade.

— Não! — Reade segurou a mão dela de forma carinhosa. — Fica aqui com a gente, se não se importar. Você também faz parte disso. 
 
 
Os três conversaram por mais de uma hora, Théo ainda não acreditava que o seu sonho era real. Seu pai estava ali com ele e a sua mãe, era tudo o que sempre quis. 
Tasha tentava, mas não conseguia disfarçar os sorrisos bobos e os olhares cheios de carinho para os dois, olhares esses que muitas vezes se encontravam com o de Reade, era de verdade aquele momento, era tudo o que ela mais queria, e se arrependia por não ter vivido isso antes. Já Reade, ainda acreditava que aquilo não era real, em menos de doze horas ele viu todas as esperanças que um dia perdeu sendo renovadas, a vida estava lhe presenteando com mais uma chance de ser feliz.

Com muita relutância Théo pegou no sono, Tasha e Reade apenas desfrutavam de um momento de silencioso, tranquilo, apenas admiravam o seu bem mais precioso dormindo.

— Você fez um excelente trabalho como mãe, obrigada! — Sussurrou Reade.

— Ele é um garoto incrível, eu me orgulho tanto por ser a mãe dele.

— Não tenho dúvidas super heroína! — Reade pela primeira vez brincou com ela, quebrando aquela tensão que estava no ambiente.

— Obrigada, tenho certeza que você será incrível na vida dele também. — Os dois se olharam por alguns instantes, ela não sabia o que falar, ficar presa no olhar dele parecia tão bom. — Você nem me falou como foi a missão, me diga que eles conseguiram!

— Sim, sua equipe fez um ótimo trabalho! Eles conseguiram as bombas e os terroristas.

— Isso é muito bom! Vou falar com a Scarlett, você se importa?

— Vê se não vai dá bronca nela hein? — Tasha sorriu com isso.

— Pode deixar! — Tasha entrou na brincadeira. 
 
Quando voltou Reade já dormia na poltrona ao lado, Tasha suspirava aliviada, ela não fazia ideia do que iria acontecer com eles futuramente mas já se sentia muito feliz com tudo.

 

— Ei, cadê todo mundo? — Scarlett lhe surpreendeu enquanto Tasha organizava as coisas do garoto.

— O Théo está com o Reade, tem um parquinho no final do corredor e ele o levou lá depois do café da manhã.

— Como foi com o Reade?

— Foi bem melhor do que eu esperava! — Ela sorriu. — Eles se deram super bem.

— Eu já esperava por isso, era só insegurança da sua parte, o que é totalmente normal.

— Eu sou mesmo tão insegura? — Tasha fingiu ofensa..

— Você não imagina o quanto! Tiveram a oportunidade de conversar um pouco?

— Muito pouco, só sobre o passado. — Respondeu Tasha.

— Eu torço para que vocês dois se acertem, e não falo isso só pelo Théo. É nítido o quanto ainda sentem algo um pelo outro.

— Você acha isso?

— Absolutamente! — Ela respondeu encorajando a amiga.

— Ele vai com vocês?

— Não sei, não perguntei isso.

— Deveria, o Reade pode está esperando isso partir de você.

— É complicado Scarlett. — Tasha finalizou de arrumar tudo se escorando na cama.

— Então descomplica Natasha! Mesmo correndo o risco de perder minha grande amiga eu estou torcendo por vocês.

 

— Tia Scarlett eu tenho um dinossauro novo! — O garoto abraçou as pernas da jovem cientista.

— Que dinossauro lindo, quem te deu? — Falou a Scarlett colocando o sobrinho no colo.

— O meu papai comprou, na loja lá em baixo. 

— Reade não precisava! — Repreendeu Tasha.

— Ele me disse que gostava, esse até solta uns grunhidos, mostra pra elas Théo. — Ele se divertiu fazendo todos sorrirem. — Oi Scarlett!

— Olá diretor Reade! — Ela o cumprimentou.

— Pode chamar só de Reade. Sem formalidades por aqui.

 

— Tia Scarlett, eu tenho pontos na testa e um braço machucado. — Disse Théo mostrando o braço com gesso.

— Sua mãe quase morreu quando soube, mas estou muito feliz que você está bem.

— Foi um susto enorme! — Disse Tasha.

— Sua mãe é dramática! — Ela sussurrou no ouvido de Théo lhe fazendo rir.

Novamente o silêncio se instaurou no quarto.

— Théo eu fiquei sabendo que tem um parquinho nesse andar, porque você não me mostra? — Pediu Scarlett querendo deixar os dois sozinhos.

— Claro tia! É no fim do corredor. — Falou o garoto que seguia com ela.

 

— Tash? — Reade lhe despertou. — Eu quero muito participar da vida do meu filho.  Tem algum problema se eu decidir ficar por mais alguns dias?

— Ele com certeza vai amar, se você puder ficar até sábado para participar do aniversário dele. Não é nada grande, só alguns coleguinhas da escola e do prédio.

— Com certeza, será um prazer participar de tudo. Só vou mandar um e-mail para o escritório avisando. — Tasha concordou.

— Já estamos prontos, quero que você conheça a nossa casa e almoce com a gente. A Maria vai preparar algo, comida de hospital é tão ruim. — Brincou ela.

— Me deixe ajudar com as coisas de vocês. — Reade pegou a mochila do filho e a bolsa de Tasha. — Eles estão no fim do corredor.

Logo eles se despediram de Scarlett que prometeu ir visitá-los em breve, após pegarem um táxi, os três se dirigiam para a casa de Tasha. Eles tinham um longo caminho pela frente em busca de um recomeço, uma nova página da história deles começava a ser escrita a partir de hoje. Se tudo vai dar certo daqui pra frente? Isso só eles e os próximos capítulos que dirão.


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